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São Paulo, 01 de abril de 2014<br>
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<b>NIC.br anuncia que o esgotamento de endereços IPv4 acontecerá nos
próximos meses</b><br>
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<i>Migração para o IPv6 é cada vez mais importante no cenário da
Internet</i><br>
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O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br),
responsável pela distribuição dos recursos de numeração na Internet
brasileira, anuncia que os blocos de endereços IPv4 livres para
alocação se esgotarão nos próximos meses.<br>
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Os endereços IP são distribuídos globalmente de forma coordenada com
políticas que seguem princípios comuns em todo o mundo e definidas
em um processo aberto pela própria comunidade Internet. Essas regras
visam garantir a distribuição dos endereços com base em necessidades
bem justificadas. A IANA (Internet Assigned Numbers Authority)
funciona como um estoque central. Além dela, no mundo, existem cinco
organizações responsáveis pela distribuição de IPs em suas
respectivas regiões geográficas. O LACNIC (Registro de Endereçamento
Internet para a América Latina e Caribe) é o responsável pela
distribuição em nossa região.<br>
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O NIC.br recebe os IPs do LACNIC e os distribui no Brasil. Até hoje,
esse modelo sempre funcionou. “O LACNIC nunca recusou repasses de
endereços IPv4 ao NIC.br, que jamais recusou alocações a operadoras
ou provedores de acesso, quando justificadas adequadamente”, afirma
Ricardo Patara, gerente de recursos de numeração do NIC.br.<br>
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A forma com que os IPs são distribuídos e gerenciados não é a razão
do esgotamento, mas sim o crescimento contínuo da Internet. Em 2013,
o Brasil foi o segundo país no mundo com mais alocações de endereços
IPv4, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Isso pode ser
considerado um reflexo das políticas nacionais de Inclusão Digital
e, principalmente, do crescimento do acesso à Internet móvel em
nosso país. A tendência de crescimento para 2014 é semelhante, o que
torna o esgotamento dos endereços IPv4 irreversível.<br>
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“Não há nenhuma ação que possa ser feita para mitigar a escassez dos
endereços IPv4. Eles realmente se esgotarão nos próximos meses”,
destaca Ricardo Patara.<br>
Em duas regiões os endereços IPv4 já terminaram. Em abril de 2011,
na região da Ásia e Pacífico e, em setembro de 2012, na região da
Europa. Previsões têm apontado que maio de 2014 é a época mais
provável para o término dos estoques de endereços IPv4 na região do
LACNIC. Essas estimativas estão disponíveis há alguns anos, sempre
atualizadas, no sítio web do LACNIC e do projeto IPv6.br, do NIC.br.
São também divulgadas em diversos eventos coordenados pelo NIC.br.<br>
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Após o mês de maio, restará apenas uma reserva pequena de endereços
IPv4 para atender novos entrantes na Internet e situações
emergenciais. Para esta finalidade foram reservados aproximadamente
4 milhões de endereços. As regras para a distribuição dessa reserva
serão mais restritivas que as atuais. De forma resumida, cada
empresa poderá solicitar apenas 1024 IPs.<br>
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O NIC.br, por sua vez, reforça a necessidade urgente da adoção da
nova versão do protocolo de Internet, o IPv6, e trabalha em conjunto
com diferentes frentes para agilizar essa transição.<br>
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<b>Iniciativas do NIC.br</b><br>
Encontros na sede do NIC.br reúnem, desde 2012, associações de
provedores, Polícia Federal, Ministério Público, associações de
comércio eletrônico, bancos, operadoras de telecomunicações, Anatel,
fabricantes de equipamentos, entre outros, além de representantes do
Comitê Gestor da Internet (CGI.br) e do NIC.br.<br>
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O atraso na implementação do IPv6, principalmente no backbone
nacional, levou o CGI.br a enviar um ofício, em dezembro de 2013,
aos principais consumidores de endereços IP no Brasil, enfatizando a
necessidade de medidas em tempo hábil. Sem a adoção rápida do IPv6,
toda a cadeia envolvida no fornecimento de serviços na Internet
poderá ficar comprometida e pequenos provedores, datacenters e
empresas terão dificuldades de expandir seus negócios, caso não
exista oferta de trânsito IPv6 por parte das principais operadoras.<br>
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<b>Consequências</b><br>
Se uma empresa presente na Internet não implantar a nova tecnologia
rapidamente, correrá o risco de ver seu serviço com falhas de
funcionamento para um número crescente de usuários. O esgotamento do
IPv4 poderá gerar ainda problemas de segurança, como por exemplo,
uma maior dificuldade para identificar um criminoso online.<br>
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Boa parte dos equipamentos vendidos no mercado e utilizados por
consumidores domésticos, como smartphones e roteadores Wi-Fi, ainda
não suportam o IPv6. É importante que os consumidores passem a
exigir o suporte ao protocolo ao comprar esses equipamentos ou
contratar serviços na Internet.<br>
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<b>Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br</b><br>
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br
(<a class="moz-txt-link-freetext" href="http://www.nic.br/">http://www.nic.br/</a>) é uma entidade civil, sem fins lucrativos, que
implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no
Brasil. São atividades permanentes do NIC.br coordenar o registro de
nomes de domínio — Registro.br (<a class="moz-txt-link-freetext" href="http://www.registro.br/">http://www.registro.br/</a>), estudar,
responder e tratar incidentes de segurança no Brasil - CERT.br
(<a class="moz-txt-link-freetext" href="http://www.cert.br/">http://www.cert.br/</a>), estudar e pesquisar tecnologias de redes e
operações — CEPTRO.br (<a class="moz-txt-link-freetext" href="http://www.ceptro.br/">http://www.ceptro.br/</a>), produzir indicadores
sobre as tecnologias da informação e da comunicação — CETIC.br
(<a class="moz-txt-link-freetext" href="http://www.cetic.br/">http://www.cetic.br/</a>) e abrigar o escritório do W3C no Brasil
(<a class="moz-txt-link-freetext" href="http://www.w3c.br/">http://www.w3c.br/</a>).<br>
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<b>Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil - CGI.br</b><br>
O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de
serviços Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a
inovação e a disseminação dos serviços ofertados. Com base nos
princípios de multilateralidade, transparência e democracia, o
CGI.br representa um modelo de governança multissetorial da Internet
com efetiva participação de todos os setores da sociedade nas suas
decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a
Governança e Uso da Internet (<a class="moz-txt-link-freetext" href="http://www.cgi.br/principios">http://www.cgi.br/principios</a>). Mais
informações em <a class="moz-txt-link-freetext" href="http://www.cgi.br/">http://www.cgi.br/</a>. <br>
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