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  <body bgcolor="#FFFFFF" text="#000000">
    São Paulo, 27 de novembro de 2014<br>
    <br>
    <b>CGI.br e NIC.br promovem seminário sobre privacidade e proteção
      aos dados pessoais</b><br>
    <br>
    <i>Evento é gratuito, acontece em São Paulo e conta com transmissão
      on-line</i><br>
    <br>
    O V Seminário de Proteção à Privacidade e aos Dados Pessoais
    (<a class="moz-txt-link-freetext" href="http://seminarioprivacidade.cgi.br/">http://seminarioprivacidade.cgi.br/</a>), organizado pelo Comitê Gestor
    da Internet no Brasil (CGI.br) e pelo Núcleo de Informação e
    Coordenação do Ponto BR (NIC.br), começou na última quarta-feira
    (26) e segue até hoje (27), no fim da tarde, em São Paulo.<br>
    <br>
    O evento reúne palestrantes nacionais e internacionais e trata de
    temas como perspectivas e desafios relacionados à privacidade na
    Internet, direito ao esquecimento, proteção aos dados pessoais e
    debates a respeito do anteprojeto de lei de proteção aos dados
    pessoais que está sendo preparado pelo Ministério da Justiça.<br>
    <br>
    Na abertura, que contou com a presença de Aureo Makiyama do
    Ministério Público Federal, Raquel Gatto da ISOC (Internet Society)
    e Danilo Doneda do Ministério da Justiça, Demi Getschko do
    CGI.br/NIC.br lançou um questionamento que deverá surgir em outros
    momentos dos debates: “onde começa de fato aquilo que merece
    proteção específica?”.<br>
    <br>
    Também inspirado por uma pergunta - O que são dados pessoais? -,
    Alexandre Pacheco da Fundação Getúlio Vargas, observou o quão
    vulneráveis estão as informações privadas na Internet. Para ele é
    importante questionar o que, de fato, queremos proteger e, a partir
    daí definir a estratégia adequada à proteção.<br>
    <br>
    O palestrante elenca problemas na definição de dado pessoal, como o
    contexto em que o dado está exposto, a capacidade de definir seu
    grau de sensibilidade, as possibilidades de agregação, o uso
    anonimizado e os riscos da recombinação.<br>
    <br>
    Convidado para comentar o cenário e os desafios contemporâneos à
    proteção da privacidade e dos dados pessoais, José Luis Piñar Mañas,
    da Universidad San Pablo de Madrid, destacou que o tema ganha mais
    importância na medida em que a Internet não é mais algo “com que se
    vive”, mas sim, algo “onde se vive”. Entretanto, ainda existe a
    dificuldade de se compreender a importância dessa analogia. “Se
    alguém rouba meu computador, eu logo percebo, mas se roubam meus
    dados, talvez eu nunca saiba das graves consequências”, exemplifica.<br>
    <br>
    Representando o Ministério da Justiça, Danilo Doneda observou que,
    embora não exista ainda um marco específico para proteção de dados e
    garantia da privacidade, existe todo um arcabouço legal que
    contempla o tema. Destacam-se, segundo ele, o Código de Defesa do
    Consumidor, as Leis de Cadastro Positivo e de Acesso à Informação,
    além, é claro, do Marco Civil da Internet e da própria Constituição
    Federal.<br>
    <br>
    De qualquer forma, ele entende a importância da questão,
    especialmente na busca por garantir a proteção dos menos
    favorecidos. "Quem mais precisa de privacidade é quem menos
    compreende o que representa o consentimento que, eventualmente,
    tenha dado em relação à exposição aos seus dados", observa.<br>
    <br>
    Nessa mesma linha de raciocínio, Carlos Affonso (ITS-Rio) destaca a
    necessidade de se garantir o acesso à informação aos novos usuários
    de Internet. "Quem está entrando na Internet agora, se não tiver
    tratamento educativo, entrará já com um déficit preocupante",
    avalia.<br>
    <br>
    Dando continuidade ao evento, especialistas se reuniram para debater
    imperativos legais em interface com imperativos tecnológicos.
    Participando também desta mesa, Carlos Affonso lembrou casos que
    demonstram como ainda é complexa a relação entre pessoas e ambientes
    digitais. O especialista citou, por exemplo, situações em que
    celebridades moveram ações judiciais contra serviços da Internet e a
    expansão de aplicativos que monitoram a rotina dos usuários de
    atividades físicas com a finalidade de acompanhar o seu dia-a-dia.<br>
    <br>
    Carlos lembrou ainda que, embora não seja possível indicar
    exatamente os motivos, muitos jovens têm trocado o Facebook pelo
    Instagram ou WhatsApp. O curioso, na observação do especialista, é
    que ambos os serviços são da mesma empresa. “Ou seja, eles estão
    saindo do Facebook para entrar no Facebook”, comenta.<br>
    <br>
    Também compondo esta mesa, Dennys Antonialli do InternetLab - USP,
    observou o quão difícil é garantir a privacidade e proteção de dados
    quando se consideram os diversos serviços de Internet que têm
    adquirido projeção mundial. “Como obrigar empresas a cumprir as leis
    de dados pessoais de todos os países onde atuam?”, questiona.<br>
    <br>
    Para Christine Runnegar, da ISOC, existe realmente um desafio para
    que as leis de privacidade de aplicações com operação global sejam
    compatíveis ou interoperáveis.<br>
    <br>
    A especialista observou ainda que é importante considerar dados que
    realmente apontem para um determinado indivíduo. Neste contexto,
    segundo ela, surge a questão do consentimento. “Tipicamente, o
    usuário não tem toda a informação necessária para tomar uma decisão
    significativa. O que existe é uma escolha binária, ou você aceita,
    ou rejeita o serviço”, avalia.<br>
    <br>
    Por fim, Christine alerta para a importância dos metadados. Para
    ela, há um impacto na privacidade já a partir da coleta dos dados,
    antes mesmo de sua utilização.<br>
    <br>
    <b>Direito ao esquecimento</b><br>
    <br>
    Nesta quinta-feira (27), o tema que deve despertar interesse dos
    participantes é o direito ao esquecimento que será debatido na
    palestra das 14h e que contará com a participação de Pablo Palazzi,
    advogado e professor de Direito na Argentina, além de mais uma
    participação de José Luis Piñar Mañas.<br>
    <br>
    Confira a programação do V Seminário de Proteção à Privacidade e aos
    Dados Pessoais (<a class="moz-txt-link-freetext" href="http://seminarioprivacidade.cgi.br/programacao/">http://seminarioprivacidade.cgi.br/programacao/</a>),
    acompanhe por transmissão via Internet a partir das 10h e pelo
    Twitter <a class="moz-txt-link-freetext" href="http://www.twitter.com/comuNICbr/">http://www.twitter.com/comuNICbr/</a> com a hashtag <b>#VSeminarioPrivacidade</b>.<br>
    <br>
    <b>Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br</b><br>
    O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br
    (<a class="moz-txt-link-freetext" href="http://www.nic.br/">http://www.nic.br/</a>) é uma entidade civil, sem fins lucrativos, que
    implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no
    Brasil. São atividades permanentes do NIC.br coordenar o registro de
    nomes de domínio — Registro.br (<a class="moz-txt-link-freetext" href="http://www.registro.br/">http://www.registro.br/</a>), estudar,
    responder e tratar incidentes de segurança no Brasil — CERT.br
    (<a class="moz-txt-link-freetext" href="http://www.cert.br/">http://www.cert.br/</a>), estudar e pesquisar tecnologias de redes e
    operações — CEPTRO.br (<a class="moz-txt-link-freetext" href="http://www.ceptro.br/">http://www.ceptro.br/</a>), produzir indicadores
    sobre as tecnologias da informação e da comunicação — CETIC.br
    (<a class="moz-txt-link-freetext" href="http://www.cetic.br/">http://www.cetic.br/</a>) e abrigar o escritório do W3C no Brasil
    (<a class="moz-txt-link-freetext" href="http://www.w3c.br/">http://www.w3c.br/</a>).<br>
    <br>
    <b>Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br</b><br>
    O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer
    diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da
    Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de
    serviços Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a
    inovação e a disseminação dos serviços ofertados. Com base nos
    princípios de multilateralidade, transparência e democracia, o
    CGI.br representa um modelo de governança multissetorial da Internet
    com efetiva participação de todos os setores da sociedade nas suas
    decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a
    Governança e Uso da Internet (<a class="moz-txt-link-freetext" href="http://www.cgi.br/principios">http://www.cgi.br/principios</a>). Mais
    informações em <a class="moz-txt-link-freetext" href="http://www.cgi.br/">http://www.cgi.br/</a>.
  </body>
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