[Anúncios NIC.br] CGI.br apresenta resultados da TIC Microempresas 2007

"NIC.br - Núcleo de Informação e Coordenação" imprensa em nic.br
Sexta Novembro 7 15:27:39 BRST 2008


São Paulo, 07 de novembro de 2008 *

**CGI.br apresenta resultados da TIC Microempresas 2007*

/Primeira edição da pesquisa revela baixo índice de uso da rede para 
otimizar negócios/

O Comitê Gestor da Internet no Brasil --- CGI.br (*http://www.cgi.br* 
<http://www.cgi.br/>), por meio do  Núcleo de Informação e Coordenação 
do Ponto BR --- NIC.br (*http://www.nic.br <http://www.nic.br/>*) 
apresenta a primeira edição da *TIC Microempresas*, referente ao ano de 
2007. O estudo contempla estabelecimentos com até nove funcionários, 
baseado em critérios de classificação utilizados pela Organização para 
Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OECD) e pelo Gabinete de 
Estatísticas da União Européia (Eurostat). O objetivo é traçar o perfil 
tecnológico das empresas brasileiras com 1 a 9 funcionários, bem como 
identificar as principais diferenças no uso das Tecnologias da 
Informação e da Comunicação (TICs) em relação aos estabelecimentos maiores.

De acordo com a pesquisa, somente 81% das microempresas possuem acesso 
ao computador e um percentual ainda menor (69%) tem conexão à rede, 
enquanto estabelecimentos de maior porte apresentam uso de computador e 
Internet acima dos 90%. Quanto ao uso da rede para otimizar negócios, 
detectou-se que 74% das empresas com até nove funcionários não possuem 
website e 36% não realizaram nenhum tipo de substituição do correio 
postal por meios eletrônicos. "De maneira geral, os números da TIC 
Microempresas 2007 mostram que o potencial de desenvolvimento oferecido 
pela Internet ainda não é devidamente explorado pelas pequenas 
empresas", comenta Mariana Balboni, gerente do Centro de Estudos sobre 
as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.br).

Mesmo que o uso das TICs em microempresas seja menor, o percentual de 
funcionários com acesso à rede nas pequenas é significativamente maior. 
Nas microempresas, 77% dos funcionários em média acessam a web, enquanto 
nas empresas com 10 funcionários ou mais esse percentual é de apenas 
43%. "Essa diferença significativa provavelmente reflete o fato de que 
nas pequenas empresas um funcionário exerce múltiplas tarefas, e dentre 
elas, atividades realizadas via internet. Já em empresas de maior porte, 
há maior diversidade de funções e muitas delas não exigem o uso da 
rede", diz Mariana. A pesquisa mostra que 74% das microempresas 
brasileiras utilizam serviços de governo eletrônico, o que parece ser 
resultado de um esforço das políticas públicas na implantação da 
infra-estrutura necessária e no desenvolvimento desta modalidade. 
Entretanto, essas iniciativas ainda não se mostram suficientes, pois o 
contato com órgãos públicos pela Internet ainda é consideravelmente 
maior em estabelecimentos com mais de 10 funcionários (89%). "Muitas 
empresas deixam de aproveitar ótimas oportunidades de negócio com seus 
clientes ou até mesmo com órgãos públicos", diz Mariana. "Leilões do 
Governo e outros serviços de Governo Eletrônico, assim como o comércio 
eletrônico são ótimas opções não somente para o cidadão, mas também para 
o microempresário, que pode tornar boa parte de seus contatos mais 
produtivos", ressalta.

Entre as pequenas empresas que utilizam Internet, o comércio eletrônico 
é uma ferramenta de grande relevância: empresas com até nove 
funcionários que já fizeram compras online são 43% do total de 
entrevistadas e 27% declararam ter recebido pedidos nos últimos 12 
meses. Entre as empresas maiores, os percentuais são 64% e 45% para cada 
uma das modalidades de /e-commerce/. Porém, apesar de haver um 
percentual menor de microempresas que fazem compras pela internet, 
naquelas que o fazem, as compras on-line representam um percentual médio 
maior do total de compras realizadas (31%) do que nas maiores (24%). 
"Isso sugere que, se considerarmos as microempresas que fazem compras e 
que recebem pedidos on-line, os negócios via internet representam um 
percentual médio maior do total comercializado na comparação com as 
grandes, mostrando que, especialmente para as empresas de pequeno porte, 
esse instrumento é poderoso para as transações comerciais", comenta Mariana.

A pesquisa indica, ainda, que a atenção dada aos aspectos envolvendo a 
segurança na rede é baixa e cai conforme diminui o porte da empresa. 
Quase 70% dos entrevistados relataram que suas empresas não adotam 
quaisquer medidas de apoio à segurança na rede. Entre as tecnologias de 
segurança utilizadas pelas microempresas, somente o antivírus é 
praticamente universal, apresentando indicadores semelhantes aos das 
grandes empresas. "Uma vez que todas as outras ferramentas de segurança 
apresentam índices de uso significativamente menores nas micro, notamos 
que pode haver menor nível de conhecimento com relação aos problemas de 
segurança entre profissionais ligados ao uso do computador e da internet 
em empresas pequenas", afirma Mariana. "Daí a menor taxa de respostas 
sobre ataques de vírus, em comparação às grandes empresas", completa.

O uso de softwares livres foi apontado por 13% das pequenas empresas, 
sendo 52% declararam que o mesmo estava instalado no servidor, 26% no 
cliente e 17% em ambos. Nos estabelecimentos maiores, esse indicador é 
de 28%. "Ainda que o uso de software livre signifique, especialmente 
para as microempresas, economia financeira considerável, a falta de 
hábito no uso do software não-proprietário e o receio relacionado à 
manutenção são obstáculos ao uso, principalmente nesse grupo em que o 
investimento em treinamento tende a ser menor", detalha Mariana.

Nos doze meses que antecederam o estudo, 13% das microempresas 
declararam ter contratado especialistas em TI (Tecnologia da 
Informação), porém 18% apontaram dificuldades na seleção desses 
funcionários. Dentre as maiores, o percentual de contratação foi de 20%. 
A principal dificuldade apontada foi a /falta de estudos e treinamentos 
específicos em TI/, com índice de 84% nas micro e 79% nas maiores. Em 
seguida, o obstáculo mais citado foi a /falta de experiência/, apontado 
em 75% das micro e 69% naquelas de maior porte.

Dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) demonstram a 
importância das microempresas para a economia brasileira, uma vez que 
representam 73% das empresas formais contabilizadas ou 1,99 milhão de 
estabelecimentos em um universo de 2,72 milhões. Já as empresas com dez 
ou mais funcionários geram 83% dos empregos formais. De acordo com 
Mariana, "a análise comparativa desses dois universos nos ajuda a 
compreender o estágio de desenvolvimento tecnológico do país, permitindo 
o aprofundamento na discussão sobre o uso corporativo das TICs no 
Brasil", finaliza.

O estudo completo pode ser encontrado em 
http://www.cetic.br/empresas/2007/tic-microempresas-2007.pdf.

*Sobre o CETIC.br*
O Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação 
(CETIC.br) é responsável pela produção de indicadores e estatísticas 
sobre a disponibilidade e uso da Internet no Brasil, divulgando análises 
e informações periódicas sobre o desenvolvimento da rede no país. Mais 
informações em *http://www.cetic.br/*.

*Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR -- NIC.br*
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR --- NIC.br 
(*http://www.nic.br/*) é uma entidade civil, sem fins lucrativos, que 
implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no 
Brasil. São atividades permanentes do NIC.br coordenar o registro de 
nomes de domínio --- Registro.br (*http://www.registro.br/*), estudar, 
responder e tratar incidentes de segurança no Brasil - CERT.br 
(*http://www.cert.br/*), estudar e pesquisar tecnologias de redes e 
operações --- CEPTRO.br (*http://www.ceptro.br/*), produzir indicadores 
sobre as tecnologias da informação e da comunicação --- CETIC.br 
(*http://www.cetic.br/*) e abrigar o escritório do W3C no Brasil 
(*http://www.w3c.br/*).

*Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil -- CGI.br*
O Comitê Gestor da Internet no Brasil coordena e integra todas as 
iniciativas de serviços Internet no país, promovendo a qualidade 
técnica, a inovação e a disseminação dos serviços ofertados. Mais 
informações em *http://www.cgi.br/*.



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