[Anúncios NIC.br] CGI.br e NIC.br falam sobre segurança na Internet e infraestrutura neste segundo dia do IGF 2015
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imprensa em nic.br
Quarta Novembro 11 19:45:36 BRST 2015
João Pessoa, 11 de novembro de 2015
*CGI.br e NIC.br falam sobre segurança na Internet e infraestrutura
neste segundo dia do IGF 2015*
/Especialistas estiveram em diversas mesas neste segundo dia de evento/
Para esta, que é sua 10ª edição, o IGF promoveu um Fórum de Melhores
Práticas para Segurança da Internet. Nos meses anteriores ao evento,
especialistas se reuniram para compartilhar suas práticas nessa área. A
iniciativa resultou num documento que foi objeto desta seção do IGF
dedicada a orientar sobre “Como estabelecer e apoiar CSIRTs (Computer
Security Incident Response Teams)” e que pode ser consultado aqui:
*http://review.intgovforum.org/tag/csirt-bpf/*
A mesa dedicada a debater e finalizar o documento contou com Cristine
Hoepers, do CERT.br, como mediadora. Em sua apresentação, a especialista
destacou a importância deste trabalho: "Temos CSIRTs atuando cada vez
mais para detectar vazamentos de dados e proteger a privacidade dos
usuários”.
Em sua fala, Cristine lembrou as recomendações reunidas no Fórum de
Melhores Práticas de 2014 e que buscam ser contempladas também neste
documento. Como destaque, a importância de esclarecer as funções CSIRT;
a necessidade de diminuir incidentes envolvendo o compartilhamento de
dados (privados, em especial); a criação e implementação de padrões
adequados; além da cooperação com agências reguladoras.
Sobre o cenário brasileiro, Cristine avalia que a questão vem evoluindo
no País. “Cada vez mais pessoas e empresas de diversos setores têm nos
procurado para resolver problemas de segurança da Internet”, observa,
lembrando ainda que há um time dedicado exclusivamente à segurança de
governo.
A sessão contou com a participação e depoimentos de brasileiros e
estrangeiros de diversas nacionalidades que puderam debater sobre
oportunidades e desafios para a criação de equipes de emergência de
resposta para melhorar a segurança na Internet.
*Segurança digital e desenvolvimento sustentável*
Há muito tempo segurança digital não é uma preocupação exclusiva de
técnicos e especialistas. Recentes incidentes em larga escala têm
demonstrado que esta deve ser também uma demanda para líderes de
governos, empresas e cidadãos. Muitos líderes têm percebido que, embora
o ambiente digital seja um espaço de inovação e crescimento, ele
apresenta também ameaças que podem comprometer a prosperidade econômica
e social.
Este foi o tema do debate “Como administrar riscos de segurança para o
desenvolvimento sustentável” realizado hoje no IGF e que contou com a
presença de Lucimara Desiderá, analista de Segurança no CERT.br/NIC.br e
Flávia Lefèvre, conselheira do CGI.br eleita pelo Terceiro Setor.
Lucimara comenta que usuários e profissionais devem entender o que é um
risco de segurança e como administrá-lo. “Caso contrário as ameaças e
vulnerabilidades vão crescer”, alerta. A especialista diz acreditar
ainda que preciso mudar o currículo escolar e melhorar o sistema
educacional e políticas públicas na área. “Se não ensinarmos segurança,
não teremos pessoas preparadas para o mundo digital”.
A especialista lembra que os incidentes – não importa o tamanho - sempre
acontecerão. Entretanto, as consequências dependerão da agilidade na
solução. “Não podemos resolver problemas de segurança sozinhos, de forma
isolada”, observa Lucimara destacando a importância da cooperação.
Em sua apresentação, Flávia observou que sociedade civil e consumidores
enfrentam um desafio. Segundo ela, há uma tentativa de justificar a
vigilância em nome da segurança. “É necessário estabelecer parâmetros e
limites para o uso de dados dos cidadãos por Governo e empresas”, acredita.
Segundo ela, no Brasil, não existe ainda uma legislação específica que
dê conta de resguardar os dados dos usuários. “A regulação não é a única
alternativa, mas é uma ferramenta importante para proteger o ambiente
digital”, observa.
Flávia afirma entender as preocupações sobre o poder que o Governo tem
de definir regras e interferir em modelos de negócios. “Porém, acredito
que é necessário construir padrões e definir termos de responsabilidade
para empresas na perspectiva dos direitos dos consumidores”.
*Internet Exchanges no Brasil
*
No workshop “IXPs: Driving connectivity and local economies”, Milton
Kashiwakura, diretor de projetos especiais e treinamento do NIC.br,
apresentou o modelo brasileiro de implementação dos Internet Exchanges
no Brasil (IX.br). Entre os dados apresentados, Milton lembrou que o 900
dos mais de 3600 Sistemas Autônomos que compõem a Internet no Brasil
estão conectados ao IX.br. “Esses ASNs são responsáveis por
aproximadamente 60% do total do tráfego trocado no país”, declarou.
*Salto do IPv6*
No último workshop do dia, sobre a “Transição de IPv4 para IPv6” Antonio
Moreiras, gerente de projetos e desenvolvimento do NIC.br, apresentou o
que a entidade tem feito nos últimos anos para promover a adoção do novo
protocolo.
As constantes atualizações do sítio da Ceptro.br com informações
técnicas, além da agenda de cursos online, treinamentos presenciais
gratuitos (desde 2008, mais de 4 mil pessoas foram treinadas pelo
NIC.br), Moreiras destacou o desenvolvimento de um laboratório virtual,
a publicação de livro e realização de fóruns anuais promovidos pelo
tema. Os detalhes sobre cada uma dessas iniciativas estão disponíveis no
sítio: *http://ipv6.br/*.
Moreiras comentou ainda que o Governo Federal criou um calendário para
adoção do IPv6 e a Agência Nacional de Telecomunicações também
estabeleceu um cronograma que deve ser seguido pelas empresas do setor.
"Hoje, 7,5% dos usuários brasileiros usam IPv6. Para efeito de
comparação, há um ano, tínhamos apenas 0,1%. Alcançamos um bom
resultado", comemorou Moreiras, que foi aplaudido pelos presentes.
*IGF 2015*
Ao final do segundo mandato de cinco anos conferido pela Assembleia
Geral da ONU, o IGF 2015 promove até sexta-feira (13) mais de 100
debates, entre reuniões preliminares, sessões principais, /workshops/ e
atividades paralelas. Representantes de Governos, empresas, academia e
sociedade civil, entre especialistas em assuntos relacionados à
governança da Internet, estarão reunidos em discussões pautadas pelo
tema /Evolução da Governança da Internet: Empoderando o Desenvolvimento
Sustentável/.
A programação completa pode ser consultada no sítio:
*http://www.intgovforum.org/cms/igf-2015-schedule*. Veja também a agenda
do CGI.br e NIC.br no evento:
*http://nic.br/confira-a-programacao-do-igf-2015/*. A transmissão ao
vivo está disponível no endereço/:
/*https://www.intgovforum.org/cms/igf2015-cast*. Acompanhe as atividades
do NIC.br e CGI.br também pelo Twitter (*https://twitter.com/comunicbr*).
*Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br*
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br
(*http://www.nic.br/*) é uma entidade civil, sem fins lucrativos, que
implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no
Brasil. São atividades permanentes do NIC.br coordenar o registro de
nomes de domínio — Registro.br (*http://www.registro.br/*), estudar,
responder e tratar incidentes de segurança no Brasil — CERT.br
(*http://www.cert.br/*), estudar e pesquisar tecnologias de redes e
operações — Ceptro.br (*http://www.ceptro.br/*), produzir indicadores
sobre as tecnologias da informação e da comunicação — Cetic.br
(*http://www.cetic.br/*), fomentar e impulsionar a evolução da Web no
Brasil — Ceweb.br (*http://www.ceweb.br/*) e abrigar o escritório do W3C
no Brasil (*http://www.w3c.br/*).
*Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br*
O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços
Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a
disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do
multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de
governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que
todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas
decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança
e Uso da Internet (*http://www.cgi.br/principios*). Mais informações em
*http://www.cgi.br/*.
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