[Anúncios NIC.br] Web para Todos quer acabar com as barreiras de navegação na Internet no Brasil

Imprensa imprensa em nic.br
Qua Set 20 15:55:11 BRT 2017


São Paulo, 20 de setembro de 2017

*Web para Todos quer acabar com as barreiras de navegação na Internet no 
Brasil*
/Iniciativa nasce com um movimento apoiado por diversas entidades, 
empresas, influenciadores e indivíduos que querem sites acessíveis para 
qualquer pessoa/

Você já parou para pensar em como um cego navega na internet, ou como um 
surdo que tem como linguagem oficial a Língua Brasileira de Sinais 
assiste aos vídeos e lê notícias na Web? Você já teve a experiência de 
acessar um site usando apenas o teclado do computador, ou precisou ler e 
reler várias vezes um texto publicado /on-line /para entender o que ele 
queria dizer?

Essas e outras dificuldades são chamadas “barreiras de navegação” e 
estão presentes em praticamente todos os sítios do País, segundo 
estimativas feitas pelo escritório brasileiro do W3C, consórcio 
internacional que estabelece os padrões da web no mundo. Só no Brasil, 
45,6 milhões de pessoas (24% da população) enfrentam esse tipo de 
barreira, de acordo com o Censo 2010 feito pelo IBGE. Segundo a pesquisa 
PNAD 2014, o percentual de pessoas com deficiência que usam com 
frequência a internet no Brasil é 57% - acima da média brasileira, que é 
de 54%.

Em uma *análise feita* 
<http://nic.br/noticia/releases/web-para-todos-avalia-sites-das-melhores-universidades-e-escolas-de-ensino-medio-do-brasil/>, 
apenas em páginas do Governo, o Núcleo de Informação e Coordenação do 
Ponto BR (NIC.br) - entidade que agrega as atividades do escritório do 
W3C no Brasil e abriga o Centro de Estudos sobre Tecnologias Web 
(Ceweb.br) - constatou que menos de 6% desses sites tiveram um cuidado 
para tentar minimizar as barreiras de acesso para pessoas com 
deficiência. “Se estendermos para o universo das empresas, esta 
porcentagem certamente é ainda menor”, afirma Vagner Diniz, gerente 
geral do W3C Brasil e do Ceweb.br.

Diante deste cenário, foi desenvolvida a iniciativa *Web para Todos* 
<http://www.mwpt.com.br>, que une entidades, empresas, universidades e 
diversas pessoas que defendem uma Internet mais acessível. “Esses mais 
de 45 milhões de pessoas têm o direito de serem incluídas no mundo 
digital, e é preciso muito pouco para mudar a realidade desses 
cidadãos”, enfatiza Simone Freire, diretora geral da agência Espiral 
Interativa e idealizadora do projeto. “Se um site for fácil de navegar 
por alguém com algum tipo de limitação motora, intelectual, auditiva ou 
visual, certamente será melhor ainda para quem não tem”, explica. A 
iniciativa conta com a parceria do NIC.br por meio do Ceweb.br, 
participando do projeto desde sua concepção e apoio institucional do W3C 
Brasil.

A partir disso, surgiu a plataforma digital inédita no País, totalmente 
colaborativa, que é a base do Web para Todos e está dividida em três 
grandes pilares: Mobilização, Educação e Transformação.

O objetivo inicial é mobilizar as pessoas com algum tipo de deficiência 
a compartilharem as experiências, positivas e negativas, que tiveram ao 
navegar em sites brasileiros. Com esse material, a equipe do Web para 
Todos analisará cada caso e encaminhará a análise à organização citada 
para providências, se necessário. E isso já nos leva automaticamente 
para o pilar Educação, onde será promovida a troca de conhecimento entre 
organizações (públicas e privadas), especialistas em acessibilidade 
digital e a sociedade em geral, por meio de cartilhas, vídeos, links de 
referência, fóruns, entre outras atividades. Há ainda uma seção de 
melhores práticas, para que as organizações entendam como adequar seus 
sites, contribuindo, assim, para a construção de uma internet mais 
inclusiva para todos. No pilar Transformação, é possível avaliar a 
acessibilidade da página principal de um sítio. Basta inserir o endereço 
e a ferramenta analisa automaticamente, em tempo real, o código e 
informa se a página apresenta ou não barreiras de navegação.

Simone, empreendedora que trabalha há oito anos com a causa da 
acessibilidade digital, teve a ideia de dar voz às pessoas com 
deficiência, criando um mecanismo para que elas pudessem participar do 
processo de transformação da Web no Brasil. “Percebemos que não era 
suficiente termos uma lei a favor dessas pessoas. Precisávamos contar 
isso às organizações e ajudá-las a entenderem seu papel”, lembra Simone.

Vale ressaltar que, com a vigência da Lei Brasileira de Inclusão - LBI, 
desde janeiro de 2016, passou a ser obrigatória a acessibilidade de 
sítios de qualquer organização (empresas privadas, fundações e 
institutos, órgãos do governo) com sede ou representação comercial em 
território brasileiro (Lei nº 13.146, art. 63, julho de 2015).

*De olho nos setores essenciais*

Como parte das ações de Mobilização, uma equipe de especialistas 
avaliará, semestralmente, barreiras de navegação em sites brasileiros, 
reunidos por segmentos de atuação, como Educação, E-commerce, Serviços 
Públicos, Portais de notícias, entre outros.

A primeira análise, divulgada no dia 20 de setembro, traz o recorte da 
Educação. Foram verificadas páginas das 10 melhores Universidades e 
Escolas de Ensino Médio do País, de acordo com o último ranking 
divulgado pelo MEC (2015). Nenhum deles preencheu os requisitos 
necessários para serem considerados acessíveis a qualquer pessoa. “Todos 
os sites avaliados tinham barreiras de acesso que podem dificultar ou 
até impedir o acesso de uma pessoa com deficiência às páginas”, reitera 
o gerente do Ceweb.br. Dos 14 critérios analisados, a média geral 
cumpriu apenas 30% deles. /(Veja o estudo completo no texto “/*Web para 
Todos avalia sites das melhores universidades e escolas de ensino médio 
do Brasil* 
<http://nic.br/noticia/releases/web-para-todos-avalia-sites-das-melhores-universidades-e-escolas-de-ensino-medio-do-brasil/>/”)./

Os critérios da análise foram desenvolvidos pela equipe do Web para 
Todos, em parceria com especialistas voluntários e o time técnico do 
Ceweb.br, que há mais de uma década promovem ações de conscientização 
para que as páginas na Web sejam acessíveis a todos.

Para isso, foram levadas em consideração as Diretrizes de Acessibilidade 
para Conteúdo Web (WCAG2), desenvolvidas pelo W3C, em conjunto com 
especialistas do Google, Microsoft, IBM e empresas especializadas em 
acessibilidade.

“Nosso objetivo com a divulgação desses dados é sensibilizar a sociedade 
para o atual cenário da falta de acessibilidade em sites considerados 
essenciais para o desenvolvimento e integração social de qualquer 
cidadão, independentemente de ter ou não algum tipo de deficiência”, 
explica Diniz. “Nossa equipe entrará em contato com as organizações 
avaliadas para compartilhar a análise, propor melhorias e 
sensibilizá-las para que adequem seus sites a uma navegação acessível a 
todos, convidando-as para o desafio da transformação digital”, 
complementa Simone.

Anualmente, esses mesmos sites serão reavaliados, criando parâmetros 
comparativos sobre a evolução da acessibilidade nos segmentos analisados.

*Vantagens da acessibilidade na web*

Um site acessível é aquele que permite que qualquer pessoa 
(independentemente de suas dificuldades), navegue, entenda e interaja 
sem ajuda de ninguém. Para isso, devem seguir as diretrizes do WCAG, 
que, em resumo, estão divididas em quatro categorias: atende o 
necessário, permite o controle de navegação, é fácil de entender e feito 
para durar.

O que isso significa? Ao desenvolver uma página Web, é fundamental 
fornecer alternativas textuais para qualquer conteúdo não textual, 
alternativas para multimídia (audiodescrição, entre outros recursos), 
criar conteúdo que possa ser apresentado de modos diferentes, sem perder 
informação ou estrutura, tornar a visualização mais fácil (contrastes, 
tamanho etc).

Também é essencial fazer com que todas as funcionalidades estejam 
disponíveis no teclado, além de maximizar a compatibilidade entre as 
interfaces utilizadas pelos usuários, incluindo os recursos de 
tecnologia assistiva (ou seja, ele deve ser criado para ser acessado 
perfeitamente de qualquer dispositivo e navegador, tanto agora quanto no 
futuro). Veja todas as Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo Web 
(WCAG) 2.0: *https://www.w3.org/Translations/WCAG20-pt-br/*.

Simone ressalta que, além de se adequar à LBI, ter um site acessível é 
também uma excelente oportunidade para as organizações reverem toda sua 
comunicação digital, inovar e contar com vários benefícios. “Entre esses 
ganhos, estão a ampliação e diversificação do seu público-alvo, mais 
facilidade e agilidade na manutenção do site, mais visibilidade em 
buscadores, fortalecimento da sua marca por meio de uma comunicação mais 
moderna e colaborativa, cumprimento do seu papel social, entre outros”, 
destaca.

*Parceiros do Web para Todos*

Além da parceria do NIC.br/Ceweb.br e apoio institucional do W3C Brasil, 
o Web para Todos também conta com o apoio da Fundação Roberto Marinho e 
de outros parceiros em diversas áreas, que contribuem com suas 
expertises de forma contínua, o que torna o movimento mais dinâmico, 
atualizado e colaborativo.

São eles: Fundação Dorina Nowill, Fundação Fenômenos, Grupo de Ensino e 
Pesquisa em Inovação da Escola de Direito da FGV SP, Associação 
Laramara, Instituto Mara Gabrilli, Instituto Rodrigo Mendes, 
MATAV-Unesp, ONCB - Organização Nacional de Cegos do Brasil, ProDeaf, 
Santa Causa, Secretaria da Pessoa com Deficiência do Município de São 
Paulo, Singolla e Trama Comunicação, e com o apoio de mídia do portal 
Vida Mais Livre e da Revista D+.

*Sobre a Espiral Interativa*

Fundada em 2009, é uma agência de comunicação digital focada no 
desenvolvimento de projetos que promovam uma sociedade mais justa e 
inclusiva. Atende organizações comprometidas com a sustentabilidade e 
diversidade, e é especialista em acessibilidade digital.

*Sobre o Ceweb.br*

O Centro de Estudos sobre Tecnologias Web (Ceweb.br), do NIC.br, tem 
como missão disseminar e promover o uso de tecnologias abertas na Web, 
fomentar e impulsionar a sua evolução no Brasil por meio de estudos, 
pesquisas e experimentações de novas tecnologias. No escopo de 
atividades desenvolvidas pelo Centro, destacam-se o estímulo às 
discussões sobre o ecossistema da Web e a preparação de subsídios 
técnicos à elaboração de políticas públicas que fomentem esse 
ecossistema como meio de inovação social e prestação de serviços. Mais 
informações em*http://www.ceweb.br/*.*

**Sobre o Escritório Brasileiro do W3C*

Por deliberação do CGI.br, o NIC.br agrega as atividades do escritório 
do W3C no Brasil - o primeiro na América do Sul. O W3C é um consórcio 
internacional que tem como missão conduzir a Web ao seu potencial 
máximo, criando padrões e diretrizes que garantam sua evolução 
permanente. Mais de 80 padrões foram já publicados, entre eles HTML, 
XML, XHTML e CSS. O W3C no Brasil reforça os objetivos globais de uma 
Web para todos, em qualquer dispositivo, baseada no conhecimento, com 
segurança e responsabilidade. Mais informações em: *http://www.w3c.br/*.

*Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br*

O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br (** 
<http://www.nic.br/>*http://www.nic.br/*) é uma entidade civil, de 
direito privado e sem fins de lucro, que além de implementar as decisões 
e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil, tem entre suas 
atribuições: coordenar o registro de nomes de domínio — Registro.br (** 
<http://www.registro.br/>*http://www.registro.br/*), estudar, responder 
e tratar incidentes de segurança no Brasil — CERT.br 
(*http://www.cert.br/*), estudar e pesquisar tecnologias de redes e 
operações — Ceptro.br (** 
<http://www.ceptro.br/>*http://www.ceptro.br/*), produzir indicadores 
sobre as tecnologias da informação e da comunicação — Cetic.br 
(*http://www.cetic.br/*), implementar e operar os Pontos de Troca de 
Tráfego — IX.br (** <http://ix.br/>*http://ix.br/*), viabilizar a 
participação da comunidade brasileira no desenvolvimento global da Web e 
subsidiar a formulação de políticas públicas — Ceweb.br 
(*http://www.ceweb.br* <http://www.ceweb.br/>), e abrigar o escritório 
do W3C no Brasil (** <http://www.w3c.br/>*http://www.w3c.br/*).
*
Flickr:**http://www.flickr.com/NICbr/
Twitter:**http://www.twitter.com/comuNICbr/
YouTube:**http://www.youtube.com/nicbrvideos
Facebook:**https://www.facebook.com/nic.br
**Telegram: https://telegram.me/nicbr
<https://telegram.me/nicbr>*
**Os releases e comunicados do NIC.br e CGI.br são enviados aos 
inscritos na lista**anuncios em nic.br **sempre que publicados em nossos 
sítios. Caso não queira mais recebê-los, siga as instruções 
disponíveis**aqui <https://mail.nic.br/mailman/listinfo/anuncios>**.


-------------- Próxima Parte ----------
Um anexo em HTML foi limpo...
URL: <https://mail.nic.br/pipermail/anuncios/attachments/20170920/1c9b34cb/attachment-0001.html>


Mais detalhes sobre a lista de discussão Anuncios