[Anúncios NIC.br] CERT.br registra aumento de ataques de negação de serviço originados por dispositivos IoT

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Ter Mar 20 11:17:14 -03 2018


São Paulo, 20 de março de 2018

*CERT.br registra aumento de ataques de negação de serviço originados 
por dispositivos IoT*

/Número de notificações de ataques DoS foi quase quatro vezes maior, 
somando 220.188 em 2017
/

Em 2017, os incidentes de segurança reportados voluntariamente por 
usuários de Internet ao Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de 
Incidentes de Segurança no Brasil (CERT.br) do Núcleo de Informação e 
Coordenação do Ponto BR (NIC.br) somaram 833.775 (número 29% maior que o 
total de 2016), sendo 220.188 relacionados a dispositivos que 
participaram de ataques de negação de serviço (DoS -/Denial of 
Service/). Este número foi quase quatro vezes maior que as notificações 
de ataques DoS recebidas em 2016, que totalizaram 60.432.

*Dispositivos IoT*
Os ataques de negação de serviço (DoS ou DDoS) têm o objetivo de tirar 
de operação um serviço, um computador ou uma rede conectada à Internet. 
Em 2017, a maioria das notificações foi do tipo distribuído (DDoS 
-/Distributed Denial of Service/), quando um conjunto de equipamentos é 
utilizado no ataque. Em particular, muitos dos ataques reportados foram 
disparados a partir de dispositivos de Internet das Coisas (IoT na sigla 
em inglês) infectados e fazendo parte de/botnets/. Parte dos ataques 
DDoS também foi originada por roteadores e/modems/de banda larga no 
Brasil, seja porque estavam comprometidos ou porque possuíam serviços 
mal configurados, permitindo amplificação de tráfego.

O CERT.br também observou que ataques de força bruta a serviços como SSH 
(22/TCP) e TELNET (23/TCP) continuam muito frequentes e englobam 
tentativas de comprometer dispositivos IoT e equipamentos de rede 
alocados às residências, tais como modems ADSL e cabo, roteadores Wi-Fi, 
entre outros. Esse tipo de ataque visa adivinhar, por tentativa e erro, 
as suas senhas de administração e, assim, comprometer os dispositivos. 
“Essa atividade está fortemente relacionada com o aumento nos ataques 
DDoS a partir de dispositivos IoT, pois faz parte do processo de 
propagação dos códigos maliciosos que os infectam”, alerta Cristine 
Hoepers, gerente do CERT.br.

"Configurar os equipamentos corretamente, possuir boas políticas de 
senhas, mantê-los atualizados e tratar infecções são algumas dicas 
fundamentais para melhorar esse cenário. A cooperação dos diversos 
atores, incluindo desenvolvedores, fabricantes, profissionais de 
segurança, acadêmicos e os usuários é essencial para um ecossistema 
saudável", complementa Hoepers. Frederico Neves, Diretor de Serviços e 
de Tecnologia do NIC.br, destaca que “todas essas ações fazem parte dos 
objetivos do programa ‘Para fazermos uma Internet mais segura’, uma 
iniciativa do NIC.br que agrega vários atores da cadeia de serviço de 
Internet em torno dos desafios para a promoção de uma Internet mais 
segura no País”. O programa foi lançado pelo CGI.br em dezembro de 2017, 
durante a VII Semana de Infraestrutura da Internet no Brasil.

Para melhorar esse cenário, é essencial implementar as boas práticas 
presentes no*Portal de boas práticas para a Internet no Brasil 
<https://bcp.nic.br/>*, principalmente as relativas à*Implementação de 
Antispoofing para Redução de DDoS <https://bcp.nic.br/antispoofing>*e 
as*Recomendações para Melhorar o Cenário de Ataques Distribuídos de 
Negação de Serviço (DDoS) <https://bcp.nic.br/ddos>.*

*Varreduras e propagação de códigos maliciosos*
As notificações sobre varreduras, técnica que tem o objetivo de 
identificar computadores ativos e coletar informações sobre eles, 
somaram 443.258 em 2017, correspondendo a um aumento de 15% com relação 
a 2016. Notificações sobre o serviço de SSH (22/TCP) equivale a 47% das 
notificações de varreduras, TELNET (23/TCP) com 9%, RDP (3389/TCP) com 
2% e FTP (21/TCP) com 1% das notificações em 2017. O CERT.br também 
registrou um aumento de 60% em comparação a 2016 das notificações de 
atividades relacionadas à propagação de/worms/e/bots/(processo 
automatizado de propagação de códigos maliciosos na rede), que 
totalizaram 45.101 em 2017.

*Ataques a servidores Web*
Ataques a servidores Web reportados ao CERT.br em 2017 tiveram um 
aumento de 10% em relação a 2016, totalizando 60.766 notificações. Os 
atacantes exploram vulnerabilidades em aplicações Web para comprometer 
sistemas e realizar as mais diversas ações, como hospedar páginas falsas 
de instituições financeiras; armazenar ferramentas utilizadas em 
ataques; e propagar/spam/. Assim como nos anos anteriores, persistem as 
notificações de ataques de força bruta contra sistemas de gerenciamento 
de conteúdo (/Content Management System/- CMS), como WordPress e Joomla. 
Estes ataques foram, em sua maioria, tentativas de adivinhação das 
senhas das contas de administração destes sistemas.

*Tentativas de Fraude*
Já as notificações de tentativas de fraude diminuíram em 2017, somando 
59.319 incidentes, uma queda de 42% em relação a 2016. Os casos de 
páginas falsas de bancos e sítios de comércio eletrônico (/phishing/) 
caíram 46% na comparação com o ano anterior. Já as notificações de casos 
de páginas falsas que não envolvem bancos e sites de comércio 
eletrônico, como serviços de/webmail/e redes sociais, por exemplo, 
tiveram um aumento de 6% em relação ao ano anterior.

Desde 1999, o CERT.br mantém estatísticas sobre notificações de 
incidentes a ele reportados. Para ter acesso aos gráficos e dados 
estatísticos completos das notificações de incidentes de segurança 
recebidas pelo CERT.br no ano de 2017 e períodos anteriores, 
visite:*https://www.cert.br/stats/incidentes/*. Conheça também 
a*Cartilha de Segurança para Internet <https://cartilha.cert.br/>*e 
o*glossário <https://cartilha.cert.br/glossario/>*.*

Sobre o CERT.br*
O CERT.br é o Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de 
Segurança no Brasil. Desde 1997, o grupo é responsável por tratar 
incidentes de segurança envolvendo redes conectadas à Internet no 
Brasil. O Centro também desenvolve atividades de análise de tendências, 
treinamento e conscientização, com o objetivo de aumentar os níveis de 
segurança e de capacidade de tratamento de incidentes no Brasil. Mais 
informações em*https://www.cert.br/*.

*Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br*
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br 
(*http://www.nic.br/*) é uma entidade civil, de direito privado e sem 
fins de lucro, que além de implementar as decisões e projetos do Comitê 
Gestor da Internet no Brasil, tem entre suas atribuições: coordenar o 
registro de nomes de domínio — Registro.br (*http://www.registro.br/*), 
estudar, responder e tratar incidentes de segurança no Brasil — CERT.br 
(*http://www.cert.br/*), estudar e pesquisar tecnologias de redes e 
operações — Ceptro.br (*http://www.ceptro.br/*), produzir indicadores 
sobre as tecnologias da informação e da comunicação — Cetic.br 
(*http://www.cetic.br/*), implementar e operar os Pontos de Troca de 
Tráfego — IX.br (*http://ix.br/*), viabilizar a participação da 
comunidade brasileira no desenvolvimento global da Web e subsidiar a 
formulação de políticas públicas — Ceweb.br (*http://www.ceweb.br* 
<http://www.ceweb.br/>), e abrigar o escritório do W3C no Brasil 
(*http://www.w3c.br/*).

*Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br*
O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer 
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da 
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços 
Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a 
disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios de 
multilateralidade, transparência e democracia, o CGI.br representa um 
modelo de governança multissetorial da Internet com efetiva participação 
de todos os setores da sociedade nas suas decisões. Uma de suas 
formulações são os 10 Princípios para a Governança e Uso da Internet 
(*http://www.cgi.br/principios*). Mais informações em*http://www.cgi.br/*.

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