[Anúncios NIC.br] Memória digital e atividades culturais on-line pautam abertura do VIII Fórum da Internet

Imprensa imprensa em nic.br
Seg Nov 5 21:25:10 -02 2018


Goiânia, 5 de novembro de 2018

*Memória digital e atividades culturais on-line pautam abertura do VIII 
Fórum da Internet*
/Programação do evento, que acontece no Centro de Eventos da UFG, em 
Goiânia, segue até quarta-feira (7/11). Debates são transmitidos na 
íntegra pelo canal do NIC.br no YouTube.
/

Principal espaço de debates no País sobre temas relacionados à 
governança da Internet, o*Fórum da Internet no Brasil* 
<https://forumdainternet.cgi.br/> dedicou as discussões desta 
segunda-feira (5), data da sessão de abertura do evento, para refletir 
sobre o consumo de bens culturais dos brasileiros pela Internet, a 
partir do lançamento de *dados inéditos da pesquisa TIC Domicílios* 
<https://cetic.br/tics/domicilios/2017/individuos/>, assim como o 
potencial da Internet e das tecnologias da informação e comunicação para 
a criação de acervos digitais. Realizado pelo Comitê Gestor da Internet 
no Brasil (CGI.br), o evento segue até quarta-feira (7) no Centro de 
Eventos do campus Samambaia da Universidade Federal de Goiás (UFG) com a 
participação de representantes do Governo, empresas, comunidade 
científica e tecnológica, terceiro setor e usuários de Internet. As 
inscrições para o Fórum são gratuitas e continuam disponíveis a todos os 
interessados no local do evento.

Conselheiros do CGI.br e representantes da UFG declararam a 8ª edição do 
evento oficialmente aberta. José Luiz Ribeiro Filho (CGI.br) destacou 
que o Fórum acontece desde 2011 com o propósito de debater temas 
contemporâneos da governança da Internet, já Luiz Fernando Martins 
Castro (CGI.br) lembrou da importância do Fórum no calendário anual do 
CGI.br também por ser preparatório para a participação brasileira no 
IGF, que este ano será realizado em Paris. Também durante a abertura, 
Leandro Luís Oliveira (Secretário TI - UFG) enfatizou a relevância da 
programação do VIII Fórum com 27 workshops além das sessões plenárias, e 
coube a Flávia Cruvinel (Pró-Reitora Adjunta de Extensão e Cultura da 
UFG) destacar o lançamento dos dados inéditos da TIC Domicílios, 
enfatizando que os indicadores contribuem para o planejamento de ações 
voltadas para o consumo de bens culturais /on-line/.

Os indicadores inéditos, por sua vez, foram apresentados por Alexandre 
Barbosa (Cetic.br). São *dados da TIC Domicílios* 
<https://cetic.br/tics/domicilios/2017/individuos/> sobre as práticas 
audiovisuais (como assistir a vídeos, programas, filmes ou séries e 
ouvir músicas), criação e disseminação de conteúdos próprios na 
Internet, e também o impacto dos dispositivos e de formas de conexão nas 
atividades culturais. Barbosa promoveu uma reflexão sobre as 
disparidades do acesso às TIC: "Antes de produzir e consumir cultura, 
tenho que estar incluído digitalmente. Existem várias camadas de 
desigualdades que precisam ser analisadas. Mas afinal, como superá-las?"

A presença do País nas redes digitais vem crescendo sem alterar as 
desigualdades persistentes no Brasil, como apenas 30% dos indivíduos de 
classe DE com acesso à Internet nos domicílios. A afirmação é de Sérgio 
Amadeu (CGI.br / UFABC), que lembrou o alto custo da banda larga fixa e 
móvel. "Talvez o ciberespaço seja um universo em disputa, nós precisamos 
disputá-lo", considerou.

Questões de infraestrutura da rede, como o crescente uso da Internet 
exclusivamente pelo telefone celular, especialmente entre indivíduos da 
classe DE, foram abordados por Flávia Lefévre (CGI.br). "Com essa nova 
fase da pesquisa, observamos como o tipo de acesso à Internet influencia 
na utilização de consumo de bens culturais e serviços, como reforça a 
discriminação, a diferença e falta de democratização das políticas 
públicas em nosso país. Precisamos que a infraestrutura seja mais 
distribuída", afirmou.

"A infraestrutura da Internet nasceu às margens da lei, construída por 
um conjunto de cientistas, porém foi invadida pelo mundo dos negócios, 
com a ausência do Estado e de políticas públicas", afirmou Marcos Dantas 
(CGI.br e UFRJ), que refletiu ainda sobre os impactos políticos e 
culturais da Internet na concepção de democracia, espaço público e 
convivência civilizada.

Ainda durante o debate de abertura, Luiz Fernando Martins Castro 
(CGI.br) pontuou a complexidade na revisão na Lei Geral de 
Telecomunicações. Dados da TIC Domicílios sobre o uso de Governo 
Eletrônico também foram comentados pelo conselheiro. "Temos o desafio de 
incrementar a qualidade dos serviços estatais oferecidos /on-line/. É 
uma pauta do país".

*Memória Digital*

A primeira sessão plenária do VIII Fórum da Internet no Brasil, 
realizada na tarde desta segunda-feira (5), reuniu especialistas dos 
diversos setores em debate sobre a "Memória Digital - Políticas para a 
digitalização de acervos, interoperabilidade e modelos de governança". 
Responsável por moderar a discussão, Dalton Martins (Universidade de 
Brasília) refletiu sobre os principais desafios na área de acervos no 
Brasil, entre eles a ausência de uma política nacional de acervos 
digitais, a necessidade de um modelo de baixo custo para digitalização 
de objetos culturais, de uma infraestrutura descentralizada para 
hospedagem dos objetos e metadados, além de um protocolo comum para 
compartilhamento em rede. Na opinião do especialista, também é 
fundamental avançar com experiências de inclusão dos usuários na 
produção de processos colaborativos e participativos nas unidades de 
informação.

Nesse sentido José Murilo Junior (Ibram - Museus) apresentou o projeto 
Tainacan, em implantação em quatro museus brasileiros. A iniciativa 
busca promover por meio da Internet o acesso do cidadão aos bens 
culturais preservados nos museus em todo o território nacional. José 
Murilo enfatizou a importância da aproximação dos diferentes campos 
(museus, bibliotecas, arquivos e centros culturais) em nome de uma 
interoperabilidade dos bens culturais, citando experiências 
internacionais como o Europeana, composto por 175 instituições de 
memória e que possui 54 milhões de objetos digitalizados.

A perspectiva da infraestrutura foi comentada na plenária por José Luiz 
Ribeiro Filho (CGI.br), que pontuou duas grandes frentes de problemas a 
serem enfrentados: a preservação e integração dos acervos e conteúdos 
digitais. O novo /backbone/ da RNP, que disponibilizará canais de 
100Gb/s para a comunidade, é uma das forças elencadas por José Luiz. 
"Vamos ter capacidade suficiente para suportar tráfegos pesados nessa 
infraestrutura", enfatizou. De forma complementar, Bianca Amaro (IBICT) 
lembrou que a cultura e a ciência convivem no mesmo ambiente para 
disseminação e preservação. "Todo o conceito de ciência aberta está 
baseado na democratização da informação. Hoje não se consegue mais 
desenvolver pesquisa sem compartilhamento de informações. O Governo deve 
organizar aquilo que se produz e colocar à disposição da população", 
reforçou.

Também durante a plenária, Gabriel Bevilacqua (Instituto Moreira Salles) 
chamou atenção para a importância das tecnologias da informação e 
comunicação (TIC) para a documentação do acervo. "Dada a tragédia no 
Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, não há 
antítese entre preservação e difusão de acervo. Elas estão sempre 
articuladas". Juliana Monteiro (Wiki Educação Brasil) abordou a falta de 
segurança jurídica para a divulgação das coleções. "Não sabe o que está 
em domínio público, o que pode ser liberado ou não. Os entraves 
jurídicos são um grande desafio para qualquer instituição de memória no 
Brasil", destacou. A especialista defendeu uma mudança de paradigma. "É 
necessário reaprender a construir conhecimento e produzir conteúdo 
visando o acesso amplo, livre e irrestrito, algo que deveria ser a base 
concreta de todas as instituições culturais do país", concluiu.

*Programação*

O VIII Fórum da Internet no Brasil teve início no domingo (4) com 
atividades auto-organizadas por entidades dos setores governamental, 
empresarial, terceiro setor e comunidade científica e tecnológica. A 
programação segue até quarta-feira (7) com /workshops/ sobre temas como 
proteção de dados pessoais, combate à desinformação /on-line/, 
contranarrativas para enfrentamento ao discurso de ódio na Internet, 
criptografia, regulação e direitos humanos, políticas de inclusão 
digital, entre outros, além das sessões plenárias "Internet, Democracia 
e Eleições" e "Plataformas e mercado de dados". Acesse a programação 
completa:*https://forumdainternet.cgi.br/programacao*.

Aqueles que não puderem acompanhar o Fórum presencialmente poderão 
assistir a transmissão ao vivo de toda a programação por meio do canal 
do NIC.br no YouTube (*https://www.youtube.com/NICbrvideos*). Em breve, 
os vídeos com cada apresentação serão disponibilizados no mesmo canal.

*Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br*

O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer 
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da 
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços 
Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a 
disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios de 
multilateralidade, transparência e democracia, o CGI.br representa um 
modelo de governança multissetorial da Internet com efetiva participação 
de todos os setores da sociedade nas suas decisões. Uma de suas 
formulações são os 10 Princípios para a Governança e Uso da Internet 
(*http://www.cgi.br/principios*). Mais informações em *http://www.cgi.br/*.*
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