[Anúncios NIC.br] Escolas estão mais presentes nas redes sociais, mas plataformas de aprendizagem a distância são pouco adotadas

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Ter Jun 9 11:22:48 -03 2020


São Paulo, 9 de junho de 2020

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**Escolas estão mais presentes nas redes sociais, mas plataformas de 
aprendizagem a distância são pouco adotadas**
*/Pesquisa TIC Educação 2019 revela que as redes sociais são um dos 
principais canais de comunicação entre a escola e a família
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No Brasil apenas 28% das escolas localizadas em áreas urbanas contavam 
com um ambiente ou plataforma de aprendizagem a distância, segundo a 
pesquisa *TIC Educação 2019 
<https://cetic.br/pt/pesquisa/educacao/indicadores/>*, divulgada nesta 
terça-feira (9 de junho) pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil 
(CGI.br), por meio do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento 
da Sociedade da Informação (Cetic.br), do Núcleo de Informação e 
Coordenação do Ponto BR (NIC.br). Os dados mostram que esse tipo de 
plataforma voltada para o ensino a distância estava presente em apenas 
14% das escolas públicas urbanas e 64% das particulares urbanas. Em 
2018, esse dado era de 17% e 47%, respectivamente.

A pesquisa também revela que em 2019 aumentou a presença em redes 
sociais das escolas localizadas em áreas urbanas: 79% possuem perfil ou 
página em redes sociais, sendo 73% entre as públicas e 94% entre as 
particulares – números que eram de 67% e 76% em 2018, respectivamente. 
De acordo com a TIC Educação 2019, as redes sociais são um dos 
principais canais de interação entre a escola e a família: na rede 
pública, 54% dessas instituições afirmam utilizá-las como meio de 
comunicação com os pais ou responsáveis, enquanto na rede privada, este 
percentual foi de 79%. Por outro lado, o /e-mail/ institucional é 
utilizado por apenas 16% das escolas públicas e de 63% das particulares.

“A presença das escolas de ensino fundamental e médio no ambiente 
virtual é extremamente importante, especialmente diante das medidas de 
distanciamento impostas pela pandemia COVID-19. Com os jovens longe das 
escolas, as tecnologias se tornaram uma das principais estratégias para 
que os alunos não percam o vínculo com a educação. Tais tecnologias têm 
sido importantes também no suporte remoto às famílias, como meio de 
diálogo entre educadores, pais ou responsáveis e estudantes”, aponta 
Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br.

Em relação ao uso da Internet para a realização de atividades 
pedagógicas em 2019, 77% do total de alunos de escolas urbanas que são 
usuários de Internet utilizavam a rede para fazer trabalhos em grupo, e 
65% para trabalhos escolares à distância. Uma porcentagem menor dos 
alunos (28%) afirmou, ainda, que utiliza a rede para se comunicar com os 
professores. Os docentes, por sua vez, fazem uso da Internet para 
esclarecer dúvidas dos alunos (48%), disponibilizam na rede conteúdos 
para os alunos (51%) e recebem trabalhos enviados pela Internet (35%).

A pesquisa também indica que um percentual importante dos alunos de 
escolas urbanas utiliza as redes sociais para a realização de trabalhos 
escolares: em 2019, 81% usaram este recurso, sendo que 61% disseram 
utilizar o aplicativo de mensagens instantâneas (WhatsApp) para essa 
tarefa, percentual que se manteve estável desde 2018.
*
Desafios de conectividade*
Segundo a TIC Educação 2019, grande parte dos alunos de escolas urbanas 
é usuária de Internet (83%), sendo 88% na região Sudeste, 87% na Sul e 
86% no Centro-Oeste. Nas regiões Norte (73%) e Nordeste (78%), no 
entanto, a porcentagem de alunos com acesso à Internet é menor.

O telefone celular é utilizado para acessar a rede por 98% dos alunos, 
sendo este o único dispositivo de acesso para 18% dos respondentes. O 
acesso exclusivo pelo celular foi maior entre os alunos que residem nas 
regiões Norte (25%) e Nordeste (26%) e entre os estudantes de escolas 
públicas urbanas (21%), dados que evidenciam desigualdades nas condições 
e nas oportunidades de uso das tecnologias entre os estudantes.

Em relação à presença de outros dispositivos de acesso à rede nos 
domicílios, 29% dos alunos de escolas urbanas contam com um /tablet/ em 
casa, 35% com um computador de mesa e 41% com um computador portátil. 
Além disso, 39% dos alunos de escolas públicas não possuem nenhum destes 
dispositivos em casa, o que pode dificultar a realização de atividades 
pedagógicas de forma remota.

“Grande parte das políticas públicas na área da educação têm como foco a 
conectividade na escola, agora o grande desafio é prover aos jovens 
conectividade nos domicílios, para garantir que tenham acesso à 
educação. O tipo de dispositivo, por exemplo, passa a ser um problema, 
uma vez que muitas crianças em domicílios de baixa renda só acessam a 
Internet pelo celular. Além da falta de recursos para o acesso à 
Internet nos domicílios, o fechamento das escolas gera vários outros 
impactos. No caso das áreas rurais, por exemplo, um quarto dos gestores 
de escolas que possuem computadores e Internet afirmam que os recursos 
de tecnologia da instituição estavam disponíveis também para uso da 
comunidade do entorno. Com as escolas fechadas, não só os alunos e 
professores, mas também a comunidade deixa de ter acesso”, explica Barbosa.

*Sala de aula pela Internet*
A pesquisa mostra ainda que a faixa etária é um fator determinante na 
realização de algumas atividades /on-line/ e para o desenvolvimento de 
habilidades digitais. A pesquisa mostra que 48% dos alunos conectados do 
5º ano do Ensino Fundamental leram um livro, um resumo ou um /e-book/ na 
Internet, 40% usaram mapas na Internet e 63% compartilharam na Internet 
um texto, imagem ou vídeo, porcentagens que são maiores entre os alunos 
do 2º ano do Ensino Médio: 65%, 74% e 82%, respectivamente.

Entre as atividades escolares, 93% do total de alunos de escolas urbanas 
usuários de Internet afirmam acessar a rede para pesquisas escolares. Ao 
verificar os usos mais diversificados de tecnologias em atividades de 
aprendizagem, a pesquisa registra porcentagens menores: apenas 24% dos 
alunos do 2º ano do Ensino Médio afirmaram ter utilizado a rede para 
fazer provas e simulados e 16% para participar de cursos à distância.

A pesquisa apresenta ainda que 76% dos alunos do 5º ano afirmam usar a 
Internet para fazer pesquisas para a escola, enquanto 55% usam a rede 
para estudar para provas. O crescimento mais expressivo de uso da rede 
foi para a realização de tarefas e exercícios que os professores passam 
– de 47% em 2018 para 56% na última pesquisa. Entre os docentes de 
escolas públicas urbanas, apenas 48% disseram ter desenvolvido com os 
alunos atividades /on-line/ relacionadas a música, vídeos e fotografia; 
31% fizeram pesquisas em livros e revistas com os alunos e 15% 
elaboraram planilhas e gráficos.

“Os dados evidenciam que as atividades mediadas pelas tecnologias em 
sala de aula estavam mais concentradas na transmissão de conteúdo do que 
na possibilidade de participação dos alunos nas atividades, 
principalmente por conta das condições de acesso às tecnologias pelos 
estudantes e pela carência de oportunidades de formação para os 
educadores. Com um maior contingente de jovens estudando em casa, 
medidas para prover conectividade e desenvolver capacidades para a 
aprendizagem /on-line/ nunca foram tão urgentes e necessárias”, finaliza 
o gerente do Cetic.br.

*Sobre a pesquisa*
Realizada entre os meses de agosto e dezembro de 2019, a pesquisa TIC 
Educação investiga o acesso, o uso e a apropriação das tecnologias de 
informação e comunicação (TIC) nas escolas públicas e particulares 
brasileiras de Ensino Fundamental e Médio, com enfoque no uso pessoal 
desses recursos pela comunidade escolar e em atividades de gestão e de 
ensino e de aprendizagem. Em escolas urbanas, foram entrevistados 
presencialmente 11.361 alunos de 5º e 9º ano do Ensino Fundamental e 2º 
ano do Ensino Médio; 1.868 professores de Língua Portuguesa, de 
Matemática e que lecionam múltiplas disciplinas (anos iniciais do Ensino 
Fundamental); 954 coordenadores pedagógicos e 1.012 diretores. Em 
escolas localizadas em áreas rurais, foram entrevistados 1.403 diretores 
ou responsáveis pela escola.

Para acessar a TIC Educação 2019 na íntegra, assim como rever a série 
histórica, visite *https://cetic.br/*.

*Sobre o Cetic.br
*O Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da 
Informação, do NIC.br, é responsável pela produção de indicadores e 
estatísticas sobre a disponibilidade e o uso da Internet no Brasil, 
divulgando análises e informações periódicas sobre o desenvolvimento da 
rede no País. O Cetic.br é um Centro Regional de Estudos, sob os 
auspícios da UNESCO. Mais informações em *http://www.cetic.br/*.

*Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br
*O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br 
(*https://www.nic.br/*) é uma entidade civil, de direito privado e sem 
fins de lucro, que além de implementar as decisões e projetos do Comitê 
Gestor da Internet no Brasil, tem entre suas atribuições: coordenar o 
registro de nomes de domínio — Registro.br (*https://www.registro.br/*), 
estudar, responder e tratar incidentes de segurança no Brasil — CERT.br 
(*https://www.cert.br/*), estudar e pesquisar tecnologias de redes e 
operações — Ceptro.br (*https://www.ceptro.br/*), produzir indicadores 
sobre as tecnologias da informação e da comunicação — Cetic.br 
(*https://www.cetic.br/*), implementar e operar os Pontos de Troca de 
Tráfego — IX.br (*https://ix.br/*), viabilizar a participação da 
comunidade brasileira no desenvolvimento global da Web e subsidiar a 
formulação de políticas públicas — Ceweb.br (*https://www.ceweb.br* 
<https://www.ceweb.br/>), e abrigar o escritório do W3C no Brasil 
(*https://www.w3c.br/*).

*Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br
*O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer 
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da 
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços 
Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a 
disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios de 
multilateralidade, transparência e democracia, o CGI.br representa um 
modelo de governança multissetorial da Internet com efetiva participação 
de todos os setores da sociedade nas suas decisões. Uma de suas 
formulações são os 10 Princípios para a Governança e Uso da Internet 
(*https://www.cgi.br/principios*). Mais informações em 
*https://www.cgi.br/*.

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