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  </head>
  <body bgcolor="#FFFFFF" text="#000000">
    Porto Alegre, 13 de julho de 2016<br>
    <br>
    <b>Franquia de dados, big data e privacidade pautam encerramento do
      VI Fórum da Internet</b><br>
    <i>Participantes de 25 Estados e do Distrito Federal marcaram
      presença nos três dias de evento</i><br>
    <p>O <a target="_blank" href="http://forumdainternet.cgi.br/"><strong>VI

          Fórum da Internet no Brasil (Pré-IGF Brasileiro)</strong></a>,
      realizado pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br),
      dedicou o último dia de debate a temas de grande repercussão na
      sociedade: planos franqueados e <em>zero rating</em>, <em>big
        data</em> e privacidade. As discussões promovidas por
      representantes do Governo, empresários, acadêmicos, membros de
      organizações da sociedade civil, técnicos, estudantes e usuários
      de Internet contaram, nos três dias do evento, com centenas de
      participantes de 25 Estados e do Distrito Federal, que
      contribuíram ativamente para enriquecer o debate. A programação
      foi encerrada, nesta quarta-feira (13), em Porto Alegre (RS), com
      a síntese das trilhas temáticas e interação do público com
      conselheiros do CGI.br.</p>
    <p>A dificuldade de transparência na relação contratual, no controle
      do consumo pelos consumidores, a falta de investimentos em
      políticas públicas para garantir infraestrutura para
      universalização do acesso foram tópicos destacados pela
      conselheira do CGI.br, Flávia Lefèvre, durante o Seminário
      "Franquia de dados, <em>zero rating</em> e seus impactos no
      desenvolvimento da Internet". “Estudos mostram que 30% da banda é
      consumida por propaganda que você não controla e não consegue
      impedir”, exemplificou, sobre os desafios que as operadoras de
      telecomunicações poderão enfrentar.</p>
    <p>Rubens Kuhl, gerente de produtos e mercado do NIC.br, também
      comentou os problemas para um consumidor leigo julgar qual o plano
      mais adequado num cenário de franquia de dados na banda larga fixa
      e informou que o pico do tráfego na Internet cresce até as 22h,
      horário de maior movimento. Depois da meia noite e até às 11h, o
      tráfego diminui de forma significativa. “Não vi em nenhuma das
      propostas das operadoras qualquer correlação com horário, apesar
      de os investimentos serem feitos em decorrência da capacidade de
      pico”. Para Rubens, “focar na velocidade que pode ser garantida
      durante todo o tempo <em>online</em> seria uma forma mais honesta
      de comunicação com o cliente e permitiria equalizar receitas”.</p>
    <p>Em sua apresentação, Basílio Perez (ABRINT) mostrou-se favorável
      à adoção de franquia na banda larga fixa. “Esse é apenas um modelo
      de negócio. Não existe rede infinita nem dinheiro infinito, todo
      investimento que se faz precisa ter retorno”, enfatizou. Na
      opinião de Basílio, no entanto, há padrões que precisam ser
      respeitados. “Não concordamos com as franquias extremamente baixas
      que foram anunciadas. E também somos contra o bloqueio ao atingir
      a franquia, defendemos a diminuição da velocidade dentro do que
      está no contrato”.</p>
    <p>As origens e consequências do <em>zero rating</em> foram
      detalhadas por Pedro Ramos (mestre em Direito pela FGV-SP), que
      abordou tanto estudos que condenam a prática e revelam efeitos de
      exclusão social e aumento de desigualdade no médio e longo prazo,
      quanto aqueles que mostram efeitos positivos como primeiro passo
      para o uso da Internet. “Sou particularmente contrário ao <em>zero

        rating</em>, acredito que essa prática viola a neutralidade da
      rede e pode dar brecha para criação de ‘corredores exclusivos’”,
      pontuou. O Seminário abordou ainda as posições do Ministério
      Público Federal (MPF) em relação ao <em>zero rating</em>,
      Internet.org e franquia de dados, manifestadas por meio de notas
      técnicas, e debatidas no encontro a partir da apresentação do
      procurador Carlos Bruno.</p>
    <p><strong><em>Big data</em></strong><strong> e privacidade</strong></p>
    <p>Ainda durante a manhã desta quarta-feira (13), o VI Fórum
      promoveu o Seminário "Big Data - oportunidades e desafios
      jurídicos, políticos e sociais", que teve início com as
      contribuições de Jamila Venturini (Centro de Tecnologia e
      Sociedade da FGV/RJ). Em sua apresentação, a pesquisadora destacou
      que a falta de um marco unificado de proteção de dados pessoais,
      somada aos avanços tecnológicos recentes, geram uma insegurança
      jurídica e dão margem a abusos. E chamou atenção para os termos de
      uso e políticas de privacidade recheados de termos técnicos.
      “Temos uma massa de usuários que consentem com algo sem saber
      exatamente o que”, alertou.</p>
    <p>Em complemento, Alexandre Pacheco (FGV-Direito SP), levantou
      questionamentos sobre as ofertas de consentimento com base no
      cenário do <em>big data</em> e da Internet das Coisas. “Como
      posso consentir o uso dos meus dados diante de cenários incertos,
      sem saber as potencialidades de cruzamentos futuros que podem ser
      feitos?”, indagou. Na perspectiva da proteção individual, Pacheco
      convidou à reflexão sobre a eficiência das técnicas de
      anonimização e como elas podem ser aprimoradas.</p>
    <p>A exploração econômica das bases de dados integradas foi
      analisada no Seminário por Rafael Evangelista (Unicamp - LAVITS).
      “Os dados pessoais são o novo petróleo. Acho essa comparação muito
      interessante porque envolve o valor dos dados em si, o direito de
      exploração no mercado futuro e o controle das reservas. Quem
      controla as bases de dados consegue fazer previsões, identificar
      tendências e aumentar seu poder econômico”, enfatizou. Moderador
      do debate, o conselheiro do CGI.br, Marcos Dantas, reforçou a
      necessidade de debater soluções. “O consentimento me parece
      compulsório. Até que ponto essa questão é aceitável? Precisamos
      construir alternativas, usar serviços sem que tenhamos a obrigação
      de fornecer nossos dados”.</p>
    <p>Ainda na proposta de buscar outras opções, Andriei Gutierrez
      (IBM) defendeu uma lei de proteção de dados pessoais baseada em
      princípios como proporcionalidade, segurança e transparência.
      “Também consideramos necessário que uma autoridade de proteção de
      dados seja criada. O <em>big data</em> está ai para ficar, o
      tsunami digital está chegando”, ressaltou.</p>
    <p><strong>6ª edição</strong></p>
    <p>O VI Fórum da Internet, realizado em Porto Alegre, de segunda
      (11) a quarta-feira (13), chegou ao fim com a explanação dos
      consensos, dissensos e pontos a serem aprofundados a partir das
      discussões promovidas nas trilhas Universalização e Inclusão
      Digital, Segurança e Direitos na Internet, Conteúdos e Bens
      Culturais, Inovação e Capacitação Tecnológica. Nos três dias de
      evento, foram dezenas de atividades, entre elas, <em>workshops</em>,
      desconferências e a exibição de documentários. Relembre os
      principais destaques do <strong><a target="_blank"
href="http://www.cgi.br/noticia/releases/vi-forum-da-internet-aprofunda-debate-sobre-seguranca-e-direitos-inclusao-digital-inovacao-e-bens-culturais/">primeiro</a></strong>
      e <strong><a target="_blank"
href="http://www.cgi.br/noticia/releases/defesa-da-diversidade-e-tolerancia-na-rede-marca-segundo-dia-do-vi-forum-da-internet/">segundo</a></strong>
      dia do VI Fórum da Internet no Brasil. E reveja na íntegra, no
      canal do NIC.br no YouTube, todas as discussões das trilhas e
      seminários: <strong><a target="_blank"
          href="https://www.youtube.com/NICbrvideos/">https://www.youtube.com/NICbrvideos/</a></strong>.</p>
    <p><strong>Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR –
        NIC.br</strong></p>
    <p>O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br (<span><a
          href="http://www.nic.br/"><strong></strong></a><strong><a
            class="moz-txt-link-freetext" href="http://www.nic.br/"><a class="moz-txt-link-freetext" href="http://www.nic.br/">http://www.nic.br/</a></a></strong></span>)
      é uma entidade civil, sem fins lucrativos, que implementa as
      decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil. São
      atividades permanentes do NIC.br coordenar o registro de nomes de
      domínio — Registro.br (<span><a href="http://www.registro.br/"><strong>http://www.registro.br/</strong></a></span>),

      estudar, responder e tratar incidentes de segurança no Brasil -
      CERT.br (<span><a href="http://www.cert.br/"><strong>http://www.cert.br/</strong></a></span>),

      estudar e pesquisar tecnologias de redes e operações — Ceptro.br (<span><a
          href="http://www.ceptro.br/"><strong></strong></a><strong><a
            class="moz-txt-link-freetext" href="http://www.ceptro.br/"><a class="moz-txt-link-freetext" href="http://www.ceptro.br/">http://www.ceptro.br/</a></a></strong></span>),

      produzir indicadores sobre as tecnologias da informação e da
      comunicação — Cetic.br (<span><a href="http://www.cetic.br/"><strong>http://www.cetic.br/</strong></a></span>),

      implementar e operar os Pontos de Troca de Tráfego — IX.br (<span><a
          href="http://ix.br/"><strong></strong></a><strong><a
            class="moz-txt-link-freetext" href="http://ix.br/"><a class="moz-txt-link-freetext" href="http://ix.br/">http://ix.br/</a></a></strong></span>),


      viabilizar a participação da comunidade brasileira no
      desenvolvimento global da Web e subsidiar a formulação de
      políticas públicas — Ceweb.br (<span><a
          href="http://www.ceweb.br/"><strong></strong></a><strong><a
            class="moz-txt-link-freetext" href="http://www.ceweb.br"><a class="moz-txt-link-freetext" href="http://www.ceweb.br">http://www.ceweb.br</a></a></strong></span>),

      e abrigar o escritório do W3C no Brasil (<span><a
          href="http://www.w3c.br/"><strong></strong></a><strong><a
            class="moz-txt-link-freetext" href="http://www.w3c.br/"><a class="moz-txt-link-freetext" href="http://www.w3c.br/">http://www.w3c.br/</a></a></strong></span>).<strong>
        <br>
      </strong></p>
    <p><strong>Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br</strong></p>
    <p>O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por
      estabelecer diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e
      desenvolvimento da Internet no Brasil, coordena e integra todas as
      iniciativas de serviços Internet no País, promovendo a qualidade
      técnica, a inovação e a disseminação dos serviços ofertados. Com
      base nos princípios do multissetorialismo e transparência, o
      CGI.br representa um modelo de governança da Internet democrático,
      elogiado internacionalmente, em que todos os setores da sociedade
      são partícipes de forma equânime de suas decisões. Uma de suas
      formulações são os 10 Princípios para a Governança e Uso da
      Internet (<span><a href="http://www.cgi.br/principios"><strong>http://www.cgi.br/principios</strong></a></span>).

      Mais informações em <strong><a href="http://www.cgi.br/">http://www.cgi.br/</a></strong>.</p>
    <strong>Flickr: <a href="http://www.flickr.com/NICbr/">http://www.flickr.com/NICbr/</a></strong><br>
    <strong>Twitter: <a href="http://www.twitter.com/comuNICbr/">http://www.twitter.com/comuNICbr/</a></strong><br>
    <strong>YouTube: <a href="http://www.youtube.com/nicbrvideos">http://www.youtube.com/nicbrvideos</a>
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    </a>Os releases e comunicados do NIC.br e CGI.br são enviados aos
    inscritos na lista <a moz-do-not-send="true"
      class="moz-txt-link-abbreviated" href="mailto:anuncios@nic.br">anuncios@nic.br</a>
    sempre que publicados em nossos sítios. Caso não queira mais
    recebê-los, siga as instruções disponíveis <a
      moz-do-not-send="true"
      href="https://mail.nic.br/mailman/listinfo/anuncios">aqui</a>.<br>
    <br>
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