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São Paulo, 21 de setembro de 2017<br>
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<b>Workshop debate os impactos da exposição de crianças e
adolescentes na Internet</b><br>
<i>Promovido pelo CGI.br e NIC.br, encontro discutiu temas como
privacidade, TIC na educação, promoção de liberdade e direitos
humanos</i>
<p>O uso consciente, ético e protagonista da Internet por crianças e
adolescentes esteve no centro de debate do <strong><a
href="http://workshopexposicaonainternet.nic.br/"
target="_blank">2º <em>Workshop</em> “Impactos da Exposição
de Crianças e Adolescentes na Internet”</a></strong>.
Interessados no assunto participaram das discussões do evento,
promovido pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e
Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) em
parceria com a SaferNet, no dia 18 de setembro, em São Paulo.<br>
<br>
Na abertura do encontro, Kelli Angelini (NIC.br), agradeceu a
presença dos participantes e ressaltou a importância em dar
continuidade a esse tipo de diálogo. Luiz Fernando Martins Castro
(CGI.br), lembrou que a juventude está totalmente conectada,
enalteceu a necessidade de crianças e adolescentes desenvolverem
para serem protagonistas desse cenário, e não meramente
consumidores de conteúdo como ocorre hoje no Brasil. “À medida que
avançamos nessa incapacitação da população, nós aumentamos o fosso
econômico e digital, o que vai agravar as diferenças e injustiças
em nossa sociedade”, completou.<br>
<br>
Thiago Tavares (CGI.br e SaferNet Brasil) destacou que o <em>Workshop</em>
foi pensado para promover um olhar sobre diferentes aspectos do
que vem a ser os impactos de exposição de crianças e adolescentes
na Internet. Segundo ele, esses aspectos são sentido em diversas
áreas e campos, como a segurança pública, ética, cidadania, no
exercício e promoção de direitos.<br>
<br>
Angelini iniciou o primeiro painel, estimulando o debate sobre a
necessidade de ensinar a esse público valores éticos e morais,
sejam eles para uma educação digital ou não. “Os pais precisam
fazer uma reflexão sobre como utilizam as novas tecnologias e como
agem em casa em relação ao próprio uso delas. Não adianta somente
instalar um <em>software</em> de controle parental e achar que
tudo está resolvido. É preciso ser exemplo, acompanhar e instruir
os filhos”, ressaltou.<br>
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Para exemplificar o cenário de uso e acesso da Internet no Brasil,
Fábio Senne (Cetic.br/NIC.br) trouxe indicadores das recentes
edições das pesquisas TIC Kids Online Brasil, TIC Educação e TIC
Domicílios. Além de citar as diferenças regionais no acesso, entre
áreas urbanas e rurais e na própria escola, o especialista lembrou
que a orientação voltada a crianças sobre o uso da Internet vem
mais dos professores do que dos pais. “Já no caso dos
adolescentes, nem de um e nem de outro. Eles se orientam,
sozinhos, sobre o uso.”<br>
<br>
O painel trouxe ainda a apresentação de um estudo qualitativo
sobre o uso da Internet por crianças e adolescentes sob a
perspectiva de gênero, apresentado por Tatiana Jereissati
(Cetic.br) e promovido em parceria com a Flacso (Faculdade
Latino-Americana de Ciências Sociais da Argentina). A
pesquisadora, ao mostrar exemplos de respostas, disse que o
levantamento mostrou que existe uma maior preocupação e controle
(inclusive dos pais) sobre a exposição e comportamento das
meninas. Enquanto os meninos são orientados a não terem um
discurso de ódio na Internet, às meninas cabe se preocuparem em
não exporem seu corpo e a serem mais recatadas.<br>
<br>
Em seguida, Debora Sebriam (Instituto Educadigital) e Drica Guzzi
(Escola do Futuro - USP), participaram do segundo debate, com a
mediação de Karolyne Utomi (NIC.br), sobre a incorporação dos
desafios das tecnologias no processo de ensino e aprendizagem. Na
visão de Sebriam, para o aluno ser protagonista é preciso mudar a
dinâmica na sala de aula e reprogramar a comunidade escolar.
“Precisamos refletir sobre como trazer novos processos e novas
tecnologias para ter um aluno autor e um professor desafiador.”
Guzzi trouxe reflexões sobre mediação de uso e conteúdo por parte
dos pais, sem que para isso ajam de forma autoritária e
moralizadora; também falou sobre a importância da participação dos
alunos no dia a dia da escola e sobre como esse espaço deve ser de
experimentação e preparação para a vida.<br>
<br>
As estratégias de educação para cultura digital nas escolas foram
comentadas por Regina de Assis (Associação de Comunicação
Educativa Roquette Pinto) e Cristina Sleiman (OAB/SP), em painel
mediado por Francisco Mendes (Pesquisador Educacional). A
Professora Regina destacou a necessidade de diálogo constante
entre professores, gestores, pais e responsáveis, e afirmou que em
uma sociedade do espetáculo, professores e educadores se indagam
sobre quais ao valores dessas novas gerações dentre suas diversas
linguagens. Segundo ela, também é vital que os professores
entendam que estão lidando com seres humanos que estão, durante
todo o ano letivo, constituindo e reconstituindo suas identidades.<br>
<br>
Sleiman completou a reflexão ao afirmar ser necessário trabalhar
com as crianças e adolescentes, em casa e na escola, valores como
senso ético e respeito ao próximo, além de capacitar professores e
sensibilizar a população como um todo sobre os riscos da exposição
excessiva na Internet. “É preciso desenvolver a capacidade nos
alunos de reconhecer os riscos e decidir que atitudes tomar quando
se deparam com eles. O professor deve estar preparado para
orientar o estudante diante de um determinado incidente que pode
ter sofrido.”<br>
<br>
O quarto painel do Workshop, “Políticas públicas para proteção de
crianças e adolescente: Desafios na promoção das liberdades com
segurança”, trouxe reflexões sobre acesso e promoção de direitos
na Internet. Priscila Schreiner (MPF) mediou a atividade, que teve
como painelistas Gabriela Mora (Unicef) e Heloiza Egas (Ministério
dos Direitos Humanos). Para Mora, que apresentou o potencial das
TIC para atingir as metas do desenvolvimento sustentável da ONU,
as tecnologias tem um grande potencial para trabalhar questões de
desenvolvimento. Egas falou sobre o cruzamento dos direitos da
criança e a Internet ao abordar o conjunto de direitos que estão
no Estatuto da Criança e do Adolescente e em outras legislações.
“Nosso desafio é pensar como garantir o exercício de direitos que
estão enunciados off-line, que foram formulados em um momento que
a Internet não existia ou não tinha o alcance que tem hoje. Para
isso, precisamos entender como crianças e adolescentes se
relacionam com esse mundo.”<br>
<br>
No período da tarde, uma oficina sobre softwares de controle
parental discutiu o papel desse tipo de ferramentas no processo
educacional e a interação deles com a privacidade e a autonomia.
Moderado por Adriana Cansian (Resh Cyber Defense), a apresentação
contou com Roberto Gutierrez (Google Brasil), que apresentou as
iniciativas da empresa sobre aplicativos, ferramentas e outras
ações relacionadas à segurança de crianças e adolescentes na
Internet. “Cada família tem um jeito de tratar esse assunto, então
nosso papel é prover ferramentas para isso”. Gutierrez também
reforçou a importância de que as crianças sejam incentivadas a
promover discursos positivos no uso da Internet. Fabro Steibel
(ITS-Rio) exemplificou os diferentes tipos de softwares de
controle para conteúdos no sistema operacional, no navegador, na
loja de aplicativos e nos provedores de aplicação. “Todos eles vão
fazer a mesma coisa: tomar uma pré-decisão por você, com base em
algoritmos, para dizer se aquele conteúdo é ou não indicado”. Mas
ele reforçou que independente do sistema de controle parental que
se escolha, é fundamental o acompanhamento dos pais, devido a
natureza curiosa de toda criança que sempre tentará e muitas vezes
conseguirá burlar esse sistema.<br>
<br>
No painel sobre "desafios" violentos na rede, moderado por
Alessandra Borelli (Nethics - Educação Digital), a experiência do
Instituto DimiCuida em relação à conscientização de crianças e
adultos foi apresentada por Fabiana Vasconcelos. Em sua
apresentação foram expostos os diferentes sinais e motivações
relacionados a essa prática, bem como orientações para pais,
professores e responsáveis ao abordar o assunto com os jovens. “É
preciso proporcionar atividades reflexivas para que a criança
tenha discernimento sobre a réplica desses conteúdos, dentro ou
fora da Internet”, ressaltou. Juliana Cunha, da Safernet Brasil,
apresentou um histórico sobre o desafio “Baleia Azul”, com ênfase
nas proporções de sua repercussão. “A abordagem de fenômenos
violentos influencia sua disseminação”, comentou. No mesmo
sentido, demonstrou como a busca por informações de qualidade
contribuiu para que a prática fosse combatida: “informações de
qualidade, serviços apropriados são sim bem-vindos nesse contexto,
especialmente num contexto onde a informação se dissemina muito
rápido e a desinformação ainda mais”, completou.<br>
<br>
No último painel do evento, sobre Internet dos brinquedos, Rodrigo
Nejm (Safernet Brasil) e Isabella Henriques (Instituto Alana)
comentaram os novos desafios para a proteção dos dados pessoais de
crianças e adolescentes com a proliferação de smart brinquedos e
brinquedos conectados. Rodrigo ponderou a relação entre aspectos
teoricamente positivos e outros que podem ser encarados como
negativos no uso da Internet: “diferenciar oportunidades de uso
das tecnologias digitais não significa imediatamente que eles
produzem benefícios na vida das crianças e adolescentes. Da mesma
forma, o fato de haver riscos não significa que eles produzem
danos. Mais do que eliminar riscos ou exaltar as oportunidades, é
importante criar mecanismos para concretizar benefícios e
minimizar os danos”, relatou. Isabella apresentou as discussões do
programa Prioridade Absoluta, sobre a defesa e promoção dos
direitos das crianças em suas comunidades. Comentou ainda os
desafios à privacidade durante o uso desses novos brinquedos:
“muitas vezes o consumidor de brinquedos conectados não tem
conhecimento sobre a coleta de dados feita por eles e de quais
poderiam ser os prejuízos delas”.<br>
<br>
Os vídeos com todas as apresentações do Workshop <a
href="https://www.youtube.com/user/NICbrvideos/videos"
target="_blank"><strong>estão disponíveis</strong></a> no canal
do NIC.br no YouTube, e as fotos do evento serão publicadas em
breve no canal da entidade no Flickr.<br>
</p>
<strong>Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR –
NIC.br</strong>
<p>O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br (<a
href="http://www.nic.br/"><strong></strong></a><strong><a
class="moz-txt-link-freetext" href="http://www.nic.br/"><a class="moz-txt-link-freetext" href="http://www.nic.br/">http://www.nic.br/</a></a></strong>)
é uma entidade civil, de direito privado e sem fins de lucro, que
além de implementar as decisões e projetos do Comitê Gestor da
Internet no Brasil, tem entre suas atribuições: coordenar o
registro de nomes de domínio — Registro.br (<a
href="http://www.registro.br/"><strong></strong></a><strong><a
class="moz-txt-link-freetext" href="http://www.registro.br/"><a class="moz-txt-link-freetext" href="http://www.registro.br/">http://www.registro.br/</a></a></strong>),
estudar, responder e tratar incidentes de segurança no Brasil —
CERT.br (<a href="http://www.cert.br/"><strong>http://www.cert.br/</strong></a>),
estudar e pesquisar tecnologias de redes e operações — Ceptro.br (<a
href="http://www.ceptro.br/"><strong></strong></a><strong><a
class="moz-txt-link-freetext" href="http://www.ceptro.br/"><a class="moz-txt-link-freetext" href="http://www.ceptro.br/">http://www.ceptro.br/</a></a></strong>),
produzir indicadores sobre as tecnologias da informação e da
comunicação — Cetic.br (<a href="http://www.cetic.br/"><strong>http://www.cetic.br/</strong></a>),
implementar e operar os Pontos de Troca de Tráfego — IX.br (<a
href="http://ix.br/"><strong></strong></a><strong><a
class="moz-txt-link-freetext" href="http://ix.br/"><a class="moz-txt-link-freetext" href="http://ix.br/">http://ix.br/</a></a></strong>),
viabilizar a participação da comunidade brasileira no
desenvolvimento global da Web e subsidiar a formulação de
políticas públicas — Ceweb.br (<a href="http://www.ceweb.br/"><strong>http://www.ceweb.br</strong></a>),
e abrigar o escritório do W3C no Brasil (<a
href="http://www.w3c.br/"><strong></strong></a><strong><a
class="moz-txt-link-freetext" href="http://www.w3c.br/"><a class="moz-txt-link-freetext" href="http://www.w3c.br/">http://www.w3c.br/</a></a></strong>).</p>
<p><strong>Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br</strong></p>
<p>O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por
estabelecer diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e
desenvolvimento da Internet no Brasil, coordena e integra todas as
iniciativas de serviços Internet no País, promovendo a qualidade
técnica, a inovação e a disseminação dos serviços ofertados. Com
base nos princípios do multissetorialismo e transparência, o
CGI.br representa um modelo de governança da Internet democrático,
elogiado internacionalmente, em que todos os setores da sociedade
são partícipes de forma equânime de suas decisões. Uma de suas
formulações são os 10 Princípios para a Governança e Uso da
Internet (<a href="http://www.cgi.br/principios"><strong>http://www.cgi.br/principios</strong></a>).
Mais informações em <a href="http://www.cgi.br/"><strong>http://www.cgi.br/</strong></a>.</p>
<strong>Flickr:</strong><strong> <a class="moz-txt-link-freetext"
href="http://www.flickr.com/NICbr/">http://www.flickr.com/NICbr/</a><br>
Twitter:</strong><strong> <a class="moz-txt-link-freetext"
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YouTube:</strong><strong> <a class="moz-txt-link-freetext"
href="http://www.youtube.com/nicbrvideos">http://www.youtube.com/nicbrvideos</a><br>
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</a></strong><br>
<strong></strong>Os releases e comunicados do NIC.br e CGI.br são
enviados aos inscritos na lista<strong> <strong><a
class="moz-txt-link-abbreviated" href="mailto:anuncios@nic.br"><a class="moz-txt-link-abbreviated" href="mailto:anuncios@nic.br">anuncios@nic.br</a></a>
</strong></strong>sempre que publicados em nossos sítios. Caso não
queira mais recebê-los, siga as instruções disponíveis<strong> <strong><a
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href="https://mail.nic.br/mailman/listinfo/anuncios">aqui</a></strong></strong>.<br>
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