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<p>São Paulo, 4 de outubro de 2018</p>
<p><b>Conferência Web.br 2018 promove aprendizado na prática das
tecnologias Web mais inovadoras</b><br>
<em>Primeiro dia de evento contou com workshops sobre machine
learning, inteligência artificial, realidade virtual, entre
outros temas. Programação segue nesta sexta-feira (5) com as
apresentações dos keynote speakers</em></p>
<p>A <span><a href="http://conferenciaweb.w3c.br/" target="_blank"><strong>10ª
edição da Conferência Web.br</strong></a></span> teve início
nesta quinta-feira (4) promovendo o aprendizado na prática sobre
as tecnologias Web mais inovadoras. Os participantes tiveram a
oportunidade de colocar a mão na massa e aprender a desenhar
projetos de dados e inteligência artificial, construir cenas de
realidade virtual na Web, aplicar as diretrizes de acessibilidade
do W3C em projetos de inteligência artificial, gerir dados
abertos, além de técnicas para enganar <em>machine learning</em>
(aprendizado de máquina), entre outros assuntos. Realizado pelo
Centro de Estudos sobre Tecnologias Web (Ceweb.br) do Núcleo de
Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), com apoio do
Escritório Brasileiro do World Wide Web Consortium (W3C Brasil), o
evento segue nesta sexta-feira (5) com <strong><a
href="https://conferenciaweb.w3c.br/#destaques"
target="_blank">palestras de renomados <em>keynote speakers</em></a></strong>.
Ainda é possível adquirir ingressos no local (Centro de Convenções
Rebouças, em São Paulo).</p>
<p>"A Web na era da computação cognitiva" é o tema que impulsiona os
debates deste ano da Conferência Web.br, já consagrada como
principal espaço brasileiro de discussão sobre as tendências e
boas práticas de desenvolvimento Web. Nesse sentido, um dos
assuntos do momento, <em>machine learning</em> esteve em pauta em
<em>workshop</em> ministrado por Sofia Marshallowitz
(desenvolvedora de tecnologias aplicadas ao Direito na Opice Blum
Advogados). É um ramo da inteligência artificial preocupado com o
<em>design</em> e desenvolvimento de algoritmos que permite aos
computadores identificarem e aprenderem novos padrões, introduziu
a especialista. Serviços de <em>streaming</em> que recomendam
filmes e séries a partir dos hábitos de navegação dos usuários, <em>chatbots</em>
e carros autônomos são exemplos concretos do uso de <em>machine
learning.</em></p>
<p>Durante <em>workshop</em>, Sofia elencou os fatores que afetam o
desempenho do <em>machine learning</em>, entre eles, os tipos de
treinamento fornecidos e os algoritmos de aprendizado usados. Ela
comentou o funcionamento do <em>adversarial</em> <em>machine
learning</em>, campo de pesquisa que está na interseção entre
aprendizado de máquina e segurança de computadores. "Envolvem
situações em que os atacantes tentam influenciar ou corromper o
próprio <em>machine learning</em>. Esse envenenamento acontece na
fase de treinamento da máquina”, explicou Sofia.</p>
<p>Dá para se prevenir? “Não temos um método 100% seguro, pois é
algo volátil. Na hora de treinar a máquina, sugiro colocar dado
sujo, ruído, informação incorreta para observar como ela irá
responder”, recomendou a especialista, enfatizando a importância
de que a segurança seja contemplada em todas as fases dos
projetos.</p>
<p>Outro tópico em alta, a Gestão de Dados Abertos foi analisada em
<em>workshop</em> com a participação de diversos especialistas,
entre eles Alexandre Barbosa (gerente do Cetic.br) e Vagner Diniz
(gerente do Ceweb.br), que chamou a atenção para a mudança de
parâmetros sobre o consumo de dados. "Há correntes de pesquisas
que incentivam a liberação total de dados e, muitas vezes, o que
acontece é que eles ficam disponíveis, mas são pouco consumidos.
Já outras correntes defendem a co-criação de valores dos dados
abertos. Não se vende mais produtos, mas sim a experiência
atrelada a um produto ou serviço digital. A gestão de dados deve,
portanto, levar em conta esses fundamentos”, destacou.</p>
<p><strong>Acessibilidade</strong></p>
<p>A Web.br 2018 também aprofundou questões relevantes da
acessibilidade na Web, seja no cenário das publicações digitais,
seja no campo da inteligência artificial. "A acessibilidade não é
um acessório, um recurso, nem de um livro digital e nem de um
sítio <em>web</em>. É um requisito básico. Precisamos trabalhar
bastante nessa direção, é importante que todos estejam
conscientes", enfatizou José Fernando Tavares (fundador e diretor
na Booknando Livros) durante a apresentação sobre acessibilidade e
semântica nas publicações digitais em formato ePub3.</p>
<p>Tavares trouxe <em>insights</em> do que pode ser feito para
melhorar o trabalho relacionado aos livros digitais e comentou
áreas que podem ser exploradas por profissionais Web. "Como levar
o design e a experiência do usuário para a produção dos livros?
Esse é um campo a ser explorado pelos profissionais de UX (<em>user
experience</em>). No mercado editorial, também há uma carência
de sistemas que integrem melhor o fluxo de trabalho, desde a
construção do livro, passando pela revisão, até o momento da
publicação".</p>
<p>Para Tavares, investir em recursos de acessibilidade é também
aprimorar o uso de tecnologias promissoras. “A acessibilidade não
é apenas para nós, seres humanos. Ela é fundamental para sistemas
de inteligência artificial e computação cognitiva, pois irá
facilitar o acesso as informações publicadas. A semântica passa a
ser muito importante”, afirmou Tavares, que recomendou duas
documentações essenciais para ePub:<strong> <a
href="https://www.w3.org/Translations/WCAG20-pt-br/"
target="_blank">Web Content Accessibility Guidelines (WCAG)
2.0</a></strong>, do W3C, e <strong><a
href="http://www.idpf.org/epub/a11y/accessibility.html"
target="_blank">EPUB Accessibility 1.0</a></strong> (alavanca
e reforça os requisitos do WCAG e acrescenta requisitos próprios
para o ePub).</p>
<p>Aprofundando o tema, Marcelo Sales (UX Designer no Itaú Unibanco)
mostrou na prática como aplicar a WCAG (as Diretrizes de
Acessibilidade para Conteúdo Web) em projetos de inteligência
artificial. “Estudar WCAG é demorado e complicado. A solução que
encontrei para facilitar esse processo foi produzir um <em>tool
kit</em> de acessibilidade”, informou o especialista, que
distribuiu o material (conjunto de cartas) aos participantes do <em>workshop</em>
e lançou o desafio: Quais critérios de sucesso você acredita serem
relevantes para a construção de um <em>chatbot</em> acessível?</p>
<p>Marcelo apresentou quatro princípios do WCAG que guiaram a
atividade: o <em>chatbot </em>deve ser perceptível (por exemplo,
aos olhos, ouvidos e tato), operável (por mouse, por teclado e por
voz), compreensível (conteúdo claro e sem ambiguidade) e robusto
(tem que funcionar em qualquer lugar). “Quando temos a
oportunidade de construir juntos, de mostrar exemplos práticos
fica muito mais simples conscientizar as pessoas sobre a
importância da acessibilidade. Usamos um exemplo de AI, mas
podemos substitui-lo por qualquer projeto.”</p>
<p><strong>Inteligência artificial</strong></p>
<p>Em mais uma atividade no estilo “mão na massa”, Carolina Bigonha,
cofundadora e diretora de Impacto da Hekima, ensinou como desenhar
projetos de dados e inteligência artificial. A especialista trouxe
um caso de estudo sobre a evasão de alunos de uma faculdade e
incentivou que os participantes preenchessem um canvas com os
desafios, análises e ações, além de questões éticas.</p>
<p>"No desenho da solução, menos é mais. Os dados que as empresas já
têm muitas vezes são tão inexplorados que se utilizarmos
conseguiremos obter um bom resultado", pontuou Carolina, lembrando
ainda que "80% do esforço de um projeto é colocar os dados para
serem processados. É um trabalho minucioso, pois existem muitos
problemas de qualidade dos dados".</p>
<p>A especialista também alertou que modelos automatizados podem
tomar decisões sensíveis, por exemplo, em casos de concessão de
crédito. "Apesar de ter 'artificial' no nome, é um sistema humano,
existe interferência humana em partes do processo, a começar pela
preparação dos dados. Para todos os projetos precisamos do olhar
de AI centrado em pessoas”, salientou.</p>
<p>Neste primeiro dia de evento, desenvolvedores, <em>designers</em>,
gestores, estudantes e usuários de Internet também tiveram a
oportunidade de construir cenas de realidade virtual na Web a
partir dos avanços do Framework A-frame, da Mozilla, de aprender a
criar e avaliar a usabilidade de sistemas conversacionais, como <em>chatbots</em>,
de entender o funcionamento da acessibilidade no contexto dos
Frameworks de JavaScript, entre outros assuntos. Os <em>workshops</em>
dividiram espaço com uma experiência multissensorial de realidade
virtual do Greenpeace. Os participantes da Web.br podem fazer uma
imersão na tribo indígena Munduruku, não só por meio de visão e
audição, mas envolvendo sentidos como tato e olfato.</p>
<p><strong>Programação<br>
</strong>As discussões sobre computação cognitiva, inteligência
artificial e acessibilidade na Web, entre outros temas, serão
aprofundadas nesta sexta-feira (5), segundo dia de evento, com as
apresentações dos <em>keynote speakers</em> Virgílio Almeida
(UFMG e Universidade de Harvard), Peter Nordström (Google), Thiago
Cardoso (Hekima), Léonie Watson (The Paciello Group) e Chaals
Nevile (Enterprise Ethereum Alliance). A relação completa de
palestras da Conferência Web.br 2018 está disponível no endereço:
<span><a href="http://conferenciaweb.w3c.br/" target="_blank"><strong>http://conferenciaweb.w3c.br/</strong></a></span>.</p>
<p><strong> Sobre o Ceweb.br</strong></p>
<p>O Centro de Estudos sobre Tecnologias Web (Ceweb.br), do NIC.br,
tem como missão disseminar e promover o uso de tecnologias abertas
na Web, fomentar e impulsionar a sua evolução no Brasil por meio
de estudos, pesquisas e experimentações de novas tecnologias. No
escopo de atividades desenvolvidas pelo Centro, destacam-se o
estímulo às discussões sobre o ecossistema da Web e a preparação
de subsídios técnicos à elaboração de políticas públicas que
fomentem esse ecossistema como meio de inovação social e prestação
de serviços. Mais informações em <span><a
href="http://www.ceweb.br/"><strong>http://www.ceweb.br/</strong></a></span>.</p>
<p><strong>Sobre o Escritório Brasileiro do W3C</strong></p>
<p>Por deliberação do CGI.br, o NIC.br agrega as atividades do
escritório do W3C no Brasil - o primeiro na América do Sul. O W3C
é um consórcio internacional que tem como missão conduzir a Web ao
seu potencial máximo, criando padrões e diretrizes que garantam
sua evolução permanente. Mais de 80 padrões foram já publicados,
entre eles HTML, XML, XHTML e CSS. O W3C no Brasil reforça os
objetivos globais de uma Web para todos, em qualquer dispositivo,
baseada no conhecimento, com segurança e responsabilidade. Mais
informações em: <span><a href="http://www.w3c.br/"><strong>http://www.w3c.br/</strong></a></span>.</p>
<p><strong>Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR –
NIC.br</strong></p>
<p>O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br (<span><a
href="http://www.nic.br/"><strong>http://www.nic.br/</strong></a></span>)
é uma entidade civil, de direito privado e sem fins de lucro, que
além de implementar as decisões e projetos do Comitê Gestor da
Internet no Brasil, tem entre suas atribuições: coordenar o
registro de nomes de domínio — Registro.br (<span><a
href="http://www.registro.br/"><strong>http://www.registro.br/</strong></a></span>),
estudar, responder e tratar incidentes de segurança no Brasil —
CERT.br (<span><a href="http://www.cert.br/"><strong>http://www.cert.br/</strong></a></span>),
estudar e pesquisar tecnologias de redes e operações — Ceptro.br (<span><a
href="http://www.ceptro.br/"><strong>http://www.ceptro.br/</strong></a></span>),
produzir indicadores sobre as tecnologias da informação e da
comunicação — Cetic.br (<span><a href="http://www.cetic.br/"><strong>http://www.cetic.br/</strong></a></span>),
implementar e operar os Pontos de Troca de Tráfego — IX.br (<span><a
href="http://ix.br/"><strong>http://ix.br/</strong></a></span>),
viabilizar a participação da comunidade brasileira no
desenvolvimento global da Web e subsidiar a formulação de
políticas públicas — Ceweb.br (<span><a
href="http://www.ceweb.br/"><strong>http://www.ceweb.br</strong></a></span>),
e abrigar o escritório do W3C no Brasil (<span><a
href="http://www.w3c.br/"><strong>http://www.w3c.br/</strong></a></span>).</p>
<p><strong>Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br</strong></p>
<p>O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por
estabelecer diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e
desenvolvimento da Internet no Brasil, coordena e integra todas as
iniciativas de serviços Internet no País, promovendo a qualidade
técnica, a inovação e a disseminação dos serviços ofertados. Com
base nos princípios de multilateralidade, transparência e
democracia, o CGI.br representa um modelo de governança
multissetorial da Internet com efetiva participação de todos os
setores da sociedade nas suas decisões. Uma de suas formulações
são os 10 Princípios para a Governança e Uso da Internet (<span><a
href="http://www.cgi.br/principios"><strong>http://www.cgi.br/principios</strong></a></span>).
Mais informações em <span><a href="http://www.cgi.br/"><strong>http://www.cgi.br/</strong></a></span>.<strong>
<br>
</strong></p>
<strong>Flickr:</strong><strong> <a class="moz-txt-link-freetext"
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</a></strong><br>
<strong></strong>Os releases e comunicados do NIC.br e CGI.br são
enviados aos inscritos na lista<strong> <strong><a
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</strong></strong>sempre que publicados em nossos sítios. Caso não
queira mais recebê-los, siga as instruções disponíveis<strong> <strong><a
href="https://mail.nic.br/mailman/listinfo/anuncios">aqui</a></strong></strong>.<br>
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