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<p>São Paulo, 17 de outubro de 2019</p>
<p><b>Pesquisa do Cetic.br aponta que 69% das Unidades Básicas de
Saúde possuem um sistema eletrônico para registro das
informações dos pacientes</b><br>
<em>TIC Saúde 2018 mostra ainda que a disponibilização de serviços
de telessaúde foi maior nos estabelecimentos públicos em relação
aos privados<br>
</em></p>
<p>Em 2018, 69% das Unidades Básicas de Saúde (UBS) possuíam um
sistema eletrônico para registro das informações dos pacientes.
Além disso, 65% mantiveram os prontuários dos pacientes em formato
totalmente ou parcialmente eletrônico, enquanto 35% o fizeram
apenas em papel. Os dados são da sexta edição da pesquisa <span><a
href="https://cetic.br/pesquisa/saude/indicadores"
target="_blank"><strong>TIC Saúde</strong></a></span>, lançada
nesta quinta-feira (17/10) pelo Comitê Gestor da Internet no
Brasil (CGI.br), por meio do Centro Regional de Estudos para o
Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de
Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). A divulgação dos
indicadores e da <a
href="https://cetic.br/publicacao/pesquisa-sobre-o-uso-das-tecnologias-de-informacao-e-comunicacao-nos-estabelecimentos-de-saude-brasileiros-tic-saude-2018/"
target="_blank"><strong>publicação</strong></a> aconteceu em São
Paulo durante o painel “A importância de medições e indicadores
para o aprimoramento das políticas públicas do setor de saúde”
promovido dentro do <em>workshop</em> "Computação Científica,
Visualização de Dados & Analytics na Medicina na Era do Big
Data".</p>
<p>“As UBS são a porta de entrada para o sistema de saúde. No
entanto, a adoção das novas tecnologias e sistemas de informação
pelas UBS ainda encontra barreiras relacionadas a infraestrutura,
como a falta de computador e de acesso à Internet”, destaca
Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br. Em 2018, 10% das UBS não
tinham computadores e 20% não tinham acesso à Internet. Em um
universo de 40.500 UBS, essa proporção corresponde a cerca de 3,9
mil e 4,2 mil, respectivamente.</p>
<p>Contemplando todos os estabelecimentos de saúde públicos
(incluindo as UBS) com acesso à Internet, 66% deles possuíam algum
tipo de sistema eletrônico para registro de informações dos
pacientes em 2018 – número que chegou a 80% nos estabelecimentos
privados. Em relação à forma de armazenamento dos prontuários, 10%
dos locais públicos mantiveram apenas em formato eletrônico; 38%
exclusivamente em papel; e 51% em ambas as formas. Nos
estabelecimentos privados, os números foram 25%, 17% e 56%,
respectivamente.</p>
<p>As funcionalidades mais presentes nos estabelecimentos de saúde
foram as de natureza administrativa, quando comparadas com as
informações de suporte à decisão e de troca de informações.
Agendamento de consultas, exames ou cirurgias estavam disponíveis
em 53% dos estabelecimentos públicos e 56% nos privados; gerar
pedidos de materiais e suprimentos em 50% dos estabelecimentos
públicos com acesso à Internet, e 39% nos privados.
Funcionalidades de suporte à decisão como diretrizes clínicas,
alertas e lembretes sobre alergia a medicamentos ou
contraindicação estavam presentes em cerca de um quarto do total
dos estabelecimentos de saúde com acesso à Internet.</p>
<p><strong>Infraestrutura e Gestão TIC</strong></p>
<p>Os dados da pesquisa TIC Saúde 2018 também revelam o uso de
computadores (91%) e acesso à Internet (83%) nos estabelecimentos
públicos de saúde, e nos privados, se manteve estável (99% em
ambos os casos) em relação ao ano anterior. Além da disparidade em
relação a esfera administrativa, o acesso à Internet nos
estabelecimentos de saúde também foi distinto conforme a região:
aquelas com percentual mais baixo são Norte (80%) e Nordeste
(82%).</p>
<p>Em relação à segurança e proteção dos dados, a pesquisa aponta
que 19% dos estabelecimentos públicos e 27% dos privados possuíam
algum documento que define uma política de segurança. Ferramentas
de segurança da informação como criptografia de <em>e-mails</em>
(27% público e 56% privado) e da base de dados (24% público e 35%
privado) ainda permanecem como as com menores percentuais de uso
pelos estabelecimentos de saúde.</p>
<p><strong>Serviços <em>on-line</em> oferecidos aos pacientes e
telessaúde</strong></p>
<p>Os serviços <em>on-line</em> mais disponibilizados pelo total de
estabelecimentos para acesso dos pacientes foram agendamento de
consultas (26%), agendamento de exames (27%) e visualização de
resultados (26%). O destaque ficou para os estabelecimentos sem
internação que apresentaram uma tendência de alta na
disponibilização de agendamentos <em>on-line</em>, passando de
18%, em 2016, para 29%, em 2018.</p>
<p>Seguindo a tendência apresentada nos anos anteriores, a
disponibilização de serviços de telessaúde foi maior nos
estabelecimentos públicos em relação aos privados, principalmente
no que diz respeito à educação a distância em saúde (37% nos
públicos contra 12% nos privados) e atividades de pesquisa a
distância (29% nos públicos contra 8% nos privados).</p>
<p>A 6ª edição da pesquisa apresenta novos indicadores de serviços
de telessaúde, como teleconsultoria (29% nos públicos e 11% nos
privados), segunda opinião formativa (17% nos públicos e 5% nos
privados) e telediagnóstico (22% nos públicos e 4% nos privados).
“Um melhor aproveitamento do potencial da telessaúde é essencial
para a busca de uma real universalização dos serviços prestados”,
acrescenta Barbosa.</p>
<p><strong>Adoção das TIC entre médicos e enfermeiros</strong></p>
<p>A pesquisa aponta que apenas 25% dos enfermeiros e 19% dos
médicos declararam ter realizado algum curso relacionado à área de
informática em saúde nos 12 meses que antecederam a pesquisa. Em
geral, profissionais de estabelecimentos privados realizam mais
cursos nessa área, quando comparados com os dos estabelecimentos
públicos. Segundo a percepção de médicos e enfermeiros, entre os
impactos mais mencionados em relação ao uso de sistemas
eletrônicos estão: a melhoria na eficiência dos processos de
trabalho das equipes (92% para ambos) e a percepção de que os
sistemas eletrônicos proporcionam uma maior eficiência no
atendimento (89% para enfermeiros e 84% para médicos). Além disso,
apenas 29% dos enfermeiros e 34% dos médicos concordaram que os
recursos financeiros para investimento em sistemas eletrônicos
eram suficientes para as necessidades do estabelecimento.</p>
<p><strong>Sobre a pesquisa</strong></p>
<p>A pesquisa TIC Saúde tem o objetivo de investigar a penetração
das TIC nos estabelecimentos de saúde e sua apropriação por
profissionais de saúde (médicos e enfermeiros). Em sua sexta
edição, a pesquisa entrevistou 2.387 gestores de estabelecimentos
de saúde localizados em todo o território nacional. Além disso,
foram entrevistados 1.697 médicos e 2.716 enfermeiros vinculados a
estes estabelecimentos. A coleta de dados ocorreu entre julho e
novembro de 2018, para os gestores, e para amostra dos
profissionais de saúde, a coleta de dados foi realizada entre
setembro de 2018 e fevereiro de 2019.</p>
<p>Para acessar a pesquisa na íntegra, assim como rever a série
histórica, visite: <span><a
href="http://cetic.br/pesquisa/saude/indicadores"
target="_blank"><strong>http://cetic.br/pesquisa/saude/indicadores</strong></a></span>.
Leia a publicação anual em <span><a
href="http://cetic.br/pesquisa/saude/publicacoes"
target="_blank"><strong>http://cetic.br/pesquisa/saude/publicacoes</strong></a></span>,
e compare a evolução dos indicadores a partir da visualização de
dados: <span><a
href="http://data.cetic.br/cetic/explore?idPesquisa=TIC_SAUDE"
target="_blank"><strong>http://data.cetic.br/cetic/explore?idPesquisa=TIC_SAUDE</strong></a></span>.</p>
<p><strong>Sobre o Cetic.br<br>
</strong>O Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da
Sociedade da Informação, do NIC.br, é responsável pela produção de
indicadores e estatísticas sobre a disponibilidade e o uso da
Internet no Brasil, divulgando análises e informações periódicas
sobre o desenvolvimento da rede no País. O Cetic.br é um Centro
Regional de Estudos, sob os auspícios da UNESCO. Mais informações
em <a href="http://www.cetic.br/"><strong>http://www.cetic.br/</strong></a>. </p>
<p><strong>Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR –
NIC.br<br>
</strong>O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br
(<a href="http://www.nic.br/"><strong>http://www.nic.br/</strong></a>)
é uma entidade civil, de direito privado e sem fins de lucro, que
além de implementar as decisões e projetos do Comitê Gestor da
Internet no Brasil, tem entre suas atribuições: coordenar o
registro de nomes de domínio — Registro.br (<a
href="http://www.registro.br/"><strong>http://www.registro.br/</strong></a>),
estudar, responder e tratar incidentes de segurança no Brasil —
CERT.br (<a href="http://www.cert.br/"><strong>http://www.cert.br/</strong></a>),
estudar e pesquisar tecnologias de redes e operações — Ceptro.br (<a
href="http://www.ceptro.br/"><strong>http://www.ceptro.br/</strong></a>),
produzir indicadores sobre as tecnologias da informação e da
comunicação — Cetic.br (<a href="http://www.cetic.br/"><strong>http://www.cetic.br/</strong></a>),
implementar e operar os Pontos de Troca de Tráfego — IX.br (<a
href="http://ix.br/"><strong>http://ix.br/</strong></a>),
viabilizar a participação da comunidade brasileira no
desenvolvimento global da Web e subsidiar a formulação de
políticas públicas — Ceweb.br (<a href="http://www.ceweb.br/"><strong>http://www.ceweb.br</strong></a>),
e abrigar o escritório do W3C no Brasil (<a
href="http://www.w3c.br/"><strong>http://www.w3c.br/</strong></a>).<strong> </strong></p>
<p><strong>Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br</strong><br>
O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de
serviços Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a
inovação e a disseminação dos serviços ofertados. Com base nos
princípios do multissetorialismo e transparência, o CGI.br
representa um modelo de governança da Internet democrático,
elogiado internacionalmente, em que todos os setores da sociedade
são partícipes de forma equânime de suas decisões. Uma de suas
formulações são os 10 Princípios para a Governança e Uso da
Internet (<a href="http://www.cgi.br/principios"><strong>http://www.cgi.br/principios</strong></a>).
Mais informações em <a href="http://www.cgi.br/"><strong>http://www.cgi.br/</strong></a>.</p>
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<p><br>
</p>
<strong></strong>
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