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<p>São Paulo, 1º de outubro de 2020</p>
<p><b><br>
Painel TIC COVID-19 apresenta dados inéditos sobre acesso a
serviços públicos on-line e desafios à privacidade durante a
pandemia</b><em><br>
72% dos usuários de Internet procuraram informações ou
realizaram serviços públicos on-line relacionados aos direitos
do trabalhador ou previdência social, enquanto 20% fizeram
consulta com médicos ou outro profissional da saúde pela
Internet durante a pandemia<br>
</em></p>
<p>A busca por informações e a realização de serviços públicos <em>on-line
</em>cresceram durante a pandemia COVID-19, mas usuários revelam
preocupações quanto à privacidade e à proteção de seus dados
pessoais. É o que aponta a <strong><a
href="https://cetic.br/pt/tics/tic-covid-19/painel-covid-19/2-edicao/"
target="_blank">segunda edição do Painel TIC COVID-19</a></strong>,
realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento
da Sociedade da Informação <strong>(Cetic.br)</strong>, do Núcleo
de Informação e Coordenação do Ponto BR <strong>(NIC.br),</strong>
ligado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil <strong>(CGI.br),</strong>
divulgada hoje (1/10). Tendo como base os indicadores da pesquisa
TIC Domicílios e outros indicadores especialmente desenvolvidos
para o contexto de enfrentamento da COVID-19, o estudo abrange um
universo de cerca de 97 milhões de pessoas, que corresponde a 80%
dos usuários de Internet com 16 anos ou mais. Foram realizadas
entrevistas pela <em>web</em> e por telefone, entre os dias 29 de
julho e 21 de agosto de 2020. </p>
<p><strong>Serviços públicos <em>on-line<br>
</em></strong>Durante a pandemia a utilização de serviços
públicos <em>on-line</em> cresceu entre os usuários da rede. A
segunda edição do Painel TIC COVID-19 mostrou que 72% dos usuários
de Internet procuraram informações ou usaram serviços públicos <em>on-line
</em>relacionados aos direitos do trabalhador ou previdência
social, tais como INSS, FGTS, seguro-desemprego, auxílio
emergencial ou aposentadoria – percentual que era de 40% da
população de referência em 2019<em>.</em> Na sequência, os
serviços mais buscados ou realizados <em>on-line</em> foram os
relacionados a documentos pessoais (46%), saúde pública (45%) e
educação pública (37%). </p>
<p>Também houve aumento na proporção de usuários que afirmaram
realizar serviços públicos integralmente pela Internet. Em 2019,
apenas 8% dos usuários de Internet haviam declarado ter realizado
serviços <em>on-line</em> relacionados a direitos do trabalhador
ou a previdência social, enquanto praticamente um terço dos
usuários acessou esses serviços de forma totalmente remota desde o
início da pandemia. Já a emissão de documentos pessoais como RG,
CPF, passaporte ou carteira de trabalho passou de 6% para 21%. </p>
<p>A pesquisa revelou, contudo, desigualdades no acesso a serviços
públicos <em>on-line</em>: serviços na área de saúde pública,
tais como agendamentos de consulta, foram realizados em menores
proporções entre usuários de 60 anos ou mais (38%) se comparados
com aqueles de outras faixas etárias. O mesmo foi observado entre
usuários das classes DE (35%) e que vivem na região Norte (31%).</p>
<p>A pesquisa investigou ainda o recebimento do auxílio emergencial:
entre os usuários entrevistados, 38% receberam, 20% tentaram e não
receberam e 39% não solicitaram o benefício. Entre os que tentaram
e não receberam, 73% disseram que a solicitação não foi aprovada
ou ainda estava em análise. Entre as barreiras relacionadas à
tecnologia, 12% dos usuários que solicitaram e não receberam o
auxílio disseram que não conseguiram usar o aplicativo da Caixa e
10% não tinham espaço no celular para o aplicativo. Os usuários
desse perfil nas classes DE citaram em maiores proporções
problemas relacionados com o uso das tecnologias, tais como não
conseguir utilizar o aplicativo da Caixa (28%) e limitações na
Internet (22%). </p>
<p><strong>Telessaúde<br>
</strong>Autorizadas em caráter emergencial durante a pandemia, as
consultas de saúde <em>on-line</em> foram realizadas em maior
quantidade na rede pública, enquanto os agendamentos de consultas,
exames e visualização de resultados de exames pela Internet
ocorreram, principalmente, na rede privada. Mais da metade dos
usuários de Internet buscou informações sobre COVID-19 em <em>websites</em>
ou em aplicativos e um quarto deles utilizou algum aplicativo de
triagem virtual para conferir os sintomas e receber orientações
sobre a doença. Nesses casos, foram utilizados majoritariamente os
aplicativos da rede pública. </p>
<p>Entre os usuários de Internet, 20% realizaram consulta com médico
ou outro profissional da saúde pela Internet durante a pandemia,
sendo que os com Ensino Superior (28%) e das classes AB (27%)
foram os que mais utilizaram esse serviço. Entre os que realizaram
consultas <em>on-line</em>, 63% o fizeram pela rede pública e 50%
pela rede privada. O meio mais utilizado para a realização das
consultas <em>on-line</em> foi por aplicativos como WhatsApp ou
Telegram (50%). Apenas cerca de 30% dos usuários que fizeram
teleconsulta utilizaram um aplicativo do SUS ou do plano de saúde.</p>
<p>Em relação aos serviços de agendamentos ou visualização de
resultados de exames pela Internet, os principais motivos para não
terem utilizado esse serviço foram: a preocupação com a segurança
dos dados pessoais (55%) – sendo que nas classes DE esse motivo
foi reportado por 70% dos usuários de Internet – e a falta de
confiança em realizar esse serviço pela Internet (34%). </p>
<p><strong>Privacidade e proteção de dados pessoais<br>
</strong>O Painel TIC COVID-19 investigou as preocupações dos
entrevistados relacionadas à privacidade e segurança dos dados
pessoais: um terço dos usuários indicou preocupação com roubo de
identidade e fraudes e pouco mais da metade afirmou que os riscos
de disponibilizar seus dados pessoais na Internet para governos e
empresas são maiores que os benefícios.</p>
<p>As principais preocupações apontadas pelos usuários em relação ao
uso de seus dados pessoais foram: prejuízo financeiro por fraudes
bancárias (32%), roubo de identidade (23%), invasão de privacidade
(21%) e venda de dados para terceiros (13%). Quando avaliado por
classe, o prejuízo por fraude bancária foi mais citado entre os
indivíduos das classes AB, enquanto o roubo de identidade e a
invasão de privacidade foram mais mencionados por usuários nas
classes DE.</p>
<p>A proporção dos usuários de Internet que não baixariam
aplicativos com informações sobre COVID-19 foi maior nas classes
DE (25%) e entre os idosos (26% dos com 60 anos ou mais). A
proporção dos que já baixaram ou certamente baixariam é maior
entre as pessoas com 16 e 24 anos (48%) e na região Nordeste
(53%).</p>
<p>Já a propensão a baixar aplicativos que notificam sobre o contato
com pessoas infectadas pela COVID-19 foi maior: 60% dos usuários
afirmaram que com certeza baixariam e outros 25% disseram que
provavelmente o fariam. Os motivos mais citados pelos usuários
para não baixar aplicativos foram a falta de interesse (46%),
seguida pela decisão de evitar a ansiedade (43%). Os usuários
também mencionaram se preocupar com vigilância por parte do
governo após a pandemia (42%), além de motivos como não acreditar
que o aplicativo impeça a identificação (39%) e não querer que o
governo acesse seus dados de geolocalização (39%).</p>
<p>“As porcentagens sugerem a importância da transparência na gestão
das ferramentas e estratégias de vigilância epidemiológica que
fazem uso das TIC. O assunto, sem dúvida, merece um amplo debate
no País, não apenas em virtude do uso de dados no contexto da
pandemia, mas também em decorrência da Lei Geral de Proteção de
Dados Pessoais que recentemente entrou em vigor”, avalia Alexandre
Barbosa, gerente do Cetic.br.</p>
<p>“Os temas abordados no Painel TIC COVID-19 são extremamente
relevantes diante do contexto atual e os dados coletados podem ser
usados para decisões futuras de políticas públicas, reafirmando o
compromisso do CGI.br para com a sociedade”, finaliza Márcio Nobre
Migon, coordenador do CGI.br. </p>
<p>Acesse a lista completa de indicadores em <strong><a
href="https://cetic.br/pt/tics/tic-covid-19/painel-covid-19/2-edicao/"
target="_blank">https://cetic.br/pt/tics/tic-covid-19/painel-covid-19/2-edicao/</a></strong>.</p>
<p>O Painel TIC COVID-19 contará com uma 3ª edição que abordará
ensino e trabalho remoto, que será divulgada em breve. A 1ª edição
do estudo apresentou dados inéditos sobre atividades na Internet,
cultura e comércio eletrônico. Acesse os destaques: <strong><a
href="https://cetic.br/pt/noticia/painel-tic-covid-19-aponta-aumento-do-comercio-eletronico-e-das-atividades-culturais-on-line-durante-a-quarentena/"
target="_blank">https://cetic.br/pt/noticia/painel-tic-covid-19-aponta-aumento-do-comercio-eletronico-e-das-atividades-culturais-on-line-durante-a-quarentena/</a></strong>.<strong>
<br>
</strong></p>
<p><strong>Sobre o Cetic.br<br>
</strong>O Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da
Sociedade da Informação, do NIC.br, é responsável pela produção de
indicadores e estatísticas sobre a disponibilidade e o uso da
Internet no Brasil, divulgando análises e informações periódicas
sobre o desenvolvimento da rede no País. O Cetic.br é um Centro
Regional de Estudos, sob os auspícios da UNESCO. Mais informações
em<strong> <a href="http://www.cetic.br/">http://www.cetic.br/</a>.</strong></p>
<p><strong>Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR –
NIC.br</strong><strong><br>
</strong>O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br
(<a href="http://www.nic.br/"><strong>http://www.nic.br/</strong></a>)
é uma entidade civil, de direito privado e sem fins de lucro, que
além de implementar as decisões e projetos do Comitê Gestor da
Internet no Brasil, tem entre suas atribuições: coordenar o
registro de nomes de domínio — Registro.br (<a
href="http://www.registro.br/"><strong>http://www.registro.br/</strong></a>),
estudar, responder e tratar incidentes de segurança no Brasil —
CERT.br (<a href="http://www.cert.br/"><strong>http://www.cert.br/</strong></a>),
estudar e pesquisar tecnologias de redes e operações — Ceptro.br (<a
href="http://www.ceptro.br/"><strong>http://www.ceptro.br/</strong></a>),
produzir indicadores sobre as tecnologias da informação e da
comunicação — Cetic.br (<a href="http://www.cetic.br/"><strong>http://www.cetic.br/</strong></a>),
implementar e operar os Pontos de Troca de Tráfego — IX.br (<a
href="http://ix.br/"><strong>http://ix.br/</strong></a>),
viabilizar a participação da comunidade brasileira no
desenvolvimento global da Web e subsidiar a formulação de
políticas públicas — Ceweb.br (<a href="http://www.ceweb.br/"><strong>http://www.ceweb.br</strong></a>),
e abrigar o escritório do W3C no Brasil (<a
href="http://www.w3c.br/"><strong>http://www.w3c.br/</strong></a>).<strong> </strong></p>
<p><strong>Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br</strong><b><br>
</b>O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por
estabelecer diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e
desenvolvimento da Internet no Brasil, coordena e integra todas as
iniciativas de serviços Internet no País, promovendo a qualidade
técnica, a inovação e a disseminação dos serviços ofertados. Com
base nos princípios do multissetorialismo e transparência, o
CGI.br representa um modelo de governança da Internet democrático,
elogiado internacionalmente, em que todos os setores da sociedade
são partícipes de forma equânime de suas decisões. Uma de suas
formulações são os 10 Princípios para a Governança e Uso da
Internet (<a href="http://www.cgi.br/principios"><strong>http://www.cgi.br/principios</strong></a>).
Mais informações em <strong><a href="http://www.cgi.br/">http://www.cgi.br/</a></strong>.</p>
<p><strong>Flickr: </strong><strong><a
href="http://www.flickr.com/NICbr/">http://www.flickr.com/NICbr/</a><br>
Twitter: </strong><strong><a
href="http://www.twitter.com/comuNICbr/">http://www.twitter.com/comuNICbr/</a><br>
YouTube: </strong><strong><a
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<strong>LinkedIn:</strong> <span><a
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</strong></span><strong>Instagram: </strong><a
href="https://www.instagram.com/nicbr"><strong>https://www.instagram.com/nicbr</strong></a></p>
<p>Os releases e comunicados do NIC.br e CGI.br são enviados aos
inscritos na lista <strong><strong><strong><a
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href="mailto:anuncios@nic.br">anuncios@nic.br</a> </strong></strong></strong>sempre
que publicados em nossos sítios. Caso não queira mais recebê-los,
siga as instruções disponíveis<strong><strong> <strong><a
href="https://mail.nic.br/mailman/listinfo/anuncios">aqui</a></strong></strong></strong>.</p>
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