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<p>São Paulo, 5 de novembro de 2020</p>
<p><b><br>
Celular é o dispositivo mais utilizado por usuários de Internet
das classes DE para ensino remoto e teletrabalho, revela Painel
TIC COVID-19</b><br>
<em>Terceira edição do estudo do Cetic.br|NIC.br também traz dados
sobre perfil dos usuários, barreiras de acesso, ferramentas mais
utilizadas, entre outros</em><br>
<br>
Neste período de distanciamento social, o celular tem sido o
principal dispositivo utilizado para acompanhar atividades de
ensino remoto por usuários de Internet com 16 anos ou mais,
sobretudo nas classes DE. É o que revela a terceira edição do <a
href="https://cetic.br/pt/tics/tic-covid-19/painel-covid-19/3-edicao/"><strong>Painel
TIC COVID-19</strong></a>, estudo divulgado hoje (5 de
novembro) pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento
da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e
Coordenação do Ponto BR (NIC.br), ligado ao Comitê Gestor da
Internet no Brasil <span>(CGI.br). De acordo com o levantamento, </span>situação
semelhante ocorre em relação ao teletrabalho, que teve a
prevalência do uso de telefones celulares entre profissionais
desse estrato social. O levantamento investigou o uso da Internet
no Brasil durante a pandemia do novo coronavírus e, nesta edição,
teve como foco o ensino remoto e o teletrabalho, práticas que
ganharam relevância no período.</p>
<p>O Painel TIC COVID-19 teve como parâmetros os indicadores da
pesquisa TIC Domicílios, o que permitiu criar uma base de
comparação com dados coletados antes da pandemia. As estimativas
obtidas nessa terceira fase representam um contingente de
aproximadamente 101 milhões de usuários de Internet, o que
corresponde a 83% dos usuários com 16 anos ou mais, público-alvo
da pesquisa. A coleta de dados foi realizada entre 10 de setembro
e 1º de outubro deste ano. Confira alguns dos destaques:</p>
<p><strong>Dispositivos e barreiras para o ensino remoto</strong><br>
Três quartos dos usuários de Internet com 16 anos ou mais e que
são das classes DE (74%) acessam a rede exclusivamente pelo
telefone celular, percentual que é de 11% entre os usuários das
classes AB. Entre os usuários de Internet com 16 anos ou mais, que
frequentam escola ou universidade, o celular aparece também como a
ferramenta utilizada com maior frequência (37%) para assistir às
aulas e atividades educacionais remotas. O uso do dispositivo como
o principal recurso para participação nas atividades é maior entre
os usuários das classes DE (54%), se comparado com o percentual
daqueles das classes C (43%) e AB (22%). Já o uso de computador (<em>notebook</em>,
computador de mesa e <em>tablet</em>) como o principal recurso
para acompanhamento do ensino remoto é maior nas classes AB (66%),
sendo menos acessível aos estudantes das classes C (30%) e DE
(11%).</p>
<p>“A falta de recursos digitais para acessar as aulas e atividades
remotas é um dos principais aspectos que podem afetar a
continuidade das rotinas educativas durante a pandemia. As
disparidades de acesso às TIC entre estudantes dos distintos
perfis socioeconômicos também criam oportunidades desiguais para a
aprendizagem”, destaca Alexandre Barbosa, gerente do
Cetic.br|NIC.br.</p>
<p>Ainda sobre as barreiras enfrentadas para o ensino remoto, de
maneira geral, a dificuldade de esclarecer dúvidas com os
professores (38%) e a falta ou a baixa qualidade da conexão à
Internet (36%) figuraram entre as principais queixas atribuídas
pelos alunos de 16 anos ou mais que frequentam escola ou
universidade para participar das aulas ou atividades a distância.
Ambas foram as barreiras mais reportadas pelos estudantes das
classes DE (41% e 39%, respectivamente). A baixa qualidade do
conteúdo das aulas (31%) e a falta de acesso a materiais de estudo
(25%) foram outras dificuldades apontadas por esses estudantes.</p>
<p><strong>Motivos para não acompanhar as aulas</strong><br>
Os motivos mais citados pelos entrevistados para o não
acompanhamento de atividades educacionais remotas foram a
necessidade de buscar emprego (56%); de cuidar da casa, dos
irmãos, filhos ou de outros parentes (48%); e a falta de motivação
para assistir às aulas (45%).</p>
<p>Entre os usuários das classes AB, os principais motivos foram não
conseguir ou não gostar de estudar a distância (43%); cuidar da
casa, dos irmãos, filhos ou outros parentes (38%) e falta de
motivação (35%). Já entre os indivíduos das classes DE, as
questões mais apontadas foram a necessidade de buscar um emprego
(63%), de cuidar da casa, dos irmãos, filhos ou outros parentes
(58%) e a falta de equipamentos para acessar as aulas (48%).</p>
<p><strong>Dispositivos e ferramentas utilizadas no teletrabalho</strong><br>
Aproximadamente quatro em cada dez usuários de Internet que
trabalharam durante a pandemia realizaram teletrabalho, o que
corresponde a 23 milhões de pessoas. Isso ocorreu
predominantemente entre indivíduos com ensino superior (65%), aos
pertencentes às classes AB (70%), e os com 60 anos ou mais (58%).
Perfil semelhante foi observado entre os que mais recorreram ao <em>notebook</em>
para exercer suas atividades profissionais: 52% eram das classes
AB; 56% tinham ensino superior e 67% estavam na mesma faixa etária
descrita acima (60 anos ou mais).</p>
<p>Situação oposta, porém, ocorreu quando o dispositivo usado para
trabalhar foi o celular: 84% dos usuários de Internet das classes
DE fez uso de <em>smartphones</em> para atividades de trabalho;
70% com ensino fundamental, e 56% com idades entre 16 e 24 anos.</p>
<p>Em relação ao apoio das organizações em que trabalham para
realizar suas atividades em domicílio, os usuários das classes AB
foram os que mais receberam esse tipo de suporte, como <em>notebooks</em>,
celulares ou suporte técnico. Nos demais estratos, menos de um
terço recebeu suporte das empresas. De maneira geral, aplicativos
de mensagens instantâneas foram as ferramentas mais utilizadas
para realizar atividades de trabalho pela Internet (86%), seguidas
pelas redes sociais (63%), plataformas de compartilhamentos de
arquivos (63%) e plataformas de videoconferência (62%).</p>
<p>A pesquisa apontou também que redes sociais e aplicativos de
mensagens tiveram papel estratégico na busca por fontes
alternativas de renda durante a pandemia. O estudo verificou que o
uso dessas ferramentas para a comercialização de serviços e
produtos se intensificou no período. Entre os que realizaram
vendas de bens e serviços por aplicativos de mensagens ou por
redes sociais, os maiores percentuais foram de mulheres (37% e
34%, respectivamente); com ensino médio (34% e 32%); e das classes
AB e C (cerca de 30%).</p>
<p>Entre os que utilizaram aplicativos como fonte de renda, mais da
metade (53%) informou que essa era uma atividade para complementar
os rendimentos, enquanto cerca de um terço (32%) informou que era
o único trabalho realizado durante a pandemia.</p>
<p>“Aliado às limitações que o acesso desigual a dispositivos
digitais impõe, é fundamental considerar como as disparidades
socioeconômicas entre indivíduos podem representar um
aproveitamento menor de funcionalidades oferecidas pelas TIC para
o teletrabalho", reitera o gerente do Cetic.br.</p>
<p>Para o coordenador do CGI.br, Marcio Nobre Migon, "os esforços
para a manutenção da coleta de dados durante a pandemia COVID-19
não somente mostram o compromisso do CGI.br e do NIC.br com a
produção regular de estatísticas sobre a Internet no Brasil mas,
sobretudo, trazem informações importantes sobre o impacto da
pandemia nos hábitos de uso da rede, que são relevantes para os
gestores públicos, para o setor privado e para a sociedade
brasileira”.</p>
<p>Os dados completos da terceira edição do Painel TIC COVID-19
podem ser acessados em: <a
href="https://cetic.br/pt/tics/tic-covid-19/painel-covid-19/3-edicao/"><strong>https://cetic.br/pt/tics/tic-covid-19/painel-covid-19/3-edicao/</strong></a>.</p>
<p>Reveja o lançamento <em>on-line</em>, onde foram comentados os
principais destaques do estudo: <a
href="https://www.youtube.com/watch?v=-Tmsi-5hZLk"><strong>https://www.youtube.com/watch?v=-Tmsi-5hZLk</strong></a>.</p>
<p>Confira, ainda, os destaques da primeira edição do estudo, que <a
href="https://cetic.br/pt/noticia/painel-tic-covid-19-aponta-aumento-do-comercio-eletronico-e-das-atividades-culturais-on-line-durante-a-quarentena/"><strong>aborda
o uso da Internet durante a pandemia para atividades na
Internet, cultura e comércio eletrônico</strong></a>, e da
segunda edição, que traz <a
href="https://cetic.br/pt/noticia/painel-tic-covid-19-apresenta-dados-ineditos-sobre-acesso-a-servicos-publicos-on-line-e-desafios-a-privacidade-durante-a-pandemia/"><strong>dados
sobre o acesso a serviços públicos </strong><strong><em>on-line</em></strong><strong>
e </strong><strong>de telessaúde, bem como informações sobre
a preocupação dos usuários com a segurança e privacidade dos
dados pessoais</strong></a>.<strong> <br>
</strong></p>
<p><strong>Sobre o Cetic.br<br>
</strong>O Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da
Sociedade da Informação, do NIC.br, é responsável pela produção de
indicadores e estatísticas sobre a disponibilidade e o uso da
Internet no Brasil, divulgando análises e informações periódicas
sobre o desenvolvimento da rede no País. O Cetic.br é um Centro
Regional de Estudos, sob os auspícios da UNESCO. Mais informações
em<strong> <a href="http://www.cetic.br/">https://www.cetic.br/</a>.</strong></p>
<p><strong>Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR –
NIC.br</strong><strong><br>
</strong>O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br
(<a href="http://www.nic.br/"><strong>https://www.nic.br/</strong></a>)
é uma entidade civil, de direito privado e sem fins de lucro, que
além de implementar as decisões e projetos do Comitê Gestor da
Internet no Brasil, tem entre suas atribuições: coordenar o
registro de nomes de domínio — Registro.br (<a
href="http://www.registro.br/"><strong>https://www.registro.br/</strong></a>),
estudar, responder e tratar incidentes de segurança no Brasil —
CERT.br (<a href="http://www.cert.br/"><strong>https://www.cert.br/</strong></a>),
estudar e pesquisar tecnologias de redes e operações — Ceptro.br (<a
href="http://www.ceptro.br/"><strong>https://www.ceptro.br/</strong></a>),
produzir indicadores sobre as tecnologias da informação e da
comunicação — Cetic.br (<a href="http://www.cetic.br/"><strong>https://www.cetic.br/</strong></a>),
implementar e operar os Pontos de Troca de Tráfego — IX.br (<a
href="http://ix.br/"><strong>https://ix.br/</strong></a>),
viabilizar a participação da comunidade brasileira no
desenvolvimento global da Web e subsidiar a formulação de
políticas públicas — Ceweb.br (<a href="http://www.ceweb.br/"><strong>https://www.ceweb.br</strong></a>),
e abrigar o escritório do W3C no Brasil (<a
href="http://www.w3c.br/"><strong>https://www.w3c.br/</strong></a>).<strong> </strong></p>
<p><strong>Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br</strong><b><br>
</b>O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por
estabelecer diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e
desenvolvimento da Internet no Brasil, coordena e integra todas as
iniciativas de serviços Internet no País, promovendo a qualidade
técnica, a inovação e a disseminação dos serviços ofertados. Com
base nos princípios do multissetorialismo e transparência, o
CGI.br representa um modelo de governança da Internet democrático,
elogiado internacionalmente, em que todos os setores da sociedade
são partícipes de forma equânime de suas decisões. Uma de suas
formulações são os 10 Princípios para a Governança e Uso da
Internet (<a href="http://www.cgi.br/principios"><strong>https://www.cgi.br/principios</strong></a>).
Mais informações em <strong><a href="http://www.cgi.br/">https://www.cgi.br/</a></strong>.</p>
<p><br>
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Twitter: <a href="https://www.twitter.com/comuNICbr/">https://www.twitter.com/comuNICbr/</a><br>
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<p>Os releases e comunicados do NIC.br e CGI.br são enviados aos
inscritos na lista <strong><strong><strong><a
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href="mailto:anuncios@nic.br">anuncios@nic.br</a> </strong></strong></strong>sempre
que publicados em nossos sítios. Caso não queira mais recebê-los,
siga as instruções disponíveis<strong><strong> <strong><a
href="https://mail.nic.br/mailman/listinfo/anuncios">aqui</a></strong></strong></strong>.</p>
<p><br>
</p>
<strong><strong></strong></strong>
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