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</head>
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<p>São Paulo, 11 de dezembro de 2020</p>
<p><br>
<b>Estudo do Ceweb.br identifica as principais barreiras de acesso
encontradas por pessoas com deficiência em ferramentas <i>web</i>
de reuniões</b><br>
<em>Dificuldade para habilitar legendas em português e interagir
por meio de chat são alguns dos resultados encontrados<br>
</em></p>
<p>Com a pandemia COVID-19 e a necessidade de distanciamento social
nos últimos meses, grande parte das atividades presenciais
migraram para o ambiente digital. Um dos recursos que passaram a
ser usados com maior frequência nesse período foram as
videoconferências, muito comuns no contexto profissional, em aulas
e eventos. Mas será que as plataformas de reuniões virtuais são
amigáveis para quem tem algum tipo de deficiência? Foi essa
inquietação que motivou o Centro de Estudos sobre Tecnologias Web
(Ceweb.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR
(NIC.br) a avaliar algumas das ferramentas <em>web</em> mais
usadas para essa finalidade, identificando suas principais
barreiras de acesso. A investigação resultou no estudo sobre
Acessibilidade das Ferramentas de Videoconferência em Plataforma
Web, lançado nesta sexta-feira (11), que está disponível no
endereço: <span><a
href="https://www.ceweb.br/publicacao/estudo-acessibilidade-ferramentas-videoconferencia/"
target="_blank"><strong>https://www.ceweb.br/publicacao/estudo-acessibilidade-ferramentas-videoconferencia/</strong></a></span>. </p>
<p>“Queríamos um estudo capaz de apontar as dificuldades que as
pessoas com deficiência têm enfrentado quando participam de
reuniões virtuais”, resume Reinaldo Ferraz, responsável pela
pesquisa e especialista em projetos <em>web</em> do
Ceweb.br|NIC.br. Para isso, foram analisados pontos como a
apropriação de tecnologias para reuniões <em>on-line</em> por
pessoas com deficiência visual e auditiva e, usando critérios de
acessibilidade na Web universalmente aceitos, foram identificados
problemas na interação e interface que podem comprometer a
utilização da ferramenta. </p>
<p>Um dos objetivos do estudo é conscientizar e alertar as empresas
que desenvolvem ferramentas de videoconferência para a detecção e
correção de eventuais barreiras de acesso. Além disso, os
resultados ajudam os usuários a conhecer melhor as plataformas e
seus recursos, para garantir a plena participação de pessoas com
deficiência em reuniões virtuais. </p>
<p>Para Vagner Diniz, gerente do Ceweb.br|NIC.br, a pesquisa deixa
claro que, embora algumas plataformas atendam parcialmente as
necessidades de pessoas com deficiência, as barreiras encontradas
comprometem atividades que se tornaram ainda mais importantes nos
últimos meses. “Os dados mostram que parte desse público não
consegue desempenhar plenamente atividades de teletrabalho e de
entretenimento por meio da Web, algo que se agrava durante a
pandemia. As empresas e comunidades desenvolvedoras de ferramentas
para reunião <em>on-line</em> precisam considerar fortemente os
resultados e sugestões dessa pesquisa e oferecer ferramentas que
garantam, de fato, uma Web de todos e para todos. Ainda há muito
por fazer.” </p>
<p><strong>O estudo<br>
</strong>A pesquisa contou com 64 respostas de 32 voluntários, que
foram divididos em três perfis: usuários sem deficiência que
navegaram apenas por teclado (sem o uso de <em>mouse</em> ou <em>trackpad</em>),
simulando deficiência motora; usuários com deficiência visual que
deveriam navegar com <em>software</em> leitor de tela habilitado
e por teclado, mas sem utilização de referências visuais, e
usuários surdos ou com baixa audição que operariam a plataforma
com o áudio do computador desativado. </p>
<p>Foram realizadas reuniões com os três grupos, em todas as
ferramentas analisadas (Google Meet, Zoom, Microsoft Teams, Jitsi,
WebEx e BigBlueButton). Cada voluntário recebeu uma lista de
tarefas básicas que deveria fazer em uma das plataformas
sorteadas. Entre as ações estavam: entrar e sair de uma reunião;
habilitar e desabilitar câmera e microfone; enviar mensagem por <em>chat</em>
e compartilhar tela. Na sequência, todos responderam a um
questionário relatando a experiência. </p>
<p><strong>Confira algumas das principais conclusões da pesquisa:</strong></p>
<ul style="list-style-type: square;">
<li>Usuários conseguem acessar uma reunião, mas têm dificuldades
em compreender e interagir, quando os organizadores da reunião
não oferecem acessibilidade (por exemplo quando não descrevem
uma imagem ou quando um vídeo não tem legendas).</li>
<li>Ferramentas com as quais os usuários têm pouca familiaridade e
uso podem ser difíceis de operar devido ao desconhecimento de
teclas de atalho, essenciais para a navegação por teclado e por
usuários de leitores de tela. Nem todas exibem ao usuário (por
áudio ou texto) os atalhos de teclado.</li>
<li>A interface das plataformas apresenta padrões distintos que,
muitas vezes, confundem os usuários. Botões mal posicionados
podem dificultar a navegação.</li>
<li>Apesar de serem essenciais para a compreensão do conteúdo em
áudio por pessoas com deficiência auditiva, as legendas ainda
funcionam de forma precária. As poucas ferramentas que
disponibilizam esse recurso o fazem somente em inglês ou de
forma que os usuários não conseguem ou têm dificuldade de
configurá-lo.</li>
<li>Algumas aplicações têm inconsistências em traduções para o
português, exibindo rótulos de botões confusos.</li>
<li>A maioria dos voluntários utilizou a plataforma Web das
ferramentas, mesmo que algumas delas ofereçam aplicativos para
computadores.</li>
<li>Foram detectados problemas na interface das aplicações que
dificultaram a participação de alguns grupos. Essas barreiras
podem ser separadas em duas categorias:
<ul style="list-style-type: circle;">
<li>Acessibilidade da plataforma: incapacidade de acionar <em>links</em>,
botões ou mesmo interagir por <em>chat</em> foram algumas
das dificuldades reportadas. Pessoas que navegaram somente
por teclado encontraram poucas barreiras para interagirem
nas ferramentas e aquelas que precisaram navegar com leitor
de tela, por sua vez, encontraram barreiras de interação
acima da média.</li>
<li>Acessibilidade da reunião: sem a intervenção do
apresentador para garantir a acessibilidade ao conteúdo,
pessoas com deficiência visual e auditiva podem ter
problemas na participação e compreensão do que é discutido
na reunião. Os resultados mostraram que a compreensão do que
acontece em uma reunião é o resultado mais difícil de se
alcançar durante a participação de pessoas com deficiência
em reuniões <em>on-line</em>. As pessoas com limitações
visuais são as que mais encontraram barreiras de
compreensão, e aquelas que navegaram sem áudio já
encontraram menos dificuldades.</li>
</ul>
</li>
</ul>
<p> “Um detalhe curioso é que tivemos um número razoavelmente grande
de pessoas que não conseguiram participar de <em>chats.</em> O
que percebemos é que a grande maioria é capaz de usar as
ferramentas, executando as principais funções, mas, dependendo da
deficiência, encontram algumas limitações para compreender o
conteúdo da reunião, quando ele não é apresentado de forma
acessível", finaliza Ferraz. </p>
<p>Acesse o estudo na íntegra (<strong><a
href="https://www.ceweb.br/publicacao/estudo-acessibilidade-ferramentas-videoconferencia/">https://www.ceweb.br/publicacao/estudo-acessibilidade-ferramentas-videoconferencia/</a></strong>)
e confira novamente o lançamento <em>on-line</em> da pesquisa: <strong><a
href="https://www.youtube.com/watch?v=3Tx689A5SQs"
target="_blank">https://www.youtube.com/watch?v=3Tx689A5SQs</a></strong>. </p>
<p><strong>Sobre o Ceweb.br</strong><br>
O Centro de Estudos sobre Tecnologias Web (Ceweb.br), do NIC.br,
tem como missão disseminar e promover o uso de tecnologias abertas
na Web, fomentar e impulsionar a sua evolução no Brasil por meio
de estudos, pesquisas e experimentações de novas tecnologias. No
escopo de atividades desenvolvidas pelo Centro, destacam-se o
estímulo às discussões sobre o ecossistema da Web e a preparação
de subsídios técnicos à elaboração de políticas públicas que
fomentem esse ecossistema como meio de inovação social e prestação
de serviços. Mais informações em <span><a
href="http://www.ceweb.br/"><strong>https://www.ceweb.br/</strong></a></span>.</p>
<p><strong>Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR –
NIC.br<br>
</strong>O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br
(<strong><a href="https://www.nic.br/">https://www.nic.br/</a></strong>)
é uma entidade civil, de direito privado e sem fins de lucro, que
além de implementar as decisões e projetos do Comitê Gestor da
Internet no Brasil, tem entre suas atribuições: coordenar o
registro de nomes de domínio — Registro.br (<strong><a
href="https://www.registro.br/">https://www.registro.br/</a></strong>),
estudar, responder e tratar incidentes de segurança no Brasil —
CERT.br (<strong><a href="https://www.cert.br/">https://www.cert.br/</a></strong>),
estudar e pesquisar tecnologias de redes e operações — Ceptro.br (<strong><a
href="https://www.ceptro.br/">https://www.ceptro.br/</a></strong>),
produzir indicadores sobre as tecnologias da informação e da
comunicação — Cetic.br (<strong><a href="https://www.cetic.br/">https://www.cetic.br/</a></strong>),
implementar e operar os Pontos de Troca de Tráfego — IX.br (<strong><a
href="https://ix.br/">https://ix.br/</a></strong>), viabilizar
a participação da comunidade brasileira no desenvolvimento global
da Web e subsidiar a formulação de políticas públicas — Ceweb.br (<strong><a
href="https://www.ceweb.br/">https://www.ceweb.br</a></strong>),
e abrigar o W3C Chapter São Paulo (<strong><a
href="https://www.w3c.br/">https://www.w3c.br/</a></strong>).</p>
<p><strong>Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br<br>
</strong>O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por
estabelecer diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e
desenvolvimento da Internet no Brasil, coordena e integra todas as
iniciativas de serviços Internet no País, promovendo a qualidade
técnica, a inovação e a disseminação dos serviços ofertados. Com
base nos princípios do multissetorialismo e transparência, o
CGI.br representa um modelo de governança da Internet democrático,
elogiado internacionalmente, em que todos os setores da sociedade
são partícipes de forma equânime de suas decisões. Uma de suas
formulações são os 10 Princípios para a Governança e Uso da
Internet <strong>(<a href="https://www.cgi.br/principios">https://www.cgi.br/principios</a></strong>).
Mais informações em <strong><a href="https://www.cgi.br/">https://www.cgi.br/</a></strong>.</p>
<strong>Flickr: </strong><a href="https://www.flickr.com/NICbr/"><strong>https://www.flickr.com/NICbr/</strong></a><strong><br>
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<p>Os releases e comunicados do NIC.br e CGI.br são enviados aos
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que publicados em nossos sítios. Caso não queira mais recebê-los,
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