<html>
<head>
<meta http-equiv="content-type" content="text/html; charset=UTF-8">
</head>
<body>
<p>São Paulo, 5 de abril de 2022</p>
<p><br>
<b>Realização de atividades <i>on-line</i> mantém relevância no
segundo ano da pandemia, aponta pesquisa do CGI.br</b><br>
<em>Acesso desigual a dispositivos segue afetando o teletrabalho e
a educação remota</em><em> no país, revela a 4ª edição do Painel
TIC COVID-19, lançada nesta terça-feira (5)<br>
</em></p>
<p>No segundo ano da pandemia, as atividades <em>on-line</em>
seguiram presentes no cotidiano dos brasileiros, mantendo-se em
patamares superiores aos observados no período anterior à crise
sanitária. A adoção significativa da Internet por diferentes
estratos da população não foi capaz de eliminar as desigualdades
digitais no país. A conclusão é da <a
href="https://cetic.br/pt/pesquisa/tic-covid-19/indicadores/"
target="_blank"><strong>4ª edição do Painel TIC COVID-19</strong></a>,
estudo do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), conduzido
pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da
Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e
Coordenação do Ponto BR (NIC.br).</p>
<p>Divulgada nesta terça-feira (5), a pesquisa apresenta um panorama
do uso da Internet no Brasil durante a pandemia COVID-19.
Realizada <em>on-line, </em>a coleta dos dados se deu em julho
de 2021, logo depois do momento mais crítico dos impactos da
pandemia no território nacional, e na época em que se esboçava um
retorno às aulas e ao trabalho presencial.</p>
<p>“A tendência de digitalização que observamos como efeito da
pandemia teve continuidade no primeiro semestre de 2021 em
atividades de comércio eletrônico e de serviços públicos <em>on-line</em>,
o que indica que as transformações verificadas no período podem
ter um caráter mais permanente na sociedade. Contudo, as
disparidades seguem sendo um ponto relevante de atenção para as
políticas públicas. Ainda que as classes C, D e E tenham passado a
realizar mais atividades pela Internet, isso continua ocorrendo em
um patamar inferior ao observado nas classes A e B. Esse quadro
ressalta a importância de políticas públicas voltadas para a
redução dessas desigualdades”, afirma Alexandre Barbosa, gerente
do Cetic.br|NIC.br.</p>
<p><strong>Comércio eletrônico </strong><br>
Em 2021 houve uma consolidação dos hábitos de compras <em>on-line</em>.
A prática do comércio eletrônico permaneceu em patamar similar ao
observado em 2020, superior ao contexto pré-pandemia. Houve uma
alteração no perfil dos bens e serviços adquiridos. Em 2020, com
as medidas de distanciamento social, o uso do comércio eletrônico
na compra de itens como medicamentos e comida cresceu em maiores
proporções. Em 2021 houve um aumento da compra de bens mais
duráveis, como eletrodomésticos, vestuário e equipamentos
eletrônicos. “A cesta de produtos adquiridos <em>on-line</em>
ficou mais diversificada, e o caráter emergencial das compras <em>on-line</em>
cedeu espaço para tornar-se uma prática cotidiana. A compra de
passagens aéreas, que havia se reduzido substancialmente em 2020,
por exemplo, retomou níveis semelhantes aos verificados no período
pré-pandemia”, destaca Barbosa.</p>
<p>Um dado inédito apresentado pelo painel foi a rápida adesão ao
Pix, lançado em novembro de 2020. Segundo a pesquisa, 72% dos
usuários que compraram pela Internet utilizaram essa modalidade
para o pagamento digital. “Em meados de 2021, ele já havia se
tornado o segundo meio de pagamento mais usado para realizar
compras virtuais, quase empatando com o primeiro, o cartão de
crédito. E isso aconteceu em todas as classes sociais”, afirma o
gerente do Cetic.br|NIC.br, Alexandre Barbosa.<strong> </strong></p>
<p><strong>Teletrabalho</strong><br>
Em 2021, a pandemia seguiu transformando a rotina de muitas
empresas, com a manutenção do modelo de teletrabalho. Ao mesmo
tempo, foi possível observar um movimento de retorno à modalidade
presencial entre aqueles que haviam realizado teletrabalho
anteriormente.</p>
<p>As condições para o teletrabalho permanecem desiguais entre as
classes sociais. Enquanto entre os usuários das classes AB o
principal dispositivo usado para trabalhar remotamente foi o
computador, o telefone celular foi o mais adotado nas classes DE.
A pesquisa revelou, ainda, a origem do computador usado para
trabalhar a distância: a maioria dos que usaram um computador para
trabalhar remotamente já possuía esse dispositivo (47%). No
entanto, enquanto os usuários das classes AB compraram um
computador durante a pandemia em maior proporção, nas classes C e
DE as principais alternativas foram equipamentos emprestados de
amigos e familiares ou doados, respectivamente.</p>
<p>O levantamento revelou, também, que os usuários de Internet que
trabalharam por intermédio de aplicativos enfrentaram diferentes
condições de acesso à Internet para trabalhar. Nessa categoria
estavam incluídos tanto os usuários que trabalharam como
motoristas e entregadores, quanto aqueles que venderam pela
Internet. “Entre os motoristas e entregadores, 68% encontraram
dificuldades de conectividade para a realização de suas
atividades, como circulação em áreas sem cobertura ou o
esgotamento do pacote de dados. Proporção similar (71%) desses
usuários afirmou ter adotado estratégias de enfrentamento, como a
mudança de plano ou de operadora ou a aquisição de um segundo <em>chip</em>
ou, ainda, contou com o apoio da empresa para conseguir usar a
Internet pelo celular no trabalho”, relata Fabio Storino,
coordenador da pesquisa no Cetic.br|NIC.br.<strong> </strong></p>
<p><strong>Ensino remoto </strong><br>
Dos usuários de Internet que frequentavam escola ou universidade,
63% afirmaram que a instituição em que estudavam ofertou aulas ou
atividades educacionais remotas e 19% citaram a oferta de aulas na
modalidade híbrida, refletindo o retorno parcial às aulas
presenciais no primeiro semestre de 2021. Enquanto entre os
usuários das classes AB o computador era dispositivo usado com
maior frequência para acompanhar as atividades remotas, nas
classes DE a maioria dos usuários acompanhou as aulas pelo
celular.</p>
<p>A carência de recursos digitais figurou entre os principais
aspectos que contribuíram para que os estudantes não conseguissem
dar continuidade ao acompanhamento das atividades a distância. As
principais barreiras reportadas pelos usuários para participar das
aulas ou atividades a distância ofertadas pelas instituições de
ensino estavam relacionadas à dificuldade de esclarecer dúvidas
com os professores (41%), à falta de estímulo para estudar (41%) e
à ausência ou baixa qualidade da conexão à Internet (38%). A falta
de estímulo foi a barreira mais mencionada por usuários das
classes AB (42%), enquanto a dificuldade para esclarecer dúvidas
foi mais reportada por aqueles das classes DE (40%). </p>
<p><strong>Cultura</strong><br>
De acordo com a pesquisa, em 2021, a proporção de usuários de
Internet com 16 anos ou mais que assistiram a vídeos, programas,
filmes ou séries pela Internet chegou a 89%, contra 74% antes da
pandemia, segundo os dados da pesquisa TIC Domicílios 2019. Esse
aumento foi maior entre aqueles com 60 anos ou mais (88%) e as
mulheres (87%).</p>
<p>A pesquisa detectou, também, uma tendência de recuperação no uso
da Internet para a participação em atividades culturais
presenciais, setor que havia sido fortemente impactado em 2020 em
função das medidas sanitárias. Entre os que compraram, pela
Internet, ingressos para eventos, como <em>shows</em>, cinema,
peças de teatro ou exposições, 73% o fizeram para eventos
transmitidos <em>on-line</em> e 69% para eventos presenciais.<strong> </strong></p>
<p><strong>Telessaúde</strong><br>
Cerca de um quarto dos usuários de Internet com 16 anos ou mais
realizou consulta médica ou com profissional de saúde pela
Internet. Entre aqueles que recorreram às consultas <em>on-line</em>,
69% declararam ter realizado na rede pública – pelo Sistema Único
de Saúde (SUS) – e 53% na rede privada.</p>
<p>A maioria dos pacientes que tinham até Ensino Fundamental (94%) e
Médio (79%) fez teleconsulta na rede pública. Já entre aqueles com
Ensino Superior, 75% recorreram à rede privada. Em relação à
classe social, a maioria dos usuários das classes AB (74%)
utilizou esse serviço na rede privada, enquanto a maioria dos das
classes C (80%) e DE (85%) o acessou via SUS.</p>
<p>Em todos os estratos investigados pela pesquisa, o meio mais
utilizado para a realização de teleconsultas foram os aplicativos
de mensagens (59%), em patamares bastante superiores a aplicativos
especializados da rede pública (35%) ou de planos de saúde
privados (34%).<strong> </strong></p>
<p><strong>Serviços públicos <em>on-line</em> </strong><br>
Segundo a pesquisa, a saúde pública foi a categoria de serviços
públicos mais acessada pela Internet em 2021. Serviços como o
agendamento de consultas ou outros serviços ofertados pelo sistema
público de saúde foram realizados por 53% dos usuários de
Internet, proporção que se manteve elevada em quase todos os
estratos analisados, sobretudo entre os usuários de 60 anos ou
mais (57%). Esse aumento coincidiu com o início da campanha da
vacinação contra a COVID-19 em todo o território nacional, que,
num primeiro momento, foi voltada para a população da terceira
idade.</p>
<p>"Os dados apresentados pelo Painel TIC COVID-19 são de extrema
relevância para entendermos o contexto do uso da Internet pelos
brasileiros durante a pandemia. A partir da pesquisa, que reafirma
o compromisso do CGI.br para com a sociedade, temos um retrato
deste momento que trouxe desafios expressivos para o país,
evidenciando a importância das políticas públicas de inclusão
digital", reforça José Gontijo, coordenador do CGI.br.<strong> </strong></p>
<p><strong>Metodologia<br>
</strong>O Painel TIC COVID-19 é uma pesquisa <em>on-line</em>
com o objetivo de investigar as atividades realizadas por usuários
de Internet de 16 anos ou mais durante a pandemia. Realizada entre
15 e 30 de julho de 2021 por meio de um painel de usuários de
Internet, a presente edição contou com 5.552 entrevistas.</p>
<p>As estimativas apresentadas na atual edição do Painel TIC
COVID-19 representam a totalidade da população de usuários da
Internet com 16 anos ou mais no Brasil. Devido ao aumento na
abrangência da população representada pela pesquisa, os dados não
são diretamente comparáveis com as edições anteriores, que
representavam parcialmente essa população. Tabelas adicionais para
a realização de comparações temporais estão disponíveis no <em>website</em>
da pesquisa (<a
href="https://cetic.br/pt/pesquisa/tic-covid-19/indicadores/"
target="_blank"><strong>https://cetic.br/pt/pesquisa/tic-covid-19/indicadores/</strong></a>).</p>
<p>Para conferir a publicação da 4ª edição do Painel TIC COVID-19,
acesse: <span><a
href="https://cetic.br/pt/pesquisa/tic-covid-19/publicacoes/"
target="_blank"><strong>https://cetic.br/pt/pesquisa/tic-covid-19/publicacoes/</strong></a></span>.
Já o evento <em>on-line</em> de lançamento do estudo está
disponível na íntegra em <span><a
href="https://youtu.be/NoOGLQqPySU" target="_blank"><strong>https://youtu.be/NoOGLQqPySU</strong></a></span>.</p>
<p><strong><br>
Sobre o Cetic.br<br>
</strong>O Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da
Sociedade da Informação (Cetic.br), do NIC.br, é responsável pela
produção de indicadores e estatísticas sobre o acesso e o uso da
Internet no Brasil, divulgando análises e informações periódicas
sobre o desenvolvimento da rede no País. O Cetic.br é, também, um
Centro Regional de Estudos sob os auspícios da UNESCO, e completou
16 anos de atuação em 2021. Mais informações em <span><a
href="https://cetic.br/"><strong>https://cetic.br/</strong></a></span>.</p>
<p><strong>Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR –
NIC.br<br>
</strong>O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br
(<span><a href="https://nic.br/"><strong>https://nic.br/</strong></a></span>)
é uma entidade civil de direito privado e sem fins de lucro,
encarregada da operação do domínio .br, bem como da distribuição
de números IP e do registro de Sistemas Autônomos no País. O
NIC.br implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da
Internet no Brasil - CGI.br desde 2005, e todos os recursos
arrecadados provem de suas atividades que são de natureza
eminentemente privada. Conduz ações e projetos que trazem
benefícios à infraestrutura da Internet no Brasil. Do NIC.br fazem
parte: Registro.br (<span><a href="https://registro.br/"><strong>https://registro.br</strong></a></span>),
CERT.br (<span><a href="https://cert.br/"><strong>https://cert.br/</strong></a></span>),
Ceptro.br (<span><a href="https://ceptro.br/"><strong>https://ceptro.br/</strong></a></span>),
Cetic.br (<span><a href="https://cetic.br/"><strong>https://cetic.br/</strong></a></span>),
IX.br (<span><a href="https://ix.br/"><strong>https://ix.br/</strong></a></span>)
e Ceweb.br (<span><a href="https://ceweb.br/"><strong>https://ceweb.br</strong></a></span>),
além de projetos como Internetsegura.br (<span><a
href="https://internetsegura.br/"><strong>https://internetsegura.br</strong></a></span>)
e Portal de Boas Práticas para Internet no Brasil (<span><a
href="https://bcp.nic.br/"><strong>https://bcp.nic.br/</strong></a></span>).
Abriga ainda o escritório do W3C Chapter São Paulo (<span><a
href="https://w3c.br/"><strong>https://w3c.br/</strong></a></span>). </p>
<p><strong>Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br<br>
</strong>O <span>Comitê Gestor da Internet no Brasil</span>,
responsável por estabelecer diretrizes estratégicas relacionadas
ao uso e desenvolvimento da Internet no Brasil, coordena e integra
todas as iniciativas de serviços Internet no País, promovendo a
qualidade técnica, a inovação e a disseminação dos serviços
ofertados. Com base nos princípios do multissetorialismo e
transparência, o CGI.br representa um modelo de governança da
Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que todos os
setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas
decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a
Governança e Uso da Internet (<span><a
href="https://cgi.br/resolucoes/documento/2009/003"><strong>https://cgi.br/resolucoes/documento/2009/003</strong></a></span>).
Mais informações em <span><a href="https://cgi.br/"><strong>https://cgi.br/</strong></a></span>. </p>
<p><strong>Flickr: <a href="https://flickr.com/NICbr/"
class="moz-txt-link-freetext">https://flickr.com/NICbr/</a></strong><strong><br>
Twitter: <a href="https://twitter.com/comuNICbr/"
class="moz-txt-link-freetext">https://twitter.com/comuNICbr/</a><br>
YouTube: <a href="https://youtube.com/nicbrvideos"
class="moz-txt-link-freetext">https://youtube.com/nicbrvideos</a></strong><br>
<strong>Facebook: <a href="https://facebook.com/nic.br"
class="moz-txt-link-freetext">https://facebook.com/nic.br</a></strong><br>
<strong>Telegram: <a href="https://telegram.me/nicbr"
class="moz-txt-link-freetext">https://telegram.me/nicbr</a></strong><br>
<strong>LinkedIn: <a href="https://linkedin.com/company/nic-br/"
class="moz-txt-link-freetext">https://linkedin.com/company/nic-br/</a></strong><br>
<strong>Instagram: </strong><strong><a
href="https://instagram.com/nicbr/"
class="moz-txt-link-freetext">https://instagram.com/nicbr/</a><br>
</strong></p>
<p> Os releases, notas e comunicados do NIC.br e CGI.br são enviados
aos inscritos na lista <b><a class="moz-txt-link-abbreviated
moz-txt-link-freetext" href="mailto:anuncios@nic.br">anuncios@nic.br</a></b>
sempre que publicados em nossos sítios. Caso não queira mais
recebê-los, siga as instruções disponíveis <b><a
href="https://mail.nic.br/mailman/listinfo/anuncios">aqui</a></b>.</p>
<strong><a href="https://instagram.com/nicbr/"><br>
</a></strong>
</body>
</html>