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  </head>
  <body>
    <p><b>Uberlândia, 1 de junho de 2023</b></p>
    <p><br>
      <b>FIB13 traz debate sobre riscos e desafios relacionados à
        regulação de plataformas digitais no país</b><br>
      <em>Consulta pública sobre o tema, lançada em abril pelo CGI.br,
        entrou na pauta da sessão principal desta quinta-feira, no Fórum
        da Internet no Brasil<br>
      </em></p>
    <p>A regulação de plataformas digitais, tema que tem mobilizado
      governos e sociedade civil ao redor do mundo, foi discutida
      durante a sessão principal desta quinta-feira (1º), no 13º Fórum
      da Internet no Brasil (FIB13), promovido pelo Comitê Gestor da
      Internet no Brasil (CGI.br), em Uberlândia (MG). Além da <strong><a
          href="https://dialogos.cgi.br/" target="_blank">consulta
          pública</a></strong> sobre o assunto, lançada pelo CGI.br em
      25 de abril deste ano, o debate abordou riscos, oportunidades e
      desafios relacionados às atividades dessas plataformas no país.</p>
    <p>Antes de iniciar a moderação, Henrique Faulhaber, coordenador do
      Grupo de Trabalho (GT) sobre Regulação de Plataformas do CGI.br,
      fez um convite para que todos os setores participem da consulta
      promovida pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, que representa
      uma oportunidade de trabalhar ideias de forma estruturada.
      “Precisamos fazer com que o debate que acontece na sociedade se
      reflita na consulta a partir da diversidade de contribuições".</p>
    <p>Primeira palestrante a falar, Flávia Lefèvre, advogada
      especializada em telecomunicações e direitos digitais, colocou em
      pauta o PL 2630, reconhecendo que projeto de lei traz ferramentas
      para regular as plataformas e proteger as instituições
      democráticas, as vulnerabilidades dos consumidores dos serviços
      ofertados por essas empresas. Ao mesmo tempo, a advogada assinalou
      que o projeto necessita de ajustes importantes em relação ao texto
      que foi submetido à votação de urgência no Congresso Nacional.</p>
    <p>“Por força da necessidade de uma legislação, tenho defendido que
      especialmente toda parte relativa à responsabilização das
      plataformas, incluída no PL 2630 menos de cinco dias antes de o
      projeto ser submetido à votação, traz ali ameaças à liberdade de
      expressão”, opinou.</p>
    <p>Flávia alertou que eventuais omissões de autoridades competentes,
      “deixariam de adotar medidas de <em>enforcement</em> para cobrar
      responsabilidade das plataformas por seus atos próprios de
      moderação de conteúdo”. A especialista acrescentou que “é
      importante termos uma postura crítica frente aos dispositivos do
      PL 2630, que podem resultar em mais empoderamento das plataformas”
      e que é um risco aprovar uma lei “que faz tantas referências à
      necessidade de regulação sem que precise claramente qual entidade
      teria essa competência”.</p>
    <p>Paulo Rená, co-diretor do AqualtuneLAB, ONG integrante da CDR,
      também considera infundado o argumento de que o artigo 19 do Marco
      Civil da Internet isenta as plataformas de responsabilidade. Em
      relação ao PL 2630, ponderou que o texto hoje apresentou melhoras
      significativas na comparação com a versão que estava em discussão
      no Senado, e destacou que a Coalizão Direitos na Rede defende um
      novo órgão regulador “independente, com arranjo multissetorial e
      participação do CGI.br”. "É muito bom diante do que já tivemos.
      Por isso, a urgência para que seja colocado em votação", afirmou,
      defendendo ainda a proposta de projeto apresentada pela Ordem dos
      Advogados do Brasil (OAB).</p>
    <p>João Brant, Secretário de Políticas digitais da Secretaria de
      Comunicação Social da Presidência da República, argumentou que a
      responsabilidade hoje nos termos da legislação não equilibra de
      maneira positiva os direitos no ambiente digital e que a lógica de
      notificação e retirada “impõe um ônus da sociedade de cuidar das
      externalidades”.</p>
    <p>“Empoderar Ministério Público, Polícia Federal, autoridades com
      poder de polícia para definir o que deve ou não ficar <em>online</em>
      não nos parece o melhor dos caminhos. Para trabalharmos com isso,
      precisamos de respostas adequadas”, afirmou, acrescentando que o
      governo federal propôs que o poder Executivo crie um órgão
      regulador específico, para a supervisão da atuação das
      plataformas, e não para a avaliação de conteúdos individuais.</p>
    <p>"O PL 2630 está na agenda, mas precisamos pensar em regulação do
      ambiente digital de forma mais ampla, e a consulta do CGI.br
      aponta nessa direção", ressaltou. Ponderou também se o PL 2630 tem
      dimensão estratégica para essa regulação. "É capaz ou não de dar
      um primeiro passo em terra firme para garantir mais segurança aos
      usuários e proteção de direitos? Acho que sim, ganhou esse caráter
      estratégico a partir deste ano, também porque busca combinar
      mecanismos que permitam enfrentar o maior problema do ambiente
      digital que são as externalidades negativas do modelo de negócio
      das plataformas”.</p>
    <p><strong>Mais debate e educação<br>
      </strong>Roberto Carlos Mayer, vice-presidente da Associação das
      Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro
      Nacional), destacou que, no país, a elaboração da legislação é
      ciclotímica, ou seja, quando há um fato que chama a atenção, são
      aprovadas leis que depois se revelam não adequadas. “Infelizmente,
      nossa capacidade de influenciar o resultado enquanto sociedade
      civil organizada é muito limitada” opinou, resgatando a decisão do
      STF sobre a urgência de ter a regulação aprovada por via
      legislativa ou judicial. "A disputa por protagonismo não ajuda a
      melhorar a qualidade do resultado", alertou.</p>
    <p>Yasmin Curzi, pesquisadora do Centro de Tecnologia e Sociedade da
      FGV Direito Rio e Membro do Advisory Board do projeto CyberBRICS,
      focou nos riscos e ameaças à democracia e aos direitos humanos
      provocados pelas plataformas digitais. Para ela, as infodemias –
      ataques possíveis, discursos de ódio, desinformação e terrorismo –
      podem desestabilizar a democracia e aumentar a radicalização.</p>
    <p>Ela propôs uma reflexão sobre uma autodeterminação informativa
      mais radical, reforçando que os usuários devem ter mais controle
      sobre os seus dados. “Os usuários de redes sociais deveriam ter
      acesso não só ao <em>disclaimer</em> de plataformas sobre quais
      características suas estão sendo levadas em consideração para a
      recomendação de conteúdos, mas também o devido poder de optar por
      não ser recomendado algum tipo de conteúdo”.</p>
    <p>Ainda conforme Yasmin, a transparência de informações que as
      plataformas já publicam voluntariamente não vai resolver todos os
      problemas da regulação. “Precisamos falar de uma transparência
      significativa, como audição de algoritmos para evitar a
      amplificação de conteúdo nocivo”, finalizou.</p>
    <p><strong>Consulta Pública<br>
      </strong>A consulta pública sobre regulação de plataformas
      digitais, lançada pelo CGI.br durante seminário em Brasília (DF),
      tem como objetivo propor diretrizes sobre o escopo e objeto da
      regulação, mapear os riscos das atividades das plataformas e
      identificar um conjunto de medidas regulatórias capazes de
      mitigá-los; assim como pensar os papéis e responsabilidades dos
      diversos atores envolvidos na regulação, apontando possíveis
      acordos multissetoriais.</p>
    <p>Organizada em duas fases, a consulta ficará aberta a toda a
      sociedade até as 23h59 do dia 26 de junho deste ano. Para
      participar, é necessário fazer o cadastro na plataforma:
      <a class="moz-txt-link-freetext" href="https://dialogos.cgi.br/">https://dialogos.cgi.br/</a>. O texto da consulta está organizado em
      41 perguntas e os participantes não precisam responder todas. É
      possível navegar entre os temas e escolher as perguntas e itens de
      interesse. Todas as contribuições ficarão visíveis para que outros
      participantes possam ler e fazer comentários. Essa é a primeira
      etapa do processo.</p>
    <p>Já na segunda fase, haverá a sistematização das contribuições
      feitas e análise de propostas de escopo, riscos relevantes para a
      regulação, medidas de mitigação e de arquitetura regulatória. O
      CGI.br trabalhará para indicar como as propostas de cada tópico se
      conectam e, também, como as medidas de mitigação de risco
      identificadas se relacionam com as frentes de regulação já
      existentes (proteção de dados pessoais, direito do consumidor,
      concorrência, trabalho, liberdade de expressão, soberania
      tecnológica e política industrial, entre outras). Esses resultados
      serão divulgados a partir de agosto, com duração prevista de três
      meses.</p>
    <p><strong>Sobre o Fórum da Internet no Brasil<br>
      </strong>O FIB, que em 2023 chega à sua 13ª edição, é uma
      atividade preparatória para o Fórum de Governança da Internet
      (IGF) e busca incentivar debates sobre as questões mais
      proeminentes para a consolidação e expansão de uma Internet no
      Brasil cada vez mais diversa, universal e inovadora. Visa, ainda,
      evidenciar os princípios da liberdade, dos direitos humanos e da
      privacidade, de acordo com o decálogo de Princípios para a
      Governança e Uso da Internet do <strong><a href="https://cgi.br/"
          target="_blank">CGI.br</a></strong>. </p>
    <p><strong>Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br<br>
      </strong>O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por
      estabelecer diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e
      desenvolvimento da Internet no Brasil, coordena e integra todas as
      iniciativas de serviços Internet no País, promovendo a qualidade
      técnica, a inovação e a disseminação dos serviços ofertados. Com
      base nos princípios do multissetorialismo e transparência, o
      CGI.br representa um modelo de governança da Internet democrático,
      elogiado internacionalmente, em que todos os setores da sociedade
      são partícipes de forma equânime de suas decisões. Uma de suas
      formulações são os 10 Princípios para a Governança e Uso da
      Internet (<strong><a
          href="https://cgi.br/resolucoes/documento/2009/003"
          class="moz-txt-link-freetext">https://cgi.br/resolucoes/documento/2009/003</a></strong>).
      Mais informações em <strong><a href="https://cgi.br/"
          class="moz-txt-link-freetext">https://cgi.br/</a></strong>.</p>
    <p><strong>Flickr: <a href="https://flickr.com/NICbr/"
          class="moz-txt-link-freetext">https://flickr.com/NICbr/</a></strong><strong><br>
        Twitter: <a href="https://twitter.com/comuNICbr/"
          class="moz-txt-link-freetext">https://twitter.com/comuNICbr/</a><br>
        YouTube: <a href="https://youtube.com/nicbrvideos"
          class="moz-txt-link-freetext">https://youtube.com/nicbrvideos</a></strong><br>
      <strong>Facebook: <a href="https://facebook.com/nic.br"
          class="moz-txt-link-freetext">https://facebook.com/nic.br</a></strong><br>
      <strong>Telegram: <a href="https://telegram.me/nicbr"
          class="moz-txt-link-freetext">https://telegram.me/nicbr</a></strong><br>
      <strong>LinkedIn: <a href="https://linkedin.com/company/nic-br/"
          class="moz-txt-link-freetext">https://linkedin.com/company/nic-br/</a></strong><br>
      <strong>Instagram: </strong><strong><a
          href="https://instagram.com/nicbr/"
          class="moz-txt-link-freetext">https://instagram.com/nicbr/</a><br>
      </strong> </p>
    <p> Os releases, notas e comunicados do NIC.br e CGI.br são enviados
      aos inscritos na lista <b><a class="moz-txt-link-abbreviated
          moz-txt-link-freetext" href="mailto:anuncios@nic.br">anuncios@nic.br</a></b>
      sempre que publicados em nossos sítios. Caso não queira mais
      recebê-los, siga as instruções disponíveis <b><a
          href="https://mail.nic.br/mailman/listinfo/anuncios">aqui</a></b>.</p>
    <p><br>
    </p>
    <p></p>
  </body>
</html>