[GT-DadosAbertos] Apoio do GT - [Sbc-l] Abertura do Lattes

Salm Jr., José Francisco salmstela em gmail.com
Quarta Maio 23 23:31:45 BRT 2012


Prezados Colegas do GT de Dados Abertos,

Eu tive o prazer de fazer parte de um grupo de corajosos pesquisadores que
criaram a Plataforma Lattes. Lattes ainda chamado do Projeto Genos apareceu
em uma época que no Brasil tínhamos 8 sistemas de currículos para CT&I. Nós
pesquisadores nos aventuramos em uma empreitada para convencer lideranças
que era importante para o nosso país consolidar uma base de pesquisadores e
adotar uma perspectiva nacional de CVs. Boa parte das universidades já
tinha seu sistema interno curricular e também nos questionavam sobre a
valida de ter um único. Além dos pesquisadores, a Plataforma Lattes contou
com dedicados e convictos administradores públicos (como é o caso do Sr.
Geraldo Sorte e Gerson Galvão e muitos outros) que demandavam a mudança e
apostavam no ganho de uma Plataforma nacional.


Depois de desenvolvida, em 2002 iniciamos uma discussão com outros 20
representantes de universidades sobre o formato de acesso aos dados do
Lattes. Nesse momento, usando o modelo de comunidades de software livre,
concebi a Comunidade LMPL de padronização e acesso ao currículo Lattes, que
depois passou a se chamar ConscienTias com a entrada da CAPES e da FAPESP e
a internacionalização do Lattes.  Com a ajuda de colegas nas universidades,
criamos fluxos para discussão dos padrões e aprovação das mudanças. Todos
contribuíram!


O Lattes foi a primeira Plataforma no Brasil a ter uma iniciativa de uso de
XML para transporte de dados definido em conjunto com uma comunidade de
universidades. Depois avançamos para uma discussão sobre Ontologias para
integração de bases nas universidades e o CNPq. Nossa missão maior era
definir um formato livre e que pudesse dar a qualquer universidade rodando
qualquer software a possibilidade de importar dados da base nacional e
gerar para ela.  Boa parte do trabalho nesse período foi voluntário e
contou com a dedicação incondicional dos colegas nas universidades.


Como exemplo de universidades participantes na definição dos padrões
destaco: UFRJ, USP, UNICAMP, UFSC, UFMG, UFPE, UFPR entre outras. Na equipe
da UFRJ estavam presentes colegas da COPPE e que colaboraram principalmente
nas discussões sobre a relação do Lattes e da tabela de períodos da CAPES
(Qualis).

Hoje o Geraldo vem ampliando as iniciativas de conectividade da Plataforma
como, por exemplo, a integração com a SCOPUS e outras importantes fontes de
informação científica.


Depois desse esforço e dedicação, é difícil receber uma mensagem com a
informação que, para acessar os dados precisa pagar ou que algum dia já foi
pago. *Peço ajuda de vocês para “apagar” essa informação* que contraria
todo o esforço que fizemos (pesquisadores e colegas das universidades) para
tornar as informações da Plataforma em formato para beneficiar
universidades, fundações e instituições de P&D.


Depois de definido o padrão XML, o CNPq definiu regras para uso do dado e
formas de obtê-lo. Essas formas estão publicadas em seu site e pode ser
acessado pelo link: http://lattes.cnpq.br/conteudo/acordos.htm .

Portanto, o Lattes já está aberto e pode ser baixado da seguinte forma
(conforme informado pelo site):


1 . Espelhamento : Esta modalidade é voltado às fundações estaduais de
apoio à pesquisa e consiste na disponibilização integral dos dados da
Plataforma Lattes, e dos currículos atualizados diariamente, para
replicação na base espelho da Fundação. Para se candidatar a ser um espelho
da base Lattes, a instituição deverá encaminhar ofício à Presidência do
CNPq, devidamente assinado pelo seu dirigente máximo, contendo a exposição
de motivos para a realização do espelhamento.

Para saber quem já faz uso dos dados, o CNPq publica a relação das
Fundações que já que já possuem espelhos da Plataforma Lattes.


2 . Extração de CV e Grupos da Instituição: A extração de dados de CV e
Grupos de Pesquisa esta disponível a todas as instituições de ensino e
pesquisa e inovação do País, que desejam obter os dados de seus grupos de
pesquisa, professores, pesquisadores e alunos registrados na Plataforma
Lattes. As instituições interessadas devem encaminhar ofício à Presidência
do CNPq, devidamente assinado pelo seu Dirigente máximo, contendo a
exposição de motivos e destinação a ser dada aos dados a serem extraídos.
 As instituições que já possuem Protocolo de Cooperação Técnica firmado com
o CNPq, tem direito de acesso garantido à extração, bastando encaminhar
email à Presidência do CNPq formalizando o pedido.


Ainda conforme o site, os dados obtidos através desses dois tipos de
convênio, estarão sempre no formato padrão XML definido junto a Comunidade
ConscienTias, responsável pela padronização das informações existentes na
Plataforma Lattes. Informações às equipes técnicas responsáveis pela
implementação dos convênios nas respectivas instituições, podem ser obtidas
através o e-mail cginf em cnpq.br.



Obrigado,

Prof. José Francisco Salm Junior

Departamento de Administração Pública

Universidade do Estado de Santa Catarina




2012/5/23 Gisele da Silva Craveiro <giselesc em usp.br>

> Prezados,
>
> Gostaria de saber se o GT Dados Abertos apoiaria a solicitação da
> base Lattes via Lei de Acesso à Informação (vide msg abaixo).
>
> Afinal de contas ela entrou em nossa lista de prioridades há muitos
> encontros atrás.
>
> O GT agora tem uma ferramenta poderosa nas mãos e não podemos  deixar
> de utilizá-la para alcançar os objetivos do grupo.
>
> Abraços,
>
> Gisele
>
> Profa. Dra. Gisele S. Craveiro
>
> ----- Mensagem encaminhada de xexeo em cos.ufrj.br -----
>    Data: Tue, 22 May 2012 19:08:36 -0300
>    De: Geraldo Xexeo <xexeo em cos.ufrj.br>
>  Assunto: [Sbc-l] Abertura do Lattes
>      Para: coordpgcc-l <coordpgcc-l em grupos.ufrgs.br>, sbc-l <
> sbc-l em sbc.org.br>
>
> Prezados,
>
>   Gostaria que o Forum de Coordenadores e SBC em geral apoiasse um pedido
> de abertura total dos dados do Lattes (base XML) com base na Lei de acesso
> a informação.
>
>   Esses dados são importantes para a análise estratégica e comparativa da
> Pós-graduação no Brasil e hoje seu acesso está restrito (de forma
> agregada). Além disso eles são fornecidos apenas com um custo, o que
> contraria a lei.
>
>   Atenciosamente,
>
> Geraldo Xexéo
>
> --
> Geraldo Xexéo, D.Sc.
> Vice-Coordenador do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação -
> COPPE/UFRJ
> Professor Adjunto - DCC/IM/UFRJ
> Professor do MBA em Engenharia de Software da Escola Politécnica da UFRJ
> Professor do CEDERJ
> Membro: SBC, ACM, IGDA
>
>
> ----- Final da mensagem encaminhada -----
>
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