[Anúncios NIC.br]Pesquisas do CGI.br revelam o potencial de crescimento do e-Gov e a importância social das “lanhouses”

"NIC.br - Núcleo de Informação e Coordenação" imprensa em nic.br
Quarta Dezembro 1 13:10:44 BRST 2010


São Paulo, 1º de dezembro de 2010

*Pesquisas do CGI.br revelam o potencial de crescimento do e-Gov e a 
importância social das “lanhouses” *
/Indicadores apontam baixo índice de utilização dos serviços de governo 
eletrônico e evidenciam o papel social das “lanhouses”, como fonte de 
renda familiar e inclusão digital /

O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), por meio do Núcleo de 
Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), anuncia os resultados de 
duas pesquisas inéditas: *TIC Governo Eletrônico* e *TIC Lanhouses*. 
Conduzidas pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e 
da Comunicação (CETIC.br), responsável pela produção de indicadores e 
estatísticas do NIC.br, os levantamentos apontam dados sobre a 
qualidade, a abrangência e o uso dos serviços de governo oferecidos pela 
Internet; e um panorama geral sobre as características e o perfil de 
gestão das “lanhouses” em todo o país, respectivamente.

*Pesquisa TIC Governo Eletrônico 2010*
Com apoio institucional da Secretaria de Logística e Tecnologia da 
Informação, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, a *TIC 
Governo Eletrônico *englobou 157 municípios e entrevistou 3000 pessoas 
com 16 anos ou mais, e 650 empresas, cujo resultado confirmou o 
potencial de crescimento do e-Gov no Brasil. Segundo a pesquisa, embora 
o percentual da população brasileira que usa serviços de governo 
eletrônico seja relativamente baixo (35%), mais da metade da população 
(56%) escolheria a Internet para acessar serviços de governo na próxima 
vez que for necessáro e outros 60% declaram-se propensos a indicar o 
serviço na web para as suas redes de contato.

A forma de acesso aos serviços públicos mais utilizada continua sendo o 
atendimento presencial, com a preferência de 60% de indivíduos. No 
entanto, quando o cidadão utiliza a tecnologia como mediadora do acesso 
aos serviços públicos, 35% citaram a Internet como principal forma de 
obtenção de algum serviço público, superando o uso do telefone nas 
centrais de atendimento telefônico dos órgãos de governo, com 8% dos 
entrevistados.

Segundo a investigação, 91% dos cidadãos usuários de e-Gov declararam 
estar satisfeitos ou muito satisfeitos em relação aos serviços de 
governo oferecidos pela Internet. No entanto, o grau de satisfação e a 
predisposição ao uso não se refletem efetivamente na utilização de 
serviços de e-Gov. Entre os cidadãos usuários, os dados mostram que o 
uso direciona-se com maior intensidade às buscas de informação sobre 
serviços governamentais do que efetivamente para a realização de 
transações: as atividades relacionadas aos serviços informacionais são a 
maioria, chegando a 90% das menções, enquanto os serviços transacionais 
atingem 61%.

“Mesmo com os altos índices de satisfação apontados, existem 
oportunidades para melhoria dos serviços de governo eletrônico 
oferecidos pela Internet, tanto na busca de serviços, quanto na 
facilidade de sua utilização”, diz Alexandre Barbosa, gerente do CETIC.br.

A pesquisa revela também barreiras que impedem o uso mais amplo do 
governo eletrônico pelos brasileiros: a principal menção dos usuários 
foi a preocupação com segurança dos dados (39%), seguida pela 
dificuldade em encontrar serviços (29%) e a ineficiência do retorno às 
solicitações (28%). Já os não-usuários abordam questões como preferência 
pelo atendimento presencial (48%) e a falta de habilidade com o 
computador (48%).

Quanto aos serviços demandados pela população, os de saúde ganham a 
expectativa dos usuários de e-Gov, quando respondidas espontaneamente. . 
A maior parte dos entrevistados mencionou a área da saúde (34%), 
considerando serviços como o agendamento de consultas pela Internet.

No âmbito das empresas brasileiras, ao contrário do que ocorre entre os 
cidadãos, a Internet predomina como canal de obtenção de serviços 
públicos: 79% utilizaram ao menos um dos serviços nos últimos 12 meses, 
enquanto somente 22% das empresas optaram pelo atendimento presencial.

*Pesquisa TIC Lanhouses 2010 *
Desde a primeira edição da pesquisa TIC Domicílios, em 2005, as 
“lanhouses” representam uma importante fatia do número de usuários da 
rede mundial de compu­tadores no Brasil. Segundo a última edição, apesar 
de 39% dos entrevistados afirmarem serem usuários da rede, apenas 25% 
dos domicílios brasileiros possuem acesso à Internet.

“Uma parte muito significativa do acesso dos brasileiros à Internet 
acontece nas “lanhouses”. Sem elas, o crescimento do número de 
internautas no Brasil teria sido bem menor. Portanto, os 
estabelecimentos são um importante instrumento para a inclusão digital”, 
diz Alexandre.

A 1ª edição da pesquisa *TIC Lanhouses 2010* reuniu 412 estabelecimentos 
em 120 municípios em todo o Brasil, e apresenta, por meio de indicadores 
e estatísti­cas, um panorama geral sobre as características e o perfil 
de gestão das “lanhouses”.
Das “lanhouses” pesquisadas, 80% declararam ser um negócio familiar, e 
em sua maioria abso­luta (97%) declararam ter até três funcionários. 
Quase a metade, 49%, disseram ser um estabelecimento com algum grau de 
formalidade. Esses indicadores ilustram-nas como microempresas 
fortemente associadas à família do pro­prietário, que necessitam de um 
baixo número de funcionários para operar o negócio.

Os estabelecimentos que oferecem produtos e serviços complementares 
somaram 44% dos pesquisados. Co­mércio de informática, assistência 
técnica de computadores, papelaria e lanchonete são algumas das 
atividades oferecidas. Consi­derando o cenário de informalidade do 
setor, é possível que muitas “lanhouses” utilizem a estru­tura jurídica 
de empresas constituídas em outros setores para garantirem a sua 
situação legal.

Um fator relevante, tanto para o negócio da “lanhouse” quanto para o 
cliente, é a diversidade de serviços oferecidos com valor adicionado, 
além do acesso à Internet. Dentre eles, destacam-se jogos e aplicativos 
de comunica­ção (Skype, MSN etc), serviços de cópia e impressão, cursos 
de informática e Internet, além de serviços de conveniência, como 
recarga de celular.

Uma parcela considerável, 46%, disponibiliza entre seis e dez 
computadores aos seus clientes. Outros 22% possuem entre um e cinco 
equipamentos, e apenas 32% das “lanhouses” possuem dez ou mais 
computadores para acesso dos usuários.

Os dados sobre velocidade de conexão revelaram que as “lanhouses” 
aproximam-se mais de um perfil de conexão domiciliar do que propriamente 
de um negócio empresarial: 23% das “lanhouses” oferecem velocidades 
entre 256 Kbps e 1Mbps; 32%, entre 1 Mbps e 2 Mbps; 12%, entre 2 Mbps e 
4 Mbps; e apenas 25% oferecem velocidades maiores de 4 Mbps.

As “la­nhouses”, como agentes importantes no processo de inclusão 
digital dos brasileiros, não oferecem alternativas de sistemas 
operacionais e reforçam o cenário de predomi­nância do software 
proprietário. Mais de 90% das “lanhouses” oferecem o sistema Microsoft 
Windows nas estações de PC’s. O sistema Linux/Ubuntu foi citado por 9% 
dos estabelecimentos e apenas 3% reportaram a disponibilidade do sistema 
operacional Macintosh/Mac OS.

A maioria das “lanhouses” está em funcionamento há até dois anos, 
período crítico do ciclo de vida do negócio, e carecem de auxílio e 
incentivos para que sejam viáveis economicamente no médio e longo prazo. 
Pelos dados, 31% das “lanhouses” pesquisadas funcionam há menos de um 
ano, enquanto outros 27% funcionam entre um e dois anos.

Quanto ao perfil dos gestores das “lanhouse”, a pesquisa revela que a 
maioria das “lanhouses” é gerida por homens (74% dos entrevistados são 
do sexo masculino, contra 26% feminino). Por classe social, predomina a 
classe C (54%), contra 42% das classes A e B.

As pesquisas *TIC Governo Eletrônico 2010 *e* TIC Lanhouses 2010* 
estarão disponíveis em:
http://www.cetic.br.

*Sobre o Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da 
Comunicação (CETIC.br)*
O Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação 
(CETIC.br) é responsável pela produção de indicadores e estatísticas 
sobre a disponibilidade e uso da Internet no Brasil, divulgando análises 
e informações periódicas sobre o desenvolvimento da rede no país. Mais 
informações em http://www.cetic.br/.

*Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação (NIC.br)*
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br 
(http://www.nic.br/) é uma entidade civil, sem fins lucrativos, que 
implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no 
Brasil. São atividades permanentes do NIC.br coordenar o registro de 
nomes de domínio — Registro.br (http://www.registro.br/), estudar, 
responder e tratar incidentes de segurança no Brasil - CERT.br 
(http://www.cert.br/), estudar e pesquisar tecnologias de redes e 
operações — CEPTRO.br (http://www.ceptro.br/), produzir indicadores 
sobre as tecnologias da informação e da comunicação — CETIC.br 
(http://www.cetic.br/) e abrigar o escritório do W3C no Brasil 
(http://www.w3c.br/)..

*Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br*
O Comitê Gestor da Internet no Brasil coordena e integra todas as 
iniciativas de serviços Internet no país, promovendo a qualidade 
técnica, a inovação e a disseminação dos serviços ofertados. Mais 
informações em http://www.cgi.br/.
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