[Anúncios NIC.br]Marco Civil é aprovado com base nos princípios de governança e uso da Internet do CGI.br
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Quarta Março 26 18:53:20 BRT 2014
São Paulo, 26 de março de 2014
*Marco Civil é aprovado com base nos princípios de governança e uso da
Internet do CGI.br*
/Projeto de Lei aprovado na Câmara Federal dos Deputados defende a
privacidade e neutralidade da rede/
O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), organismo multissetorial
responsável por integrar as iniciativas de uso e desenvolvimento da
Internet no País, considera a aprovação do Marco Civil da Internet, na
noite da última terça-feira (25), na Câmara dos Deputados, um grande
avanço para a proteção dos direitos civis constitucionais dos brasileiros.
"A aprovação do Marco Civil é um importante progresso para a sociedade
brasileira, pois a Internet é cada vez mais uma tecnologia indispensável
para todos os segmentos da sociedade. O Marco Civil é também um
importante exemplo que o Brasil oferece ao mundo, ao aprovar uma
legislação que ordena os direitos e responsabilidades dos cidadãos,
empresas e governo na Internet", destaca o coordenador do CGI.br,
Virgílio Almeida.
As próximas etapas serão a tramitação do Projeto de Lei no Senado e em
seguida a sanção presidencial, o que impulsionará o Brasil a ocupar uma
posição de liderança mundial no debate sobre o futuro da Internet. O
Marco Civil brasileiro poderá servir de inspiração para outros países,
principalmente durante a realização do NETmundial - Encontro
Multissetorial Global Sobre o Futuro da Governança da Internet, que
acontecerá nos dias 23 e 24 de abril, em São Paulo e reunirá entidades
internacionais de diversos setores envolvidos com a governança da Internet.
A consolidação dos direitos, deveres e princípios para a utilização e o
desenvolvimento da Internet no Brasil a partir do Marco Civil é
fundamental para promover a transparência e confiança no uso da
Internet. "A atuação do CGI.br com seu modelo multissetorial de
governança, torna-se ainda mais relevante para o avanço de uma Internet
livre, democrática, segura e eficiente", afirma Virgílio.
Durante todos os debates do Marco Civil na Câmara, o CGI.br manifestou
apoio à proposta do relator Alessandro Molon. De acordo com o
coordenador do CGI.br, o texto aprovado guarda diversas similaridades
com o decálogo de princípios para governança e uso da Internet, proposto
pelo CGI.br em 2009 e, hoje, visto internacionalmente como uma
referência para a Internet.
No texto do Marco Civil, o CGI.br é mencionado em dois importantes
artigos. O artigo 9º determina que as exceções de neutralidade de rede
somente acontecerão por decreto e após ouvidos o Comitê Gestor da
Internet e a Agência Nacional de Telecomunicações. O artigo 24º afirma
que "o desenvolvimento da Internet no Brasil e a promoção da
racionalização da gestão, expansão e uso da Internet, contará com a
participação do Comitê Gestor da Internet no Brasil".
O CGI.br reitera seu posicionamento sobre alguns dos principais aspectos
do Marco Civil da Internet:
*Liberdade, privacidade e direitos humanos*
O uso da Internet deve guiar-se pelos princípios de liberdade de
expressão, de privacidade do indivíduo e de respeito aos direitos
humanos, reconhecendo-os como fundamentais para a preservação de uma
sociedade justa e democrática.
*Neutralidade da rede*
Filtragem ou privilégios de tráfego de dados devem respeitar apenas
critérios técnicos e éticos, não sendo admissíveis motivos políticos,
comerciais, religiosos, culturais, ou qualquer outra forma de
discriminação ou favorecimento.
*Inimputabilidade da rede*
O combate a ilícitos na rede deve ser dirigido aos responsáveis finais e
não aos meios de acesso e transporte, sempre preservando os princípios
maiores de defesa da liberdade, da privacidade e do respeito aos
direitos humanos.
*Origem *-- O projeto de lei do Marco Civil da Internet surgiu a partir
da percepção de que o processo de expansão do uso da Internet por
empresas, governos, organizações da Sociedade Civil e por um crescente
número de pessoas colocou novas questões e desafios relativos à proteção
dos direitos civis constitucionais dos cidadãos.
Nesse contexto, era crucial o estabelecimento de condições mínimas e
essenciais não só para que o futuro da Internet seguisse baseado em seu
uso livre e aberto, mas que permitissem também a inovação contínua, o
desenvolvimento econômico e político e o surgimento de uma sociedade
culturalmente vibrante.
O Marco Civil nasceu de uma iniciativa da Secretaria de Assuntos
Legislativos do Ministério da Justiça, que, em parceria com o Centro de
Tecnologia e Sociedade da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas
no Rio de Janeiro, estabeleceu um processo aberto, colaborativo e
inédito para a formulação de um marco civil brasileiro para uso da Internet.
O principal elemento de inspiração do Marco Civil foi a Resolução de
2009 do CGI.br intitulada "Os princípios para a governança e uso da
Internet" - http://www.cgi.br/regulamentacao/resolucao2009-003.htm. Além
disso, recomenda-se a leitura da publicação "O CGI.br e o Marco Civil da
Internet" em
http://www.cgi.br/publicacoes/documentacao/CGI-e-o-Marco-Civil.pdf.
*Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil - CGI.br*
O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços
Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a
disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios de
multilateralidade, transparência e democracia, o CGI.br representa um
modelo de governança multissetorial da Internet com efetiva participação
de todos os setores da sociedade nas suas decisões. Uma de suas
formulações são os 10 Princípios para a Governança e Uso da Internet
(http://www.cgi.br/principios). Mais informações em http://www.cgi.br/.
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