[Anúncios NIC.br] Cerca de 6 milhões de crianças estão desconectadas no país
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Seg Out 10 12:58:49 BRT 2016
São Paulo, 10 de outubro de 2016
*Cerca de 6 milhões de crianças estão desconectadas no país*/
Pesquisa do Cetic.br sobre uso da Internet por crianças e adolescentes
revela também que um em cada três jovens usuários já viu alguém ser
discriminado na rede/
Em 2015, 5,9 milhões de crianças e adolescentes não estavam conectados à
Internet no Brasil, o que representa 20% da população entre 9 e 17 anos
de idade. Entre eles, 3,4 milhões nunca acessaram a rede. É isso o que
aponta a 4ª edição da pesquisa *TIC Kids Online Brasil 2015*
<http://cetic.br/pesquisa/kids-online/indicadores>, conduzida pelo
Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), por meio do Centro
Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação
(Cetic.br). A pesquisa investiga o acesso à rede e o uso dela por
crianças e adolescentes no país e considerou como conectados os jovens
que acessaram a Internet nos três meses anteriores ao estudo.
Desigualdades regionais e socioeconômicas, bem como a falta de
disponibilidade de conexão no domicílio, são desafios para a inclusão
digital dessa parcela da população. Segundo o estudo, 15% das crianças e
adolescentes afirmaram que a falta de acesso em seus domicílios era
motivo para não utilizarem a rede. Esse item foi citado sobretudo por
jovens em áreas rurais (30%), nas regiões Nordeste (21%) e Norte (31%),
nas classes D e E (36%) e entre pessoas com renda familiar de até 1
salário mínimo (31%). A TIC Kids Online Brasil foi realizada entre
novembro de 2015 e junho de 2016, em todo o território nacional.
“São quase 3,5 milhões de crianças, em idade escolar, que nunca tiveram
contato com a Internet, que desconhecem o potencial da rede como
ferramenta de comunicação, fonte de conhecimento e instrumento para
desenvolver novas habilidades. É fundamental chamar a atenção para os
jovens e discutir políticas públicas para que todos tenham acesso de
qualidade à Internet e para que ninguém fique para trás. Mas não bastam
políticas de inclusão apenas, é preciso pensarmos em políticas de
proteção das nossas crianças no ambiente online”, ressalta Alexandre
Barbosa, gerente do Cetic.br.
*Conectividade e frequência de acesso*
Entre os jovens conectados, os resultados também apontam a existência de
disparidades regionais e socioeconômicas no acesso à rede. Oito em cada
dez crianças e adolescentes eram usuários de Internet em 2015, o que
representa 23,7 milhões de jovens em todo o país. Enquanto em áreas
urbanas 84% das crianças e adolescentes estavam conectadas, nas áreas
rurais, essa proporção foi de 59%. Na região Sul, 90% dos jovens
declararam ser usuários de Internet e no Norte, apenas 56%. Outro fator
determinante é situação socioeconômica: 97% das crianças das classes A e
B acessaram a Internet, o que ocorreu com apenas metade dos jovens das
classes D e E (51%).
Em relação à frequência de uso da Internet por crianças e adolescentes,
a pesquisa registrou um aumento significativo: em 2014, 21% disseram que
acessavam a rede mais de uma vez por dia; em 2015, essa proporção
atingiu 66% – um aumento de 45 pontos percentuais. Esse crescimento foi
ainda mais expressivo entre as crianças das classes A e B (de 21% para
75%). Entre os jovens pertencentes às classes D e E, o uso intensivo da
rede cresceu menos, indo de 25% para 49%.
O uso de equipamentos móveis para acessar a Internet se manteve
expressivo entre o público jovem. Em 2015, 83% acessaram a rede por meio
do telefone celular – em 2014, essa proporção foi de 82%, indicando
estabilidade. A pesquisa TIC Kids Online Brasil 2015 verificou ainda que
31% das crianças e adolescentes acessavam a Internet exclusivamente por
esse dispositivo. Essa proporção foi de 55% entre os jovens das classes
D e E. Já os computadores (de mesa, /laptops/ e /tablets/) perderam
espaço: 64% das crianças utilizavam dispositivos desse tipo para acessar
a rede, uma queda de 17 pontos percentuais em relação a 2014.
*Intolerância e discurso de ódio na rede*
Em 2015, a TIC Kids Online Brasil passou a incorporar novas questões
sobre intolerância e discurso de ódio na rede. De acordo com o estudo,
uma em cada três crianças e adolescentes usuárias de Internet (37%)
declarou ter visto alguém ser discriminado na Internet no último ano – o
equivalente a 8,8 milhões de jovens.
O contato com casos de discriminação é maior entre os adolescentes:
entre os usuários de 15 a 17 anos, a proporção chega a 51%. No caso das
crianças de 9 e 10 anos, o percentual é de 11%. Entre os motivos
identificados para a discriminação, 23% das crianças usuárias citaram
preconceito de cor ou raça; 13% mencionaram aparência física; e 10%,
relacionamento entre pessoas do mesmo sexo.
Uma parcela menor dos jovens usuários (6%) declarou ter sofrido algum
tipo de discriminação na Internet no último ano. “Assim como no mundo
/off-line/, a criança também está exposta a riscos na Internet. Eles
precisam ser tratados não só no âmbito familiar, mas também no sistema
educacional e em políticas públicas, no sentido de garantir a proteção
dos direitos da infância”, aponta Barbosa.
*Sobre o estudo*
A pesquisa TIC Kids Online Brasil tem o objetivo de compreender de que
forma a população de 9 a 17 anos utiliza a Internet e como lida com os
riscos e as oportunidades decorrentes desse uso. O levantamento
entrevistou 3.068 crianças e adolescentes, bem como seus pais ou
responsáveis, e segue alinhado ao referencial metodológico da rede
europeia EU Kids Online.
Para acessar os resultados da pesquisa na íntegra, assim como ver os
erros amostrais e a série histórica, visite: **
<http://cetic.br/pesquisa/kids-online/indicadores>*http://cetic.br/pesquisa/kids-online/indicadores*.
Compare a evolução dos indicadores a partir da visualização de dados
disponível em: **
<http://data.cetic.br/cetic/explore?idPesquisa=TIC_KIDS>*http://data.cetic.br/cetic/explore?idPesquisa=TIC_KIDS*.
*Sobre o Cetic.br*
O Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da
Informação, departamento do NIC.br, é responsável pela produção de
indicadores e estatísticas sobre a disponibilidade e uso da Internet no
Brasil, divulgando análises e informações periódicas sobre o
desenvolvimento da rede no país. O Cetic.br é um Centro Regional de
Estudos, sob os auspícios da Unesco. Mais informações em
*http://www.cetic.br/*.
*Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br*
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br (**
<http://www.nic.br/>*http://www.nic.br/*) é uma entidade civil, de
direito privado e sem fins de lucro, que implementa as decisões e
projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil. São atividades
permanentes do NIC.br coordenar o registro de nomes de domínio —
Registro.br (** <http://www.registro.br/>*http://www.registro.br/*),
estudar, responder e tratar incidentes de segurança no Brasil — CERT.br
(*http://www.cert.br/*), estudar e pesquisar tecnologias de redes e
operações — Ceptro.br (**
<http://www.ceptro.br/>*http://www.ceptro.br/*), produzir indicadores
sobre as tecnologias da informação e da comunicação — Cetic.br
(*http://www.cetic.br/*), implementar e operar os Pontos de Troca de
Tráfego — IX.br (** <http://ix.br/>*http://ix.br/*), viabilizar a
participação da comunidade brasileira no desenvolvimento global da Web e
subsidiar a formulação de políticas públicas — Ceweb.br
(*http://www.ceweb.br* <http://www.ceweb.br/>), e abrigar o escritório
do W3C no Brasil (** <http://www.w3c.br/>*http://www.w3c.br/*).**
*Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br*
O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços
Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a
disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do
multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de
governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que
todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas
decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança
e Uso da Internet (*http://www.cgi.br/principios*). Mais informações em
*http://www.cgi.br/*.
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