[Anúncios NIC.br] Programa do CGI.br incentiva adoção de boas práticas de segurança entre sistemas autônomos

Imprensa imprensa em nic.br
Seg Dez 4 18:10:40 -02 2017


São Paulo, 04 de dezembro de 2017

*<http://www.telegram.me/nicbr>**Programa do CGI.br incentiva adoção de 
boas práticas de segurança entre sistemas autônomos*
/Lançamento do programa "Para fazermos uma Internet mais segura" 
aconteceu na manhã desta segunda-feira (4) durante o IX (PTT) Fórum 11/

Com o objetivo de promover a redução de tráfego malicioso na Internet no 
Brasil e melhorar a segurança de dispositivos de rede, o Comitê Gestor 
da Internet no Brasil (CGI.br), por meio do Núcleo de Informação e 
Coordenação do Ponto BR (NIC.br), lançou hoje (4/12), o programa “Para 
fazermos uma Internet mais segura”. A divulgação do projeto aconteceu 
durante o 11º IX (PTT) Fórum - Encontro dos Sistemas Autônomos da 
Internet no Brasil, evento que integra a *VII Semana da Infraestrutura 
da Internet no Brasil* <http://nic.br/semanainfrabr/> e reúne 
engenheiros, administradores de redes, analistas de segurança, gestores 
de TI, estudantes, entre demais interessados em debates sobre a dinâmica 
de operação e funcionamento da Internet no País.

Voltada aos quase seis mil Sistemas Autônomos (AS) no Brasil, a 
iniciativa agrega vários atores da cadeia de serviço de Internet no País 
em torno dos desafios para uma Internet mais segura. O programa foi 
apresentado durante painel com a participação de Frederico Neves 
(NIC.br), Andrei Robachevsky (ISOC), Cristine Hoepers (CERT.br), Eduardo 
Parajo (Abranet) e Ildeu Borges (SindiTelebrasil).

*Cenário brasileiro*

Na apresentação introdutória, Cristine Hoepers, gerente do Centro de 
Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil 
(CERT.br), detalhou o cenário de abuso dos sistemas autônomos 
brasileiros a partir das notificações de incidentes de segurança 
reportados e por ataques detectados na rede de /honeypots/ distribuídos 
mantida pelo CERT.br, além de dados fornecidos por parceiros 
internacionais.

Em 2016, o CERT.br recebeu 60.432 notificações sobre computadores que 
participaram de ataques de negação de serviço (DoS), número 138% maior 
que em 2015. "Ataques com volume de 300 Gbps são o novo 'normal'. Temos 
conhecimento de incidentes de até 1Tbps contra alguns alvos. Uso de 
/botnets/ IoT e amplificação de tráfego são os tipos mais frequentes", 
alertou Cristine, chamando atenção também para as notificações de 
varreduras (/scan/). "As varreduras de TELNET (23/TCP) parecem visar 
dispositivos IoT e equipamentos de rede alocados às residências de 
usuários finais, tais como modems ADSL e cabo, roteadores Wi-Fi, câmeras 
de monitoramento, entre outros", listou.

Cristine também apresentou números sobre ASNs e IP únicos notificados 
pelo CERT.br em 2017, chamando atenção que um terço dos sistemas 
autônomos brasileiros estão permitindo amplificação de tráfego a partir 
de redes e dispositivos mal configurados.

"São ataques extremamente elaborados? Não. O que os atacantes estão 
fazendo, na maioria das vezes, é adivinhar /login/ e senha, e também 
abusando de serviços UDP para amplificação em servidores mal 
configurados, modems e roteadores de banda larga". Entre as 
recomendações destacadas por Cristine estão a utilização da verificação 
em duas etapas, a configuração dos /modems/ e roteadores domésticos 
(principalmente para evitar serviços abertos e senhas padrão), assim 
como a detecção proativa de ataques que estejam saindo das redes dos 
sistemas autônomos. Outras recomendações estão listadas no portal de 
Boas Práticas para a Internet no Brasil: *http://bcp.nic.br/*.

*Programa local*

"Teremos mais de mil novos sistemas autônomos no Brasil em 2017, estamos 
crescendo mais de 20%. Esse tipo de conhecimento precisa ser 
compartilhado. É fundamental que todos se unam, estejam engajados e 
trabalhem juntos para chegarmos a uma conclusão do melhor caminho que 
devemos trilhar. O programa está começando agora, sabemos que o 
resultado será a longo prazo", ressaltou Frederico Neves, Diretor de 
Serviços e de Tecnologia do NIC.br, que informou ainda que as 
contribuições de representantes de sistemas autônomos serão coletadas 
durante o encontro para elaboração de documento com as diretrizes do 
programa.

Ainda de acordo com Frederico, o NIC.br atuará para promover a segurança 
em diferentes áreas de atuação: desde o processo de alocação de 
endereços IPv4 e IPv6 e distribuição de números para Sistemas Autônomos 
(ASN); com cursos e treinamento dedicado às melhores práticas de 
roteamento; atividades operacionais no IX.br, entre elas o anúncio de 
filtros pelos participantes por meio de /communities/; parâmetros de 
segurança usados na medição do desempenho da conexão à Internet a partir 
do Simet Box; além das atividades do CERT.br que coleta estatísticas e 
fornece recomendações de segurança na rede.

Durante o painel, Eduardo Parajo, presidente da Associação Brasileira de 
Internet (Abranet), reforçou a importância da iniciativa e da união de 
todos. "Há uma percepção de que os ataques partem apenas de redes 
internacionais, mas temos que proteger mais a nossa rede dentro do 
Brasil. Existem questões técnicas que podem e devem ser implementadas 
para o benefício de todos", pontuou. Ildeu Borges, diretor regulatório 
do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviços Móvel 
Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), reforçou que os dados apresentados 
por Cristine Hoepers são preocupantes. "Apesar de benéfica numa série de 
aspectos, a revolução da Internet das Coisas multiplica os riscos. Se 
esses dispositivos não estiverem configurados corretamente, vamos ver 
esses efeitos se multiplicarem exponencialmente. É necessário, portanto, 
que todos os atores estejam juntos e atuem de forma coordenada com ações 
efetivas para promover a segurança na rede", afirmou.

*Iniciativa global*

Iniciativa que busca promover a segurança do sistema de roteamento 
global, "Mutually Agreed Norms for Routing Security (MANRS)" também foi 
apresentada no encontro. Andrei Robachevsky, gerente do programa de 
Tecnologia da Internet Society, lembrou que mais de 60 mil sistemas 
autônomos (AS) operam na Internet em âmbito global e usam BGP (Border 
Gateway Protocol) para trocar informações. "O BGP é baseado inteiramente 
em confiança, então o fornecimento de informações falsas ou incorretas, 
assim como a ausência de dados para validar a legitimidade das 
informações fornecidas podem criar incidentes de segurança", explicou.

Sequestro de prefixo IP, vazamento de rotas, falsificação (/spoofing/) 
de endereços IP são alguns dos problemas apontados por Robachevsky. "Da 
perspectiva de roteamento, focar apenas na segurança da sua rede não 
implica necessariamente deixá-la mais segura. A redução de ataques à sua 
rede também está nas mãos dos outros", sentenciou.

Diante desse cenário, o MANRS traz ações concretas que devem ser 
configuradas por administradores de redes. São elas: filtros dos 
prefixos anunciados por clientes; /anti-spoofing /(não permitir tráfego 
de IPs forjados saindo da sua rede); coordenação, ou seja, manter os 
dados atualizados em fontes de informações públicas, como Whois, para 
coordenação de incidentes; além da validação global, que implica o uso 
de bases públicas para divulgar suas políticas BGP. Os detalhes sobre o 
MANRS estão disponíveis no sítio: *https://www.manrs.org/*.

*Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br*

O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br 
(*http://www.nic.br/*) é uma entidade civil, de direito privado e sem 
fins de lucro, que além de implementar as decisões e projetos do Comitê 
Gestor da Internet no Brasil, tem entre suas atribuições: coordenar o 
registro de nomes de domínio — Registro.br (*http://www.registro.br/*), 
estudar, responder e tratar incidentes de segurança no Brasil — CERT.br 
(*http://www.cert.br/*), estudar e pesquisar tecnologias de redes e 
operações — Ceptro.br (*http://www.ceptro.br*/ <http://www.ceptro.br/>), 
produzir indicadores sobre as tecnologias da informação e da comunicação 
— Cetic.br (*http://www.cetic.br/*), fomentar e impulsionar a evolução 
da Web no Brasil — Ceweb.br (*http://www.ceweb.br/*) e abrigar o 
escritório do W3C no Brasil (*http://www.w3c.br/ <http://www.w3c.br/%29>*).*
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*Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br *

O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer 
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da 
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços 
Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a 
disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do 
multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de 
governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que 
todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas 
decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança 
e Uso da Internet (*http://www.cgi.br/principios*). Mais informações 
em*http://www.cgi.br/*.*
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