[Anúncios NIC.br] Segurança e infraestrutura pautam debates do IX (PTT) Fórum 11
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imprensa em nic.br
Qua Dez 6 16:50:34 -02 2017
São Paulo, 6 de dezembro de 2017
*Segurança e infraestrutura pautam debates do IX (PTT) Fórum 11*
/Pico de tráfego de 3,7 Tbps está entre os resultados do IX.br
apresentados durante o encontro/
Com mais de 500 participantes presenciais e 250 /on-line/, o 11º IX
(PTT) Fórum - Encontro dos Sistemas Autônomos da Internet no Brasil
discutiu nos dias 4 e 5 de dezembro a segurança na Internet - tema do
*programa “Para fazermos uma Internet mais segura”*
<http://www.nic.br/noticia/releases/programa-do-cgi-br-incentiva-adocao-de-boas-praticas-de-seguranca-entre-sistemas-autonomos/>
lançado no encontro, os desafios e oportunidades dos provedores
regionais no Brasil, questões de infraestrutura envolvendo a migração de
/datacenter/, numeração e alocação de recursos, tecnologias de
microcabos e microdutos, entre outros temas cruciais para o
desenvolvimento do setor. O evento integra a *VII Semana da
Infraestrutura da Internet no Brasil* <http://nic.br/semanainfrabr/> e é
realizado pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).
Durante a abertura, Demi Getschko (NIC.br) ressaltou a importância da
Semana de Infraestrutura, que reúne os principais atores das áreas de
segurança, engenharia de rede, atividades operacionais, associações de
provedores, operadoras de telecomunicações, entre outras instituições
interessadas na dinâmica de operação e funcionamento da Internet no
País. "É naturalmente uma grande oportunidade de aprendizado, por meio
das palestras e debates, mas também de reunir profissionais e estudantes
com interesses em comum para que troquem informações, falem diretamente
uns com os outros e encontrem soluções em conjunto", afirmou.
"O IX (PTT) Fórum 11 é um momento para expor os problemas que
enfrentamos e buscarmos alternativas de forma mais serena e perene.
Tivemos a participação de pessoas jovens e mais experientes, das cinco
regiões brasileiras. Cada um tem um cenário diferente, é preciso
analisar, mesclar experiências para entender e endereçar os problemas",
complementou Milton Kaoru Kashiwakura (NIC.br).
*Provedores regionais*
"Os provedores regionais desempenham um papel muito relevante para o
desenvolvimento da Internet no país", enfatizou Alexandre Barbosa
(Cetic.br/NIC.br) em painel dedicado ao cenário da demanda e oferta de
banda larga no Brasil. Dados da pesquisa *TIC Domicílios 2016*
<http://cetic.br/pesquisa/domicilios/indicadores> apresentados por
Barbosa mostram que apenas 26% dos domicílios da área rural estão
conectados – na área urbana, essa proporção chega a 59%. Indicadores
sobre a velocidade média de conexão dos domicílios, empresas,
estabelecimentos de saúde e escolas também foram comentados pelo gerente
do Cetic.br, assim como as características dos provedores brasileiros
observadas a partir da pesquisa TIC Provedores.
"Políticas públicas como o programa Cidades Inteligentes, Inclusão
Digital, Internet das Coisas, banda larga nas escolas e nos
estabelecimentos de saúde representam uma grande oportunidade para os
médios e pequenos provedores", destacou.
Apresentado por Eduardo Grizendi (RNP), a construção de /backbone/ de
infraestrutura escalável da rede acadêmica brasileira também pode trazer
benefícios diretos para os provedores regionais. "70% dos nossos
circuitos já são de provedores locais e regionais. Até março de 2018,
vamos atingir 85%", afirmou Grizendi, lembrando ainda que a construção
conjunta de redes metropolitanas, de rotas de longa distância, permuta
de fibra, participação nos PIXes e no projeto Open CDN também são
oportunidades para os profissionais que ofertam serviço de conexão à
Internet.
Na mesma linha, Basilio R Perez (Abrint) chamou atenção para o
crescimento do mercado. "Os provedores são responsáveis pela conexão de
15% dos domicílios brasileiros e por 30% das fibras que estão chegando
na casa dos assinantes", informou. Termos de Ajustamento de Conduta
(TAC) do setor, a possibilidade de regulação pela Anatel de dispositivos
IoT e de mudanças na legislação brasileira no que diz respeito à
garantia da neutralidade da rede são desafios apontados por Basilio
durante o encontro.
Eduardo Parajo (Abranet) também enfatizou a evolução significativa do
mercado, destacando o crescimento anual de 15% a 20%. "Os provedores
compram 50% da produção nacional de fibra óptica", ressaltou. Questões
tributárias, de financiamento e competitividade são preocupações
comentadas por Parajo. "Outro desafio que passa despercebido é a questão
rural. Hoje é um dos mercados mais desassistidos no Brasil em relação à
conectividade, porém é importante mencionar que a agricultura salvou o
PIB deste ano", alertou.*
*
*IX.br em 2017*
Com pico de tráfego de 3,7 Tbps, o IX.br (Brasil Internet Exchange)
obteve, no ano de 2017, um crescimento de 76%. O PTT de São Paulo, o
maior da América Latina, cresceu 60%, e o do Rio de Janeiro registrou
crescimento de 122%. Além da expressiva expansão do PTT carioca, Julio
Sirota (NIC.br) também enfatizou o potencial de Fortelaza. "Temos novos
PTTs em ativação e estudo na cidade. Fortaleza deve crescer
significativamente e se tornar um grande ponto de troca de tráfego
internacional".
Ele comentou o modelo de sustentabilidade adotado pelo IX.br neste ano e
apresentou ainda ações de melhoria que estão em andamento, entre elas, o
desenvolvimento de novos sistemas para monitorar as operações do IX.br,
coleta de /flows/ nas 30 localidades em que o IX.br está presente,
solução para controle de qualidade da comunicação dos PIXs em parceria
com a equipe do Simet, além de melhorias no site do IX.br para
disponibilizar informações que facilitem a interpretação de dados pelos
Sistemas Autônomos.
No que diz respeito às ativações, o IX.br registrou, em 2017, 76.127
interações em 5.707 diferentes chamados. O tempo de atendimento em
ativações e migrações de todos os PTTs caiu de 100 dias (em 2015) para
40 dias (em novembro de 2017), com tempo típico de 30 dias para o PTT de
São Paulo. "É o resultado de várias ações, mudanças de procedimentos,
automatizações, /communities/, entre outros", comentou Antonio M.
Moreiras (NIC.br).
Também em 2017, o curso básico de IPv6 (a distância) registrou mais de
2.518 participantes inscritos e contou com a emissão de 229
certificados. Desde 2015, mais de 530 livros “Laboratórios de IPv6”
foram doados pelo NIC.br para instituições de ensino, de acordo com
Eduardo Barasal (NIC.br), que destacou ainda a realização de 16 cursos
de Boas Práticas Operacionais para Sistemas Autônomos neste ano, com 540
alunos certificados. A realização de 18 edições do IX Fórum Regional,
encontro que faz parte das iniciativas de treinamento do NIC.br, contou
com a participação de mais de mil profissionais e estudantes das cinco
regiões do País.
Além de apresentar os resultados do ano, a equipe do IX.br também abriu
espaço de diálogo com os participantes do encontro, recebendo
contribuições da comunidade.
*Numeração e alocação de recursos*
As atualizações sobre numeração e alocação de recursos também foram
pautadas no evento por Ricardo Patara (NIC.br), que lembrou da política
de esgotamento endereços IPv4 que busca garantir uma quantidade mínima
de alocação para novos entrantes. As projeções indicam esgotamento dos
endereços ao final de 2019, informou Patara.
"As políticas de esgotamento de endereços IPv4 tem beneficiado muitos
provedores e organizações que estão entrando no mercado. O volume de
solicitações de recursos no Registro.br aumentou muito, temos hoje uma
média de 200 por mês. Teremos aproximadamente mil novos AS no País neste
ano", pontuou, ressaltando que as regras de alocação são definidas pela
própria comunidade em encontros promovidos pelo LACNIC, Registro
Regional de Internet para a região da América Latina e Caribe.
Patara também destacou que mais de 91% dos Sistemas Autônomos no Brasil
solicitaram alocação de endereços IPv6 – a média mundial é de
aproximadamente 55%. Ele também chamou atenção para o crescimento da
utilização da versão 6 do protocolo no Brasil: salto de 13% em novembro
de 2016 para 27% em novembro de 2017.
Ainda no tema de infraestrutura, o 11º IX (PTT) Fórum trouxe painéis
sobre cidades inteligentes, estudo de caso sobre a implantação e
migração de datacenter, casos de sucesso como a operação do IX.br de
Lajeado (RS), entre outros temas. A adoção de tecnologias como
microcabos e microdutos também foi abordada no encontro, que promoveu
reflexão sobre entraves burocráticos relacionados às concessões de
passagem de cabo. “O uso de novas tecnologias agiliza o processo ou a
burocracia é a mesma? A instalação é mais ágil, o custo é menor, a
manutenção é facilitada, porém a burocracia é a mesma. A Argentina se
desenvolveu mais rápido pois os entraves burocráticos são menores”,
lamentou Luiz Felipe Lorenzoni (Level3).
*Segurança*
Durante o evento foi divulgado ainda o Programa “Para fazermos uma
Internet mais segura”, que agrega vários atores da cadeia de serviço de
Internet no País com o objetivo de promover a redução de tráfego
malicioso na Internet no Brasil e melhorar a segurança de dispositivos
de rede, destacando a importância da participação conjunta na
implementação de boas práticas Conheça os *detalhes do programa*
<http://www.nic.br/noticia/releases/programa-do-cgi-br-incentiva-adocao-de-boas-praticas-de-seguranca-entre-sistemas-autonomos/>
apresentados no primeiro dia do evento. Seguindo com o tema segurança, a
programação da 11ª edição do IX (PTT) Fórum também contemplou
apresentações sobre FlowSpec e Routing Manifesto.
O IX (PTT) Fórum 11 integra a VII Semana de Infraestrutura da Internet
no Brasil, evento que conta com o patrocínio platina do Google, Abranet
e NTT, além do patrocínio ouro da Juniper/ Grupo Binário,
Fonnet/Precision, Ruckus e TDec/Extreme.
*Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br*
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br
(*http://www.nic.br/*) é uma entidade civil, de direito privado e sem
fins de lucro, que além de implementar as decisões e projetos do Comitê
Gestor da Internet no Brasil, tem entre suas atribuições: coordenar o
registro de nomes de domínio — Registro.br (*http://www.registro.br/*),
estudar, responder e tratar incidentes de segurança no Brasil — CERT.br
(*http://www.cert.br/*), estudar e pesquisar tecnologias de redes e
operações — Ceptro.br (**
<http://www.ceptro.br/>*http://www.ceptro.br*/), produzir indicadores
sobre as tecnologias da informação e da comunicação — Cetic.br
(*http://www.cetic.br/*), fomentar e impulsionar a evolução da Web no
Brasil — Ceweb.br (*http://www.ceweb.br/*) e abrigar o escritório do W3C
no Brasil (*http://www.w3c.br/*).*
*
*Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br *
O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços
Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a
disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do
multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de
governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que
todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas
decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança
e Uso da Internet (*http://www.cgi.br/principios*). Mais informações
em*http://www.cgi.br/*.*
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