[Anúncios NIC.br] 81% dos estabelecimentos de saúde do Brasil possuem registro eletrônico de dados dos pacientes, aponta TIC Saúde 2017
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imprensa em nic.br
Ter Out 2 15:50:15 -03 2018
São Paulo, 2 de outubro de 2018
*81% dos estabelecimentos de saúde do Brasil possuem registro eletrônico
de dados dos pacientes, aponta TIC Saúde 2017*
/Pesquisa do Cetic.br mostra que oferta de serviços ao paciente via
Internet também cresceu /
A proporção de estabelecimentos de saúde do Brasil que possuem sistema
eletrônico para armazenar informações dos pacientes chegou a 81% no ano
passado, um crescimento de 15 pontos percentuais em relação a 2014
(66%). Os dados são da quinta edição da pesquisa *TIC Saúde*
<https://cetic.br/pesquisa/saude/indicadores>*, *lançada nesta
terça-feira (2/10) pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br),
por meio do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da
Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação
do Ponto BR (NIC.br). A divulgação dos indicadores, assim como o
lançamento da *publicação* <https://cetic.br/pesquisa/saude/publicacoes>
com artigos e análise dos resultados, aconteceu em Fortaleza (CE)
durante o XVI Congresso Brasileiro de Informática em Saúde, organizado
pela Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS).
Nos estabelecimentos públicos que utilizaram a Internet, a evolução da
presença de sistemas eletrônicos para registro das informações dos
pacientes passou de 55%, em 2014, para 68%, em 2017. "Apesar do
crescimento relevante, ainda foram poucos os estabelecimentos que, em
2017, mantiveram as informações apenas em formato eletrônico (21%).
Também é importante ressaltar que os dados em formato digital mais
presentes são aqueles de natureza puramente administrativa. Ainda tem
uma grande parcela de dados e informações relacionadas ao atendimento
clínico e de apoio direto no cuidado aos pacientes que se encontram
apenas em papel", pontua Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br.
Dados cadastrais do paciente estão disponíveis na maior parte dos
estabelecimentos que usaram a Internet (81%), seguido pelas informações
de admissão, transferência e alta do paciente (44%); laudos (32%) e
imagens de exames radiológicos (23%). A TIC Saúde 2017 também mostra que
as funcionalidades administrativas, como agendar consultas, exames ou
cirurgias (57%), pedir exames laboratoriais (45%) e pedir exames de
imagens (44%) estão presentes na maior parte dos estabelecimentos.
*Serviços /on-line/ e telessaúde*
Os serviços ao paciente via Internet apresentam uma tendência de
crescimento: a visualização de resultados de exames passou de 24% dos
estabelecimentos que usaram a Internet, em 2015, para 31%, em 2017. Já o
agendamento de exames passou de 20% para 24%, no mesmo período.
Os dados da pesquisa indicam que há diversas iniciativas de telessaúde e
telemedicina no país, especialmente entre os estabelecimentos públicos –
39% deles desenvolveram atividades de educação a distância e 29%
atividades de pesquisa a distância. Nos estabelecimentos privados essas
proporções foram 9% e 11%, respectivamente.
"A telessaúde é uma ferramenta fundamental para melhorar o acesso à
saúde em regiões remotas e com escassez de serviços e profissionais de
saúde. Além disso, a telessaúde possibilita a promoção de treinamentos e
educação continuada para os profissionais que não estão localizados em
centros urbanos ou próximos deles. É um tipo de prática fundamental para
reduzir gastos e otimizar os atendimentos", considera Barbosa. Do total
de estabelecimentos pesquisados, 23% declararam fazer parte de alguma
rede de telessaúde, proporção que chega a 48% dos estabelecimentos da
esfera pública e apenas 6% do setor privado.
*Infraestrutura e gestão TIC*
Os dados da pesquisa TIC Saúde 2017 também revelam que o uso de
computadores (90%) e acesso à Internet (77%) nos estabelecimentos
públicos se manteve estável. No entanto, a disponibilidade de
infraestrutura básica se mostrou crítica entre as Unidades Básicas de
Saúde (UBS): 12% das UBS não possuíam computador e 28% não contavam com
acesso à Internet. Isso significa que em um universo de aproximadamente
39 mil UBS cerca de cinco mil não usavam computadores e mais de 10,5 mil
não tinham acesso à Internet.
Há também uma diferença regional relevante sobre o uso de computador e
acesso à Internet. No Norte, 94% dos estabelecimentos de saúde usam
computadores, e 76% possuem acesso à Internet. No Nordeste, a proporção
fica em 86% e 75%, respectivamente.
Dentro do universo dos estabelecimentos que possuem área de tecnologia
da informação (TI) – cerca de 22.600 no país –, a TIC Saúde 2017 indica
que quase 2.400 contam com pelo menos um profissional de saúde na
equipe. Os resultados indicam um déficit de mais de 20 mil profissionais
com essa qualificação nos departamentos de TI. A presença de
profissionais de saúde com formação em informática médica é um indicador
do nível de maturidade do estabelecimento na adoção das tecnologias
digitais na saúde.
*Adoção das TIC entre médicos e enfermeiros*
Apesar da relevância da qualificação dos profissionais para atuarem com
TIC na área da saúde, a pesquisa indicou que apenas 17% dos médicos e
26% dos enfermeiros participaram de algum curso, treinamento ou
capacitação na área de TIC em saúde nos 12 meses anteriores à pesquisa.
Há, no entanto, uma percepção positiva em relação ao uso de sistemas
eletrônicos: 93% dos médicos e 91% dos enfermeiros responderam que houve
melhoria na eficiência dos processos de trabalho das equipes; 85% dos
médicos e 88% dos enfermeiros acreditam que houve melhora no tratamento
como um todo.
*Sobre a pesquisa*
Com metodologia comparável internacionalmente, a TIC Saúde tem o
objetivo de investigar a penetração das TIC nos estabelecimentos de
saúde e sua apropriação por profissionais de saúde (médicos e
enfermeiros). Em sua quinta edição, a pesquisa entrevistou 2.336
gestores de estabelecimentos de saúde localizados em todo o território
nacional. Além disso, foram entrevistados 1.629 médicos e 2.652
enfermeiros vinculados aos mesmos estabelecimentos. A coleta de dados
ocorreu entre agosto e novembro de 2017, para os gestores, e outubro de
2017 e abril de 2018 para os profissionais de saúde.
Para acessar a pesquisa na íntegra, assim como rever a série histórica,
visite: *http://cetic.br/pesquisa/saude/indicadores*. Leia a publicação
anual em *http://cetic.br/pesquisa/saude/publicacoes*, e compare a
evolução dos indicadores a partir da visualização de dados:
*http://data.cetic.br/cetic/explore?idPesquisa=TIC_SAUDE*.
*Sobre o Cetic.br*
O Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da
Informação, do NIC.br, é responsável pela produção de indicadores e
estatísticas sobre a disponibilidade e uso da Internet no Brasil,
divulgando análises e informações periódicas sobre o desenvolvimento da
rede no País. O Cetic.br é um Centro Regional de Estudos, sob os
auspícios da UNESCO. Mais informações em *http://www.cetic.br/*.
*Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br*
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br
(*http://www.nic.br/*) é uma entidade civil, de direito privado e sem
fins de lucro, que além de implementar as decisões e projetos do Comitê
Gestor da Internet no Brasil, tem entre suas atribuições: coordenar o
registro de nomes de domínio — Registro.br (*http://www.registro.br/*),
estudar, responder e tratar incidentes de segurança no Brasil — CERT.br
(*http://www.cert.br/*), estudar e pesquisar tecnologias de redes e
operações — Ceptro.br (*http://www.ceptro.br/*), produzir indicadores
sobre as tecnologias da informação e da comunicação — Cetic.br
(*http://www.cetic.br/*), implementar e operar os Pontos de Troca de
Tráfego — IX.br (*http://ix.br/*), viabilizar a participação da
comunidade brasileira no desenvolvimento global da Web e subsidiar a
formulação de políticas públicas — Ceweb.br (*http://www.ceweb.br
<http://www.ceweb.br/>*), e abrigar o escritório do W3C no Brasil
(*http://www.w3c.br/*).*
*
*Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br*
O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços
Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a
disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do
multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de
governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que
todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas
decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança
e Uso da Internet (*http://www.cgi.br/principios*). Mais informações em
*http://www.cgi.br/*.
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