[Anúncios NIC.br] Impactos éticos e sociais da inteligência artificial são debatidos na 10ª edição da Conferência Web.br 2018

Imprensa imprensa em nic.br
Sex Out 5 19:44:02 -03 2018


São Paulo, 5 de outubro de 2018

*Impactos éticos e sociais da inteligência artificial são debatidos na 
10ª edição da Conferência Web.br 2018*
/Ganhos da inteligência artificial para pessoas com deficiência e 
importância dos metadados na era do machine learning também foram 
discutidos por especialistas
/

Principal espaço brasileiro de discussão sobre as tendências e boas 
práticas de desenvolvimento Web, a *Conferência Web.br* 
<http://conferenciaweb.w3c.br/> promoveu nesta sexta-feira (5) a 
reflexão sobre os impactos éticos e sociais da inteligência artificial a 
partir das apresentações de renomados especialistas nacionais e 
internacionais. O evento, que é realizado pelo Centro de Estudos sobre 
Tecnologias Web (Ceweb.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do 
Ponto BR (NIC.br), com apoio do Escritório Brasileiro do World Wide Web 
Consortium (W3C Brasil), teve início nessa quinta-feira (4) com 
*/workshops /sobre tecnologias Web inovadoras* 
<https://www.nic.br/noticia/releases/conferencia-web-br-2018-promove-aprendizado-na-pratica-das-tecnologias-web-mais-inovadoras/>. 
Além de acompanhar as oficinas e debates, mais de 320 participantes 
tiveram a oportunidade de conhecer a Inteligência Artificial Democrática 
e montar kits de /artificial intelligence by yourself/ em conjunto com 
Peter Nordström, engenheiro de software do Google e um dos destaques do 
evento.

Em retrospecto sobre os 10 anos da Conferência Web.br, Vagner Diniz 
(gerente do Ceweb.br) destacou que o evento discute tendências que se 
consolidam no mercado. Diniz listou temas que a Web.br debateu em 
edições anteriores que ganharam força com o passar dos anos, entre eles, 
a discussão sobre dados abertos, sobre HTML 5, da relevância da 
acessibilidade em dispositivos móveis e também da descentralização da Web.

"Não é à toa que este ano trouxemos o debate da Web na era da computação 
cognitiva. Como repositório de dados, a Web é uma fonte importantíssima 
para alimentação do /machine learning/ (aprendizado de máquina). Como 
ela pode ser uma fonte confiável e segura para aplicações de 
inteligência artificial e serviços que sejam de valor para os usuários? 
Temos hoje a oportunidade de compartilhar as experiências e tendências 
com os participantes da Conferência", enfatizou Diniz.

Também durante a abertura da 10ª edição do evento, Hartmut Glaser, 
secretário executivo do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), 
enfatizou a seriedade e importância das discussões realizadas na Web.br. 
"É um trabalho que resulta em um impacto enorme, seja com a 
conscientização da comunidade para a importância de uma Web acessível a 
todos, como também da adoção de padrões abertos, entre diversos outros 
temas. Apoiamos vigorosamente a realização da atividade e envolvimento 
da comunidade Web", salientou. "A Web.br é uma das diversas atividades 
possíveis graças aos recursos arrecadados com o registro de domínios 
.br, que na chegada da primavera deste ano atingiu a marca de 4 milhões 
de nomes registrados”, pontuou Demi Getschko, diretor presidente do NIC.br.

*Ética e inteligência artificial*

Nós já estamos vivendo o futuro digital. Na apresentação “Impactos 
éticos e sociais da computação cognitiva”, Virgílio Almeida (professor 
titular no Departamento de Ciência da Computação da UFMG) lembrou que 
aplicações usadas no cotidiano – mecanismos de busca, redes sociais e 
aplicativo de mensagens instantâneas – são dirigidas por algoritmos cuja 
intervenção humana é restrita. "Os algoritmos tomam decisões por nós. 
Eles são capazes de direcionar os usuários, seja no espectro político, 
de entretenimento, entre tantos outros. É parte do nosso dia a dia", 
alertou.

Virgílio reforça que o projeto e implantação dessas plataformas possuem 
interesses comerciais e os algoritmos trabalham dentro desses 
interesses. "Isso provoca mudanças, não apenas nos indivíduos, mas na 
sociedade. São essas mudanças que queremos? Existem consequências não 
intencionais? O ambiente digital é construído dentro de princípios 
éticos?", questionou.

As promessas e oportunidades das aplicações de inteligência artificial 
para áreas de saúde, ciências, educação, entre outras, foram listadas 
por Virgílio, que também detalhou casos envolvendo /softwares/, 
mecanismos de busca, aplicações de reconhecimento facial que promovem a 
discriminação, de forma não intencional, e reforçam estereótipos. Qual é 
o papel dos desenvolvedores e engenheiros nesse novo mundo? Como incluir 
um futuro digital mais justo e inclusivo? Virgílio propôs a "ética /by 
design/" com medidas concretas como introduzir a ética na formação, 
capacitação e treinamento de profissionais, ensinar e projetar com 
responsabilidade social e criar comitês multissetoriais nas empresas de 
tecnologia.

"Existem muitas metodologias, ferramentas /open source/ e técnicas novas 
para construir soluções éticas e responsáveis. É importante ter isso em 
mente e também que as pessoas que estão conduzindo esta revolução sejam 
sensíveis aos desafios", complementou Thiago Cardoso (Diretor de 
Tecnologia da Hekima) na apresentação "Ética e Responsabilidade em 
Inteligência Artificial". Para Cardoso, a inteligência artificial tem 
potencial para ser a 4ª revolução industrial, porém as soluções devem 
ser desenvolvidas de forma cautelosa.

O especialista trouxe técnicas que podem ser adotadas, por exemplo, para 
proteger a privacidade dos usuários como o aprendizado federado (em que 
o algoritmo aprende localmente, sem que os dados saiam do dispositivo), 
criptografia homomórfica (treinamento de modelos em cima de dados 
cifrados) e ainda a privacidade diferencial (técnica em que mesmo quando 
os dados são alterados é possível calcular o erro e chegar ao mesmo 
resultado).

Para enriquecer o debate, Lucia Santaella (Coordenadora pós-graduação em 
Tecnologias da Inteligência e Design Digital na PUCSP) reforçou que as 
tecnologias são inerentes aos seres humanos e hoje crescem para fora do 
corpo orgânico. Durante a apresentação "O crescimento exossomático da 
inteligência humana", Santaella resgatou o histórico das relações entre 
seres humanos e tecnologia, pontuando que esse relacionamento é natural. 
A especialista lembrou que a inteligência artificial ajuda em uma 
multiplicidade de tarefas a veio para ficar, crescer e se multiplicar. 
“É uma continuidade da inteligência humana e da cognição."

*Acessibilidade e /machine learning/*

Outro destaque do evento, Léonie Watson (Diretora de Comunicação com 
Desenvolvedores do The Paciello Group) demonstrou, a partir das três 
leis da robótica de Asimov, os ganhos da inteligência artificial para as 
pessoas com deficiência. Recursos de descrição de imagens, 
reconhecimento de voz, tradução de idiomas em tempo real e assistentes 
pessoais transformaram a vida das pessoas com qualquer tipo de 
dificuldade para enxergar, falar, ouvir e pensar, permitindo 
especialmente mais independência para a realização das tarefas cotidianas.

"Se não tivermos cuidado, vamos achar que as tecnologias responderão 
todos os nossos problemas e questões. É fundamental lembrar que os seres 
humanos são uma parte vital da inteligência artificial", afirmou, 
pontuando ainda que "a inteligência artificial amplia a ingenuidade humana".

"Além da ingenuidade, a inteligência artificial também amplia a 
idiotice, burrice e tudo o mais que a máquina aprendeu", continuou 
Chaals Nevile (Diretor de Programa Técnico da Enterprise Ethereum 
Alliance) durante a apresentação "Alimentando a fera – qual a 
importância dos metadados na era do /machine learning/?". Nevile 
destacou a quantidade gigantesca de dados disponíveis /on-line/ e 
questionou a qualidade dessas informações. "A Web está repleta de 
metadados envolvendo /spam/, descrições desatualizadas e informações 
genéricas repetidas. Precisamos resgatar os metadados e torná-los úteis 
e confiáveis para o aprendizado de máquina", defendeu.

A 10ª edição da Web.br também foi o momento para reforçar a importância 
do movimento Web para Todos, realizado em parceria com o Ceweb.br e W3C 
Brasil, com o objetivo de promover a cultura da acessibilidade digital. 
A iniciativa foi apresentada por Simone Freire idealizadora do Web para 
Todos e fundadora da Espiral Interativa. Ainda durante a Conferência, 
Antonio M. Moreiras (Gerente de projetos e desenvolvimento do NIC.br) 
chamou atenção para a necessidade da adoção do IPv6, lembrando que 30% 
dos usuários de Internet no Brasil já utilizam o protocolo.

*Sobre o Ceweb.br*

O Centro de Estudos sobre Tecnologias Web (Ceweb.br), do NIC.br, tem 
como missão disseminar e promover o uso de tecnologias abertas na Web, 
fomentar e impulsionar a sua evolução no Brasil por meio de estudos, 
pesquisas e experimentações de novas tecnologias. No escopo de 
atividades desenvolvidas pelo Centro, destacam-se o estímulo às 
discussões sobre o ecossistema da Web e a preparação de subsídios 
técnicos à elaboração de políticas públicas que fomentem esse 
ecossistema como meio de inovação social e prestação de serviços. Mais 
informações em *http://www.ceweb.br/*.

*Sobre o Escritório Brasileiro do W3C*

Por deliberação do CGI.br, o NIC.br agrega as atividades do escritório 
do W3C no Brasil - o primeiro na América do Sul. O W3C é um consórcio 
internacional que tem como missão conduzir a Web ao seu potencial 
máximo, criando padrões e diretrizes que garantam sua evolução 
permanente. Mais de 80 padrões foram já publicados, entre eles HTML, 
XML, XHTML e CSS. O W3C no Brasil reforça os objetivos globais de uma 
Web para todos, em qualquer dispositivo, baseada no conhecimento, com 
segurança e responsabilidade. Mais informações em: *http://www.w3c.br/*.

*Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br*

O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br 
(*http://www.nic.br/*) é uma entidade civil, de direito privado e sem 
fins de lucro, que além de implementar as decisões e projetos do Comitê 
Gestor da Internet no Brasil, tem entre suas atribuições: coordenar o 
registro de nomes de domínio — Registro.br (*http://www.registro.br/*), 
estudar, responder e tratar incidentes de segurança no Brasil — CERT.br 
(*http://www.cert.br/*), estudar e pesquisar tecnologias de redes e 
operações — Ceptro.br (*http://www.ceptro.br/*), produzir indicadores 
sobre as tecnologias da informação e da comunicação — Cetic.br 
(*http://www.cetic.br/*), implementar e operar os Pontos de Troca de 
Tráfego — IX.br (*http://ix.br/*), viabilizar a participação da 
comunidade brasileira no desenvolvimento global da Web e subsidiar a 
formulação de políticas públicas — Ceweb.br (*http://www.ceweb.br* 
<http://www.ceweb.br/>), e abrigar o escritório do W3C no Brasil 
(*http://www.w3c.br/*).

*Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br*

O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer 
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da 
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços 
Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a 
disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios de 
multilateralidade, transparência e democracia, o CGI.br representa um 
modelo de governança multissetorial da Internet com efetiva participação 
de todos os setores da sociedade nas suas decisões. Uma de suas 
formulações são os 10 Princípios para a Governança e Uso da Internet 
(*http://www.cgi.br/principios*). Mais informações em *http://www.cgi.br/*.

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