[Anúncios NIC.br] 9º Fórum da Internet repercute impacto de lei que trata de serviços de telecomunicações
imprensa em nic.br
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Sex Out 4 20:38:30 -03 2019
Manaus, 4 de outubro de 2019
*9º Fórum da Internet repercute impacto de lei que trata de serviços de
telecomunicações*
/Durante quatro dias, representantes do Governo, empresas, comunidade
científica e tecnológica e terceiro setor debateram temas relacionados à
governança da Internet/
Na data em que a Lei 13.879/2019 que trata de serviços de
telecomunicações foi publicada no Diário Oficial, a sessão principal de
encerramento do *9º Fórum da Internet no Brasil*
<https://forumdainternet.cgi.br/> repercutiu o impacto da legislação
para a expansão e desenvolvimento da infraestrutura e conectividade. Com
mais de 550 participantes presentes nos quatro dias de evento, realizado
no Centro de Convenções do Amazonas Vasco Vasques, em Manaus, a 9ª
edição do Fórum chegou ao fim nesta sexta-feira (4/10) após uma extensa
programação de 27 workshops e sessões plenárias sobre temas como
*economia de plataformas, privacidade e proteção de dados
<https://nic.br/noticia/releases/9-forum-da-internet-debate-economia-de-plataformas-privacidade-e-protecao-de-dados/>* e
*cooperação digital*
<https://nic.br/noticia/releases/cooperacao-digital-e-discutida-no-9-forum-da-internet-no-brasil/>.
Durante a sessão principal “Inclusão Digital e Infraestrutura”,
representantes do Governo, empresas, comunidade científica e
tecnológica, e terceiro setor apresentaram seus posicionamentos sobre a
Lei 13.879/2019, que modifica e faz alterações na Lei Geral de
Telecomunicações. Artur Coimbra (MCTIC) pontuou que empresas de
telecomunicações deverão assumir o compromisso de investimentos em três
frentes: levar rede de fibra óptica para cidades carentes dessa
infraestrutura; expandir a banda larga móvel para municípios do interior
e áreas rurais; e expandir a banda larga fixa nas cidades considerando a
cobertura das escolas urbanas.
Cristiana Gonzalez (LAVITS) fez críticas à nova lei. Na opinião da
representante do setor acadêmico, os termos da lei são insuficientes
para garantir a aplicação de recursos em políticas de universalização do
acesso. Gonzalez pontuou ainda que políticas nacionais e regulação do
setor deveriam levar em consideração as necessidades de conectividade
das redes comunitárias, reforçando que a lei aprovada vai contribuir
para a manutenção dos oligopólios, focando o atendimento em áreas de
interesse comercial.
Em concordância, Marcio Patusco (Clube de Engenharia) afirmou que a lei
repassa toda a infraestrutura de telecomunicações do Serviço Telefônico
Fixo Comutado às concessionárias sem contrapartidas claras. “Estabelece
ainda renovações de frequências e posições orbitais sem licitação e
fomenta ainda mais a concentração nas grandes operadoras", comentou.
Também representando a sociedade civil, Flávia Lefèvre (Intervozes e
CGI.br) pontuou que as premissas que orientam a lei são falsas. "A
insuficiência de investimentos em rede de banda larga não é consequência
do regime público. A não utilização do FUST não se deu por conta do
regime público e as perplexidades e inconsistências que envolvem
aspectos econômicos dos contratos de concessão e os bens reversíveis não
são consequências da Lei Geral de Telecomunicações".
Representando as empresas de telecomunicações, Alexander Castro
(SindiTelebrasil) afirmou que o setor tem realizado um alto investimento
em infraestrutura, e se queixou da falta de utilização dos recursos de
fundos criados por determinação da LGT. "O que percebo trabalhando no
setor de telecomunicações no Brasil, é que a retórica é grande e a
eficiência da implantação é pequena. As empresas de telecomunicação
atendem o que lhes foi colocado na regulamentação", defendeu.
Leonardo Reis (Solintel) comentou sobre o papel dos pequenos provedores
para a inclusão digital, também se posicionando contrário ao teor da Lei
13.879/2019. Reis destacou a alteração no conceito dos provedores de
acesso à Internet: empresas com até 1 milhão de clientes passaram a ser
classificadas como de pequeno porte. Os desafios para a inclusão digital
foram abordados ainda por Paulo Sisnando (TCU), que apresentou pilares
essenciais que vão além da infraestrutura, como alfabetização digital e
conteúdo adequado.
No âmbito da infraestrutura, o moderador da sessão, José Luiz (RNP)
destacou a importância dos /backbones/ da RNP, as parcerias e conexões
internacionais realizadas pela instituição. "A implantação da rede
acadêmica possui desdobramentos e consequências fundamentais para a
sociedade e para a inclusão digital".
*Workshops*
Construída de forma colaborativa a partir de uma chamada de propostas, a
programação do 9 º Fórum da Internet no Brasil contou com workshops
sobre temas diversos. Entre os destaques desta sexta-feira (4), estão as
discussões sobre a participação feminina na área de computação, violação
de direitos das pessoas com deficiência no uso e consumo de produtos e
serviços na rede, proteção de dados e segurança pública no Brasil, dados
abertos na Web, ética na Inteligência Artificial, entre outros. Pela
primeira vez, todos os workshops e sessões principais do Fórum tiveram a
participação de intérpretes de libras.
*9ª edição do Fórum
*Atividade preparatória para a participação brasileira no IGF, o 9º
Fórum da Internet no Brasil teve início na terça (1/10) com atividades
auto organizadas por entidades dos setores governamental, empresarial,
terceiro setor e comunidade científica e tecnológica. Na quarta-feira
(2/10), os debates foram pautados por temas como *economia de
plataformas, privacidade e proteção de dados*
<https://nic.br/noticia/releases/9-forum-da-internet-debate-economia-de-plataformas-privacidade-e-protecao-de-dados/>,
Lei Geral de Proteção de Dados, dificuldade de acesso à Internet nos
municípios do interior do Amazonas, estratégias para enfrentar o
discurso de ódio na Internet, entre outros. Já na quinta-feira (3), as
discussões foram pautadas por temas como a *cooperação digital*
<https://nic.br/noticia/releases/cooperacao-digital-e-discutida-no-9-forum-da-internet-no-brasil/>,
uso do reconhecimento facial em políticas públicas, acesso ao
conhecimento em redes colaborativas, saúde emocional no contexto
digital, entre outros. Os vídeos da transmissão do evento estão
disponíveis na íntegra no canal do NIC.br no YouTube
(*https://www.youtube.com/playlist?list=PLQq8-9yVHyOZC-nib--n6hvuJStk1TKsA*).
Em breve, também serão disponibilizados os vídeos individuais de cada
sessão plenária e dos 27 workshops.
*Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br
*O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br
(*http://www.nic.br/*) é uma entidade civil, de direito privado e sem
fins de lucro, que além de implementar as decisões e projetos do Comitê
Gestor da Internet no Brasil, tem entre suas atribuições: coordenar o
registro de nomes de domínio — Registro.br (*http://www.registro.br/*),
estudar, responder e tratar incidentes de segurança no Brasil — CERT.br
(*http://www.cert.br/*), estudar e pesquisar tecnologias de redes e
operações — Ceptro.br (*http://www.ceptro.br/*), produzir indicadores
sobre as tecnologias da informação e da comunicação — Cetic.br
(*http://www.cetic.br/*), implementar e operar os Pontos de Troca de
Tráfego — IX.br (*http://ix.br/*), viabilizar a participação da
comunidade brasileira no desenvolvimento global da Web e subsidiar a
formulação de políticas públicas — Ceweb.br (*http://www.ceweb.br*
<http://www.ceweb.br/>), e abrigar o escritório do W3C no Brasil
(*http://www.w3c.br/*).**
*Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br*
O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços
Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a
disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do
multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de
governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que
todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas
decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança
e Uso da Internet (*http://www.cgi.br/principios*). Mais informações em
*http://www.cgi.br/*.
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