[Anúncios NIC.br] NIC.br sedia evento do Unicef sobre inteligência artificial e uso das TIC por crianças e adolescentes
imprensa em nic.br
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Ter Mar 10 16:15:48 -03 2020
São Paulo, 10 de março de 2020
*NIC.br sedia evento do Unicef sobre inteligência artificial e uso das
TIC por crianças e adolescentes*
/Publicação lançada no encontro apresenta dados comparativos sobre o uso
das TIC por crianças e adolescentes no Brasil, Chile, Costa Rica e Uruguai/
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) por meio do
Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da
Informação (Cetic.br), sediou nesta segunda (9) e terça-feira (10) o
Workshop /Artificial Intelligence and Children/, promovido pelo Unicef.
O evento teve como objetivo abordar as necessidades e desafios dos
diferentes setores da sociedade, na América Latina e Caribe, em relação
aos direitos das crianças e adolescentes, quando da formulação e
implementação de inteligência artificial. Também buscou identificar
soluções para alavancar políticas públicas sobre os direitos desses
jovens, além de reunir contribuições regionais.
“Ao hospedar o /workshop/ do Unicef, promover o Fórum de IA da Unesco no
ano passado e participar de consulta pública sobre o tema no âmbito de
governo, o NIC.br tem buscado participar ativamente do debate sobre os
impactos da inteligência artificial”, destaca Demi Getschko (NIC.br).
Durante a abertura do /workshop/, Getschko enfatizou a importância de
pesquisas que medem o uso da Internet por crianças e adolescentes e a
necessidade da colaboração entre entidades e países para discutir
avanços nesta área. Cristine Hoepers (CERT.br/NIC.br) ressaltou que
novas tecnologias estão em constante desenvolvimento e que os jovens
precisam entender quais oportunidades e riscos estão associadas a essas
tecnologias, para que assim possam se proteger da melhor forma.
Ainda durante a abertura, Florence Bauer (representante do Unicef no
Brasil) destacou a ausência de um enfoque de infância e adolescência no
desenvolvimento de projetos de IA. “É necessário endereçar essas
questões quanto às crianças e adolescentes, para que eles possam
realmente se beneficiar das oportunidades que essa tecnologia traz”.
Seguindo na mesma linha, Lasse Keisalo (Consulado Finlandês em São
Paulo) frisou que é preciso maximizar as oportunidades e minimizar os
riscos que IA oferece.
A necessidade de preparar as crianças para viver em um mundo de mudanças
tecnológicas também foi abordada por Steven Vosloo (Unicef), que
salientou a importância de colocar jovens no centro das estratégias de
IA, realizadas tanto por governos quanto por empresas: “A comunicação
entre os setores governamental e empresarial é essencial para
desenvolvermos usos mais eficientes de IA em que os jovens possam
aproveitar ao máximo suas oportunidades e mitigar seus riscos”. Segundo
Vosloo, as empresas precisam entender que os jovens podem acabar usando
produtos que eles não tenham sido criados para este público-alvo, o que
torna ainda mais necessário envolver os jovens durante o desenvolvimento
de IA.
Os princípios do Unicef em relação a Inteligência Artificial foram
apresentados por Virginia Dignum (consultora do Unicef). Para ela,
sistemas de IA devem ser desenvolvidos para respeitar e promover os
direitos das crianças e adolescentes, ser transparentes de fácil
entendimento pelos jovens, e assegurando que jovens sejam capazes de ter
o controle de suas próprias informações: “Precisamos pensar em uma IA
mais inclusiva, colocando os jovens no centro do desenvolvimento desses
projetos”.
*Infância e Adolescência na Era Digital*
Além de participar das discussões e sediar o evento, o NIC.br, por meio
do Cetic.br, contribuiu com a publicação *Infancia y adolescencia en la
era digital - Un informe comparativo de los estudios Kids Online de
Brasil, Chile, Costa Rica y Uruguay*
<https://www.cepal.org/es/publicaciones/45212-infancia-adolescencia-la-era-digital-un-informe-comparativo-estudios-kids-online>
(em português, Infância e adolescência na era digital – um relatório
comparativo dos estudos Kids Online do Brasil, Chile, Costa Rica e
Uruguai), editada pela Cepal com apoio do Unicef e da Unesco. Lançado
nesta terça-feira (10) durante o Workshop /Artificial Intelligence and
Children/, o relatório apresenta dados comparativos sobre o uso das
Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) por crianças e
adolescentes desses países, que está disponível em espanhol em:
*https://www.cepal.org/es/publicaciones/45212-infancia-adolescencia-la-era-digital-un-informe-comparativo-estudios-kids-online*.
Ainda este ano, o Cetic.br tornará disponível a versão em português
desse conteúdo.
O estudo aponta que a modalidade mais difundida de acesso à Internet é a
domiciliar pelo celular, o que, segundo o relatório, representa uma
forma de inclusão digital parcial dos jovens, com acesso restrito a
alguns tipos de plataformas.
Os dados comparativos também mostram que nas últimas décadas o
investimento em infraestrutura digital na educação primária e secundária
tem sido significativo em países da América Latina, em particular nos
quatro país foco da análise. Por conta disso, a integração de
tecnologias nos sistemas educacionais latino-americanos tem representado
uma oportunidade de ajudar crianças e adolescentes a enfrentarem os
desafios e a apropriarem-se das oportunidades geradas pela cultura digital.
“O contexto escolar é estratégico para democratizar as oportunidades
associadas à participação /on-line/ de crianças e adolescentes e mitigar
seus possíveis riscos. Assim, é fundamental que os docentes desenvolvam
habilidades de ensino para realizar uma mediação ativa dessas
tecnologias nas salas de aula”, reforça Alexandre Barbosa, gerente do
Cetic.br. Embora as políticas públicas digitais na educação voltem-se
mais ao desenvolvimento de habilidades digitais, o estudo aponta que há
muito a ser feito para fortalecer o papel das escolas e dos professores
nesse sentido.
*Sobre o Cetic.br
*O Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da
Informação, do NIC.br, é responsável pela produção de indicadores e
estatísticas sobre a disponibilidade e o uso da Internet no Brasil,
divulgando análises e informações periódicas sobre o desenvolvimento da
rede no País. O Cetic.br é um Centro Regional de Estudos, sob os
auspícios da UNESCO. Mais informações em *http://www.cetic.br/*.
*Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br *
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br
(*http://www.nic.br/*) é uma entidade civil, de direito privado e sem
fins de lucro, que além de implementar as decisões e projetos do Comitê
Gestor da Internet no Brasil, tem entre suas atribuições: coordenar o
registro de nomes de domínio — Registro.br (*http://www.registro.br/*),
estudar, responder e tratar incidentes de segurança no Brasil — CERT.br
(*http://www.cert.br/*), estudar e pesquisar tecnologias de redes e
operações — Ceptro.br (*http://www.ceptro.br/*), produzir indicadores
sobre as tecnologias da informação e da comunicação — Cetic.br
(*http://www.cetic.br/*), implementar e operar os Pontos de Troca de
Tráfego — IX.br (*http://ix.br/*), viabilizar a participação da
comunidade brasileira no desenvolvimento global da Web e subsidiar a
formulação de políticas públicas — Ceweb.br (*http://www.ceweb.br*
<http://www.ceweb.br/>), e abrigar o escritório do W3C no Brasil
(*http://www.w3c.br/*).**
*Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br
*O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços
Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a
disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios de
multilateralidade, transparência e democracia, o CGI.br representa um
modelo de governança multissetorial da Internet com efetiva participação
de todos os setores da sociedade nas suas decisões. Uma de suas
formulações são os 10 Princípios para a Governança e Uso da Internet
(*http://www.cgi.br/principios*). Mais informações em
*http://www.cgi.br/*.**
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