[Anúncios NIC.br] Três em cada quatro brasileiros já utilizam a Internet, aponta pesquisa TIC Domicílios 2019

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Ter Maio 26 11:45:47 -03 2020


São Paulo, 26 de maio de 2020


*Três em cada quatro brasileiros já utilizam a Internet, aponta pesquisa 
TIC Domicílios 2019*
/Uso da rede aumenta nas áreas rurais e nas classes DE, mas 
desigualdades de acesso persistem no país/

O Brasil conta com 134 milhões de usuários de Internet, o que representa 
74% da população com 10 anos ou mais. Apesar do aumento significativo 
nos últimos anos na proporção da população brasileira que usa a 
Internet, cerca de um quarto dos indivíduos (47 milhões de pessoas) 
seguem desconectados. É o que aponta a pesquisa *TIC Domicílios 2019* 
<https://cetic.br/pesquisa/domicilios/indicadores>, lançada nesta 
terça-feira (26) pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), por 
meio do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade 
da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto 
BR (NIC.br).

Pela primeira vez na série histórica da pesquisa, mais da metade da 
população vivendo em áreas rurais declarou ser usuária de Internet 
chegando a 53%, proporção inferior à verificada nas áreas urbanas (77%). 
No recorte por classe socioeconômica, também houve avanço no percentual 
de usuários das classes DE, que passou de 30% em 2015 para 57% em 2019. 
Um contingente importante de indivíduos segue desconectado: 35 milhões 
de pessoas em áreas urbanas (23%) e 12 milhões em áreas rurais (47%). 
Entre a população da classe DE, há quase 26 milhões (43%) de não-usuários.

O celular é o principal dispositivo para acessar a Internet, usado pela 
quase totalidade dos usuários da rede (99%). A pesquisa ainda aponta que 
58% dos brasileiros acessam a rede exclusivamente pelo telefone móvel, 
proporção que chega a 85% na classe DE. O uso exclusivo do telefone 
celular também predomina entre a população preta (65%) e parda (61%), 
frente a 51% da população branca. De acordo com a TIC Domicílios, houve 
um crescimento no uso da rede pela televisão (37%), um aumento de sete 
pontos percentuais em relação a 2018.

No que se refere a conexão domiciliar, a Internet está presente em 71% 
dos domicílios brasileiros. Mais de 20 milhões de domicílios não possuem 
conexão à Internet, realidade que afeta especialmente domicílios da 
região Nordeste (35%) e famílias com renda de até 1 salário mínimo 
(45%). A pesquisa constatou um aumento no número de domicílios com 
acesso à Internet nas classes C e DE. Nas classes DE, a proporção passou 
de 30% em 2015 para 50% em 2019.

Pelo quarto ano consecutivo, a pesquisa verificou uma redução da 
presença de computadores nos domicílios, passando de 50% em 2016 para 
39% em 2019. Pelo recorte socioeconômico, enquanto 95% domicílios da 
classe A possuem algum tipo de computador, eles estão presentes em 
apenas 44% dos domicílios da classe C e 14% dos domicílios das classes DE.

“Com o isolamento social, medida de prevenção a Covid-19, milhões de 
brasileiros passaram a depender ainda mais da Internet e das TIC de 
maneira geral para realizar atividades de trabalho remoto, ensino à 
distância e até mesmo para acessar o auxílio emergencial do governo. Mas 
a falta de acesso à Internet e o uso exclusivamente por celular, 
especialmente nas classes DE, evidenciam as desigualdades digitais 
presentes no país, e apresentam desafios relevantes para a efetividade 
das políticas públicas de enfrentamento da pandemia. A população 
infantil em idade escolar nas famílias vulneráveis e sem acesso à 
Internet também é muito afetada neste período de isolamento social. A 
pandemia revela de forma clara as desigualdades no Brasil”, pontua 
Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br.

Em relação ao tipo de conexão presente nos domicílios, a pesquisa revela 
que nos últimos quatro anos houve uma inversão nas posições de conexão 
por cabo ou fibra óptica, e via linha telefônica (DSL). O acesso via 
cabo ou fibra óptica passou de 24% (2015) para 44% (2019), mesma 
diferença da conexão DSL, que caiu de 26% para 6% nesse período.

*Atividades na Internet*
As atividades de comunicação são as mais comuns no uso da rede, sendo o 
envio de mensagens instantâneas realizado por 92% dos usuários de 
Internet, seguido pelo uso de redes sociais (76%) e chamadas por voz ou 
vídeo (73%), em crescimento nos últimos anos.

A busca por informações também está entre as principais atividades 
realizadas na Internet, sobretudo a busca por produtos e serviços (59%), 
seguida por assuntos relacionados a saúde ou a serviços de saúde (47%). 
Essa última apresenta uma proporção menor entre pessoas de 60 anos ou 
mais (39%) e nas classes DE (31%).

Ainda, 41% dos usuários de Internet afirmam efetuar atividades ou 
pesquisas escolares na rede, sendo que 40% estudam por conta própria e 
12% realizam cursos à distância. Apenas um terço dos usuários (33%) 
fazem trabalho pela Internet, sendo que essa proporção representa menos 
da metade da força de trabalho (45%).

Em 2019, 39% dos usuários de Internet compraram produtos e serviços pela 
Internet nos doze meses anteriores à pesquisa. A proporção chega a 79% 
na classe A e 16% nas classes DE. Percebe-se também diferenças 
regionais: 45% dos usuários de Internet da região Sudeste e 26% da 
região Norte realizaram alguma atividade de comércio eletrônico nesse 
período.

*Atividades culturais na Internet *
Assistir a vídeos (74%) e ouvir música (72%) também estão entre as 
atividades mais realizadas pelos usuários de Internet brasileiros. Isso 
corresponde a pouco mais da metade da população acima dos 10 anos que 
realiza tais atividades (56%), havendo, nos últimos anos, uma ampliação 
do consumo via /streaming./

Os vídeos, programas, filmes ou séries são mais assistidos em sítios ou 
por aplicativos de compartilhamento de vídeos (46%), por aplicativos de 
mensagens instantâneas (44%), seguidos pelas redes sociais (38%) e por 
serviços por assinatura (33%). O pagamento para assistir a filmes e 
séries na Internet ocorre em quase a metade dos indivíduos da classe A, 
e cerca de um terço da classe B, sendo pouco comum entre usuários das 
classes C e DE.

Em relação às atividades culturais, a TIC Domicílios 2019 investigou 
também, de forma inédita, a proporção dos usuários de Internet que 
escuta /podcasts/ (13%), com predominância entre usuários da classe A 
(37%) e que possuem ensino superior (26%).

*Governo eletrônico*
A TIC Domicílios 2019 também mostra que 68% dos usuários de Internet com 
16 anos ou mais usaram serviços eletrônicos oferecidos por órgãos 
governamentais nos doze meses anteriores à pesquisa, sendo os mais 
citados: direitos do trabalhador e previdência (36%), impostos e taxas 
(28%) e documentos pessoais (28%). Apenas 23% buscou ou realizou algum 
serviço público de saúde, como agendamento de consultas, remédios ou 
outros serviços.

O perfil de quem utilizou serviços governamentais /on-line/ no período 
da pesquisa apresenta variação: a proporção é de 46% entre pessoas com 
60 anos ou mais e, no recorte por classe socioeconômica, chega a 88% na 
classe A e 48% nas classes DE. Mais respondentes da classe A (80%) 
também afirmaram ter baixado aplicativos no celular do que respondentes 
da classe DE (42%).

“De maneira geral, a pesquisa mostra que atividades culturais, 
escolares, de trabalho e de serviços públicos na Internet ocorrem em 
menor proporção entre quem usa a Internet apenas pelo celular e entre 
aqueles que não possuem banda larga fixa no domicílio. Apesar de os 
dados terem sido coletados num período prévio à disseminação da 
pandemia, eles revelam como limitações de acesso podem afetar os 
estratos mais vulneráveis da população”, comenta Barbosa.

Em sua 15ª edição, a TIC Domicílios realizou entrevistas em 23.490 
domicílios em todo o território nacional entre outubro de 2019 e março 
de 2020, com o objetivo de medir o uso e apropriação das tecnologias da 
informação e da comunicação nos domicílios, o acesso individual a 
computadores e à Internet, e atividades desenvolvidas na rede, entre 
outros indicadores.

Para acessar a TIC Domicílios 2019 na íntegra, assim como rever a série 
histórica, visite *https://cetic.br/pesquisa/domicilios/*, onde também 
estão disponíveis para /download/ as tabelas em português, inglês e 
espanhol e as bases de microdados da pesquisa.

*Sobre o Cetic.br
*O Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da 
Informação, do NIC.br, é responsável pela produção de indicadores e 
estatísticas sobre a disponibilidade e o uso da Internet no Brasil, 
divulgando análises e informações periódicas sobre o desenvolvimento da 
rede no País. O Cetic.br é um Centro Regional de Estudos, sob os 
auspícios da UNESCO. Mais informações em *http://www.cetic.br/*.

*Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br
*O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br 
(*https://www.nic.br/*) é uma entidade civil, de direito privado e sem 
fins de lucro, que além de implementar as decisões e projetos do Comitê 
Gestor da Internet no Brasil, tem entre suas atribuições: coordenar o 
registro de nomes de domínio — Registro.br (*https://www.registro.br/*), 
estudar, responder e tratar incidentes de segurança no Brasil — CERT.br 
(*https://www.cert.br/*), estudar e pesquisar tecnologias de redes e 
operações — Ceptro.br (*https://www.ceptro.br/*), produzir indicadores 
sobre as tecnologias da informação e da comunicação — Cetic.br 
(*https://www.cetic.br/*), implementar e operar os Pontos de Troca de 
Tráfego — IX.br (*https://ix.br/*), viabilizar a participação da 
comunidade brasileira no desenvolvimento global da Web e subsidiar a 
formulação de políticas públicas — Ceweb.br (*https://www.ceweb.br* 
<https://www.ceweb.br/>), e abrigar o escritório do W3C no Brasil 
(*https://www.w3c.br/*).

*Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br
*O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer 
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da 
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços 
Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a 
disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios de 
multilateralidade, transparência e democracia, o CGI.br representa um 
modelo de governança multissetorial da Internet com efetiva participação 
de todos os setores da sociedade nas suas decisões. Uma de suas 
formulações são os 10 Princípios para a Governança e Uso da Internet 
(*https://www.cgi.br/principios*). Mais informações em 
*https://www.cgi.br/*.

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