[Anúncios NIC.br] Registro eletrônico dos pacientes avança nas Unidades Básicas de Saúde do país, porém 18% seguem ainda sem acesso à Internet
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Ter Jul 21 11:26:12 -03 2020
São Paulo, 21 de julho de 2020
*Registro eletrônico dos pacientes avança nas Unidades Básicas de Saúde
do país, porém 18% seguem ainda sem acesso à Internet*
/A TIC Saúde 2019 aponta que 23% d//as UBS disponibilizam agendamento de
consultas pela Internet e 20% a marcação de exames
/
Entre as UBS (Unidades Básicas de Saúde) que estão conectadas no Brasil,
78% contam com sistemas de registro eletrônico de informação de
pacientes – um aumento de 9 pontos percentuais em relação ao ano
anterior. No país, 3,5 mil (9%) das UBS ainda não possuem computadores,
e 7,2 mil (18%) não contam com acesso à Internet. É o que aponta da
pesquisa *TIC Saúde 2019*
<https://cetic.br/pt/pesquisa/saude/indicadores/>, divulgada hoje (21 de
julho) pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), por meio do
Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da
Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR
(NIC.br).
De acordo com a 7ª edição da pesquisa, houve um avanço na forma como as
informações sobre os pacientes são armazenadas nesses estabelecimentos:
o percentual de UBS que mantém registros apenas em papel (25%, em 2019)
se reduziu, enquanto o percentual das UBS que mantém os registros tanto
em papel quanto em formato eletrônico aumentou, passando de 35%, em
2018, para 59%, em 2019.
Apesar do avanço na informatização das UBS conectadas, os serviços
/on-line /oferecidos aos pacientes ainda possuem espaço para crescer no
país: apenas 23% disponibilizam agendamento de consultas pela Internet,
20% a marcação de exames e 22% disponibilizam a visualização de
resultados /on-line./
“Ainda que o cenário nessas unidades de saúde tenha apresentado
melhoras, existe uma parcela significativa de UBS sem computador e sem
acesso à Internet. Isso é bastante relevante em um momento em que
enfrentamos a pandemia COVID-19 e precisamos, mais do que nunca, que
esses estabelecimentos estejam informatizados e conectados, de forma que
possam contribuir com informações atualizadas para o controle e combate
à doença”, pontua Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br.
Quando considerado o conjunto total de estabelecimentos de saúde
entrevistados pela TIC Saúde 2019, a pesquisa aponta que, em 2019, 92%
dos estabelecimentos públicos tinham computador e 85% possuíam acesso à
Internet, enquanto 100% dos privados declararam ter acesso à rede. O
estudo também mostrou que ainda existem diferenças regionais na
infraestrutura TIC disponível nos estabelecimentos: nas regiões Norte e
Nordeste do Brasil, 92% e 90% fazem uso do computador e 82% e 83%
possuem acesso à Internet. A presença de computadores e Internet é maior
nos estabelecimentos da região Sul (98% tem computador e 98% tem acesso
à Internet), Sudeste (96% tem computador e 95% tem acesso à Internet) e
Centro-Oeste (97% tem computador e 95% tem acesso à Internet).
*Registro eletrônico em saúde
*A TIC Saúde 2019 indica maior adoção dos sistemas eletrônicos de
registro de informação dos pacientes por parte dos estabelecimentos de
saúde (82% em 2019, ante 73% em 2018), número que chega a 74% entre os
públicos e 88% entre os privados. Neste indicador também foram
verificadas disparidades entre as regiões: Norte (74%), Nordeste (77%) e
Centro-Oeste (78%) apresentaram o menor percentual de estabelecimentos
com sistemas de registro eletrônico. Esse número sobe para 90% nas
regiões Sul e para 83% na Sudeste.
O aumento da adoção de sistemas eletrônicos nos estabelecimentos
públicos foi acompanhado por maior disponibilidade de dados do paciente
neste formato. Informações relacionadas a dados cadastrais, principais
motivos que levaram o paciente ao atendimento, diagnósticos, vacinas
administradas, alergias e sinais vitais estavam disponíveis
eletronicamente em mais de 60% dos estabelecimentos públicos.
*Serviços /on-line /para os cidadãos*
A pesquisa ainda mostra que os serviços /on-line/ mais disponibilizados
aos pacientes pelos estabelecimentos de saúde foram agendamento de
consultas (24%), agendamento de exames (23%) e visualização de
resultados (27%). Destacam-se, neste indicador, os estabelecimentos de
serviço e apoio à diagnose e terapia, dos quais 39% disponibilizavam
agendamento de exames e 60% permitiam a visualização de resultados de
exames via Internet.
“Da perspectiva do cidadão, os serviços /on-line/ são facilitadores
importantes, especialmente em um período de pandemia, pois permitem que
procedimentos simples como um agendamento de exame ou consulta de
resultado sejam feitos pela Internet, evitando que as pessoas precisem
se deslocar para ter acesso a essas informações”, ressalta Barbosa.
“Os dados apresentados pela TIC Saúde são de extrema relevância para o
desenho e o monitoramento de políticas públicas que contribuam para o
desenvolvimento da Internet no país, mais especificamente que contribuam
para ampliar a informatização e conexão aos estabelecimentos de saúde
brasileiros e aprimorar os serviços e atendimentos /on-line/ já
oferecidos”, complementa Maximiliano Martinhão, coordenador do CGI.br.
*Telessaúde*
Os estabelecimentos públicos realizaram serviços de telessaúde em
maiores proporções. Os serviços que estavam disponíveis em maior
percentual de estabelecimentos foram: educação a distância em saúde (33%
nos públicos contra 8% nos privados) e serviços de teleconsultoria (28%
nos públicos contra 3% nos privados). As consultas entre médico e
paciente realizadas unicamente pela Internet ainda não haviam sido
regulamentadas na ocasião em que os dados da pesquisa TIC Saúde 2019
foram coletados.
*Segurança dos dados
*A pesquisa mostrou, ainda, que apenas 16% dos estabelecimentos públicos
e 44% dos privados afirmaram possuir uma política de segurança dos
dados. Entre as ferramentas de segurança mais utilizadas, tanto nos
estabelecimentos públicos quanto privados, estão: antivírus (83% dos
públicos e 98% dos privados), proteção via senha do acesso ao sistema
(72% dos públicos e 82% dos privados) e /firewall/ (44% dos públicos e
59% dos privados). Os estabelecimentos públicos apresentam ferramentas
de segurança mais sofisticadas em menores proporções, como é o caso de
criptografia de dados (27% dos públicos e 44% dos privados), certificado
digital (16% dos públicos e 57% dos privados) e assinatura eletrônica
(15% dos públicos e 51% dos privados). Estes resultados demonstram que a
maioria dos estabelecimentos públicos ainda precisa realizar mudanças e
adaptações para se adequarem às exigências previstas pela Lei Geral de
Proteção de Dados, que entrará em vigor em 2021.
*Sobre a pesquisa
*Em sua 7ª edição, a pesquisa TIC Saúde tem o objetivo de investigar a
adoção das TIC nos estabelecimentos de saúde e sua apropriação por
profissionais de saúde (médicos e enfermeiros). A pesquisa entrevistou,
entre julho e novembro de 2019, 2.427 gestores de estabelecimentos de
saúde localizados em todo o território nacional. Também foram
entrevistados, entre setembro de 2019 e fevereiro de 2020, 1.732 médicos
e 2.458 enfermeiros vinculados a estes estabelecimentos.
A TIC Saúde segue referenciais de organismos internacionais como a
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e
Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). Além disso,
conta com o apoio institucional e técnico do Ministério da Saúde e do
Departamento de Informática do SUS (DATASUS), da Agência Nacional de
Saúde Suplementar (ANS), do Conselho Nacional de Secretarias de Saúde
(CONASS), além da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS) e
de especialistas vinculados a importantes universidades.*
*Acesse a lista completa de indicadores
em*https://cetic.br/pt/pesquisa/saude/indicadores/*.
*Sobre o Cetic.br
*O Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da
Informação, do NIC.br, é responsável pela produção de indicadores e
estatísticas sobre a disponibilidade e o uso da Internet no Brasil,
divulgando análises e informações periódicas sobre o desenvolvimento da
rede no País. O Cetic.br é um Centro Regional de Estudos, sob os
auspícios da UNESCO. Mais informações em *http://www.cetic.br/*.
*Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br**
*O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br
(*http://www.nic.br/*) é uma entidade civil, de direito privado e sem
fins de lucro, que além de implementar as decisões e projetos do Comitê
Gestor da Internet no Brasil, tem entre suas atribuições: coordenar o
registro de nomes de domínio — Registro.br (*http://www.registro.br/*),
estudar, responder e tratar incidentes de segurança no Brasil — CERT.br
(*http://www.cert.br/*), estudar e pesquisar tecnologias de redes e
operações — Ceptro.br (*http://www.ceptro.br/*), produzir indicadores
sobre as tecnologias da informação e da comunicação — Cetic.br
(*http://www.cetic.br/*), implementar e operar os Pontos de Troca de
Tráfego — IX.br (*http://ix.br/*), viabilizar a participação da
comunidade brasileira no desenvolvimento global da Web e subsidiar a
formulação de políticas públicas — Ceweb.br (*http://www.ceweb.br
<http://www.ceweb.br/>*), e abrigar o escritório do W3C no Brasil
(*http://www.w3c.br/*).
*Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br**
*O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços
Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a
disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do
multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de
governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que
todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas
decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança
e Uso da Internet (*http://www.cgi.br/principios*). Mais informações em
*http://www.cgi.br/*.
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