[Anúncios NIC.br] Painel TIC COVID-19 apresenta dados inéditos sobre acesso a serviços públicos on-line e desafios à privacidade durante a pandemia
imprensa em nic.br
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Qui Out 1 11:26:19 -03 2020
São Paulo, 1º de outubro de 2020
*
Painel TIC COVID-19 apresenta dados inéditos sobre acesso a serviços
públicos on-line e desafios à privacidade durante a pandemia*/
72% dos usuários de Internet procuraram informações ou realizaram
serviços públicos on-line relacionados aos direitos do trabalhador ou
previdência social, enquanto 20% fizeram consulta com médicos ou outro
profissional da saúde pela Internet durante a pandemia
/
A busca por informações e a realização de serviços públicos /on-line
/cresceram durante a pandemia COVID-19, mas usuários revelam
preocupações quanto à privacidade e à proteção de seus dados pessoais. É
o que aponta a *segunda edição do Painel TIC COVID-19
<https://cetic.br/pt/tics/tic-covid-19/painel-covid-19/2-edicao/>*,
realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da
Sociedade da Informação *(Cetic.br)*, do Núcleo de Informação e
Coordenação do Ponto BR *(NIC.br),* ligado ao Comitê Gestor da Internet
no Brasil *(CGI.br),* divulgada hoje (1/10). Tendo como base os
indicadores da pesquisa TIC Domicílios e outros indicadores
especialmente desenvolvidos para o contexto de enfrentamento da
COVID-19, o estudo abrange um universo de cerca de 97 milhões de
pessoas, que corresponde a 80% dos usuários de Internet com 16 anos ou
mais. Foram realizadas entrevistas pela /web/ e por telefone, entre os
dias 29 de julho e 21 de agosto de 2020.
*Serviços públicos /on-line
/*Durante a pandemia a utilização de serviços públicos /on-line/ cresceu
entre os usuários da rede. A segunda edição do Painel TIC COVID-19
mostrou que 72% dos usuários de Internet procuraram informações ou
usaram serviços públicos /on-line /relacionados aos direitos do
trabalhador ou previdência social, tais como INSS, FGTS,
seguro-desemprego, auxílio emergencial ou aposentadoria – percentual que
era de 40% da população de referência em 2019/./ Na sequência, os
serviços mais buscados ou realizados /on-line/ foram os relacionados a
documentos pessoais (46%), saúde pública (45%) e educação pública (37%).
Também houve aumento na proporção de usuários que afirmaram realizar
serviços públicos integralmente pela Internet. Em 2019, apenas 8% dos
usuários de Internet haviam declarado ter realizado serviços /on-line/
relacionados a direitos do trabalhador ou a previdência social, enquanto
praticamente um terço dos usuários acessou esses serviços de forma
totalmente remota desde o início da pandemia. Já a emissão de documentos
pessoais como RG, CPF, passaporte ou carteira de trabalho passou de 6%
para 21%.
A pesquisa revelou, contudo, desigualdades no acesso a serviços públicos
/on-line/: serviços na área de saúde pública, tais como agendamentos de
consulta, foram realizados em menores proporções entre usuários de 60
anos ou mais (38%) se comparados com aqueles de outras faixas etárias. O
mesmo foi observado entre usuários das classes DE (35%) e que vivem na
região Norte (31%).
A pesquisa investigou ainda o recebimento do auxílio emergencial: entre
os usuários entrevistados, 38% receberam, 20% tentaram e não receberam e
39% não solicitaram o benefício. Entre os que tentaram e não receberam,
73% disseram que a solicitação não foi aprovada ou ainda estava em
análise. Entre as barreiras relacionadas à tecnologia, 12% dos usuários
que solicitaram e não receberam o auxílio disseram que não conseguiram
usar o aplicativo da Caixa e 10% não tinham espaço no celular para o
aplicativo. Os usuários desse perfil nas classes DE citaram em maiores
proporções problemas relacionados com o uso das tecnologias, tais como
não conseguir utilizar o aplicativo da Caixa (28%) e limitações na
Internet (22%).
*Telessaúde
*Autorizadas em caráter emergencial durante a pandemia, as consultas de
saúde /on-line/ foram realizadas em maior quantidade na rede pública,
enquanto os agendamentos de consultas, exames e visualização de
resultados de exames pela Internet ocorreram, principalmente, na rede
privada. Mais da metade dos usuários de Internet buscou informações
sobre COVID-19 em /websites/ ou em aplicativos e um quarto deles
utilizou algum aplicativo de triagem virtual para conferir os sintomas e
receber orientações sobre a doença. Nesses casos, foram utilizados
majoritariamente os aplicativos da rede pública.
Entre os usuários de Internet, 20% realizaram consulta com médico ou
outro profissional da saúde pela Internet durante a pandemia, sendo que
os com Ensino Superior (28%) e das classes AB (27%) foram os que mais
utilizaram esse serviço. Entre os que realizaram consultas /on-line/,
63% o fizeram pela rede pública e 50% pela rede privada. O meio mais
utilizado para a realização das consultas /on-line/ foi por aplicativos
como WhatsApp ou Telegram (50%). Apenas cerca de 30% dos usuários que
fizeram teleconsulta utilizaram um aplicativo do SUS ou do plano de saúde.
Em relação aos serviços de agendamentos ou visualização de resultados de
exames pela Internet, os principais motivos para não terem utilizado
esse serviço foram: a preocupação com a segurança dos dados pessoais
(55%) – sendo que nas classes DE esse motivo foi reportado por 70% dos
usuários de Internet – e a falta de confiança em realizar esse serviço
pela Internet (34%).
*Privacidade e proteção de dados pessoais
*O Painel TIC COVID-19 investigou as preocupações dos entrevistados
relacionadas à privacidade e segurança dos dados pessoais: um terço dos
usuários indicou preocupação com roubo de identidade e fraudes e pouco
mais da metade afirmou que os riscos de disponibilizar seus dados
pessoais na Internet para governos e empresas são maiores que os benefícios.
As principais preocupações apontadas pelos usuários em relação ao uso de
seus dados pessoais foram: prejuízo financeiro por fraudes bancárias
(32%), roubo de identidade (23%), invasão de privacidade (21%) e venda
de dados para terceiros (13%). Quando avaliado por classe, o prejuízo
por fraude bancária foi mais citado entre os indivíduos das classes AB,
enquanto o roubo de identidade e a invasão de privacidade foram mais
mencionados por usuários nas classes DE.
A proporção dos usuários de Internet que não baixariam aplicativos com
informações sobre COVID-19 foi maior nas classes DE (25%) e entre os
idosos (26% dos com 60 anos ou mais). A proporção dos que já baixaram ou
certamente baixariam é maior entre as pessoas com 16 e 24 anos (48%) e
na região Nordeste (53%).
Já a propensão a baixar aplicativos que notificam sobre o contato com
pessoas infectadas pela COVID-19 foi maior: 60% dos usuários afirmaram
que com certeza baixariam e outros 25% disseram que provavelmente o
fariam. Os motivos mais citados pelos usuários para não baixar
aplicativos foram a falta de interesse (46%), seguida pela decisão de
evitar a ansiedade (43%). Os usuários também mencionaram se preocupar
com vigilância por parte do governo após a pandemia (42%), além de
motivos como não acreditar que o aplicativo impeça a identificação (39%)
e não querer que o governo acesse seus dados de geolocalização (39%).
“As porcentagens sugerem a importância da transparência na gestão das
ferramentas e estratégias de vigilância epidemiológica que fazem uso das
TIC. O assunto, sem dúvida, merece um amplo debate no País, não apenas
em virtude do uso de dados no contexto da pandemia, mas também em
decorrência da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais que recentemente
entrou em vigor”, avalia Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br.
“Os temas abordados no Painel TIC COVID-19 são extremamente relevantes
diante do contexto atual e os dados coletados podem ser usados para
decisões futuras de políticas públicas, reafirmando o compromisso do
CGI.br para com a sociedade”, finaliza Márcio Nobre Migon, coordenador
do CGI.br.
Acesse a lista completa de indicadores em
*https://cetic.br/pt/tics/tic-covid-19/painel-covid-19/2-edicao/
<https://cetic.br/pt/tics/tic-covid-19/painel-covid-19/2-edicao/>*.
O Painel TIC COVID-19 contará com uma 3ª edição que abordará ensino e
trabalho remoto, que será divulgada em breve. A 1ª edição do estudo
apresentou dados inéditos sobre atividades na Internet, cultura e
comércio eletrônico. Acesse os destaques:
*https://cetic.br/pt/noticia/painel-tic-covid-19-aponta-aumento-do-comercio-eletronico-e-das-atividades-culturais-on-line-durante-a-quarentena/
<https://cetic.br/pt/noticia/painel-tic-covid-19-aponta-aumento-do-comercio-eletronico-e-das-atividades-culturais-on-line-durante-a-quarentena/>*.*
*
*Sobre o Cetic.br
*O Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da
Informação, do NIC.br, é responsável pela produção de indicadores e
estatísticas sobre a disponibilidade e o uso da Internet no Brasil,
divulgando análises e informações periódicas sobre o desenvolvimento da
rede no País. O Cetic.br é um Centro Regional de Estudos, sob os
auspícios da UNESCO. Mais informações em*http://www.cetic.br/
<http://www.cetic.br/>.*
*Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br**
*O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br
(*http://www.nic.br/* <http://www.nic.br/>) é uma entidade civil, de
direito privado e sem fins de lucro, que além de implementar as decisões
e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil, tem entre suas
atribuições: coordenar o registro de nomes de domínio — Registro.br
(*http://www.registro.br/* <http://www.registro.br/>), estudar,
responder e tratar incidentes de segurança no Brasil — CERT.br
(*http://www.cert.br/* <http://www.cert.br/>), estudar e pesquisar
tecnologias de redes e operações — Ceptro.br (*http://www.ceptro.br/*
<http://www.ceptro.br/>), produzir indicadores sobre as tecnologias da
informação e da comunicação — Cetic.br (*http://www.cetic.br/*
<http://www.cetic.br/>), implementar e operar os Pontos de Troca de
Tráfego — IX.br (*http://ix.br/* <http://ix.br/>), viabilizar a
participação da comunidade brasileira no desenvolvimento global da Web e
subsidiar a formulação de políticas públicas — Ceweb.br
(*http://www.ceweb.br* <http://www.ceweb.br/>), e abrigar o escritório
do W3C no Brasil (*http://www.w3c.br/* <http://www.w3c.br/>).**
*Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br**
*O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços
Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a
disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do
multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de
governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que
todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas
decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança
e Uso da Internet (*http://www.cgi.br/principios*
<http://www.cgi.br/principios>). Mais informações em *http://www.cgi.br/
<http://www.cgi.br/>*.
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