[Anúncios NIC.br] Estudo do Ceweb.br identifica as principais barreiras de acesso encontradas por pessoas com deficiência em ferramentas web de reuniões
imprensa em nic.br
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Sex Dez 11 11:40:30 -03 2020
São Paulo, 11 de dezembro de 2020
*Estudo do Ceweb.br identifica as principais barreiras de acesso
encontradas por pessoas com deficiência em ferramentas /web/ de reuniões*
/Dificuldade para habilitar legendas em português e interagir por meio
de chat são alguns dos resultados encontrados
/
Com a pandemia COVID-19 e a necessidade de distanciamento social nos
últimos meses, grande parte das atividades presenciais migraram para o
ambiente digital. Um dos recursos que passaram a ser usados com maior
frequência nesse período foram as videoconferências, muito comuns no
contexto profissional, em aulas e eventos. Mas será que as plataformas
de reuniões virtuais são amigáveis para quem tem algum tipo de
deficiência? Foi essa inquietação que motivou o Centro de Estudos sobre
Tecnologias Web (Ceweb.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do
Ponto BR (NIC.br) a avaliar algumas das ferramentas /web/ mais usadas
para essa finalidade, identificando suas principais barreiras de acesso.
A investigação resultou no estudo sobre Acessibilidade das Ferramentas
de Videoconferência em Plataforma Web, lançado nesta sexta-feira (11),
que está disponível no endereço:
*https://www.ceweb.br/publicacao/estudo-acessibilidade-ferramentas-videoconferencia/*
<https://www.ceweb.br/publicacao/estudo-acessibilidade-ferramentas-videoconferencia/>.
“Queríamos um estudo capaz de apontar as dificuldades que as pessoas com
deficiência têm enfrentado quando participam de reuniões virtuais”,
resume Reinaldo Ferraz, responsável pela pesquisa e especialista em
projetos /web/ do Ceweb.br|NIC.br. Para isso, foram analisados pontos
como a apropriação de tecnologias para reuniões /on-line/ por pessoas
com deficiência visual e auditiva e, usando critérios de acessibilidade
na Web universalmente aceitos, foram identificados problemas na
interação e interface que podem comprometer a utilização da ferramenta.
Um dos objetivos do estudo é conscientizar e alertar as empresas que
desenvolvem ferramentas de videoconferência para a detecção e correção
de eventuais barreiras de acesso. Além disso, os resultados ajudam os
usuários a conhecer melhor as plataformas e seus recursos, para garantir
a plena participação de pessoas com deficiência em reuniões virtuais.
Para Vagner Diniz, gerente do Ceweb.br|NIC.br, a pesquisa deixa claro
que, embora algumas plataformas atendam parcialmente as necessidades de
pessoas com deficiência, as barreiras encontradas comprometem atividades
que se tornaram ainda mais importantes nos últimos meses. “Os dados
mostram que parte desse público não consegue desempenhar plenamente
atividades de teletrabalho e de entretenimento por meio da Web, algo que
se agrava durante a pandemia. As empresas e comunidades desenvolvedoras
de ferramentas para reunião /on-line/ precisam considerar fortemente os
resultados e sugestões dessa pesquisa e oferecer ferramentas que
garantam, de fato, uma Web de todos e para todos. Ainda há muito por
fazer.”
*O estudo
*A pesquisa contou com 64 respostas de 32 voluntários, que foram
divididos em três perfis: usuários sem deficiência que navegaram apenas
por teclado (sem o uso de /mouse/ ou /trackpad/), simulando deficiência
motora; usuários com deficiência visual que deveriam navegar com
/software/ leitor de tela habilitado e por teclado, mas sem utilização
de referências visuais, e usuários surdos ou com baixa audição que
operariam a plataforma com o áudio do computador desativado.
Foram realizadas reuniões com os três grupos, em todas as ferramentas
analisadas (Google Meet, Zoom, Microsoft Teams, Jitsi, WebEx e
BigBlueButton). Cada voluntário recebeu uma lista de tarefas básicas que
deveria fazer em uma das plataformas sorteadas. Entre as ações estavam:
entrar e sair de uma reunião; habilitar e desabilitar câmera e
microfone; enviar mensagem por /chat/ e compartilhar tela. Na sequência,
todos responderam a um questionário relatando a experiência.
*Confira algumas das principais conclusões da pesquisa:*
* Usuários conseguem acessar uma reunião, mas têm dificuldades em
compreender e interagir, quando os organizadores da reunião não
oferecem acessibilidade (por exemplo quando não descrevem uma imagem
ou quando um vídeo não tem legendas).
* Ferramentas com as quais os usuários têm pouca familiaridade e uso
podem ser difíceis de operar devido ao desconhecimento de teclas de
atalho, essenciais para a navegação por teclado e por usuários de
leitores de tela. Nem todas exibem ao usuário (por áudio ou texto)
os atalhos de teclado.
* A interface das plataformas apresenta padrões distintos que, muitas
vezes, confundem os usuários. Botões mal posicionados podem
dificultar a navegação.
* Apesar de serem essenciais para a compreensão do conteúdo em áudio
por pessoas com deficiência auditiva, as legendas ainda funcionam de
forma precária. As poucas ferramentas que disponibilizam esse
recurso o fazem somente em inglês ou de forma que os usuários não
conseguem ou têm dificuldade de configurá-lo.
* Algumas aplicações têm inconsistências em traduções para o
português, exibindo rótulos de botões confusos.
* A maioria dos voluntários utilizou a plataforma Web das ferramentas,
mesmo que algumas delas ofereçam aplicativos para computadores.
* Foram detectados problemas na interface das aplicações que
dificultaram a participação de alguns grupos. Essas barreiras podem
ser separadas em duas categorias:
o Acessibilidade da plataforma: incapacidade de acionar /links/,
botões ou mesmo interagir por /chat/ foram algumas das
dificuldades reportadas. Pessoas que navegaram somente por
teclado encontraram poucas barreiras para interagirem nas
ferramentas e aquelas que precisaram navegar com leitor de tela,
por sua vez, encontraram barreiras de interação acima da média.
o Acessibilidade da reunião: sem a intervenção do apresentador
para garantir a acessibilidade ao conteúdo, pessoas com
deficiência visual e auditiva podem ter problemas na
participação e compreensão do que é discutido na reunião. Os
resultados mostraram que a compreensão do que acontece em uma
reunião é o resultado mais difícil de se alcançar durante a
participação de pessoas com deficiência em reuniões /on-line/.
As pessoas com limitações visuais são as que mais encontraram
barreiras de compreensão, e aquelas que navegaram sem áudio já
encontraram menos dificuldades.
“Um detalhe curioso é que tivemos um número razoavelmente grande de
pessoas que não conseguiram participar de /chats./ O que percebemos é
que a grande maioria é capaz de usar as ferramentas, executando as
principais funções, mas, dependendo da deficiência, encontram algumas
limitações para compreender o conteúdo da reunião, quando ele não é
apresentado de forma acessível", finaliza Ferraz.
Acesse o estudo na íntegra
(*https://www.ceweb.br/publicacao/estudo-acessibilidade-ferramentas-videoconferencia/
<https://www.ceweb.br/publicacao/estudo-acessibilidade-ferramentas-videoconferencia/>*)
e confira novamente o lançamento /on-line/ da pesquisa:
*https://www.youtube.com/watch?v=3Tx689A5SQs
<https://www.youtube.com/watch?v=3Tx689A5SQs>*.
*Sobre o Ceweb.br*
O Centro de Estudos sobre Tecnologias Web (Ceweb.br), do NIC.br, tem
como missão disseminar e promover o uso de tecnologias abertas na Web,
fomentar e impulsionar a sua evolução no Brasil por meio de estudos,
pesquisas e experimentações de novas tecnologias. No escopo de
atividades desenvolvidas pelo Centro, destacam-se o estímulo às
discussões sobre o ecossistema da Web e a preparação de subsídios
técnicos à elaboração de políticas públicas que fomentem esse
ecossistema como meio de inovação social e prestação de serviços. Mais
informações em *https://www.ceweb.br/* <http://www.ceweb.br/>.
*Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br
*O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br
(*https://www.nic.br/ <https://www.nic.br/>*) é uma entidade civil, de
direito privado e sem fins de lucro, que além de implementar as decisões
e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil, tem entre suas
atribuições: coordenar o registro de nomes de domínio — Registro.br
(*https://www.registro.br/ <https://www.registro.br/>*), estudar,
responder e tratar incidentes de segurança no Brasil — CERT.br
(*https://www.cert.br/ <https://www.cert.br/>*), estudar e pesquisar
tecnologias de redes e operações — Ceptro.br (*https://www.ceptro.br/
<https://www.ceptro.br/>*), produzir indicadores sobre as tecnologias da
informação e da comunicação — Cetic.br (*https://www.cetic.br/
<https://www.cetic.br/>*), implementar e operar os Pontos de Troca de
Tráfego — IX.br (*https://ix.br/ <https://ix.br/>*), viabilizar a
participação da comunidade brasileira no desenvolvimento global da Web e
subsidiar a formulação de políticas públicas — Ceweb.br
(*https://www.ceweb.br <https://www.ceweb.br/>*), e abrigar o W3C
Chapter São Paulo (*https://www.w3c.br/ <https://www.w3c.br/>*).
*Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br
*O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços
Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a
disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do
multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de
governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que
todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas
decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança
e Uso da Internet *(https://www.cgi.br/principios
<https://www.cgi.br/principios>*). Mais informações em
*https://www.cgi.br/ <https://www.cgi.br/>*.
*Flickr: **https://www.flickr.com/NICbr/* <https://www.flickr.com/NICbr/>*
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