[Anúncios NIC.br] TIC Saúde 2021: Uso de tecnologias digitais avança nos estabelecimentos de saúde brasileiros, mas a segurança da informação segue sendo desafio
imprensa em nic.br
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Quinta Novembro 25 15:43:25 -03 2021
São Paulo, 25 de novembro de 2021
*
Uso de tecnologias digitais avança nos estabelecimentos de saúde
brasileiros, mas a segurança da informação segue sendo desafio, aponta
pesquisa TIC Saúde 2021*
/A oitava edição da pesquisa indica que cresceu a utilização de sistemas
eletrônicos para registros de dados dos pacientes
/
Os estabelecimentos de saúde no Brasil estão mais informatizados, porém
a implementação de estratégias para aumentar a segurança e proteção de
dados pessoais armazenados segue sendo um desafio para o setor. Essa foi
uma das conclusões da pesquisa TIC Saúde 2021
<https://cetic.br/pt/pesquisa/saude/indicadores/>, do Comitê Gestor da
Internet no Brasil (CGI.br), conduzida pelo Centro Regional de Estudos
para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo
de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).
Os dados levantados revelam o crescimento da adoção de Internet entre os
estabelecimentos públicos no período marcado pelo avanço da COVID-19:
94% deles possuem computador e Internet, o que equivale a um aumento de
nove pontos percentuais em relação a 2019. Entre os estabelecimentos
privados, o acesso a ambos segue universalizado.
Já as Unidades Básicas de Saúde utilizaram mais computadores (de 91%, em
2019, para 94%, em 2021) e Internet (de 82% para 92%, em 2021). Em um
universo próximo de 40.600 UBS, cerca de 2.500 não possuem o dispositivo
e 3.400 não têm acesso à rede.
“Esse aumento pode estar relacionado à maior necessidade de
digitalização das informações em função do cenário da pandemia. Assim
como ocorreu com os domicílios e os indivíduos, esses dados mostram que
existiu uma demanda crescente por digitalização nesse período”, afirma
Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br|NIC.br.
Houve um avanço no uso de sistemas eletrônicos para registro de dados
dos pacientes – passou de 82%, em 2019, para 88%, em 2021. Essa
tendência de elevação ocorreu em praticamente todos os estratos
investigados pela pesquisa. Nas unidades públicas, subiu de 74% para 85%
na comparação entre os dois anos, enquanto nas privadas, manteve-se
estável, em torno de 91%. Em relação às UBS, 89% possuem algum tipo de
sistema eletrônico.
Quanto à disponibilidade das informações dos pacientes em formato
digital, também se verificou crescimento em relação à edição anterior.
Nas UBS, as funcionalidades que registraram maiores aumentos foram:
listar todos os pacientes por tipo de diagnóstico (de 43%, para 60% em
2021), realizar prescrição médica (de 58% para 75%) e compilar
resultados de exames laboratoriais (46% para 62%).
A interoperabilidade entre sistemas eletrônicos de informação na saúde
também avançou durante a pandemia. A pesquisa indica um maior número de
estabelecimentos com sistemas que recebem ou enviam informações para
outros sistemas eletrônicos da rede de atenção à saúde, principalmente
nos públicos (de 25% em 2019, para 43% em 2021), incluindo as UBS (de
28% para 45%).
*Segurança da informação*
Apenas um terço dos estabelecimentos de saúde tinham uma política
definida sobre segurança da informação, sendo o percentual dos públicos
(21%) menor em relação ao dos privados (cerca de 40%).
Entre as ferramentas de segurança, aquelas relacionadas à criptografia
apresentaram maior aumento na comparação a 2019, a exemplo da
criptografia de arquivos e e-mails, presentes em 52% dos
estabelecimentos (contra 41% em 2019). Já a criptografia da base de
dados avançou de 36%, em 2019, para 48% em 2021.
*LGPD e uso de novas tecnologias*
Uma novidade dessa edição é a inclusão de indicadores sobre as medidas
adotadas pelos estabelecimentos de saúde para adequação à Lei Geral de
Proteção de Dados Pessoais (LGPD). De acordo com os resultados, menos da
metade implementou alguma das medidas pesquisadas. Entre as mais
adotadas estão a disponibilização de canais de atendimento e interação
com os titulares dos dados (38% do total) e a realização de campanha
interna para conscientização sobre a LGPD (32% do total).
“A LGPD entrou em vigor em agosto de 2020, e a coleta dos dados da
pesquisa ocorreu no primeiro semestre de 2021. Os resultados indicam que
os estabelecimentos de saúde ainda têm um caminho a percorrer em sua
adaptação à nova lei”, afirma Barbosa.
A TIC Saúde também investigou, pela primeira vez, o uso de novas
tecnologias pelos estabelecimentos de saúde que possuem uma área ou
departamento de tecnologia da informação. Uma parte considerável tem
utilizado computação em nuvem. Dentre os serviços analisados, o mais
comum foi o/e-mail/ em nuvem (69%), seguido por armazenamento de
arquivos ou banco de dados em nuvem (57%). Os resultados apontaram para
disparidades entre estabelecimentos públicos e privados quanto ao uso de
software e armazenamento de dados em nuvem (17% públicos e 45% privados).
A análise de /Big Data/ é adotada por um número ainda reduzido de
estabelecimentos. Em um universo de 109 mil avaliados, apenas cerca de
4.200 se valem do recurso, sendo que destes, aproximadamente 3.600 são
privados. Para essas análises são mais utilizados os dados dos próprios
estabelecimentos, tanto os provenientes de fichas cadastrais,
formulários e prontuários (76%) quanto os de dispositivos inteligentes e
sensores (69%).
A pesquisa também indica que 4% dos estabelecimentos de saúde fizeram
uso de Inteligência Artificial, enquanto 3% afirmaram utilizar
aplicações de robótica. Todos esses recursos estão mais presentes nas
unidades privadas. Entre as regiões geográficas, a Sudeste é a que
apresenta maior uso de IA (6%) e robótica (4%)
*Telessaúde e serviços /on-line/*
De maneira geral, as práticas de telessaúde cresceram durante pandemia,
conforme indicam os resultados da pesquisa TIC Saúde 2021. Passaram a
estar mais presentes nos estabelecimentos a teleconsultoria (de 15%, em
2019 para 26%, em 2021), o telediagnóstico (de 12% para 20%), e o
monitoramento remoto de pacientes (de 5% para 20%).
Pela primeira vez a pesquisa investigou, entre os estabelecimentos de
saúde, a realização de teleconsulta entre médico e paciente – modalidade
regulamentada de maneira emergencial diante do avanço da COVID-19.
Observou-se que esse serviço foi oferecido por 18% dos estabelecimentos
de saúde, sendo 14% públicos e 22% privados.
*Sobre a pesquisa*
Em função do cenário de pandemia e de grande demanda sobre o setor, a
metodologia da pesquisa foi adaptada. Não foi possível coletar
informações sobre o uso das TIC entre os profissionais que atuam na área
(médicos e enfermeiros). As entrevistas telefônicas ocorreram entre
janeiro e agosto de 2021, com 1.524 gestores de estabelecimentos de
saúde localizados em todo o território nacional.
Realizada desde 2013, a pesquisa conta com o apoio institucional de
organismos internacionais – como a Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE), Comissão Econômica para a América
Latina e o Caribe (Cepal) e Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Além disso, a realização da
pesquisa é apoiada pelo Ministério da Saúde e o Departamento de
Informática do SUS (Datasus), a Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), o
Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), além de
especialistas vinculados a importantes universidades e instituições de
pesquisa.
A divulgação dos dados inéditos ocorreu em um evento /on-line/, restrito
aos participantes do XVIII Congresso Brasileiro de Informática em Saúde
(CBIS 2021), 10º Congresso Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde e
Fórum RNP 2021. Na ocasião, também foi lançada a publicação da pesquisa.
Para acessar a íntegra dos indicadores, visite:
https://cetic.br/pt/pesquisa/saude/indicadores/
<https://cetic.br/pt/pesquisa/saude/indicadores/>. Já para conferir o
livro da TIC Saúde 2021, acesse:
https://cetic.br/pt/pesquisa/saude/publicacoes/
<https://cetic.br/pt/pesquisa/saude/publicacoes/>.
*Sobre o Cetic.br*
O Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da
Informação (Cetic.br), do NIC.br, é responsável pela produção de
indicadores e estatísticas sobre o acesso e o uso da Internet no Brasil,
divulgando pesquisas e estudos setoriais sobre o desenvolvimento da rede
no País. O Cetic.br é um Centro Regional de Estudos, sob os auspícios da
UNESCO. Mais informações em *https://cetic.br/* <https://cetic.br/>.
*Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br
*O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br
(*https://nic.br/* <https://nic.br/>) é uma entidade civil de direito
privado e sem fins de lucro, encarregada da operação do domínio .br, bem
como da distribuição de números IP e do registro de Sistemas Autônomos
no País. O NIC.br implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da
Internet no Brasil - CGI.br desde 2005, e todos os recursos arrecadados
provem de suas atividades que são de natureza eminentemente privada.
Conduz ações e projetos que trazem benefícios à infraestrutura da
Internet no Brasil. Do NIC.br fazem parte: Registro.br
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*Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br
*O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços
Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a
disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do
multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de
governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que
todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas
decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança
e Uso da Internet (*https://cgi.br/principios*
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