[Anúncios NIC.br] Dois em cada três usuários de Internet brasileiros se preocupam com o uso de seus dados pessoais em compras online, revela pesquisa inédita do NIC.br

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Quinta Agosto 18 11:20:10 -03 2022


São Paulo, 18 de agosto de 2022


*Dois em cada três usuários de Internet brasileiros se preocupam com o 
uso de seus dados pessoais em compras /online/, revela pesquisa inédita 
do NIC.br*/
Empresas e órgãos públicos já adotam iniciativas para a adequação à 
LGPD, mas a designação de encarregados de dados ainda é pouco difundida
/

No Brasil, 42% dos usuários de Internet de 16 anos ou mais relataram 
ficar “muito preocupados” e outros 25% afirmaram ficar “preocupados” com 
a captura e o tratamento de seus dados pessoais durante compras em 
/websites/ e com aplicativos. Essa informação integra a publicação 
*“Privacidade e proteção de dados pessoais: perspectivas de indivíduos, 
empresas e organizações públicas no Brasil”* 
<https://cetic.br/pt/publicacao/privacidade-e-protecao-de-dados-2021/>, 
lançada nesta quinta-feira (18), durante o 13º Seminário de Proteção à 
Privacidade e aos Dados Pessoais, evento organizado pelo Comitê Gestor 
da Internet no Brasil (CGI.br) e pelo Núcleo de Informação e Coordenação 
do Ponto BR (NIC.br).

O levantamento apresenta indicadores inéditos extraídos de pesquisas 
conduzidas pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da 
Sociedade da Informação (Cetic.br|NIC.br), e está disponível para 
/download/ gratuito em 
*https://cetic.br/pt/publicacao/privacidade-e-protecao-de-dados-2021/* 
<https://cetic.br/pt/publicacao/privacidade-e-protecao-de-dados-2021/>.

A segunda atividade /online/ que mais provocou preocupação quanto ao 
registro e ao tratamento de dados pessoais foi acessar páginas e 
aplicativos de bancos (35% estão muito preocupados e 24% preocupados). 
Já usar /apps/ de relacionamento (22% muito preocupados e 12% 
preocupados) — a despeito de ser a atividade que menos usuários de 
Internet indicaram realizar — foi a terceira onde há maior proporção de 
“preocupados” ou “muito preocupados”, considerando somente aqueles que 
realizam as atividades analisadas pela pesquisa.

“Os resultados indicam que os usuários de Internet têm maior percepção 
de risco no ambiente digital quando realizam transações financeiras. Mas 
também é relevante a preocupação com o tratamento de seus dados em 
outras atividades /online/, como o uso de aplicativos de relacionamento, 
até então pouco explorado em outros estudos, assim como o uso de redes 
sociais, um dos tipos de plataforma em que os brasileiros estão mais 
presentes", afirma Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br|NIC.br.

O estudo detectou, ainda, a preocupação dos usuários quanto ao 
fornecimento de dados considerados sensíveis pela Lei Geral de Proteção 
de Dados Pessoais (LGPD), como os biométricos (41% dos usuários de 
Internet se disseram muito preocupados e 24% preocupados) e os de saúde 
(29% muito preocupados e 23% preocupados).

A pesquisa identificou que pretos (35%) e pardos (32%) se mostraram 
preocupados ou muito preocupados em proporções maiores do que brancos 
(26%) com o fornecimento de informações pessoais relativas à cor ou 
raça. O mesmo acontece quando o assunto é a utilização que as empresas 
fazem de seus dados pessoais. Cinquenta e dois por cento dos usuários 
autodeclarados pretos e 49% dos pardos disseram ficar muito preocupados, 
enquanto entre os usuários brancos a proporção foi 43%.

A preocupação em relação à privacidade também afeta outros 
comportamentos no ambiente /online/: por conta dela, 77% dos usuários da 
rede de 16 anos ou mais já desinstalaram aplicativos motivados por 
preocupações com o uso de seus dados pessoais, 69% deixaram de visitar 
algum /website/, 56% deixaram de utilizar algum serviço ou plataforma na 
rede e 45% deixaram de comprar algum equipamento eletrônico.

*Canais de atendimento ao cidadão*
A procura por canais de atendimento para solicitações, reclamações ou 
denúncias relacionadas a dados pessoais foi reportada por 24% dos 
usuários de Internet ouvidos durante o levantamento. A empresa ou órgão 
público controlador do dado figuram como os mais mencionados entre 
aqueles que buscaram por tais canais (80%). Em menores proporções, foram 
citados os canais de órgãos de defesa do consumidor, como os Procons (48%).

Do lado da oferta, em 2021, 65% dos órgãos federais e um terço dos 
estaduais ofereceram canais de atendimento pela Internet para que os 
titulares dos dados enviem solicitações a respeito do tratamento de suas 
informações pessoais. Entre os Poderes, destacam-se os órgãos do 
Judiciário, em que três a cada quatro possuíam atendimento /online/ para 
esse fim. Já no âmbito municipal, menos de um terço das prefeituras 
disponibilizou esse tipo de canal para que os cidadãos encaminhassem 
solicitações sobre o uso de seus dados pessoais.

*Adequação à LGPD nas organizações*
Uma das ações para adequação de organizações públicas e privadas à LGPD 
é a nomeação do encarregado de dados ou DPO (do inglês, /Data Protection 
Officer/), responsável pela comunicação com os titulares dos dados e com 
a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). O levantamento 
mostrou que, após quase dois anos de a lei entrar em vigor, os 
encarregados de dados estão presentes em apenas 17% das empresas, sendo 
que esta proporção é de 43% entre as de grande porte, 29% nas de médio 
porte e 15% nas de pequeno porte. Em relação à origem do encarregado de 
dados, na maioria das vezes (77%), é uma pessoa ou comitê da própria 
organização.

No caso das organizações públicas em 2021, a designação do encarregado 
de dados ocorreu com maior frequência entre os órgãos federais (81%) do 
que os estaduais (33%). Nas prefeituras, somente 14% tinham nomeado esse 
profissional. Já em relação à presença de encarregados de dados em 
estabelecimentos de saúde, verificou-se que apenas 20% dos públicos e 
39% dos privados haviam se ajustado a essa medida em 2021.

Por outro lado, há diversas iniciativas nas esferas privada e pública 
para adequação à LGPD. Em relação às empresas, o levantamento indica que 
36% delas realizaram em 2021 reuniões específicas para tratar do tema 
privacidade e proteção de dados pessoais. Essas reuniões foram mais 
frequentes nas de grande (73%) e médio (59%) portes, enquanto nas 
pequenas essa proporção é de 32%.

A pesquisa também mediu a presença de uma área ou de funcionários 
responsáveis pelo tema de proteção de dados pessoais nas empresas 
brasileiras. Conforme constatou o estudo, em 23% das empresas há um 
desses recursos, sendo que, em sua maioria, essas organizações são de 
médio e grande porte.

Já entre os órgãos públicos federais e estaduais que tinham departamento 
de Tecnologia da Informação (TI), a oferta de capacitação, curso ou 
treinamento sobre a LGPD para pelo menos um funcionário da área de TI em 
2021 foi mais frequente nas organizações do Judiciário (91%) e do 
Ministério Público (82%). Cerca de metade das organizações do Executivo 
e do Legislativo realizou esse tipo de formação de funcionários do 
departamento de TI. No nível local, as prefeituras de capitais (63%) 
agiram mais recorrentemente no setor de tecnologia do que aquelas 
localizadas no interior (24%).

"Investir em práticas organizacionais de adequação à LGPD contribui, em 
última instância, para a construção de uma cultura de proteção de dados 
no país. Esse é um fator crítico para as organizações tanto no setor 
público como no setor privado, e que pode melhorar a confiança dos 
cidadãos nas atividades realizadas no ambiente digital", destaca Barbosa.

Todos os indicadores da pesquisa foram compilados e podem ser conferidos 
na íntegra em 
*https://cetic.br/pt/publicacao/privacidade-e-protecao-de-dados-2021/* 
<https://cetic.br/pt/publicacao/privacidade-e-protecao-de-dados-2021/>. 
Já para rever o painel de lançamento do levantamento acesse: 
*https://youtu.be/Qoa0JovibgE* <https://youtu.be/Qoa0JovibgE>.

A publicação é mais um resultado do *Acordo de Cooperação entre o NIC.br 
e a ANPD* 
<https://nic.br/noticia/releases/para-fortalecer-cultura-de-protecao-de-dados-no-pais-nic-br-e-anpd-firmam-acordo-de-cooperacao/>, 
assinado em 2020. Essa parceria prevê, entre outras ações, a elaboração 
e o compartilhamento de estudos, análises e pesquisas sobre os temas 
proteção de dados pessoais, segurança da informação, privacidade nas 
redes e tecnologia.

*Sobre a pesquisa*
Os resultados inéditos divulgados em “Privacidade e proteção de dados 
pessoais: perspectivas de indivíduos, empresas e organizações públicas 
no Brasil” foram coletados nas edições mais recentes das pesquisas 
*Painel TIC* <https://cetic.br/pt/pesquisa/tic-covid-19/> e *TIC 
Empresas* <https://cetic.br/pt/pesquisa/empresas/>. A publicação também 
inclui dados obtidos nas pesquisas *TIC Governo Eletrônico 2021* 
<https://cetic.br/pt/pesquisa/governo-eletronico/>, *TIC Saúde 2021* 
<https://cetic.br/pt/pesquisa/saude/> e *TIC Educação 2020* 
<https://www.cetic.br/pesquisa/educacao/>.

O Painel TIC foi realizado entre 12 de novembro e 3 de dezembro de 2021 
e entrevistou 2.556 pessoas de 16 anos ou mais por meio de questionário 
/online/. Já a pesquisa TIC Empresas 2021 entrevistou por telefone 1.437 
empresas com 10 pessoas ocupadas ou mais entre 25 de agosto de 2021 e 20 
de abril de 2022.

A pesquisa TIC Governo Eletrônico entrevistou 580 órgãos federais e 
estaduais e 3.543 prefeituras entre agosto de 2021 e abril de 2022. A 
pesquisa TIC Saúde entrevistou 1.524 gestores de estabelecimentos de 
saúde brasileiros entre janeiro e agosto de 2021. E a pesquisa TIC 
Educação entrevistou 3.678 escolas entre setembro de 2020 e junho de 
2021. Todas estas entrevistas foram realizadas por telefone.

*Sobre o Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade 
da Informação – Cetic.br*
O Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da 
Informação (Cetic.br), do NIC.br, é responsável pela produção de 
indicadores e estatísticas sobre o acesso e o uso da Internet no Brasil, 
divulgando análises e informações periódicas sobre o desenvolvimento da 
rede no País. O Cetic.br|NIC.br é, também, um Centro Regional de Estudos 
sob os auspícios da UNESCO, e completou 17 anos de atuação em 2022. Mais 
informações em *https://cetic.br*/ <https://cetic.br/>.

*Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br*
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br 
(*https://nic.br/* <https://nic.br/>) é uma entidade civil de direito 
privado e sem fins de lucro, encarregada da operação do domínio .br, bem 
como da distribuição de números IP e do registro de Sistemas Autônomos 
no País. O NIC.br implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da 
Internet no Brasil - CGI.br desde 2005, e todos os recursos arrecadados 
provem de suas atividades que são de natureza eminentemente privada. 
Conduz ações e projetos que trazem benefícios à infraestrutura da 
Internet no Brasil. Do NIC.br fazem parte:  Registro.br 
(*https://registro.br* <https://registro.br/>), CERT.br 
(*https://cert.br/* <https://cert.br/>), Ceptro.br (*https://ceptro.br/* 
<https://ceptro.br/>), Cetic.br (*https://cetic.br/* 
<https://cetic.br/>), IX.br (*https://ix.br/* <https://ix.br/>) e 
Ceweb.br (*https://ceweb.br* <https://ceweb.br/>), além de projetos como 
Internetsegura.br (*https://internetsegura.br* 
<https://internetsegura.br/>) e Portal de Boas Práticas para Internet no 
Brasil (*https://bcp.nic.br/* <https://bcp.nic.br/>). Abriga ainda o 
escritório do W3C Chapter São Paulo (*https://w3c.br/* <https://w3c.br/>).

*Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br*
O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer 
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da 
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços 
Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a 
disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do 
multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de 
governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que 
todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas 
decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança 
e Uso da Internet (*https://cgi.br/resolucoes/documento/2009/003* 
<https://cgi.br/resolucoes/documento/2009/003>). Mais informações em 
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