[Anúncios NIC.br] Pesquisa do CGI.br e NIC.br traça um perfil inédito das redes comunitárias de Internet no país

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Segunda Setembro 5 17:29:55 -03 2022


São Paulo, 5 de setembro de 2022


*Pesquisa do CGI.br e NIC.br traça um perfil inédito das redes 
comunitárias de Internet no país*
/Quatro em cada cinco redes comunitárias entrevistadas estão presentes 
em localidades de povos tradicionais como comunidades quilombolas, 
aldeias indígenas ou áreas ribeirinhas
/

As redes comunitárias são alternativa para promover a inclusão digital 
em regiões de povos tradicionais e com pouca oferta de infraestrutura e 
serviços de Internet, e estão, em sua maioria (83%), presentes em 
localidades remotas e que apresentam maior vulnerabilidade: 40% delas em 
quilombos ou territórios quilombolas, 33% em aldeias ou territórios 
indígenas e 23% em áreas ribeirinhas. A conclusão é de um levantamento 
inédito produzido pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e 
pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), por meio 
do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da 
Informação (Cetic.br) e da Assessoria às Atividades do CGI.br. A 
pesquisa, lançada nesta segunda-feira (5) em um *evento /online/* 
<https://youtu.be/PVF995GjkZc>, teve a coleta de dados coordenada pelo 
Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), que também 
colaborou com a análise dos resultados./
/

O estudo *"Redes comunitárias de Internet no Brasil: experiências de 
implantação e desafios para a inclusão digital 
<https://cetic.br/pt/publicacao/redes-comunitarias-de-internet-no-brasil/>"* 
teve o objetivo de detectar o estágio de desenvolvimento dessas redes, 
compreender os seus modos de operação e seus efeitos nos territórios em 
que atuam, bem como identificar barreiras e maneiras de fomentar a sua 
sustentabilidade.

“As redes comunitárias de Internet têm um papel estratégico de promover 
conectividade em áreas desatendidas, e em comunidades mais 
vulnerabilizadas, além de estimular a apropriação da tecnologia por 
essas comunidades. Por isso é muito importante entender quem são, como e 
onde atuam”, explica Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br|NIC.br.

*Perfil
*Segundo o estudo, os principais beneficiários das redes comunitárias 
são os moradores de entornos urbanos (58%). As redes também mencionaram 
visitantes daquelas áreas, associações (43%), além de outras 
instituições como escolas e igrejas (35%) e comerciantes locais (25%).

O perfil dos gestores dessas redes reflete a diversidade da comunidade, 
sendo 55% deles pretos ou pardos e 20% indígenas – proporção superior à 
média da população nacional. Já em relação à escolaridade, 40% deles têm 
ensino superior e 33%, pós-graduação.

Em 45% das redes comunitárias, os beneficiários participam das decisões 
sobre seu funcionamento, e em 35% delas as principais questões são 
decididas por um conselho ou grupo deliberativo.

*Sustentabilidade
*A pesquisa mostrou que quase a totalidade das redes comunitárias 
mapeadas (93%) se definem como “organizações sem fins lucrativos”. Um 
quarto delas (23%) afirmaram depender de um investimento médio mensal de 
mais de R$ 1 mil para se manterem ativas, e 38% um custo de até R$ 1 mil.

Para financiá-las, 38% das redes comunitárias investigadas se valem de 
doações voluntárias de pessoas da própria comunidade, e igual proporção 
contava com o financiamento de organizações não governamentais. Em 28% 
delas eram cobradas mensalidades ou anuidades dos usuários.

Quando questionados sobre quão seguros estavam de que a sua rede estaria 
funcionando nos próximos 12 meses, 53% dos entrevistados (21 entre as 40 
investigadas) afirmam estar muito seguros ou seguros de que a rede 
continuaria operando nos próximos 12 meses; 18% declaram estar nem 
seguros nem inseguros, e 23% declaram estar pouco ou nada seguros, 
representando quase um quarto das redes analisadas.

"A sustentabilidade financeira das operações cotidianas é um desafio 
para a manutenção das redes comunitárias. Identificamos durante a 
pesquisa que a maior parte dos projetos de implementação dessas redes 
não preveem recursos para além das etapas iniciais de implementação ou 
para situações excepcionais, como conserto e substituição de 
equipamentos", afirma Laura Tresca, conselheira do CGI.br.

*Principais atividades
*De acordo com os gestores ouvidos pela pesquisa, entre as principais 
atividades realizadas pelos usuários das redes estão a promoção de 
festividades locais e a mobilização dos membros sobre temas de interesse 
e campanhas (ambas 50%), o que reforça o papel dessas redes na 
valorização de aspectos culturais e políticos da comunidade.

Os principais serviços oferecidos são espaços para gravar, compartilhar 
/onli/ne arquivos e documentos (28%), a disponibilização de Intranet 
(23%), e o oferecimento de mural de avisos da comunidade pela Internet 
(18%). Serviços de rádio comunitária própria (13%) e TV comunitária 
própria (8%) foram mencionados em menores proporções.

Quanto à tecnologia de conexão, 18% usavam rádio; 18% satélite e 13% 
fibra óptica. “Isso contrasta com a situação encontrada na média dos 
lares brasileiros, nos quais, segundo a pesquisa TIC Domicílios 2021, 
predomina a conexão por cabo ou fibra óptica. Ao mesmo tempo, a 
prevalência de rádio e satélite nessas comunidades indica que grande 
parte dessas redes opera em territórios com obstáculos físicos 
adicionais à conectividade”, finaliza o gerente do Cetic.br.

Confira a pesquisa completa em: 
*https://cetic.br/pt/publicacao/redes-comunitarias-de-internet-no-brasil/*. 
Já para rever o lançamento /online/ do estudo, acesse: 
*https://youtu.be/PVF995GjkZc*.

*Sobre o estudo
*O levantamento mapeou 63 redes comunitárias em todas as regiões do 
Brasil. Foram entrevistados gestores de 40 redes comunitárias entre 25 
de novembro de 2021 e 10 de março de 2022. No momento da coleta, 24 
(60%) das redes comunitárias ouvidas estavam ativas, 14 (35%) estavam 
paralisadas momentaneamente ou em implementação e duas (5%) delas haviam 
sido encerradas definitivamente.

A publicação também traz os resultados da etapa qualitativa da pesquisa, 
na qual foram ouvidos atores estratégicos que atuam com redes 
comunitárias em diferentes segmentos (governo, mercado e sociedade 
civil) e aqueles com experiência de estudo e trabalho com a temática no 
país. Ao todo, foram realizadas 19 entrevistas em profundidade.

*Sobre o Cetic.br*
O Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da 
Informação (Cetic.br), do NIC.br, é responsável pela produção de 
indicadores e estatísticas sobre o acesso e o uso da Internet no Brasil, 
divulgando análises e informações periódicas sobre o desenvolvimento da 
rede no País. O Cetic.br|NIC.br é, também, um Centro Regional de Estudos 
sob os auspícios da UNESCO, e completou 17 anos de atuação em 2022. Mais 
informações em *https://cetic.br/* <https://cetic.br/>.

*Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br*
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br 
(*https://nic.br/* <https://nic.br/>) é uma entidade civil de direito 
privado e sem fins de lucro, encarregada da operação do domínio .br, bem 
como da distribuição de números IP e do registro de Sistemas Autônomos 
no País. O NIC.br implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da 
Internet no Brasil - CGI.br desde 2005, e todos os recursos arrecadados 
provem de suas atividades que são de natureza eminentemente privada. 
Conduz ações e projetos que trazem benefícios à infraestrutura da 
Internet no Brasil. Do NIC.br fazem parte:  Registro.br 
(*https://registro.br* <https://registro.br/>), CERT.br 
(*https://cert.br/* <https://cert.br/>), Ceptro.br (*https://ceptro.br/* 
<https://ceptro.br/>), Cetic.br (*https://cetic.br/* 
<https://cetic.br/>), IX.br (*https://ix.br/* <https://ix.br/>) e 
Ceweb.br (*https://ceweb.br* <https://ceweb.br/>), além de projetos como 
Internetsegura.br (*https://internetsegura.br* 
<https://internetsegura.br/>) e Portal de Boas Práticas para Internet no 
Brasil (*https://bcp.nic.br/* <https://bcp.nic.br/>). Abriga ainda o 
escritório do W3C Chapter São Paulo (*https://w3c.br/* <https://w3c.br/>).

*Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br*
O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer 
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da 
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços 
Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a 
disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do 
multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de 
governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que 
todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas 
decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança 
e Uso da Internet (*https://cgi.br/resolucoes/documento/2009/003* 
<https://cgi.br/resolucoes/documento/2009/003>). Mais informações em 
*https://cgi.br/* <https://cgi.br/>.

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