[Anúncios NIC.br] Projeto analisa o uso da tecnologia TV White Spaces no Brasil para ampliar inclusão digital
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Quarta Agosto 31 15:27:06 -03 2022
São Paulo, 31 de agosto de 2022
*Projeto analisa o uso da tecnologia TV White Spaces no Brasil para
ampliar inclusão digital*/
Idealizado e coordenado pelo NIC.br a partir de cooperação com a
Embaixada do Reino Unido no Brasil, o projeto é desenvolvido em
colaboração com o Inatel e a UFC, e apoio da Anatel/
Projeto idealizado e coordenado pelo Núcleo de Informação e Coordenação
do Ponto BR (NIC.br), a partir de acordo de cooperação com a Embaixada
do Reino Unido no Brasil, analisa a viabilidade técnica e operacional do
uso do “TV White Spaces”, os espaços ociosos do espectro de
radiofrequência utilizado para as transmissões de TV Digital, com o
intuito de ampliar a inclusão digital no país.
Desenvolvido em conjunto com o Instituto Nacional de Telecomunicações
(Inatel) e a Universidade Federal do Ceará (UFC), com o apoio da Anatel,
o projeto busca explorar a possibilidade de operadoras e provedores de
acesso à Internet empregarem a tecnologia TVWS para levar a
conectividade a áreas remotas e rurais, levando em consideração aspectos
econômicos, técnicos e operacionais e, principalmente, as condições
técnicas e operacionais definidas pela regulamentação no Brasil.
“A tecnologia TVWS, já em uso em vários países, permite que sistemas
secundários de baixa potência possam operar nas faixas de espectro de
frequência que se encontram sem utilização pelos sistemas primários, sem
criar perturbações aos canais de televisão adjacentes. Isso significa
mais espectro com boa faixa de cobertura que, por sua vez, se traduz em
menor investimento em infraestrutura de rede, o que pode ser um fator
essencial para diminuir custos e democratizar o acesso com qualidade às
TIC por redes sem fio no Brasil”, avalia Milton Kaoru Kashiwakura,
Diretor de Projetos Especiais e de Desenvolvimento do NIC.br, e
idealizador do projeto.
"O Programa de Acesso Digital do Governo do Reino Unido está apoiando
esse projeto inovador em parceria com a Anatel, NIC.br, Inatel e UFC.
Para nós é um prazer poder apoiar no desenvolvimento e regulamentação da
tecnologia TV White Spaces. Esperamos que ela possa ser utilizada para
enfrentar as lacunas no acesso digital no Brasil, apoiando o
desenvolvimento de conectividade significativa e inclusão digital em
regiões remotas. A cooperação internacional se mostra cada vez mais
importante nesse desafio que é comum a todas as nações", afirma Mariana
Cartaxo, Diretora do Programa de Acesso Digital do Governo do Reino Unido.
A iniciativa terá duração de um ano e será dividida em quatro etapas. A
primeira será focada em definir as áreas de contorno necessárias para
proteção das frequências utilizadas para a TV Digital. A segunda prevê a
criação de uma solução para fazer o melhor uso dos espaços ociosos. Já a
terceira é voltada para verificar como as restrições afetam sua
utilização. As três primeiras etapas são de responsabilidade do Inatel.
Uma quarta etapa, destinada a criação de um banco de dados
georeferenciado estará sob responsabilidade da UFC.
“Essa tecnologia é uma ótima alternativa para ofertar serviços de
comunicação móvel em localidades remotas, pois nesses lugares o espectro
é bastante ocioso e mais adequado para a propagação dos sinais. No
entanto, esbarramos em um problema muito sério, que são as restrições de
potência impostas às redes secundárias. Então, nosso principal objetivo
com essa iniciativa é avaliar o impacto dessa regulamentação na oferta
desses serviços”, explica o coordenador de pesquisa do Centro de
Referência em Radiocomunicações do Inatel, prof. Luciano Leonel Mendes,
lembrando ainda que o projeto vai ao encontro de outra pesquisa já
realizada na instituição, o Projeto 5G RANGE, que teve como foco a
criação de soluções práticas para o acesso à Internet em áreas remotas e
rurais, fruto da cooperação entre instituições brasileiras e europeias.
De forma complementar, prof. Rodrigo Porto, Coordenador do GTEL-UFC,
lembra que a UFC é uma das instituições acadêmicas pioneiras no Brasil a
investigar e postular o uso da tecnologia dos "Espaços em Branco de TV"
como forma de reduzir a exclusão digital no país. “O papel da UFC é
assessorar uma equipe de engenheiros e técnicos que estão desenvolvendo
um elemento crucial deste sistema que é a base de dados
georreferenciada. Esta base de dados é atualizada em tempo real e
fornece informações aos operadores interessados em usar o TVWS sobre as
faixas de espectro disponíveis para uso em cada localidade, de acordo
com as regulações da Anatel. A base serve ainda para que essas faixas
sejam reservadas para uso temporário, organizando o acesso dos
operadores e evitando interferências tanto para os usuários da banda
larga móvel como para os de televisão digital."
*Regulamentação*
O projeto também tem como objetivo prover dados de suporte à Anatel
referentes a coexistência de redes secundárias com o sistema de TVDA do
padrão ISDB-TB, definição do contorno protegido e do contorno
interferente, além de contribuir para futuros atos legais promovidos
pela Anatel no contexto da regulamentação do uso dos canais TVWS e
acesso secundário ao espectro eletromagnético. “A Resolução 747 da
Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), de outubro de 2021,
regulamentou a utilização do TVWS no Brasil, mas há ainda muitas dúvidas
sobre a capacidade de uma rede secundária operando de acordo com a
regulamentação brasileira”, explica Gilberto Zorello, coordenador do
projeto no NIC.br.
*Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br
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privado e sem fins de lucro, encarregada da operação do domínio .br, bem
como da distribuição de números IP e do registro de Sistemas Autônomos
no País. O NIC.br implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da
Internet no Brasil - CGI.br desde 2005, e todos os recursos arrecadados
provem de suas atividades que são de natureza eminentemente privada.
Conduz ações e projetos que trazem benefícios à infraestrutura da
Internet no Brasil. Do NIC.br fazem parte: Registro.br
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diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços
Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a
disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do
multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de
governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que
todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas
decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança
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