[Anúncios NIC.br] TIC Kids Online Brasil: qualidade da conexão e dos dispositivos afetam a participação de crianças e adolescentes na Internet

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Quarta Maio 3 12:56:12 -03 2023


*São Paulo, 3 de maio de 2023.*


*TIC Kids Online Brasil: qualidade da conexão e dos dispositivos afetam 
a participação de crianças e adolescentes na Internet*/
Pesquisa do CGI.br traz dados inéditos sobre as habilidades digitais e 
estratégias de proteção à privacidade no uso da rede
/

A qualidade da conexão e a disponibilidade de dispositivos adequados 
para o acesso à Internet pode limitar a participação de crianças e 
adolescentes no ambiente digital. Lançada, nesta quarta-feira (3), pelo 
Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), a pesquisa *TIC Kids 
Online Brasil 2022* 
<https://cetic.br/pt/pesquisa/kids-online/indicadores/> apresenta 
tendências quanto ao acesso e o uso de tecnologias de informação e 
comunicação (TIC) por crianças e adolescentes.

Conduzida pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da 
Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação 
do Ponto BR (NIC.br), a pesquisa, que produz indicadores sobre 
oportunidades e riscos relacionados à participação /online/ da população 
brasileira de 9 a 17 anos, mostrou que a baixa velocidade e a falta de 
créditos no celular são condições percebidas com frequência por parte 
dos entrevistados para o uso da Internet.

Entre as crianças e adolescentes usuários de Internet, 39% daqueles 
pertencentes às classes DE, 30% da C e 18% das AB reportaram que “sempre 
ou quase sempre” sentem a velocidade da conexão ficar ruim. Já 22% 
disseram que “sempre ou quase sempre” ficam sem Internet porque os 
créditos do celular acabaram. A proporção foi 15% para usuários das 
classes AB, de 19% para os entrevistados da classe C, e de 28% para os 
das classes DE. Além disso, 25% dos usuários das classes DE alegaram ter 
deixado de fazer alguma atividade /online/ com medo de os créditos 
terminarem.

A pesquisa mostrou ainda que 11% do total de crianças e adolescentes que 
são usuárias de Internet reportaram ter ficado sem celular ou computador 
para acesso à rede “sempre ou quase sempre”. Ao fazer o recorte desse 
indicador por classe social, os resultados foram: 14% para a DE, 12% 
para a C e 3% para as AB.

"A questão central não é apenas ter acesso à Internet ou não, mas que 
crianças e adolescentes brasileiros tenham condições de acesso 
apropriadas para uma conectividade significativa, que lhes permita 
desenvolverem habilidades digitais e se beneficiarem da participação 
/online/. O limite no acesso pode restringir direitos fundamentais dessa 
população na sociedade da informação”, analisa o gerente do 
Cetic.br|NIC.br, Alexandre Barbosa.

Em relação ao bem-estar /online/ de crianças e adolescentes, 19% da 
população de 9 a 17 anos reportaram que “sempre ou quase sempre” ficam 
chateados ou incomodados com coisas que acontecem na Internet. As 
proporções foram maiores para usuários de 15 a 17 anos (22%), comparados 
aos de 11 a 12 anos (14%).

*Atividades e dispositivos*
Dos cerca de 24 milhões (92%) de crianças e adolescentes brasileiros de 
9 a 17 anos usuários de Internet, 86% reportaram possuir perfil em redes 
sociais (o que representa aproximadamente 21 milhões). A participação em 
redes sociais ocorre em altas proporções em todas as faixas etárias, 
atingindo quase a totalidade dos usuários de Internet de 15 a 17 anos (96%).

Ouvir música (87%) e assistir a vídeos, programas, filmes ou séries 
(82%) figuram entre as práticas /online/ mais realizadas por esse 
público – atividades multimídias amplamente presentes nas plataformas 
digitais. O estudo revelou ainda que 79% enviaram mensagens instantâneas 
e 58% jogaram conectados com outros jogadores.

A pesquisa ainda indica que 34% dos entrevistados de 9 a 17 anos 
procuraram informações sobre saúde na Internet nos 12 meses anteriores à 
realização do estudo. Além disso, 39% dos usuários de 9 a 17 anos 
afirmam que a Internet os ajudou a lidar melhor com um problema de saúde.

Em relação aos dispositivos usados para se conectar à Internet, o 
telefone celular foi o mais utilizado por crianças e adolescentes (96%), 
sendo que foi o único dispositivo utilizado por 56% dos usuários. O 
acesso à rede pelos usuários de 9 a 17 anos via computadores foi de 43%, 
porcentagem menor do que os que se conectaram pela televisão (63%). O 
acesso à Internet pela televisão foi maior nas classes AB (91%) – as 
proporções para as classes C e DE foram de 70% e de 41%, respectivamente.

*Habilidades digitais*
A TIC Kids Online Brasil 2022 também investigou a percepção de crianças 
e adolescentes sobre suas habilidades digitais. Em geral, os usuários de 
Internet de 11 a 17 anos se mostram confiantes quanto a habilidades 
consideradas operacionais – como baixar aplicativos (94%), e se conectar 
a uma rede Wi-Fi (90%). Quando a pergunta foi se sabiam como verificar o 
valor gasto em um app, a porcentagem foi reportada pela menor parte dos 
entrevistados (46%).

Entre as habilidades informacionais, a proporção dos usuários de 11 a 17 
anos que relataram saber escolher que palavras usar para encontrar algo 
na Internet foi de 77%. O percentual daqueles que reportaram que sabiam 
verificar se uma informação encontrada na rede estava correta foi menor 
(57%), assim como dos que afirmaram saber checar se um site era 
confiável (62%).

Na edição de 2022, o estudo traz indicadores inéditos sobre o 
conhecimento de crianças e adolescentes sobre o funcionamento das 
plataformas digitais. Aproximadamente metade (51%) dos entrevistados de 
11 a 17 anos concordou que todos encontram as mesmas informações quando 
pesquisam coisas na Internet, enquanto para 43% deles o primeiro 
resultado da pesquisa é sempre a melhor fonte de informação.

Ainda conforme o levantamento, 60% nessa faixa etária concordaram que 
curtir ou compartilhar uma publicação pode ter um impacto negativo em 
outras pessoas, enquanto metade dos entrevistados dessa faixa etária 
concordaram que a primeira publicação vista nas redes sociais é a última 
que foi postada por um de seus contatos. Já 74% concordaram que empresas 
pagam pessoas para usar seus produtos nos vídeos e conteúdos publicados 
na rede, e 61% que usar /hashtags/ aumenta a visibilidade de publicações.

"Nesta edição, houve maior detalhamento na coleta de indicadores sobre 
as habilidades digitais, que são fundamentais para compreender a 
participação de crianças e adolescentes no ambiente /online/. De modo 
geral, a pesquisa indica uma maior prevalência de habilidades 
operacionais em comparação às habilidades informacionais, que são 
aquelas que possibilitam maior resiliência dos usuários frente ao 
fenômeno da desinformação”, destaca Barbosa.

*Privacidade*
Em 2022, a pesquisa TIC Kids Online Brasil passou a investigar a 
percepção dos entrevistados sobre atitudes e estratégias para a proteção 
de sua privacidade no uso da rede. De acordo com a pesquisa, 79% dos 
usuários de Internet de 11 a 17 anos concordaram que são cuidadosos com 
informações pessoais que postam, e 73% com os convites de amizade que 
aceitam na Internet. Nessa mesma faixa etária, 77% declararam que só 
utilizam aplicativos ou /sites/ em que confiam, e 76% que são cuidadosos 
com os /links/ de vídeos em que clicam.

Um percentual menor de entrevistados reportou que fornecem apenas o 
mínimo de informações pessoais possível ao se registrarem /online/ 
(58%), e que leem os termos de privacidade de aplicativos ou sítios 
/web/ que usam (55%).

Quanto às estratégias adotadas para proteger a sua privacidade, mais da 
metade dos usuários de 11 a 17 anos reportou ter bloqueado mensagens de 
alguém com quem não queriam conversar (63%); ter usado de senhas seguras 
(58%) e alterado as configurações de privacidade para que menos pessoas 
pudessem ver o seu perfil (52%). Em menores proporções, indivíduos da 
mesma faixa etária afirmaram já terem excluído os seus registros de 
históricos de busca (38%) e escolhido usar aba anônima ou privada em um 
navegador da Web (18%).

"A TIC Kids Online Brasil cumpre um importante papel ao gerar evidências 
sobre o uso da Internet por crianças e adolescentes no país, incluindo a 
percepção delas sobre temas como a privacidade no uso da rede, tão 
relevante neste momento", ressalta Renata Mielli, coordenadora do CGI.br.

*Sobre a pesquisa*
A 9ª edição da pesquisa TIC Kids Online Brasil entrevistou 
presencialmente 2.604 crianças e adolescentes com idades entre 9 e 17 
anos, assim como seus pais ou responsáveis, em todo o território 
nacional. As entrevistas aconteceram entre junho de 2022 a outubro de 
2022. A TIC Kids Online Brasil está alinhada com o referencial 
metodológico do projeto Global Kids Online, coordenado pelo Unicef e com 
a rede Kids Online América Latina.

A lista completa de indicadores pode ser conferida em 
*https://cetic.br/pt/pesquisa/kids-online/indicadores/*. Já para rever o 
painel de lançamento da pesquisa, acesse 
*https://www.youtube.com/watch?v=lxs-WH392Zw* 
<https://www.youtube.com/watch?v=lxs-WH392Zw>.

O Cetic.br disponibiliza, ainda, os microdados da 9ª edição do estudo 
para /download/, além das tabelas completas de proporções, totais e 
respectivas margens de erro em: 
*https://cetic.br/pt/pesquisa/kids-online/microdados/*.

*Sobre o Cetic.br*
O Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da 
Informação (Cetic.br), do NIC.br, é responsável pela produção de 
indicadores e estatísticas sobre o acesso e o uso da Internet no Brasil, 
divulgando análises e informações periódicas sobre o desenvolvimento da 
rede no País. O Cetic.br|NIC.br é, também, um Centro Regional de Estudos 
sob os auspícios da UNESCO, e completou 17 anos de atuação em 2022. Mais 
informações em *https://cetic.br/*.

*Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br*
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br 
(*https://nic.br/* <https://nic.br/>) é uma entidade civil de direito 
privado e sem fins de lucro, encarregada da operação do domínio .br, bem 
como da distribuição de números IP e do registro de Sistemas Autônomos 
no País. O NIC.br implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da 
Internet no Brasil - CGI.br desde 2005, e todos os recursos arrecadados 
provêm de suas atividades que são de natureza eminentemente privada. 
Conduz ações e projetos que trazem benefícios à infraestrutura da 
Internet no Brasil. Do NIC.br fazem parte:  Registro.br 
(*https://registro.br* <https://registro.br/>), CERT.br 
(*https://cert.br/* <https://cert.br/>), Ceptro.br (*https://ceptro.br/* 
<https://ceptro.br/>), Cetic.br (*https://cetic.br/* 
<https://cetic.br/>), IX.br (*https://ix.br/* <https://ix.br/>) e 
Ceweb.br (*https://ceweb.br* <https://ceweb.br/>), além de projetos como 
Internetsegura.br (*https://internetsegura.br* 
<https://internetsegura.br/>) e Portal de Boas Práticas para Internet no 
Brasil (*https://bcp.nic.br/* <https://bcp.nic.br/>). Abriga ainda o 
escritório do W3C Chapter São Paulo (*https://w3c.br/* <https://w3c.br/>).

*Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br*
O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer 
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da 
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços 
Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a 
disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do 
multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de 
governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que 
todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas 
decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança 
e Uso da Internet (*https://cgi.br/resolucoes/documento/2009/003* 
<https://cgi.br/resolucoes/documento/2009/003>). Mais informações em 
*https://cgi.br/* <https://cgi.br/>.

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