[Anúncios NIC.br] Alternativas para proteção de dados pessoais na Internet são debatidas pelo CGI.br e NIC.br
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imprensa em nic.br
Quarta Setembro 16 19:09:42 BRT 2015
São Paulo, 16 de setembro de 2015
*
**Alternativas para proteção de dados pessoais na Internet são debatidas
pelo CGI.br e NIC.br*/
Realizado nessa terça (15) e quarta-feira (16), VI Seminário de
Privacidade tratou ainda sobre consentimento, criptografia e Internet
das Coisas/
O anonimato e a identidade digital, a crise de confiança, os fatores
culturais que explicam o compartilhamento de informações e alternativas
para proteger e tratar os dados pessoais na Internet são alguns dos
temas que conduziram as discussões da 6ª edição do *Seminário de
Proteção à Privacidade e aos Dados Pessoais*
<http://seminarioprivacidade.cgi.br/>, nessa terça (15) e quarta-feira
(16), em São Paulo. O evento, realizado pelo Comitê Gestor da Internet
no Brasil (CGI.br) e pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR
(NIC.br), promoveu troca de conhecimento e experiências entre
especialistas do meio jurídico, da comunidade técnica, dos setores
acadêmico, empresarial, organizações da sociedade civil e Governo.
Na abertura do Seminário, Demi Getschko, diretor-presidente do NIC.br,
recomendou "cautela para proteger o que nos resta de privacidade na
Internet". O anteprojeto de lei de proteção aos dados pessoais foi
citado por Getschko como um complemento importante ao Marco Civil na
garantia dos direitos dos usuários na Internet. "É fundamental
conceituar como devemos proteger os dados que de fato precisam de
proteção", afirmou.
Dentro desse cenário, o painel “Dados Anônimos, Dados Pessoais e Dados
Sensíveis”, mediado por Getschko, abriu a discussão para a classificação
dos dados, o contexto em que eles estão inseridos, sua coleta e
tratamento. O tema foi debatido por Alexandre Pacheco (FGV), Guilherme
Damásio Goulart (/podcast/ 'Segurança Legal') e Carlos Bruno Ferreira da
Silva (MPF - DF), que discorreram à luz de casos polêmicos envolvendo o
vazamento de dados pessoais, como dos sítios Tudo sobre Todos e Ashley
Madison.
A Internet das Coisas e os desafios que impõe para privacidade foram
tratados durante o evento por Diana Tomimura (Ministério das
Comunicações), Adriano Cansian (UNESP), Alexandre Atheniense
(ESA-OABSP), Kelli Angelini (NIC.br) e Neide de Oliveira (MPF), com
moderação de Vagner Diniz (Ceweb.br). Um modelo econômico que obrigue
medidas de segurança entre dispositivos conectados foi defendido por
Cansian, enquanto Diana Tomimura lembrou que a legislação não pode
limitar a inovação e o surgimento de modelos legítimos. Para Kelli
Angelini, além da regulamentação, é necessário refletir sobre outras
alternativas para a proteção de dados, como a autorregulação, proteção
por via tecnológica e a mobilização da população.
“As preferências de privacidade devem ser executáveis, com práticas
menos invasivas”, propôs Bruno Bioni, da USP, em debate sobre as formas
de consentimento e proteção a direitos fundamentais de liberdade. Com
moderação da conselheira do CGI.br, Flávia Lefèvre, e participação de
Carlos Bruno Ferreira da Silva (MPF - DF), Leonardo Palhares (Camara
e-net) e Marcel Leonardi (Google), o painel promoveu a análise sobre as
formas de consentimento possíveis, abordando também o conceito de
“fadiga do consentimento” que, na opinião de Leonardi, pode prejudicar a
navegação. “Se o consentimento for exigido para tudo, o usuário vai
acabar concordando com o que aparecer na frente dele”, concordou Palhares.
*Identidade digital e Marco Civil*
O sigilo do conhecimento foi outro tema em pauta. O conselheiro do
CGI.br, Renato Martini, justificou o impulso ao compartilhamento como
uma tendência ontológica. "É impossível viver sem a exposição das nossas
informações. Isso faz parte da natureza da vida coletiva e social”,
afirma. Martini prevê uma tensão criativa entre proteção de dados
sensíveis e presença nas redes. Já o pesquisador Claudio Machado tratou
da identidade digital e defendeu uma mudança de paradigma. "Devemos
deixar de ver a identificação apenas como instrumento de controle e
torná-la uma plataforma de acesso aos direitos". Em sua opinião, a
prestação de serviços na Internet será realidade quando os meios para
identificar o cidadão forem seguros e inclusivos.
Cristine Hoepers, gerente do CERT.br, abordou a privacidade associada à
segurança. Ela apontou a crise de confiança no uso da criptografia,
assim como na infraestrutura de chave pública, também destacada pelo
professor Pedro Rezende (UNB). O Seminário promoveu também um debate
sobre as correlações entre o Marco Civil e a "Dichiarazione dei Diritti"
(Declaração de Direitos italiana), assim como as boas práticas de
garantia de direitos na Internet. O tema foi discutido por Omar Kaminski
(Observatório do Marco Civil, Luca Belli (CTS/FGV Rio) e Diego Canabarro
(NIC.br), com moderação de Carlinhos Cecconi (NIC.br).
*Tratamento de dados, APL e projetos de lei*
Os painéis realizados na tarde desta quarta-feira enfatizaram aspectos
jurídicos que envolvem a proteção dos dados. Luiz Fernando Martins
Castro (OAB/SP), Renato Leite Monteiro (Mackenzie), Dennys Antonialli
(Internet Lab) e Danilo Doneda (UERJ) se debruçaram sobre decisões
judiciais que envolvem o tratamento e coleta de dados no painel
“Responsabilidade dos agentes no tratamento aos dados pessoais”. Na
sequência, Danilo Doneda, Renato Opice Blum (Insper), Veridiana Alimonti
(Coletivo Intervozes), Fabricio Mota (Senado Federal) e Cristiano
Heckert (CGI.br) abriram diálogo sobre projetos de lei e o APL de
privacidade e proteção de dados, que teve moderação de Percival
Henriques (CGI.br).
A programação do Seminário contempla ainda a 5ª Conferência "CGI.br 20
anos – Ambiente Legal e Regulatório", que terá participação de Raul
Echeberria (ISOC) e Alison Gillwald (Research ICT Africa). O evento será
transmitido ao vivo, a partir das 19h30, no endereço:
*http://cgi.br/20anos/*. Nesta quinta-feira (17), o VI Seminário de
Proteção à Privacidade e aos Dados Pessoais dá lugar ao *4º Fórum
Brasileiro de CSIRTs* <http://www.cert.br/forum2015/>, que segue até
sexta-feira (18), em São Paulo. Realizado pelo CERT.br, do NIC.br, o
Fórum irá discutir o tratamento de incidentes e resiliência das
organizações face aos incidentes de segurança.
*Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br*
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br (**
<http://www.nic.br/>*http://www.nic.br/*) é uma entidade civil, sem fins
lucrativos, que implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da
Internet no Brasil. São atividades permanentes do NIC.br coordenar o
registro de nomes de domínio — Registro.br (*http://www.registro.br/*),
estudar, responder e tratar incidentes de segurança no Brasil — CERT.br
(*http://www.cert.br/*), estudar e pesquisar tecnologias de redes e
operações — Ceptro.br (**
<http://www.ceptro.br/>*http://www.ceptro.br/*), produzir indicadores
sobre as tecnologias da informação e da comunicação — Cetic.br
(*http://www.cetic.br/*), fomentar e impulsionar a evolução da Web no
Brasil — Ceweb.br (** <http://www.ceweb.br/>*http://www.ceweb.br/*) e
abrigar o escritório do W3C no Brasil (**
<http://www.w3c.br/>*http://www.w3c.br/*).
*Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br*
O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços
Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a
disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do
multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de
governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que
todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas
decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança
e Uso da Internet (*http://www.cgi.br/principios*). Mais informações em
*http://www.cgi.br/*.
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