[Anúncios NIC.br] Desafios para regulação e segurança na Internet são analisados em Conferências do CGI.br
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imprensa em nic.br
Quinta Setembro 17 17:10:09 BRT 2015
São Paulo, 17 de setembro de 2015
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**Desafios para regulação e segurança na Internet são analisados em
Conferências do CGI.br*/
Especialistas internacionais participaram dos eventos comemorativos aos
20 anos do Comitê Gestor/
O Ciclo de Conferências “CGI.br 20 anos – princípios para a governança e
uso da Internet” promoveu nessa quarta (16) e quinta-feira (17) ampla
discussão sobre os princípios "Ambiente Legal e Regulatório" e
"Funcionalidade, Segurança e Estabilidade", do *decálogo*
<http://www.cgi.br/resolucoes/documento/2009/003> do Comitê Gestor da
Internet no Brasil (CGI.br). Integradas à programação de eventos do
CGI.br e do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), as
Conferências aconteceram durante o encerramento do *VI Seminário de
Proteção à Privacidade e aos Dados Pessoais*
<http://seminarioprivacidade.cgi.br/> e na abertura do *4º Fórum
Brasileiro de CSIRTs* <http://www.cert.br/forum2015/>.
Moderado por Thiago Tavares, conselheiro do CGI.br, o "Ambiente Legal e
Regulatório" na Internet foi analisado nessa quarta-feira por Raúl
Echeberría, vice-presidente para Engajamento Global da Internet Society
(ISOC), e por Alison Gillwald, diretora executiva da Research ICT Africa
e professora da Universidade de Cape Town. Ambos abordaram os mecanismos
de governança existentes, os desafios regulatórios impostos pela
economia do compartilhamento e objetivos das legislações na Internet, a
partir das suas experiências.
Durante a apresentação, Echeberría destacou que “as políticas de
regulações não são boas nem ruins por si só, dependem do quanto elas
contribuem para os objetivos que a sociedade deseja alcançar”. Esses
objetivos, na opinião dele, devem representar interesses como conexão
para todos, Internet aberta com prestação de serviços que contribua para
o desenvolvimento de países e potencialize as garantias aos direitos
humanos.
Echeberría diferenciou o modelo de governança da Internet do processo de
decisão na política em mecanismos tradicionais. “Na Internet,
trabalhamos sempre com o consenso”, afirmou. A transparência é um dos
principais aspectos em mecanismos autorreguladores, quase uma obsessão,
de acordo com Echeberría. “Transparência é trabalhar em um cubo de
cristal, onde tudo que fazemos é visto pelos outros”, exemplificou. Os
grandes desafios sobre questões jurídicas e regulatórias elencados por
ele são: neutralidade da rede, choque entre modelos de governança da
Internet, regulação do comércio, privacidade, jurisdição e sistemas
tributários.
Para Alison Gillwald, a universalidade e garantia dos direitos humanos
devem motivar as regulamentações na Internet. Ela alertou para a
necessidade de compreensão dos papéis dos múltiplos atores que
participam da governança global. E propôs a integração de diferentes
regulamentações. “O desafio dos legisladores e operadores de mercado é
entender os sistemas complexos adaptáveis. As decisões caso a caso são
improdutivas”, avalia.
Gillwald abordou o impacto e contribuição da Internet para a inovação e
para o surgimento de uma economia disruptiva. "Precisamos investir em
capacitação para criar condições locais de concorrer nesse ambiente
global". E criticou a governança focada na regulamentação técnica. “Nada
é simplesmente técnico, existem aspectos econômicos e sociais que também
são críticos e precisam ser levados em consideração", pondera.
*Funcionalidade, Segurança e Estabilidade*
Na manhã desta quinta-feira (17), a 6ª Conferência foi moderada por
Cristine Hoepers, gerente do CERT.br. Yurie Ito, diretora do Centro de
Coordenação Nacional para Resposta a Incidentes do Japão (JPCERT/CC),
explicou o projeto CyberGreen, um esforço global para tornar o
ecossistema da Internet mais limpo e saudável. Yuri citou uma pesquisa
do Governo japonês em que 93% dos respondentes manifestaram preocupação
com o crescimento de crimes /online/. "Os usuários estão perdendo a
confiança no ciberespaço. Precisamos fazer algo para tornar a
infraestrutura da Internet resiliente e sustentável", destacou.
O cenário atual de ameaças cibernéticas também foi lembrado, com
destaque para o alto número de /malwares/ infectando dispositivos.
"Estamos preparados para a Internet das Coisas?", questiona Yurie, que
compara o papel dos CSIRTs com o dos Centros de Controle e Prevenção de
Doenças. Para melhorar o ecossistema da Internet, Yuri propõe a produção
de estatísticas a partir da coleta de dados de fontes diferentes,
iniciativa realizada pelo projeto CyberGreen, que também procura
contabilizar equipamentos vulneráveis e comprometidos. “Não é tarde
demais”, afirma, completando que a cooperação da comunidade é crucial
para o crescimento saudável da Internet.
Maarten Van Horenbeeck, presidente do Fórum de Times de Segurança e
Resposta a Incidentes (FIRST), organização reconhecida como líder global
na resposta a incidentes, iniciou a apresentação relembrando o /worm/
Morris, que resultou na criação dos primeiros grupos de segurança. Em
sua apresentação, ele destacou a importância da implementação da BCP38
para redução dos ataques de amplificação, um dos tipos de ataque de
DDoS, e ressaltou a iniciativa *bcp.nic.br* <http://bcp.nic.br/>. Casos
complexos como o Stuxnet e as vulnerabilidades encontradas no Bash foram
apresentados por Maarten, que incentivou o trabalho cooperativo para
além das fronteiras, com troca de experiência entre países.
A governança da Internet baseada em colaboração multissetorial também
foi mencionada por Marteen, que defende a criação de princípios e
normas. Ele propõe a discussão sobre tópicos importantes e que considera
negligenciados: privacidade, confiança e papeis dos CSIRTs. "A confiança
é um componente chave para os grupos de tratamento de incidentes",
avalia. A adoção de padrões e a necessidade de investimento em educação
também foram destacados pelo especialista.
*Ciclo de Conferências*
Na próxima semana, o princípio da "Universalidade" será discutido
durante o encerramento da Conferência Web.br, na quarta-feira (23), às
16h30. Para falar sobre o tema, estarão presentes o empreendedor e
defensor do Software Livre, Sunil Abraham, que também é diretor
executivo do Centro para Internet e Sociedade - CIS India, e a psicóloga
Lêda Spelta, uma das primeiras pessoas cegas a trabalhar com informática
no País e uma das principais defensoras da acessibilidade para a
inclusão digital. O debate acontecerá no Centro de Convenções Rebouças
(Rua Doutor Enéas de Carvalho Aguiar, 23 - Cerqueira Cesar, São Paulo).
Acesse a agenda com todos os eventos da série: **
<http://cgi.br/20anos/>*http://cgi.br/20anos/*.
*Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br*
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br (**
<http://www.nic.br/>*http://www.nic.br/*) é uma entidade civil, sem fins
lucrativos, que implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da
Internet no Brasil. São atividades permanentes do NIC.br coordenar o
registro de nomes de domínio — Registro.br (*http://www.registro.br/*),
estudar, responder e tratar incidentes de segurança no Brasil — CERT.br
(*http://www.cert.br/*), estudar e pesquisar tecnologias de redes e
operações — Ceptro.br (**
<http://www.ceptro.br/>*http://www.ceptro.br/*), produzir indicadores
sobre as tecnologias da informação e da comunicação — Cetic.br
(*http://www.cetic.br/*), fomentar e impulsionar a evolução da Web no
Brasil — Ceweb.br (** <http://www.ceweb.br/>*http://www.ceweb.br/*) e
abrigar o escritório do W3C no Brasil (**
<http://www.w3c.br/>*http://www.w3c.br/*).
*Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br*
O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços
Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a
disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do
multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de
governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que
todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas
decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança
e Uso da Internet (*http://www.cgi.br/principios*). Mais informações em
*http://www.cgi.br/*.
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