[Anúncios NIC.br] Defesa da diversidade e tolerância na rede marca segundo dia do VI Fórum da Internet

Imprensa imprensa em nic.br
Terça Julho 12 20:35:16 BRT 2016


Porto Alegre, 12 de julho de 2016

*Defesa da diversidade e tolerância na rede marca segundo dia do VI 
Fórum da Internet*
/Evento segue até esta quarta-feira (13) com seminários, workshops, 
desconferências e plenária final/

Desafios atuais da Internet no Brasil e no mundo, como estímulo à 
tolerância e diversidade, os esforços de provedores para levar conexão a 
localidades remotas e o desenvolvimento sustentável e inclusivo por meio 
da rede foram debatidos em seminários nesta terça-feira (12), segundo 
dia do *VI Fórum da Internet no Brasil (Pré-IGF Brasileiro) 
<http://forumdainternet.cgi.br/>*. Realizado pelo Comitê Gestor da 
Internet no Brasil (CGI.br), em Porto Alegre (RS), o encontro foi 
marcado ainda pela realização de /workshops/, desconferências e pela 
exibição do documentário “Freenet?”. A programação segue, até esta 
quarta-feira (13), aberta à participação de todos no Centro de Eventos 
FIERGS e pela *transmissão ao vivo* 
<https://www.youtube.com/NICbrvideos> pela Internet.

O seminário de abertura, "Tolerância e Diversidade na Internet", foi 
dedicado à memória da professora Luiza Helena de Bairros, que faleceu na 
manhã desta terça-feira (12), em Porto Alegre. Uma das principais 
intelectuais do País, Luiza teve seu trabalho e contribuições para 
promoção da igualdade racial homenageados na 6ª edição do Fórum da 
Internet no Brasil.

“O Brasil tem 516 anos, dos quais 358 anos foram de escravidão racial. 
Não dá para falar de Internet, de discriminação nos meios de 
comunicação, sem lembrar desse número”, destacou Paulo Rogério Nunes 
(Harvard University), ao responder questionamento do conselheiro do 
CGI.br, Thiago Tavares, sobre a origem da radicalização do discurso nas 
redes sociais. A negação do valor da diversidade, do reconhecimento das 
diferenças de cor, etnia, religião, procedência nacional e gênero foram 
comentadas por Tavares. “Os discursos de ódio são a ponta de um iceberg 
que tem camadas onde se encontram o racismo institucional”, pontuou 
Paulo Nunes, lembrando que a diversidade é um ativo para criatividade e 
inovação.

Para o professor Alexandre Pacheco (FGV-SP), a discussão sobre 
diversidade também envolve o conceito de “filtro bolha” do conteúdo 
exibido nas redes sociais a partir da afinidade. “Isso faz com que os 
usuários fiquem mais tempo navegando, façam mais interações. Do ponto de 
vista empresarial é bom, mas do ponto social pode acelerar certo 
radicalismo, intensificar determinados discursos, estimular a criação de 
uma maioria que na verdade é inexistente”.

A deputada estadual Manuela D'Ávila ressaltou que não existe contradição 
entre a lei do Marco Civil da Internet e a punição à violação dos 
direitos humanos na rede. “Não precisamos alterar as leis que temos. 
Precisamos mudar a nossa estrutura de acolhimento das violações dos 
direitos humanos com delegacias especializadas”, defendeu. Em 
complemento, a procuradora Priscila Schreiner (MPF) enfatizou que a 
liberdade de expressão termina onde o direito do outro é colocado em 
xeque e abordou a punição socioeducativa. “O crime nada mais é do que a 
falta de conscientização de que a diversidade nos traz tanta riqueza”.

*Internet para Outro Mundo Possível*

O tema da tolerância voltou a ser abordado no Seminário “Internet para 
Outro Mundo Possível”. Um dos participantes, o jornalista e doutor em 
ciência política, Leonardo Sakamoto, apontou que a prática usual na 
Internet não está propiciando debates qualificados entre seus usuários. 
“É importante a existência da crítica e expressão da diferença, mas 
parece que estamos vivendo um período em que comentários são postados, 
baseados em inverdades, sem que suas consequências sejam sequer 
consideradas. Isso tem levado, por vezes, a ataques e violências em 
escala impensáveis”, comentou. Sakamoto, que durante o encontro lançou o 
livro "O Que Aprendi Sendo Xingado na Internet", também enfatizou que a 
liberdade de expressão não é absoluta. “Quando é usada como arma, deve 
ser punida. É preciso educar o usuário e garantir que a barbárie não 
vença no final”.

Com a proposta de debater os 17 Objetivos do Desenvolvimento 
Sustentável, apresentados pela professora da UnB, Janaína Penalva, o 
Seminário “Internet para Outro Mundo Possível” contou também com as 
participações de Mauri Cruz (Fórum Social Mundial) e Salete Valesan 
(FLACSO Brasil), que indicaram como a Internet e suas novas formas de 
interações possibilitam o encontro entre esperança e realidade no 
aprofundamento da democracia. O Seminário, portanto, trouxe discussões 
alinhadas ao tema desta 6ª edição do evento: Promovendo o 
desenvolvimento sustentável e inclusivo. O Fórum é a preparação 
brasileira para o IGF (/Internet Governance Forum/) que, este ano, se 
propõe a discutir como a Internet pode contribuir para alcançar estes 17 
objetivos.

Princípios de governança estabelecidos no NETmundial, pela lei do Marco 
Civil e decálogo do Comitê Gestor foram citados por Carlos A. Afonso, 
diretor do Instituto Nupef, membro do conselho do CGI.br e presidente do 
capítulo brasileiro da Internet Society. “O que temos que fazer como 
grupo que trabalha pelo futuro da Internet é a leitura dos princípios já 
estabelecidos e concretizá-los na prática. Temos que usar nossas 
capacidades de intervenção em nossa comunidade e avançar nessa direção”. 
Em concordância, o conselheiro do CGI.br, Demi Getschko, também 
mostrou-se contrário à criação de novas regulações para Internet. 
“Estamos errando ao legalizar ou tornar obrigatório por instrumentos 
legais o que deveria ser automático”. E lembrou a frase de um dos pais 
da Internet, co-criador do protocolo TCP/IP, Vint Cerf: a Internet é um 
espelho que reflete a sociedade.

*Internet onde não tem Internet*

Ainda nesta terça-feira, o VI Fórum debateu os esforços dos provedores 
para levar acesso à Internet em localidades remotas. Moderado pelo 
conselheiro do CGI.br, Eduardo Parajo, o Seminário “Internet onde não 
tem Internet” contou com a participação de Luciano Franz (presidente da 
InternetSul), Renato Bianchin (Qwerty Telecom), Rosauro Baretta (Rede 
Telesul) e Rafael Sá (Vetorial Internet). Os empresários compartilharem 
experiências sobre os desafios de levar conexão à Internet nas cidades 
do Rio Grande do Sul, como Dom Pedrito, Rio Grande e Pelotas, e também 
do Paraná e Mato Grosso do Sul. A inclusão digital e suas implicações 
para o exercício da cidadania foram debatidas em outro momento deste 
segundo dia de Fórum, com a exibição do documentário "Freenet?", 
produzido com o apoio do CGI.br.

*Terceiro e último dia*

O VI Fórum da Internet segue até esta quarta-feira (13) com Seminários 
sobre planos franqueados e /zero rating/, /big data/ e privacidade, além 
de /workshops/, desconferências e a plenária final, que fará uma síntese 
das discussões tratadas nas trilhas de evento. Acesse a programação: 
*http://forumdainternet.cgi.br/#programacao*. E confira o que foi 
discutido no primeiro dia do VI Fórum da Internet: 
*http://www.cgi.br/noticia/releases/vi-forum-da-internet-aprofunda-debate-sobre-seguranca-e-direitos-inclusao-digital-inovacao-e-bens-culturais/*.*
*

*Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br*

O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br 
(*http://www.nic.br/*) é uma entidade civil, sem fins lucrativos, que 
implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no 
Brasil. São atividades permanentes do NIC.br coordenar o registro de 
nomes de domínio — Registro.br (*http://www.registro.br/*), estudar, 
responder e tratar incidentes de segurança no Brasil - CERT.br 
(*http://www.cert.br/*), estudar e pesquisar tecnologias de redes e 
operações — Ceptro.br (*http://www.ceptro.br/*), produzir indicadores 
sobre as tecnologias da informação e da comunicação — Cetic.br 
(*http://www.cetic.br/*), implementar e operar os Pontos de Troca de 
Tráfego — IX.br (*http://ix.br/*), viabilizar a participação da 
comunidade brasileira no desenvolvimento global da Web e subsidiar a 
formulação de políticas públicas — Ceweb.br (*http://www.ceweb.br* 
<http://www.ceweb.br/>), e abrigar o escritório do W3C no Brasil 
(*http://www.w3c.br/*).*
*

*Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br*

O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer 
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da 
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços 
Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a 
disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do 
multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de 
governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que 
todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas 
decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança 
e Uso da Internet (*http://www.cgi.br/principios*). Mais informações em 
*http://www.cgi.br/*.

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