[Anúncios NIC.br] TIC Cultura 2020 identifica falta de preparo de instituições do setor na migração das atividades para o ambiente digital

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Qui Jun 17 12:13:32 -03 2021


São Paulo, 17 de junho de 2021


*TIC Cultura 2020 identifica falta de preparo de instituições do setor 
na migração das atividades para o ambiente digital*
/Pesquisa do CGI.br indica crescimento da presença e das atividades de 
museus nas redes sociais

/Diante das medidas de distanciamento social impostas pela pandemia 
COVID-19, o setor cultural, a exemplo de outros segmentos, viu-se 
obrigado a migrar suas atividades para o ambiente digital. Mas grande 
parte das instituições brasileiras que atuam na área não estava 
preparada para essa mudança. É o que revela a *3ª edição da TIC Cultura* 
<https://cetic.br/pt/pesquisa/cultura/indicadores/>, pesquisa do Comitê 
Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) conduzida, entre fevereiro e 
agosto de 2020, pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento 
da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e 
Coordenação do Ponto BR (NIC.br).

O levantamento, que entrevistou 2.193 responsáveis por arquivos, bens 
tombados, bibliotecas, cinemas, museus, pontos de cultura e teatros, 
constatou que esses equipamentos costumavam usar a Internet mais para 
atrair o público presencial do que para ofertar bens e serviços remotos.

Segundo o estudo, os recursos disponíveis nos /websites/ dos 
equipamentos se voltavam basicamente à publicação de informações 
institucionais (como endereço, contato e horário de funcionamento), 
programação e notícias sobre os espaços culturais. Já atividades na 
Internet – como visitas virtuais ou transmissão de vídeos ao vivo/ 
/streaming/ – eram recursos menos ofertados por todos os tipos de 
equipamentos culturais, embora tenha havido um aumento deste último no 
período analisado, sobretudo, entre arquivos (23%), teatros (18%) e 
museus (9%). Nas redes sociais, anúncios sobre programação e postagens 
de fotos das atividades realizadas foram bastante difundidos entre todos 
os tipos de equipamentos culturais investigados, sendo um pouco menos 
comum o compartilhamento de registros em vídeos ou áudios.

Na oferta de serviços remotos, a realização de oficinas ou atividades de 
formação a distância foi também incipiente, tendo alcançado em 2020 
pouco mais de um quinto dos arquivos (23%) e dos pontos de cultura 
(21%), com ainda menores proporções entre os demais tipos de 
equipamentos culturais. Já a venda de produtos ou serviços pela Internet 
teve destaque apenas entre cinemas (58%) mas, mesmo entre estes, a venda 
ou reserva de ingressos /on-line /não chegou a um terço das instituições 
(31%).

“A adaptação emergencial dos equipamentos culturais para a oferta de 
bens e serviços pela Internet foi uma dificuldade encontrada por muitas 
instituições culturais no país em um período marcado pelo distanciamento 
social”, afirma Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br.

Ainda que os indicadores não tenham sido construídos com o objetivo de 
avaliar os impactos da pandemia, os resultados da pesquisa permitem 
identificar em que medida se davam o acesso, os usos e a apropriação das 
TIC nos equipamentos culturais brasileiros no período. “A pesquisa foi 
planejada no início de 2020, e a coleta dos dados começou em fevereiro, 
portanto, antes de a crise sanitária ser deflagrada no país. Embora não 
tivesse como meta capturar os efeitos da pandemia, o estudo apresenta 
resultados muito relevantes nesse contexto, ao diagnosticar o preparo 
que essas instituições tinham para se adaptar a esse novo cenário”, 
complementa Barbosa.

*Formação para o uso de tecnologias
*A terceira edição da TIC Cultura trouxe indicadores inéditos 
relacionados à formação dos gestores culturais. A pesquisa mostrou que a 
maioria dos responsáveis pelas instituições ouvidas possuía 
pós-graduação ou Ensino Superior completo. Apesar do alto grau de 
escolaridade, grande parte não tinha formação específica em gestão 
cultural e relacionada ao uso de tecnologias na área.

Aproximadamente metade dos gestores dos pontos de cultura (55%), teatros 
(50%) e museus (47%) relatou ter formação específica em gestão cultural. 
A porcentagem caiu sensivelmente quando o foco foi direcionado para a 
formação sobre o uso de tecnologia no setor: menos de um terço dos 
responsáveis pelos diversos tipos de equipamentos culturais disseram ter 
esse tipo de capacitação, com proporção um pouco maior apenas entre 
pontos de cultura (41%).

Da mesma forma, a capacitação das equipes para desenvolver ou melhorar 
as habilidades no uso de computador e Internet também era baixa: a 
oferta de treinamento interno atingia pouco mais de um terço dos 
arquivos (35%) e cinemas (37%), e o pagamento de cursos externos cerca 
de um quinto deles (22% e 19%, respectivamente), sendo ainda menos comum 
entre os demais tipos de equipamentos culturais.

Entre as dificuldades mais mencionadas pelos gestores das instituições 
para o uso das TIC estavam a falta de recursos financeiros para 
investimento em tecnologia e a pouca capacitação da equipe no uso de 
computador e Internet. Essas são barreiras a serem consideradas para a 
oferta de bens e serviços e o desenvolvimento de atividades no ambiente 
digital, demandas amplificadas em decorrência da pandemia COVID-19.**

*Infraestrutura tecnológica e conectividade
*O estudo revelou ainda fragilidades ligadas ao acesso às TIC nas 
instituições culturais, evidenciando a necessidade de investimentos em 
infraestrutura tecnológica e conectividade. A proporção dos que não 
utilizaram computador e Internet nos 12 meses anteriores à pesquisa era 
maior entre bens tombados, bibliotecas e museus. Em 2020, cerca de um 
quarto das bibliotecas (25%) e museus (23%) e dois quintos dos bens 
tombados (40%) não faziam uso da rede.

A falta de infraestrutura de acesso na região foi mencionada por 15% dos 
responsáveis pelas bibliotecas e 11% dos responsáveis pelos bens 
tombados e pelos museus como motivos para explicar o problema. Já o alto 
custo da conexão, por 14% dos gestores de bens tombados, 10% de museus e 
9% de bibliotecas.

A disponibilização de computadores e Internet para uso do público se 
destacava entre arquivos, bibliotecas e pontos de cultura: cerca de 
metade dessas instituições possuía infraestrutura que possibilitava o 
acesso às tecnologias digitais por parte da população. Embora a presença 
do público tenha ficado comprometida, diante do fechamento das 
instituições em um cenário de pandemia, essa é uma dimensão reveladora 
do papel dos equipamentos culturais na inclusão digital de parcela da 
população, que se torna ainda mais relevante com a intensificação do uso 
das TIC em diferentes dimensões da vida – não apenas cultural, mas 
escolar e profissional, de acesso à informação e a serviços públicos.**

*Museus /on-line
/*Em linha com estudos internacionais, a pesquisa observou uma mudança 
relevante na utilização da Internet por museus: a ampliação da presença 
desses equipamentos nas redes sociais. Ela chegou a 56% das instituições 
(frente a 48% em 2018), o que se refletiu em maiores proporções 
apresentadas em todas as atividades de relacionamento com o público 
nessas plataformas, como a divulgação de acervos, projetos ou serviços 
(49%).

A criação e a difusão de acervos digitais, no entanto, continuam sendo 
desafios para as instituições culturais brasileiras. Ainda que a 
digitalização de parte dos materiais tenha sido realizada por boa parte 
dos museus (68%), isso não correspondeu, necessariamente, à 
disponibilização do acervo em formato digital para o público (38%), 
sendo ainda menos comum sua disponibilização na Internet (25%). O acesso 
do público a esses materiais se dava majoritariamente na própria 
instituição (30%), e não remotamente por meios digitais, como em 
plataformas ou redes sociais (15%), site da instituição (13%) ou, ainda, 
repositórios de acervos digitais (12%).

A 3ª edição da TIC Cultura foi divulgada nesta quinta-feira (17), 
durante o /Webinar/ “Pandemia e Digitalização da Cultura: Instituições e 
Públicos na Internet”, promovido pelo Cetic.br|NIC.br, que contou ainda 
com o *lançamento do livro da pesquisa* 
<https://cetic.br/pt/publicacao/pesquisa-sobre-o-uso-das-tecnologias-de-informacao-e-comunicacao-nos-equipamentos-culturais-brasileiros-tic-cultura-2020/>.

O levantamento teve por objetivo mapear a infraestrutura, o uso e a 
apropriação das TIC em equipamentos culturais brasileiros. A coleta dos 
dados foi realizada entre fevereiro e agosto de 2020 por meio de 
entrevistas telefônicas assistidas pelo computador.

Para acessar a lista de indicadores na íntegra, visite: 
*https://cetic.br/pt/pesquisa/cultura/indicadores/ 
<https://cetic.br/pt/pesquisa/cultura/indicadores/>*, ou leia a 
publicação em: *https://cetic.br/pt/pesquisa/cultura/publicacoes/ 
<https://cetic.br/pt/pesquisa/cultura/publicacoes/>*. Já para rever o 
evento de lançamento, acesse: *https://youtube.com/watch?v=h2b6NSsIKk8* 
<https://www.youtube.com/watch?v=h2b6NSsIKk8>.

*Sobre o Cetic.br
*O Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da 
Informação, do NIC.br, é responsável pela produção de indicadores e 
estatísticas sobre a disponibilidade e o uso da Internet no Brasil, 
divulgando análises e informações periódicas sobre o desenvolvimento da 
rede no País. O Cetic.br é um Centro Regional de Estudos, sob os 
auspícios da UNESCO. Mais informações em *https://cetic.br/ 
<https://cetic.br/>*.**

*Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br
*O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br 
(*https://nic.br/ <https://nic.br/>*) é uma entidade civil, de direito 
privado e sem fins de lucro, que além de implementar as decisões e 
projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil, tem entre suas 
atribuições: coordenar o registro de nomes de domínio — Registro.br 
(*https://registro.br/ <https://registro.br/>*), estudar, responder e 
tratar incidentes de segurança no Brasil — CERT.br (*https://cert.br/ 
<https://cert.br/>*), estudar e pesquisar tecnologias de redes e 
operações — Ceptro.br (*https://ceptro.br/ <https://ceptro.br/>*), 
produzir indicadores sobre as tecnologias da informação e da comunicação 
— Cetic.br (*https://cetic.br/ <https://cetic.br/>*), implementar e 
operar os Pontos de Troca de Tráfego — IX.br (*https://ix.br/ 
<https://ix.br/>*), viabilizar a participação da comunidade brasileira 
no desenvolvimento global da Web e subsidiar a formulação de políticas 
públicas — Ceweb.br (*https://ceweb.br <https://ceweb.br>*), e abrigar o 
W3C Chapter São Paulo (*https://w3c.br/ <https://w3c.br/>*).

*Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br
*O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer 
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da 
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços 
Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a 
disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do 
multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de 
governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que 
todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas 
decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança 
e Uso da Internet (*https://cgi.br/principios 
<https://cgi.br/principios>*). Mais informações em *https://cgi.br/ 
<https://cgi.br/>*.

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