[Anúncios NIC.br] Dificuldade dos pais para apoiar alunos e falta de acesso à Internet foram desafios para ensino remoto, aponta pesquisa TIC Educação
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Ter Ago 31 11:30:17 -03 2021
São Paulo, 31 de agosto de 2021
*Dificuldade dos pais para apoiar alunos e falta de acesso à Internet
foram desafios para ensino remoto, aponta pesquisa TIC Educação*
/Entre as principais medidas para enfrentar a crise, escolas
disponibilizaram materiais pedagógicos impressos, e criaram grupos em
aplicativos e redes sociais para facilitar a comunicação
/
As dificuldades de pais ou responsáveis para orientar e apoiar os alunos
nas atividades escolares estão entre os principais desafios enfrentados
pelas escolas para a realização de atividades pedagógicas durante a
pandemia COVID-19. É o que apontam 93% dos gestores escolares do Brasil,
segundo a *pesquisa TIC Educação 2020 (Edição Covid-19 – Metodologia
Adaptada)* <https://cetic.br/pt/pesquisa/educacao/indicadores/>*. *Os
dados ainda indicam que a falta de dispositivos, como computadores e
celulares, e o acesso à Internet nos domicílios dos alunos estão entre
os desafios mais citados pelos gestores escolares (86%).
A pesquisa do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) é conduzida
pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da
Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR
(NIC.br), e foi divulgada nesta terça-feira (31/8). A metodologia
utilizada nessa edição teve que ser adaptada às limitações impostas pela
pandemia, e foi realizada por meio de entrevistas telefônicas com
gestores de escolas públicas (municipais, estaduais e federais) e de
escolas particulares em áreas urbanas e rurais.
Em 65% do total de instituições escolares o atendimento a alunos em
condição de vulnerabilidade social foi também citado como um dos
desafios enfrentados durante este período. Este percentual foi ainda
maior entre as escolas localizadas na região Norte (73%), entre as
escolas municipais (77%) e estaduais (74%), e entre aquelas localizadas
em áreas rurais (73%).
“Os dados desta edição da pesquisa mostram claramente que escolas,
educadores, pais e alunos buscaram formas de se adaptar ao novo cenário,
enfrentando problemas de infraestrutura e conectividade para seguir com
as atividades pedagógicas durante a pandemia”, pondera Alexandre
Barbosa, gerente do Cetic.br|NIC.br.
*Medidas para enfrentar a crise *
A pesquisa traz, entre outros pontos, um panorama de como as escolas se
adaptaram ao ensino remoto. Para impedir que as atividades pedagógicas
fossem paralisadas durante a pandemia, 93% das instituições de ensino
afirmaram implementar estratégias de agendamento, para que os pais e
responsáveis pudessem retirar atividades e materiais pedagógicos
impressos na escola, enquanto 91% disseram ter criado grupos em
aplicativos ou redes sociais, como WhatsApp ou Facebook, para se
comunicar com os alunos ou pais e responsáveis.
Em 62% das escolas, a parceria com líderes comunitários para comunicação
com as famílias, e o envio de materiais didáticos aos alunos foram
medidas adotadas. Tal estratégia é citada em maior proporção por escolas
rurais (71%) e entre as escolas localizadas em municípios do interior (63%).
*Uso de tecnologias digitais na realização de atividades remotas *
A proporção de escolas urbanas que possuem perfil ou página em redes
sociais foi de 82%. Já entre as escolas localizadas em áreas rurais este
percentual foi de 29%, medido pela primeira vez pela TIC Educação.
Outro recurso digital bastante utilizado pelas escolas para atividades
pedagógicas durante esse período foram as aulas em vídeo gravadas e
disponibilizadas aos alunos, conforme 79% das escolas. O uso deste
recurso apresentou menores proporções em escolas das regiões Norte (49%)
e Nordeste (77%), em escolas localizadas em áreas rurais (59%), entre as
escolas municipais (70%) e entre as escolas menores, com até 50 alunos
matriculados (63%).
O uso de ambientes ou plataformas virtuais de aprendizagem como recurso
de apoio à continuidade das atividades pedagógicas durante a pandemia
foi bastante citado por escolas estaduais (80%) e particulares (75%),
percentual esse que entre as escolas municipais foi de 42%. Escolas
localizadas em áreas urbanas (70%) também apresentaram proporções mais
altas de uso destes recursos. De acordo com a edição 2019 da pesquisa,
28% das instituições escolares urbanas possuíam ambiente ou plataforma
virtual de aprendizagem.
*Conectividade: oferta de condições de acesso e uso das tecnologias*
Segundo a TIC Educação 2020, 82% das escolas possuem acesso à Internet,
percentual que sobe a 98% entre as escolas localizadas em áreas urbanas
e fica em 52% entre as escolas localizadas em áreas rurais. Por
dependência administrativa, as escolas particulares (98%) e estaduais
(94%) apresentam maiores proporções em comparação com as escolas
municipais (71%). Escolas com menor número de alunos matriculados também
apresentam menores proporções de acesso à rede: 69% entre aquelas que
possuem de 51 a 150 matrículas e 55% entre as escolas com até 50 matrículas.
No que diz respeito à presença de dispositivos digitais, grande parte
das escolas possuem computadores de mesa (91%) ou computadores portáteis
(79%) em funcionamento. Já a presença de /tablets /nas escolas é menor:
21% das escolas contam com este tipo de dispositivo em funcionamento.
Tais dispositivos estão menos presentes nas escolas localizadas em áreas
rurais (76% delas possuem computador de mesa e 65% possuem computador
portátil, 37% não contam com nenhum dispositivo). Mais da metade das
escolas receberam computadores novos nos últimos cinco anos (57%), sendo
que em 23% das escolas os dispositivos foram atualizados há menos de um ano.
“O grande desafio é garantir a disponibilidade de dispositivos digitais
para uso pedagógico, tanto no que diz respeito à presença de
equipamentos quanto à quantidade e condição de conectividade desses
dispositivos”, explica Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br|NIC.br.
Entre as escolas municipais, 46% não possuem nenhum computador de mesa e
44% nenhum computador portátil para uso dos alunos, enquanto somente 22%
delas possuem mais de seis computadores de mesa disponíveis para uso
pedagógico, e 6% mais de seis computadores portáteis.
“Além de exemplificar o cenário desafiador vivido pelas instituições
escolares desde o início da pandemia no ano passado, os dados
estatísticos da pesquisa TIC Educação são de extrema relevância para a
elaboração, por parte do poder público, de políticas de informatização e
inclusão digital nas escolas brasileiras”, conclui Marcio Migon,
coordenador do CGI.br.
*Sobre a pesquisa
*A pesquisa TIC Educação é realizada desde 2010, pelo Cetic.br, com o
objetivo de investigar o acesso, o uso e a apropriação das tecnologias
de informação e comunicação (TIC) nas escolas públicas e particulares
brasileiras de Ensino Fundamental e Médio. Em função das medidas
sanitárias implementadas por conta da pandemia COVID-19, a coleta de
dados desta 11ª edição ocorreu por meio de uma metodologia adaptada.
Realizada entre os meses de setembro de 2020 e junho de 2021, a pesquisa
realizou entrevistas telefônicas com 3.678 gestores de escolas públicas
(municipais, estaduais e federais) e particulares. Ao todo, foram
entrevistadas 2.009 escolas localizadas em áreas urbanas e 1.669 escolas
localizadas em áreas rurais.
Para acessar a lista de indicadores na íntegra, visite:
*https://cetic.br/pt/pesquisa/educacao/indicadores/*
<https://cetic.br/pt/pesquisa/educacao/indicadores/>. Já para rever o
lançamento /on-line/ da pesquisa, acesse: *https://youtu.be/5xSQ3pNkrA4*
<https://youtu.be/5xSQ3pNkrA4>.
*Sobre o Cetic.br
*O Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da
Informação (Cetic.br), do NIC.br, é responsável pela produção de
indicadores e estatísticas sobre o acesso e o uso da Internet no Brasil,
divulgando pesquisas e estudos setoriais sobre o desenvolvimento da rede
no País. O Cetic.br é um Centro Regional de Estudos, sob os auspícios da
UNESCO. Mais informações em *https://cetic.br/* <https://cetic.br/>.
*Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br
*O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br
(*https://nic.br/* <https://nic.br/>) é uma entidade civil de direito
privado e sem fins de lucro, encarregada da operação do domínio .br, bem
como da distribuição de números IP e do registro de Sistemas Autônomos
no País. O NIC.br implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da
Internet no Brasil - CGI.br desde 2005, e todos os recursos arrecadados
provem de suas atividades que são de natureza eminentemente privada.
Conduz ações e projetos que trazem benefícios à infraestrutura da
Internet no Brasil. Do NIC.br fazem parte: Registro.br
(*https://registro.br* <https://registro.br/>), CERT.br
(*https://cert.br/* <https://cert.br/>), Ceptro.br (*https://ceptro.br/*
<https://ceptro.br/>), Cetic.br (*https://cetic.br/*
<https://cetic.br/>), IX.br (*https://ix.br/* <https://ix.br/>) e
Ceweb.br (*https://ceweb.br* <https://ceweb.br/>), além de projetos como
Internetsegura.br (*https://internetsegura.br*
<https://internetsegura.br/>) e Portal de Boas Práticas para Internet no
Brasil (*https://bcp.nic.br/* <https://bcp.nic.br/>). Abriga ainda o
escritório do W3C Chapter São Paulo (*https://w3c.br/* <https://w3c.br/>).
*Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br
*O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços
Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a
disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do
multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de
governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que
todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas
decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança
e Uso da Internet (*https://cgi.br/principios*
<https://cgi.br/principios>). Mais informações em *https://cgi.br/*
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