[Anúncios NIC.br] Uso da Internet avança em áreas rurais durante a pandemia, revela nova edição da TIC Domicílios
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Terça Junho 21 11:35:12 -03 2022
São Paulo, 21 de junho de 2022
*Uso da Internet avança em áreas rurais durante a pandemia, revela nova
edição da TIC Domicílios*
/De acordo com a pesquisa do CGI.br, conexões via fibra óptica e
computadores ainda seguem menos presentes nessas localidades
/
A proporção de usuários de Internet nas áreas rurais cresceu no Brasil
em comparação ao período que antecede a pandemia, passando de 53% dos
indivíduos de 10 anos ou mais em 2019 para 73% em 2021. O dado faz parte
da pesquisa *TIC Domicílios 2021*
<https://cetic.br/pt/pesquisa/domicilios/indicadores/>, lançada nesta
terça-feira (21) pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br).
Conduzido pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da
Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação
do Ponto BR (NIC.br), o levantamento apresenta os indicadores mais
recentes sobre o acesso e o uso das tecnologias de informação e
comunicação (TIC) no país. A pesquisa estima que, em 2021, 81% da
população de 10 anos ou mais usou a Internet nos últimos três meses – o
que corresponde a 148 milhões de indivíduos. Também foi registrado um
aumento significativo na proporção de usuários da rede nas regiões Norte
(83%), Sul (83%) e Nordeste (78%) em relação a 2019.
“A 17ª edição da pesquisa confirma a relevância do acesso à Internet no
contexto proporcionado pela emergência da COVID-19, em especial com o
avanço das atividades de trabalho e estudo remotos. Em comparação ao
período que antecede a crise sanitária, houve uma ampliação da presença
da Internet nos domicílios e de seu uso por indivíduos, sobretudo, nas
áreas rurais”, destaca Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br|NIC.br.
*Acesso nos domicílios*
Em comparação aos dados coletados em 2019, a presença de conexão de
Internet nos domicílios aumentou em todos os estratos analisados,
notadamente, nas classes DE (61%, aumento de 11 pontos percentuais). Do
ponto de vista da conectividade, a disparidade entre os domicílios das
classes A e DE vem diminuindo nos últimos anos, sendo que a diferença
entre esses estratos passou de 85 pontos percentuais em 2015 para 39
pontos em 2021.
Os domicílios das áreas rurais brasileiras também estão mais conectados
à Internet. Entre 2019 (período pré-pandemia) e 2021, houve um acréscimo
de 20 pontos percentuais na proporção de residências com acesso à rede
nessas regiões, passando de 51% para 71%.
Entre os domicílios conectados, a presença de cabo ou fibra óptica como
o principal tipo de conexão à rede ocorre em 61% dos domicílios. A
penetração de conexão via cabo ou fibra óptica é menor nas regiões Norte
(53%) e Nordeste (54%). Na região Norte também é maior o percentual de
domicílios que tem as redes móveis como principal tipo de conexão (33%).
A presença de computadores nos domicílios, entretanto, manteve-se em
39%, patamar semelhante ao observado em 2019 (período pré-pandemia).
Enquanto houve um cenário de estabilidade nos domicílios das classes
mais altas, onde o computador já é mais presente (99% nos domicílios da
classe A e 83% nos da classe B), nas classes DE, a proporção de
domicílios com computador diminuiu de 14% em 2019 para 10% em 2021. Nas
áreas rurais, a presença de computador nos domicílios é mais reduzida
(20%) em comparação aos domicílios em localidades urbanas (42%).
*Dispositivos para o uso da rede*
Em 2021, os aparelhos de televisão superaram os computadores, se
consolidando como o segundo dispositivo mais utilizado para acessar à
rede – passando de 37% dos usuários, em 2019, para 50%, em 2021. Esse
aumento foi observado em quase todos os estratos analisados,
principalmente entre aqueles de 35 a 44 anos (59%), usuários da região
Norte (45%) e entre as mulheres (51%). Ao todo, 74 milhões de indivíduos
acessaram a Internet usando a televisão, um acréscimo de 25 milhões de
usuários no período.
A pesquisa também revelou a prevalência do uso exclusivo do telefone
celular para acessar a rede (64% dos usuários de Internet). Principal
dispositivo de acesso à Internet desde 2015, houve um aumento de 6
pontos percentuais no uso exclusivo do telefone celular entre 2019 e
2021. O indicador é maior entre os que vivem nas áreas rurais (83%), no
Nordeste (75%), entre pretos (65%) e pardos (69%), de 60 anos ou mais
(80%) e aqueles que pertencem às classes DE (89%). Entre os usuários da
classe C, o acesso à Internet exclusivamente pelo celular passou de 61%
em 2019 para 67% em 2021, atingindo um contingente de 51 milhões de pessoas.
“A despeito da demanda por conectividade criada pela pandemia, não houve
uma grande incorporação de computadores nos domicílios brasileiros. O
seu uso ocorre principalmente entre as pessoas das classes mais altas e
mais escolarizadas. Estas, aliás, tendem a usar a Internet a partir de
múltiplos dispositivos e se conectam tanto pela rede móvel quanto por
Wi-Fi, o que facilita a realização de um gama maior de atividades na
rede. Este fator tem um impacto importante no desenvolvimento de
habilidades digitais”, aponta Barbosa.
*Comércio eletrônico*
Em 2021, 46% dos usuários de Internet fizeram compras na Internet contra
39%, em 2019. Em números absolutos, significa dizer que 68 milhões de
pessoas realizaram essa atividade em 2021, quase 16 milhões a mais que
antes do início da pandemia. Os usuários de Internet que vivem nas
regiões rurais também passaram a realizar compras /online/ em maiores
proporções (de 19%, em 2019, para 27%, em 2021).
As maiores diferenças no período foram observadas entre usuários de 35 a
44 anos (56%, aumento de 12 pontos percentuais) e pertencentes à classe
C (49%, 13 pontos percentuais), embora essa atividade siga sendo
realizada em maiores proporções por usuários da classe A (90%).
*Serviços públicos*
A proporção de usuários de Internet com 16 anos ou mais que utilizaram
serviços de governo eletrônico passou de 68%, em 2019, para 70%, em
2021. Cerca de 93 milhões de brasileiros afirmaram realizar algum tipo
de serviço de governo eletrônico no período, um acréscimo de 12 milhões
de indivíduos entre 2019 e 2021. Os aumentos mais significativos
ocorreram na região Sul do país (de 69%, em 2019, para 80%, em 2021),
entre pessoas com renda familiar de três a cinco salários-mínimos (de
79% para 88%) e aquelas na força de trabalho (de 74% para 79%).
Entre os tipos de serviço público analisadas pela pesquisa, os
relacionados à saúde foram os mais buscados ou realizados em 2021,
sobretudo entre usuários da classe B (44%), com Ensino Superior (44%) e
os na faixa etária de 45 a 59 anos (34%) – em 2019, foram 25%, 28% e
20%, respectivamente. “Como um reflexo da pandemia, predominou o acesso
a serviços eletrônicos relacionados à saúde pública, como agendamento de
consultas, busca de informações sobre a vacinação entre outras formas de
interação com os sistemas de saúde”, comenta o gerente do Cetic.br|NIC.br.
*Atividades culturais*
Entre as atividades realizadas pela Internet, ouvir /podcasts/ foi a que
mais cresceu em relação ao período pré-pandemia. De acordo com a 17ª
edição da TIC Domicílios, 28% dos usuários de Internet disseram ter
ouvido um /podcast/ em 2021 (em 2019, eram 13%). Em 2021, 41 milhões de
pessoas realizaram essa atividade, cerca de 24 milhões a mais que em 2019.
Assim como verificado em 2019, as atividades de assistir a vídeos,
programas, filmes ou séries pela Internet (61%) e ouvir músicas (61%)
estiveram entre as atividades culturais /online/ mais citadas pelo
conjunto da população brasileira. Quanto ao pagamento por serviços que
dão acesso a conteúdos culturais, os maiores aumentos, em relação a
2019, ocorreram no pagamento para ver filmes (acréscimo de 7 milhões de
indivíduos) e séries (acréscimo de 9 milhões), incremento que ocorreu
com maior intensidade entre indivíduos da classe C.
“A pesquisa revela mudanças importantes em termos de conectividade,
especialmente em áreas rurais, e também o crescimento da televisão
enquanto dispositivo de acesso à Internet. A TIC Domicílios cumpre um
papel fundamental de auxiliar o poder público e a sociedade na
proposição de políticas que visem a melhorar o acesso à Internet,
expondo desafios e indicando oportunidades para avanços”, completa José
Gontijo, coordenador do CGI.br.
*Sobre a pesquisa*
Realizada anualmente desde 2005, a TIC Domicílios tem o objetivo de
medir a posse, o uso, o acesso e os hábitos da população brasileira em
relação às Tecnologias da Informação e Comunicação. Em razão das medidas
de distanciamento social provocadas pela pandemia COVID-19, em 2020 a
pesquisa teve a sua metodologia adaptada, sendo realizada
preferencialmente pelo telefone. Já em 2021, a pesquisa voltou a adotar
um modelo de coleta integralmente presencial. Os dados foram coletados
entre outubro de 2021 e março de 2022, e incluiu 23.950 domicílios e
21.011 indivíduos de 10 anos ou mais.
Para conferir a lista completa de indicadores, acesse:
*https://cetic.br/pt/pesquisa/domicilios/indicadores/*
<https://cetic.br/pt/pesquisa/domicilios/indicadores/>. O lançamento
/online/ está disponível na íntegra em *https://youtu.be/_VuyE1zGNiA*.
*Sobre o Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade
da Informação – Cetic.br*
O Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da
Informação (Cetic.br), do NIC.br, é responsável pela produção de
indicadores e estatísticas sobre o acesso e o uso da Internet no Brasil,
divulgando análises e informações periódicas sobre o desenvolvimento da
rede no País. O Cetic.br|NIC.br é, também, um Centro Regional de Estudos
sob os auspícios da UNESCO, e completou 16 anos de atuação em 2021. Mais
informações em *https://cetic.br/*
<https://urldefense.com/v3/__https:/cetic.br/__;!!N96JrnIq8IfO5w!3pJ-IPna93RBH4nSZZe2rGcp03Ofw4LiAiDCcBEsCuAGT0t9e21W1dZsQzx9HJqJPtlHtnE$>.
*Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br*
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br
(*https://nic.br/*
<https://urldefense.com/v3/__https:/nic.br/__;!!N96JrnIq8IfO5w!3pJ-IPna93RBH4nSZZe2rGcp03Ofw4LiAiDCcBEsCuAGT0t9e21W1dZsQzx9HJqJp6mNsDk$>)
é uma entidade civil de direito privado e sem fins de lucro, encarregada
da operação do domínio .br, bem como da distribuição de números IP e do
registro de Sistemas Autônomos no País. O NIC.br implementa as decisões
e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil - CGI.br desde 2005, e
todos os recursos arrecadados provem de suas atividades que são de
natureza eminentemente privada. Conduz ações e projetos que trazem
benefícios à infraestrutura da Internet no Brasil. Do NIC.br fazem
parte: Registro.br (*https://registro.br*
<https://urldefense.com/v3/__https:/registro.br/__;!!N96JrnIq8IfO5w!3pJ-IPna93RBH4nSZZe2rGcp03Ofw4LiAiDCcBEsCuAGT0t9e21W1dZsQzx9HJqJOyDbmYA$>),
CERT.br (*https://cert.br/*
<https://urldefense.com/v3/__https:/cert.br/__;!!N96JrnIq8IfO5w!3pJ-IPna93RBH4nSZZe2rGcp03Ofw4LiAiDCcBEsCuAGT0t9e21W1dZsQzx9HJqJX8Slb6M$>),
Ceptro.br (*https://ceptro.br/*
<https://urldefense.com/v3/__https:/ceptro.br/__;!!N96JrnIq8IfO5w!3pJ-IPna93RBH4nSZZe2rGcp03Ofw4LiAiDCcBEsCuAGT0t9e21W1dZsQzx9HJqJBW4SKUU$>),
Cetic.br (*https://cetic.br/*
<https://urldefense.com/v3/__https:/cetic.br/__;!!N96JrnIq8IfO5w!3pJ-IPna93RBH4nSZZe2rGcp03Ofw4LiAiDCcBEsCuAGT0t9e21W1dZsQzx9HJqJPtlHtnE$>),
IX.br (*https://ix.br/*
<https://urldefense.com/v3/__https:/ix.br/__;!!N96JrnIq8IfO5w!3pJ-IPna93RBH4nSZZe2rGcp03Ofw4LiAiDCcBEsCuAGT0t9e21W1dZsQzx9HJqJwcfD-Zk$>)
e Ceweb.br (*https://ceweb.br*
<https://urldefense.com/v3/__https:/ceweb.br/__;!!N96JrnIq8IfO5w!3pJ-IPna93RBH4nSZZe2rGcp03Ofw4LiAiDCcBEsCuAGT0t9e21W1dZsQzx9HJqJrglXvFE$>),
além de projetos como Internetsegura.br (*https://internetsegura.br*
<https://urldefense.com/v3/__https:/internetsegura.br/__;!!N96JrnIq8IfO5w!3pJ-IPna93RBH4nSZZe2rGcp03Ofw4LiAiDCcBEsCuAGT0t9e21W1dZsQzx9HJqJ76B8roQ$>)
e Portal de Boas Práticas para Internet no Brasil (*https://bcp.nic.br/*
<https://urldefense.com/v3/__https:/bcp.nic.br/__;!!N96JrnIq8IfO5w!3pJ-IPna93RBH4nSZZe2rGcp03Ofw4LiAiDCcBEsCuAGT0t9e21W1dZsQzx9HJqJ2ltMTm4$>).
Abriga ainda o escritório do W3C Chapter São Paulo (*https://w3c.br/*
<https://urldefense.com/v3/__https:/w3c.br/__;!!N96JrnIq8IfO5w!3pJ-IPna93RBH4nSZZe2rGcp03Ofw4LiAiDCcBEsCuAGT0t9e21W1dZsQzx9HJqJIq1DOXw$>).
*Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br*
O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços
Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a
disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do
multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de
governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que
todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas
decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança
e Uso da Internet (*https://cgi.br/resolucoes/documento/2009/003*
<https://urldefense.com/v3/__https:/cgi.br/resolucoes/documento/2009/003__;!!N96JrnIq8IfO5w!3pJ-IPna93RBH4nSZZe2rGcp03Ofw4LiAiDCcBEsCuAGT0t9e21W1dZsQzx9HJqJYi3yjqM$>).
Mais informações em *https://cgi.br/*
<https://urldefense.com/v3/__https:/cgi.br/__;!!N96JrnIq8IfO5w!3pJ-IPna93RBH4nSZZe2rGcp03Ofw4LiAiDCcBEsCuAGT0t9e21W1dZsQzx9HJqJnsJcTkA$>.
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