[Anúncios NIC.br] Equipamentos culturais ampliam sua presença online, mas oferta de Internet para o público é ainda reduzida
imprensa em nic.br
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Segunda Junho 26 15:32:39 -03 2023
*São Paulo, 26 de junho de 2023*
*Equipamentos culturais ampliam sua presença online, mas oferta de
Internet para o público é ainda reduzida*/
Pesquisa do CGI.br traz novos dados sobre dispositivos eletrônicos
utilizados nessas instituições e sua adequação à LGPD
/
A universalização do acesso à Internet e a oferta da rede para o público
seguem sendo desafios para importante parcela dos equipamentos culturais
brasileiros. É o que aponta a *4ª edição da TIC Cultura
<https://cetic.br/pt/pesquisa/cultura/indicadores/>*, pesquisa do Comitê
Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) conduzida pelo Centro Regional de
Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do
Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).
O levantamento mostra que ainda que a universalização do uso da Internet
nas bibliotecas (76%) e nos bens tombados (74%) não foi atingida. Quanto
à oferta de Wi-Fi gratuito para o público, ela foi reportada em menor
proporção nos museus (40%) e em bens tombados (28%). Entre os
equipamentos culturais, apenas 44% das bibliotecas e 34% dos pontos de
cultura disponibilizam computador para o público. A proporção é de
apenas 6% entre os bens tombados e 9% nos teatros.
"A baixa oferta de dispositivos TIC e de acesso Wi-Fi gratuito para o
público limitam o potencial das instituições atuarem como espaços de
inclusão digital. Os dados reforçam a necessidade de avançar em
conectividade nos equipamentos culturais", pontua Alexandre Barbosa,
gerente do Cetic.br.
Pela primeira vez, a pesquisa investigou a origem dos dispositivos
utilizados nos equipamentos – se são de propriedade da organização, ou
pessoais (dos funcionários). O uso de computadores de mesa e dos
/notebooks/ são, em sua maior parte, de propriedade da organização. Já
no caso do telefone celular, o uso de dispositivos pessoais ocorre em
maiores proporções: 85% dos pontos de cultura e 68% dos bens tombados
reportaram que o dispositivo utilizado pela organização era de posse dos
funcionários.
*Presença na Internet
*A pesquisa ainda mostra que, em 2022, os equipamentos culturais
ampliaram sua presença na Internet por meio das redes sociais ou de
plataformas /online/. As maiores incidências foram observadas nos
cinemas (passando de 85% em 2020 para 90% em 2022) e pontos de cultura
(82% em 2020 para 89% em 2022). A presença foi menor entre as
bibliotecas (37% possuíam perfis em redes sociais ou plataformas /online/).
As instituições culturais que mais possuem sítios /web/ próprios são
cinemas (75%), pontos de cultura (55%) e arquivos (60%). Os cinemas
(29%) são os que mais disponibilizam aplicativos para celulares e
/tablets,/ seguidos pelos arquivos (13%).
Entre as atividades mais realizadas pelos equipamentos culturais nos
/websites/ e redes sociais, destacam-se: responder a comentários e
dúvidas recebidas – praticada por 83% dos cinemas e 81% dos pontos de
cultura – e divulgar programação – atividade realizada por 85% dos
cinemas e 83% dos pontos de cultura. Por outro lado, as menos
recorrentes foram: a divulgação de vídeos e áudios ou /podcasts/
produzidos, a venda de produtos e serviços e a realização de /lives/ ou
transmissões /online/ em tempo real. A venda de produtos e serviços
pelos /websites/ ou redes sociais foi a atividade menos realizada por
bibliotecas (3%), museus (13%) e arquivos (15%).
A TIC Cultura 2022 também investigou a oferta de oficinas ou atividades
de formação para o público, seja de forma presencial ou /online/.
Somente bens tombados (3%), cinemas (3%) e pontos de cultura (1%)
reportaram ter ofertado exclusivamente acesso à distância. A realização
apenas presencialmente foi reportada em maior proporção por teatros
(52%), pontos de cultura (45%) e museus (36%). Já os pontos de cultura
(47%), arquivos (38%) e museus (30%) se destacaram por promovem
proporcionalmente mais atividades de formação em ambas as modalidades,
presencial e à distância.
*Digitalização de acervos
*A maioria dos equipamentos culturais possui acervos diversos, mas
processos de digitalização e disponibilização desses acervos para o
público são reportados em menores proporções. Entre os que digitalizam
ou já digitalizaram seus acervos destacam-se os arquivos (84%), os
museus (68%) e os pontos de cultura (74%). Mas persiste o desafio de
disponibilizá-los na Internet para o público: os arquivos (64%) e pontos
de cultura (53%) são os equipamentos que mais disponibilizam os acervos
para o público na Internet.//
“A falta de financiamento é o principal desafio para a digitalização de
acervos. A pesquisa também identificou que a falta de equipe
qualificada, capacidade de armazenamento ou hospedagem dos materiais
digitalizados também são barreiras importantes”, explica Barbosa.
*Captação de recursos
*O levantamento mostra um uso ainda limitado das tecnologias digitais
para a captação de recursos. O uso de plataformas ou redes sociais para
esse fim foi mencionado por 17% dos pontos de cultura, 13% dos cinemas e
apenas 3% dos museus e 4% dos teatros. Em 2022, parte expressiva dos
equipamentos culturais contou com recursos governamentais, ainda que as
fontes de recursos não governamentais tenham sido relevantes para alguns
tipos de equipamento, como os cinemas. Estes receberam recursos
provenientes da venda de produtos e serviços (69%) e de empresas
privadas (20%).
*Privacidade e proteção de dados pessoais
*A adequação dos equipamentos culturais à Lei Geral de Proteção de Dados
Pessoais (LGPD) também foi investigada pela primeira vez pela TIC
Cultura, que constatou que 48% dos arquivos e 33% dos cinemas ofereceram
treinamento interno sobre privacidade e proteção de dados pessoais,
enquanto a proporção nas bibliotecas foi de apenas 10%. Se consideradas
as formações externas sobre o tema, cinemas e arquivos também foram os
equipamentos que mais se preocuparam em pagar cursos externos aos seus
funcionários – 17% e 20%, respectivamente.
“A construção de capacidades internas é fundamental para o
desenvolvimento de uma cultura de proteção de dados nas organizações. A
pesquisa aponta que uma parcela importante dos equipamentos culturais
ainda não aproveita os potenciais das tecnologias para ampliar a oferta
de serviços e atividades e para o acesso à cultura no Brasil. Há ainda
muito espaço para avanços”, finaliza o gerente do Cetic.br|NIC.br.
*Sobre a TIC Cultura
*Realizada desde 2016, a TIC Cultura investiga o acesso, a adoção e o
uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC) nos equipamentos
culturais brasileiros. Os dados da 4ª edição da pesquisa foram coletados
por meio de entrevistas telefônicas com 1.966 responsáveis por
equipamentos culturais – selecionados aleatoriamente com base em
cadastros oficiais existentes – entre abril e setembro de 2022. Entre os
tipos de equipamentos culturais investigados estão arquivos, bens
tombados, bibliotecas, cinemas, museus, pontos de cultura e teatros.
Para conferir a lista completa de indicadores, acesse:
*https://cetic.br/pt/pesquisa/cultura/indicadores/*. Já o livro
eletrônico da pesquisa que traz, além dos dados e análises, artigos de
especialistas neste tema, está disponível *aqui
<https://cetic.br/pt/pesquisa/cultura/publicacoes/>*.
*
Sobre o Cetic.br *
O Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da
Informação (Cetic.br), do NIC.br, é responsável pela produção de
indicadores e estatísticas sobre o acesso e o uso da Internet no Brasil,
divulgando análises e informações periódicas sobre o desenvolvimento da
rede no País. O Cetic.br|NIC.br é, também, um Centro Regional de Estudos
sob os auspícios da UNESCO, e completa 18 anos de atuação em 2023. Mais
informações em *https://cetic.br/
<https://urldefense.com/v3/__https:/cetic.br/__;!!N96JrnIq8IfO5w!3pJ-IPna93RBH4nSZZe2rGcp03Ofw4LiAiDCcBEsCuAGT0t9e21W1dZsQzx9HJqJPtlHtnE$>*.
*Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br
*O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br
(*https://nic.br/*) é uma entidade civil de direito privado e sem fins
de lucro, encarregada da operação do domínio .br, bem como da
distribuição de números IP e do registro de Sistemas Autônomos no País.
O NIC.br implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet
no Brasil - CGI.br desde 2005, e todos os recursos arrecadados provêm de
suas atividades que são de natureza eminentemente privada. Conduz ações
e projetos que trazem benefícios à infraestrutura da Internet no Brasil.
Do NIC.br fazem parte: Registro.br (*https://registro.br*), CERT.br
(*https://cert.br/*), Ceptro.br (*https://ceptro.br/*), Cetic.br
(*https://cetic.br/*), IX.br (*https://ix.br/*) e Ceweb.br
(*https://ceweb.br*), além de projetos como Internetsegura.br
(*https://internetsegura.br*) e Portal de Boas Práticas para Internet no
Brasil (*https://bcp.nic.br/*). Abriga ainda o escritório do W3C Chapter
São Paulo (*https://w3c.br/*).
*Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br
*O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços
Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a
disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do
multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de
governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que
todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas
decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança
e Uso da Internet (*https://cgi.br/resolucoes/documento/2009/003*). Mais
informações em *https://cgi.br/*.
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