[Anúncios NIC.br] Consulta do CGI.br sobre regulação de plataformas digitais reúne mais de 1,3 mil contribuições
imprensa em nic.br
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Quinta Agosto 3 11:33:39 -03 2023
*São Paulo, 3 de agosto de 2023*
*Consulta do CGI.br sobre regulação de plataformas digitais reúne mais
de 1,3 mil contribuições*/
Primeira etapa da iniciativa mobilizou comunidade científica e
tecnológica, governo, terceiro setor e segmento empresarial, com
representantes de todas as regiões do país
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Mais de 1,3 mil contribuições advindas de pessoas físicas e organizações
ligadas à comunidade científica e tecnológica, ao governo, ao terceiro
setor e ao segmento empresarial. Esse é o balanço preliminar da Consulta
sobre Regulação de Plataformas Digitais, realizada pelo Comitê Gestor da
Internet do Brasil (CGI.br), que ficou aberta entre 25 de abril e 16 de
julho deste ano. A iniciativa tem como objetivo propor diretrizes ao
Estado brasileiro sobre o escopo e o objeto da regulação, bem como
mapear os riscos das atividades das plataformas e identificar um
conjunto de medidas regulatórias capazes de mitigá-los.
As contribuições são públicas e estão disponíveis por meio do /site/:
https://dialogos.cgi.br/. Foram recebidas 682 contribuições da região
Sudeste, representando 52% do total. O Centro-Oeste (30%) foi a segunda
região com mais colaborações, seguida de Nordeste (12%), Sul (4%) e
Norte (2%). Com relação aos setores da sociedade, terceiro setor e
comunidade científica e tecnológica totalizaram 82% – o primeiro teve
42% e o segundo, 40%.
Apesar do número menor de contribuições, o setor empresarial teve ampla
participação de entidades de classe que congregam centenas de empresas.
Organizações como a Agência Latino-Americana de Informação (ALAI), a
Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net), a Associação
Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e Brasscom
produziram contribuições substanciais. Empresas como a Rede Globo e a
Telefonica ainda trouxeram contribuições importantes em caráter individual.
“Criar mecanismos de escuta ampla da sociedade sobre temas relacionados
ao uso da Internet é uma das missões do CGI.br. Com esta consulta não
apenas cumprimos nosso papel, como também poderemos contribuir
substancialmente com as discussões em curso no país sobre regulação de
plataformas. Nossa consulta foi muito representativa do ponto de vista
multissetorial. A partir das contribuições recebidas poderemos mapear
consensos, dissensos, identificar os principais riscos envolvendo o uso
das plataformas percebidos pelos vários setores e apontar caminhos para
a mitigação dos mesmos”, afirma Renata Mielli, coordenadora do CGI.br,
acrescentando que a consulta pretende ainda subsidiar um processo de
regulação que conte com uma estrutura de arranjos institucionais e que
aponte acordos multissetoriais.
"A nossa consulta conseguiu capturar de forma estruturada posições
importantes sobre como a sociedade brasileira enxerga os desafios
decorrentes da crescente importância das plataformas. A tarefa seguinte
do CGI.br será de organizar os importantes subsídios trazidos até agora,
procurando construir consensos em temas que tantas vezes trazem
diferentes visões dos diversos atores envolvidos. O CGI.br trabalhará a
sistematização dessa consulta procurando indicar como as propostas de
cada tópico se conectam e, também, como as medidas de mitigação de risco
identificadas se relacionam com as frentes de regulação já existentes",
ressalta Henrique Faulhaber, coordenador do Grupo de Trabalho (GT) sobre
Regulação de Plataformas do CGI.br.
*Temas de destaque*
A consulta foi organizada em três grandes eixos que buscam responder:
quem será regulado (questões sobre o escopo e objeto da regulação); o
que será regulado (mapeamento de riscos decorrentes das atividades das
plataformas digitais e possíveis medidas de mitigação dessas ameaças); e
como será regulado (arranjos institucionais necessários para a
implementação de uma regulação, apontando os distintos papéis e
responsabilidades dos atores envolvidos). O segundo eixo – o que será
regulado – foi o que recebeu maior número de contribuições, chegando a
73% do total de comentários.
Dos quatro grandes grupos de riscos elencados no eixo dois, os destaques
ficaram por conta daqueles relacionados à proteção de direitos e
democracia (44% das colaborações) e dos econômicos, com 33% – soberania
e trabalho contabilizaram 15% e 8%, respectivamente.
A consulta registrou 508 cadastros entre pessoas físicas e organizações.
A maioria dos cadastrados partiu da comunidade científica e tecnológica
(45%). Terceiro setor ficou com 25%; setor empresarial, com 20%; e
governamental, com 10%. A distribuição entre aqueles que se cadastraram
apresentou concentração maior na região sudeste: 64%.
*Segunda etapa*
A segunda etapa da consulta consiste na sistematização das contribuições
e análise de propostas de escopo, riscos relevantes para a regulação,
medidas de mitigação e de arquitetura regulatória. Os resultados serão
divulgados neste mês de agosto.
*Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br
*O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços
Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a
disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do
multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de
governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que
todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas
decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança
e Uso da Internet (*https://cgi.br/resolucoes/documento/2009/003*). Mais
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