[Anúncios NIC.br] TIC Saúde 2016 aponta desafios para universalização do acesso à Internet nos estabelecimentos públicos de saúde

Imprensa imprensa em nic.br
Qui Nov 16 09:52:32 -02 2017


São Paulo, 16 de novembro de 2017

*TIC Saúde 2016 aponta desafios para universalização do acesso à 
Internet nos estabelecimentos públicos de saúde*/
Pesquisa do Cetic.br também aponta a necessidade de maiores 
investimentos em procedimentos e ferramentas de segurança da informação/

A pesquisa *TIC Saúde 2016 <http://cetic.br/pesquisa/saude/indicadores>* 
aponta uma estabilidade no uso de computador e no acesso à Internet nos 
estabelecimentos públicos de saúde desde 2014. Estes e outros dados 
fazem parte do *levantamento anual 
<http://cetic.br/pesquisa/saude/publicacoes>* do Comitê Gestor da 
Internet no Brasil (CGI.br), realizado pelo Centro Regional de Estudos 
para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo 
de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), que foram lançados 
ontem (15/11) durante o 8º Congresso Brasileiro de Telemedicina e 
Telessaúde, na cidade de Gramado (RS).

Enquanto o uso de computador e o acesso à Internet são universais entre 
os estabelecimentos privados (100%), esta ainda não é uma realidade 
entre os estabelecimentos públicos: 87% dos estabelecimentos públicos 
afirmaram utilizar o computador e 76% acessaram a Internet. Entre as 
Unidades Básicas de Saúde (UBS), que representam a maioria dos casos dos 
estabelecimentos que não usaram computador ou a Internet, a pesquisa 
estima que 5.779 UBS não usaram computadores e 11.107 não acessaram a 
Internet, nos 12 meses que antecederam a pesquisa. "De uma forma geral, 
os indicadores mantiveram-se estáveis ao longo dos últimos dois anos, 
revelando que os padrões podem ser considerados por formuladores de 
políticas públicas", reforça Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br.

Ainda no que diz respeito à infraestrutura, as velocidades de conexão 
mais utilizadas pelos estabelecimentos de saúde variavam em 2016 entre 1 
Mbps a 10 Mbps (35%). A série histórica revela o crescimento do uso das 
conexões mais velozes e redução das conexões menos velozes, 
especialmente entre aquelas de até 250 Kbps. A pesquisa também observou 
que apenas 19% dos estabelecimentos de saúde brasileiros possuíam área, 
setor ou departamento de TI, com destaque para aqueles com internação e 
mais de 50 leitos (71%).

*Segurança da informação*

Em 2016, apenas 23% dos estabelecimentos de saúde que utilizaram a 
Internet possuíam um documento que definia a política de segurança dos 
dados, proporção estável em relação a 2015. A presença desse tipo de 
documento foi mais frequente entre os estabelecimentos com mais de 50 
leitos (50%) e os localizados em capitais (33%).

Já em relação às ferramentas de segurança da informação, o antivírus 
(93%) foi a mais citada em toda a série histórica. A pesquisa também 
aponta que a proteção dos dados por meio de senha do acesso ao sistema 
eletrônico (74%) e o uso de /firewall/ (52%) foram a segunda e a 
terceira ferramentas mais utilizadas pelos estabelecimentos, 
respectivamente. Ferramentas de proteção mais sofisticadas, tais como 
criptografia da base de dados (24%) e biometria para acesso ao sistema 
eletrônico (12%), ainda são pouco utilizadas.

"As questões relacionadas à segurança da informação ainda devem ser 
melhor tratadas pelos estabelecimentos de saúde. Existe uma crescente 
necessidade da adoção de procedimentos e ferramentas que garantam a 
segurança das informações por eles armazenadas. Poucos estabelecimentos 
possuem uma política de segurança dos dados e a grande maioria ainda não 
investe em ferramentas de proteção mais robustas", alerta Barbosa.

*Registro eletrônico e serviços oferecidos /on-line/*

Em 2016, 74% dos estabelecimentos de saúde possuíam sistema eletrônico 
para armazenar informações dos pacientes, contudo apenas 12% armazenavam 
as informações do prontuário do paciente exclusivamente em formato 
eletrônico. A maior parte deles (63%) registrou informações parcialmente 
em papel e parcialmente em formato eletrônico e 24% utilizaram 
exclusivamente o papel.

A pesquisa aponta que aproximadamente metade dos estabelecimentos de 
saúde estava presente na Internet por meio de /websites/ ou redes 
sociais. Apenas uma pequena proporção deles, no entanto, ofereceu algum 
tipo de serviço pela Internet: 18% disponibilizaram agendamento de 
consultas; 19% ofereceram agendamento de exames; 23% ofereceram 
visualização de resultado de exames, e 7% ofereceram visualização do 
prontuário do paciente.

*Telessaúde*

Assim como observado nas edições anteriores do levantamento, os 
estabelecimentos públicos são os que oferecem mais serviços de 
telessaúde. Enquanto 29% dos estabelecimentos públicos oferecem serviços 
de interação em tempo real a distância, esses serviços são oferecidos em 
13% dos estabelecimentos privados. O mesmo padrão é observado para o 
oferecimento de educação à distância e de pesquisa à distância. Na 
esfera pública, 41% dos estabelecimentos declararam participar de alguma 
rede de telessaúde. Entre os privados, essa proporção foi de apenas 3%. 
Além disso, um indicador inédito da pesquisa mostra que as redes 
estaduais de telessaúde (16%) foram as mais citadas, seguidas pelo 
Programa Telessaúde Brasil Redes, do Governo Federal (10%), e pela Rede 
Universitária de Telemedicina (Rute), coordenada pela Rede Nacional de 
Ensino e Pesquisa (RNP) (9%).

*Benefícios da adoção das TIC*

A pesquisa também evidencia a visão positiva que médicos e enfermeiros 
possuem sobre o impacto da implantação de sistemas eletrônicos nos 
estabelecimentos, não somente para a organização do trabalho como também 
para a assistência em saúde prestada ao paciente. Para esses 
profissionais, a implantação de sistemas eletrônicos melhorou a 
eficiência dos trabalhos de equipe (87% dos médicos e 90% dos 
enfermeiros) e dos atendimentos (83% dos médicos e 86% dos enfermeiros); 
reduziu o número de exames duplicados ou desnecessários (82% dos médicos 
e 79% dos enfermeiros); e melhorou a qualidade do tratamento como um 
todo (75% dos médicos e 87% dos enfermeiros).

*Sobre a pesquisa*

A TIC Saúde tem o objetivo de investigar a penetração das TIC nos 
estabelecimentos de saúde e sua apropriação por profissionais de saúde 
(médicos e enfermeiros). Em sua quarta edição, o estudo entrevistou 
2.298 gestores de estabelecimentos de saúde localizados em todo o 
território nacional. Além disso, foram entrevistados 1.359 médicos e 
2.197 enfermeiros vinculados a estes estabelecimentos. Nesta edição, a 
coleta de dados ocorreu entre setembro de 2016 e junho de 2017.

Para acessar a pesquisa na íntegra, assim como rever a série histórica, 
visite: *http://cetic.br/pesquisa/saude/indicadores*. Leia a publicação 
anual: *http://cetic.br/pesquisa/saude/publicacoes*. E compare a 
evolução dos indicadores a partir da visualização de dados: 
*http://data.cetic.br/cetic/explore?idPesquisa=TIC_SAUDE*.

*Sobre o Cetic.br*

O Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da 
Informação, do NIC.br, é responsável pela produção de indicadores e 
estatísticas sobre a disponibilidade e uso da Internet no Brasil, 
divulgando análises e informações periódicas sobre o desenvolvimento da 
rede no País. O Cetic.br é um Centro Regional de Estudos, sob os 
auspícios da UNESCO. Mais informações em *http://www.cetic.br/*.

*Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br*

O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br 
(*http://www.nic.br/*) é uma entidade civil, de direito privado e sem 
fins de lucro, que além de implementar as decisões e projetos do Comitê 
Gestor da Internet no Brasil, tem entre suas atribuições: coordenar o 
registro de nomes de domínio — Registro.br (*http://www.registro.br/*), 
estudar, responder e tratar incidentes de segurança no Brasil — CERT.br 
(*http://www.cert.br/*), estudar e pesquisar tecnologias de redes e 
operações — Ceptro.br (*http://www.ceptro.br*/ <http://www.ceptro.br/>), 
produzir indicadores sobre as tecnologias da informação e da comunicação 
— Cetic.br (*http://www.cetic.br/*), fomentar e impulsionar a evolução 
da Web no Brasil — Ceweb.br (*http://www.ceweb.br/*) e abrigar o 
escritório do W3C no Brasil (*http://www.w3c.br/ <http://www.w3c.br/%29>*).*
*

*Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br *

O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer 
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da 
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços 
Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a 
disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do 
multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de 
governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que 
todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas 
decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança 
e Uso da Internet (*http://www.cgi.br/principios*). Mais informações 
em*http://www.cgi.br/*.*
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