[Anúncios NIC.br] Realização de atividades on-line mantém relevância no segundo ano da pandemia, aponta pesquisa do CGI.br
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Terça Abril 5 11:15:23 -03 2022
São Paulo, 5 de abril de 2022
*Realização de atividades /on-line/ mantém relevância no segundo ano da
pandemia, aponta pesquisa do CGI.br*
/Acesso desigual a dispositivos segue afetando o teletrabalho e a
educação remota//no país, revela a 4ª edição do Painel TIC COVID-19,
lançada nesta terça-feira (5)
/
No segundo ano da pandemia, as atividades /on-line/ seguiram presentes
no cotidiano dos brasileiros, mantendo-se em patamares superiores aos
observados no período anterior à crise sanitária. A adoção significativa
da Internet por diferentes estratos da população não foi capaz de
eliminar as desigualdades digitais no país. A conclusão é da *4ª edição
do Painel TIC COVID-19*
<https://cetic.br/pt/pesquisa/tic-covid-19/indicadores/>, estudo do
Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), conduzido pelo Centro
Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação
(Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).
Divulgada nesta terça-feira (5), a pesquisa apresenta um panorama do uso
da Internet no Brasil durante a pandemia COVID-19. Realizada /on-line,
/a coleta dos dados se deu em julho de 2021, logo depois do momento mais
crítico dos impactos da pandemia no território nacional, e na época em
que se esboçava um retorno às aulas e ao trabalho presencial.
“A tendência de digitalização que observamos como efeito da pandemia
teve continuidade no primeiro semestre de 2021 em atividades de comércio
eletrônico e de serviços públicos /on-line/, o que indica que as
transformações verificadas no período podem ter um caráter mais
permanente na sociedade. Contudo, as disparidades seguem sendo um ponto
relevante de atenção para as políticas públicas. Ainda que as classes C,
D e E tenham passado a realizar mais atividades pela Internet, isso
continua ocorrendo em um patamar inferior ao observado nas classes A e
B. Esse quadro ressalta a importância de políticas públicas voltadas
para a redução dessas desigualdades”, afirma Alexandre Barbosa, gerente
do Cetic.br|NIC.br.
*Comércio eletrônico *
Em 2021 houve uma consolidação dos hábitos de compras /on-line/. A
prática do comércio eletrônico permaneceu em patamar similar ao
observado em 2020, superior ao contexto pré-pandemia. Houve uma
alteração no perfil dos bens e serviços adquiridos. Em 2020, com as
medidas de distanciamento social, o uso do comércio eletrônico na compra
de itens como medicamentos e comida cresceu em maiores proporções. Em
2021 houve um aumento da compra de bens mais duráveis, como
eletrodomésticos, vestuário e equipamentos eletrônicos. “A cesta de
produtos adquiridos /on-line/ ficou mais diversificada, e o caráter
emergencial das compras /on-line/ cedeu espaço para tornar-se uma
prática cotidiana. A compra de passagens aéreas, que havia se reduzido
substancialmente em 2020, por exemplo, retomou níveis semelhantes aos
verificados no período pré-pandemia”, destaca Barbosa.
Um dado inédito apresentado pelo painel foi a rápida adesão ao Pix,
lançado em novembro de 2020. Segundo a pesquisa, 72% dos usuários que
compraram pela Internet utilizaram essa modalidade para o pagamento
digital. “Em meados de 2021, ele já havia se tornado o segundo meio de
pagamento mais usado para realizar compras virtuais, quase empatando com
o primeiro, o cartão de crédito. E isso aconteceu em todas as classes
sociais”, afirma o gerente do Cetic.br|NIC.br, Alexandre Barbosa.**
*Teletrabalho*
Em 2021, a pandemia seguiu transformando a rotina de muitas empresas,
com a manutenção do modelo de teletrabalho. Ao mesmo tempo, foi possível
observar um movimento de retorno à modalidade presencial entre aqueles
que haviam realizado teletrabalho anteriormente.
As condições para o teletrabalho permanecem desiguais entre as classes
sociais. Enquanto entre os usuários das classes AB o principal
dispositivo usado para trabalhar remotamente foi o computador, o
telefone celular foi o mais adotado nas classes DE. A pesquisa revelou,
ainda, a origem do computador usado para trabalhar a distância: a
maioria dos que usaram um computador para trabalhar remotamente já
possuía esse dispositivo (47%). No entanto, enquanto os usuários das
classes AB compraram um computador durante a pandemia em maior
proporção, nas classes C e DE as principais alternativas foram
equipamentos emprestados de amigos e familiares ou doados, respectivamente.
O levantamento revelou, também, que os usuários de Internet que
trabalharam por intermédio de aplicativos enfrentaram diferentes
condições de acesso à Internet para trabalhar. Nessa categoria estavam
incluídos tanto os usuários que trabalharam como motoristas e
entregadores, quanto aqueles que venderam pela Internet. “Entre os
motoristas e entregadores, 68% encontraram dificuldades de conectividade
para a realização de suas atividades, como circulação em áreas sem
cobertura ou o esgotamento do pacote de dados. Proporção similar (71%)
desses usuários afirmou ter adotado estratégias de enfrentamento, como a
mudança de plano ou de operadora ou a aquisição de um segundo /chip/ ou,
ainda, contou com o apoio da empresa para conseguir usar a Internet pelo
celular no trabalho”, relata Fabio Storino, coordenador da pesquisa no
Cetic.br|NIC.br.**
*Ensino remoto *
Dos usuários de Internet que frequentavam escola ou universidade, 63%
afirmaram que a instituição em que estudavam ofertou aulas ou atividades
educacionais remotas e 19% citaram a oferta de aulas na modalidade
híbrida, refletindo o retorno parcial às aulas presenciais no primeiro
semestre de 2021. Enquanto entre os usuários das classes AB o computador
era dispositivo usado com maior frequência para acompanhar as atividades
remotas, nas classes DE a maioria dos usuários acompanhou as aulas pelo
celular.
A carência de recursos digitais figurou entre os principais aspectos que
contribuíram para que os estudantes não conseguissem dar continuidade ao
acompanhamento das atividades a distância. As principais barreiras
reportadas pelos usuários para participar das aulas ou atividades a
distância ofertadas pelas instituições de ensino estavam relacionadas à
dificuldade de esclarecer dúvidas com os professores (41%), à falta de
estímulo para estudar (41%) e à ausência ou baixa qualidade da conexão à
Internet (38%). A falta de estímulo foi a barreira mais mencionada por
usuários das classes AB (42%), enquanto a dificuldade para esclarecer
dúvidas foi mais reportada por aqueles das classes DE (40%).
*Cultura*
De acordo com a pesquisa, em 2021, a proporção de usuários de Internet
com 16 anos ou mais que assistiram a vídeos, programas, filmes ou séries
pela Internet chegou a 89%, contra 74% antes da pandemia, segundo os
dados da pesquisa TIC Domicílios 2019. Esse aumento foi maior entre
aqueles com 60 anos ou mais (88%) e as mulheres (87%).
A pesquisa detectou, também, uma tendência de recuperação no uso da
Internet para a participação em atividades culturais presenciais, setor
que havia sido fortemente impactado em 2020 em função das medidas
sanitárias. Entre os que compraram, pela Internet, ingressos para
eventos, como /shows/, cinema, peças de teatro ou exposições, 73% o
fizeram para eventos transmitidos /on-line/ e 69% para eventos
presenciais.**
*Telessaúde*
Cerca de um quarto dos usuários de Internet com 16 anos ou mais realizou
consulta médica ou com profissional de saúde pela Internet. Entre
aqueles que recorreram às consultas /on-line/, 69% declararam ter
realizado na rede pública – pelo Sistema Único de Saúde (SUS) – e 53% na
rede privada.
A maioria dos pacientes que tinham até Ensino Fundamental (94%) e Médio
(79%) fez teleconsulta na rede pública. Já entre aqueles com Ensino
Superior, 75% recorreram à rede privada. Em relação à classe social, a
maioria dos usuários das classes AB (74%) utilizou esse serviço na rede
privada, enquanto a maioria dos das classes C (80%) e DE (85%) o acessou
via SUS.
Em todos os estratos investigados pela pesquisa, o meio mais utilizado
para a realização de teleconsultas foram os aplicativos de mensagens
(59%), em patamares bastante superiores a aplicativos especializados da
rede pública (35%) ou de planos de saúde privados (34%).**
*Serviços públicos /on-line/ *
Segundo a pesquisa, a saúde pública foi a categoria de serviços públicos
mais acessada pela Internet em 2021. Serviços como o agendamento de
consultas ou outros serviços ofertados pelo sistema público de saúde
foram realizados por 53% dos usuários de Internet, proporção que se
manteve elevada em quase todos os estratos analisados, sobretudo entre
os usuários de 60 anos ou mais (57%). Esse aumento coincidiu com o
início da campanha da vacinação contra a COVID-19 em todo o território
nacional, que, num primeiro momento, foi voltada para a população da
terceira idade.
"Os dados apresentados pelo Painel TIC COVID-19 são de extrema
relevância para entendermos o contexto do uso da Internet pelos
brasileiros durante a pandemia. A partir da pesquisa, que reafirma o
compromisso do CGI.br para com a sociedade, temos um retrato deste
momento que trouxe desafios expressivos para o país, evidenciando a
importância das políticas públicas de inclusão digital", reforça José
Gontijo, coordenador do CGI.br.**
*Metodologia
*O Painel TIC COVID-19 é uma pesquisa /on-line/ com o objetivo de
investigar as atividades realizadas por usuários de Internet de 16 anos
ou mais durante a pandemia. Realizada entre 15 e 30 de julho de 2021 por
meio de um painel de usuários de Internet, a presente edição contou com
5.552 entrevistas.
As estimativas apresentadas na atual edição do Painel TIC COVID-19
representam a totalidade da população de usuários da Internet com 16
anos ou mais no Brasil. Devido ao aumento na abrangência da população
representada pela pesquisa, os dados não são diretamente comparáveis com
as edições anteriores, que representavam parcialmente essa população.
Tabelas adicionais para a realização de comparações temporais estão
disponíveis no /website/ da pesquisa
(*https://cetic.br/pt/pesquisa/tic-covid-19/indicadores/*
<https://cetic.br/pt/pesquisa/tic-covid-19/indicadores/>).
Para conferir a publicação da 4ª edição do Painel TIC COVID-19, acesse:
*https://cetic.br/pt/pesquisa/tic-covid-19/publicacoes/*
<https://cetic.br/pt/pesquisa/tic-covid-19/publicacoes/>. Já o evento
/on-line/ de lançamento do estudo está disponível na íntegra em
*https://youtu.be/NoOGLQqPySU* <https://youtu.be/NoOGLQqPySU>.
*
Sobre o Cetic.br
*O Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da
Informação (Cetic.br), do NIC.br, é responsável pela produção de
indicadores e estatísticas sobre o acesso e o uso da Internet no Brasil,
divulgando análises e informações periódicas sobre o desenvolvimento da
rede no País. O Cetic.br é, também, um Centro Regional de Estudos sob os
auspícios da UNESCO, e completou 16 anos de atuação em 2021. Mais
informações em *https://cetic.br/* <https://cetic.br/>.
*Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br
*O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br
(*https://nic.br/* <https://nic.br/>) é uma entidade civil de direito
privado e sem fins de lucro, encarregada da operação do domínio .br, bem
como da distribuição de números IP e do registro de Sistemas Autônomos
no País. O NIC.br implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da
Internet no Brasil - CGI.br desde 2005, e todos os recursos arrecadados
provem de suas atividades que são de natureza eminentemente privada.
Conduz ações e projetos que trazem benefícios à infraestrutura da
Internet no Brasil. Do NIC.br fazem parte: Registro.br
(*https://registro.br* <https://registro.br/>), CERT.br
(*https://cert.br/* <https://cert.br/>), Ceptro.br (*https://ceptro.br/*
<https://ceptro.br/>), Cetic.br (*https://cetic.br/*
<https://cetic.br/>), IX.br (*https://ix.br/* <https://ix.br/>) e
Ceweb.br (*https://ceweb.br* <https://ceweb.br/>), além de projetos como
Internetsegura.br (*https://internetsegura.br*
<https://internetsegura.br/>) e Portal de Boas Práticas para Internet no
Brasil (*https://bcp.nic.br/* <https://bcp.nic.br/>). Abriga ainda o
escritório do W3C Chapter São Paulo (*https://w3c.br/* <https://w3c.br/>).
*Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br
*O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços
Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a
disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do
multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de
governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que
todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas
decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança
e Uso da Internet (*https://cgi.br/resolucoes/documento/2009/003*
<https://cgi.br/resolucoes/documento/2009/003>). Mais informações em
*https://cgi.br/* <https://cgi.br/>.
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